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HISTOFISIOLOFIA DA TIREÓIDE E PARATIREÓRIDE GLÂNDULA TIREOIDE Está localizada na região anterior do pescoço adjacente à laringe e à traqueia É bilobada, que consiste em dois grandes lobos laterais conectados pelo istmo e um faixa de tecido tireoidiano. O lobo piramidal estende-se superiormente a partir do istmo. É envolvida por uma fina cápsula de tecido conjuntivo Envia trabéculas até o parênquima que contorna parcialmente os lobos e lóbulos irregulares Suas unidades funcionais e estruturais são os folículos tireoidianos - Embriologia: desenvolve-se a partir do revestimento endodérmico do assoalho da faringe primitiva (durante a quarta semana de gestação). O primórdio cresce no sentindo caudal e forma uma invaginação, o ducto tireoglosso. Este desce até o seu destino final em frente da traqueia, onde se divide em dois lobos; na descida há atrofia desse ducto, deixando um remanescente embriológico – o lobo piramidal da tireoide. Por volta da 9ª semana, as células endodérmicas diferenciam-se em placas de células foliculares que se dispõem em folículos. Em torno da 14ª semana, os folículos bem desenvolvidos contêm coloide em sua luz. Durante a 7ª semana, as células epiteliais que revestem a invaginação da 4ª bolsa braquial, os corpos ultimobraquiais, migram na direção da glândula tireoide em desenvolvimento e são incorporados nos lobos laterais. Após isso, as células do corpo ultimobraquial dispersam-se entre os folículos dando origem às células parafoliculares que se tronam incorporadas no epitélio folicular. - Folículo tireoidiano: esférico, semelhante a um cisto, com parede formada por epitélio simples ou colunar cúbico – epitélio folicular. Centenas de milhares de folículos constituem a massa da glândula. Contém massa gelatinosa, o coloide (superfície apical --- coloide; superfícies basais --- lâmina basal típica). Dois tipos de células compõem o epitélio folicular: Células foliculares (células principais): responsáveis pela produção de hormônios tireoidianos T4 e T3. Variam quanto a forma e o tamanho de acordo com o estado funcional da glândula. Revelam organelas associadas a células tanto secretoras quanto absortivas. Há um número abundante de vesículas endocitóticas – gotículas de reabsorção coloidal – e lisossomos no citoplasma apical. Células parafoliculares (célula c): localizadas na periferia do epitélio folicular e situa-se dentro da lâmina basal dos folículos; não se expõem à luz do folículo. Secretam calcitonina. Redes de capilares fenestrados, derivados das artérias tireóideas superior e inferior, circundam os folículos. Capilares linfáticos de extremidade cega estão presentes no tecido conjuntivo interfolicular e tbm podem proporcionar uma segunda via p o transporte de hormônios. - Função: produzir hormônios que são essenciais para ao metabolismo e à homeostase, são eles: T3 e T4: sintetizados e secretadas pelas células foliculares. Regulam o metabolismo basal celular e tecidual e a produção de calor e influenciam o crescimento e desenvolvimento corporais. Secreção desses é regulada pelo TSH, liberado pela adeno-hipófise. Calcitonina (tireocalcitonina): sintetizada pelas células parafoliculares e é antagonista do paratormônio (PTH). Reduz os níveis sanguíneos de cálcio ao suprimir a ação absortiva dos osteoclastos e promove o deposito de cálcio nos ossos. A sua secreção é regulada pelos níveis sanguíneos de cálcio. - Coloide: é composto por uma glicoproteína iodada grande, a tireoglobulina contendo tirosina, e enzimas e outras glicoproteínas. A tireoglobulina não é um hormônio, mas sim a forma inativa de armazenagem dos hormônios tireoidianos. Estes quando ativos são liberados pela tireoglobulina e lançados nos capilares sanguíneos fenestrados. - Etapas da síntese de hormônios tireoidianos: ocorre no folículo tireoidiano. Síntese de tireoglobulina: seu precursor é sintetizado nas células foliculares. A tireoglobulina é glicosilada antes de ser embaladas em vesículas e secretadas por exocitose na luz do folículo. Reabsorção, difusão e oxidação do iodeto: As células epiteliais foliculares transportam ativamente iodeto do sangue para dentro de seu citoplasma utilizando os symporters de sódio/iodeto (NIS) dependentes de ATPase NIS é uma proteína transmembrana que medeia a captação ativa de iodeto na membrana basolateral das células epiteliais foliculares. Estas são capazes de estabelecer uma concentração intracelular de iodeto. Os íons de iodeto, em seguida, difundemse rapidamente na direção da membrana celular apical. A partir daí, os íons de iodeto são transportados para a luz do folículo pelo transportador de iodeto/cloreto de 86 quilodáltons denominado pendrina, localizado na membrana celular apical. O iodeto, em seguida, é imediatamente oxidado em iodo, a forma ativa do iodeto. Esse processo ocorre no coloide e é catalisado pela tireopeptidase (TPO).
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