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Rodrigo Luiz Marucio Definição HISTÓRICO E EVOLUÇÃO Até a década de 1920 • As ervas serviam para a manipulação de remédios e, as drogas de origem vegetal predominaram no tratamento das doenças Definição Definições • Droga: do holandês (seco = dessecado) • Fármaco X Droga definida como sendo qualquer substância que é capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento. Definições: Remédio • é qualquer dispositivo que sirva para o tratamento do paciente, incluindo a sugestão, a massagem, o fármaco ou qualquer outro procedimento terapêutico, sendo esta palavra muito utilizada pelo leigo como sinônimo apenas de fármaco Definição: Medicamento • Medicamento corresponde ao fármaco de estrutura química bem definida, e, também tem sido conceituado como a substância química que é o princípio ativo do medicamento, portanto, consistindo no produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado. Farmacopéia • A Farmacopéia corresponde ao conjunto de fármacos-medicamentos oficializadas e de uso corrente consagradas pela experiência como eficazes e úteis, sendo publicações oficiais de cada país ANVISA/ MAPA • No Brasil, o Ministério da Saúde, através do órgão do Governo Federal denominado Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), observando os critérios da Denominações Comuns Internacionais (DCI), aprova a denominação do fármaco ou princípio ativo com efeito farmacológico conhecida como Denominação Comum Brasileira (DCB) ANVISA / MAPA • Quando uma nova substancia química é sintetizada por uma empresa farmacêutica, esta substancia recebe um nome químico ou designação química • O Medicamento de Referência é um produto inovador registrado no órgão federal responsável pela Vigilância Sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente Burocracia • Quando uma nova substancia química é sintetizada por uma empresa farmacêutica, esta substancia recebe um nome químico ou designação química, por exemplo, ácido acetilsalicílico Perante a Lei • O Medicamento de Referência é um produto inovador registrado no órgão federal responsável pela Vigilância Sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente Legislação • Durante o processo de investigação oficial da utilidade desta estrutura química para ser usada como fármaco, o órgão oficial do país (no caso do Brasil, a ANVISA e segundo os critérios da OMS) escolhe o nome genérico independentemente do fabricante, com o objetivo de ser um nome simples, conciso, significativo, e, comum (escrito em letra minúscula) pelo qual o fármaco deve ser conhecido Genérico • O Medicamento Genérico consiste no medicamento semelhante a um produto de referência ou inovador, que pretende ser com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou renúncia da proteção patentária • Biodisponibilidade e bioequivalência Exemplo: • Assim, para o nome químico ácido acetilsalicílico foi escolhido o nome genérico aspirina, e, sendo aprovado pela Farmacopéia, como medicamento oficial Antes da venda • O medicamento oficinal corresponde ao fármaco preparado na própria farmácia de acordo com as normas e doses estabelecidas pela Farmacopéia • As farmácias autorizadas a manipular medicamento, inclusive o que contém psicotrópicos ou entorpecentes, denominadas de Farmácias Magistrais. • Regulamentadas pelo Ministério da Saúde História • 1500 a.C. – Papiro de Ébers - egito • Como ciência: meados século XIX • 1805 – alemão Friedrich Seturner - morfina • 1858 – Virchow – teoria celular • 1868 – Pasteur – bactérias como causa de doenças • 1909 – Paul Ehrlich – tratamento sífilis • 1935 – Chain e Floey - Penicilina SUBDIVISÕES DA FARMACOLOGIA • Farmacologia geral - estuda os conceitos básicos e comuns a todas os fármacos • Farmacologia especial ou aplicada – estuda os fármacos reunidos em grupos de ação farmacológica semelhante. • Farmacognosia – estuda a origem, as características, a estrutura anatômica e composição química dos fármacos no seu estado natural, de matéria-prima, sob a forma de órgãos ou organismos vegetais ou animais, assim como dos seus extratos, sem qualquer processo de elaboração. A fitoterapia tem sido estudada. Subdivisões • Farmacogeriatria – estuda as variações da sensibilidade às drogas, absorção, metabolismo, toxicidade, e, excreção das drogas na pessoa idosa, incluindo todos os fatores fisiológicos e patológicos. • Farmacoeconomia – estuda os efeitos das drogas em termos sociais e econômicos, e, surge como nova disciplina importante na orientação de decisões governamentais sobre a política de prescrição de fármacos e de assistência sanitária. • Farmacoterapia – corresponde à terapêutica medicamentosa. Subdivisões • Farmacotécnica – estuda a preparação das formas farmacêuticas sob as quais os medicamentos são administrados, como em cápsulas, suspensões, comprimidos e outras formas. Antigamente, era função exclusiva dos farmacêuticos bioquímicos, sendo, atualmente, exercida em maioria pela industria farmacêutica. Farmacocinética • estuda o movimento da droga através do organismo, envolvendo a absorção, a distribuição, a biotransformação e a eliminação. Farmacodinâmica • embora dependa da farmacocinética, estuda o local de ação, mecanismo de ação, e, efeitos dos fármacos no organismo. Subdivisões • Farmacologia experimental realiza experimentos com medicações e novos fármacos Farmacologia clínica – estuda a aplicação clinica dos fármacos • Toxicologia estuda os efeitos tóxicos dos fármacos no organismo. Farmacoepidemiologia Aplicação do método e raciocínio epidemiológico no estudo dos efeitos - benéficos e adversos - e do uso de medicamentos em populações humanas Farmacovigilância Identificação e avaliação dos efeitos, agudos ou crônicos, do risco do uso dos tratamentos farmacológicos no conjunto da população ou em grupos de pacientes expostos a tratamentos específicos. Farmacogenética • estuda os efeitos das drogas em relação a genética molecular, inclusive a natureza genética das reações adversas a drogas Definições básicas Definições • Óvulo - forma farmacêutica para aplicação vaginal, geralmente de forma ovóide • Supositório – é a forma farmacêutica destinada à aplicação retal, geralmente, de formato cônico ou ogival. • Tintura – solução alcoólica ou hidro- alcoólica preparada a partir de um fármaco. • Pomada – forma farmacêutica pastosa semi-sólida, de consistência macia e mais oleosa tendo pouca penetração na pele. O creme embora seja uma forma farmacêutica também considerada pastosa, difere da pomada porque o creme consiste uma emulsão semi-sólida de duas fases, óleo e água, bem dispersas, e, com boa penetração na pele Definições Básicas • Placebo – (do latim plahsebo = “eu vou agradar”) substancia ou preparação inativa administrada para satisfazer a necessidade simbólica do paciente por terapia com medicamentos, e, também é utilizada em estudos controlados para determinar a eficácia de fármacos. Definições Básicas • Veículo ou excipiente corresponde a substancia mais ou menos inerte de uma formula medicamentosa, que tem o objetivo de conferir consistência ou forma farmacêutica adequada. • Xarope – consiste na apresentação domedicamento em forma líquida contendo dois terços de açúcar, com exceção do xarope simples, pois, este consiste apenas em solução aquosa de açúcar, não contendo medicamento. FARMACODINÂMICA Farmacodinâmica + Farmacocinética Proporcionam o conhecimento do caminho completo percorrido pelos medicamentos no organismo animal MECANISMO DE AÇÃO • estruturalmente inespecíficos: são aqueles cujo efeito farmacológico não decorre diretamente da estrutura química da molécula agindo em um determinado receptor, mas sim provocando alterações nas propriedades físico-químicas (como grau de ionização, solubilidade, tensão superficial e atividade termodinâmica) (ex: anestésicos inalatórios) • estruturalmente específicos: se ligam a receptores. COMO AGEM AS SUBSTÂNCIAS RECEPTORES • 1878 – Langley - O termo receptor foi criado para indicar o componente do organismo com o qual o agente químico interagia • Em 1905 – concluiu que esse componente era um constituinte celular • Em 1913 – Ehrlich – existência da especificidade do medicamento pelo receptor • 1920 – Clark e Gaddum – teoria da ocupação – correlacionou a intensidade do efeito diretamente com o número de receptores ocupados Três características • Alta potência: mesmo em concentração baixa • Especificidade química: isômeros ópticos apresentam diferentes ações farmacológicas • Especificidade biológica: (ex: epinefrina) Proteínas – alvo dos receptores • Enzimas; (ex: neostigmina) • Moléculas transportadoras; (ex: cocaína) • Canais de íons; • Receptores celulares (receptor GABA) Interação fármaco-receptor • Agonista: resposta desencadeada • Antagonista: uma substância se liga ao receptor sem causar ativação, impedindo consequentemente a ligação do agonista • Eficácia: ativação do receptor • Agonistas parciais: as substâncias que apresentam resposta submáxima Quanto menor a concentração ou dose do medicamento necessária para desencadear determinado efeito, mais potente é este medicamento A dose administrada em um paciente íntegro, Sofre influência dos parâmetros farmacocinéticos e farmacodinâmicos In vitro, as influências se restringem à capacidade do medicamento de se combinar com seus respectivos receptores Faz pouca diferença se a dose eficaz é da ordem de µg ou mg, desde que seja administrado na concentração correta. Em qualquer população encontra-se indivíduos que apresentam variabilidade na intensidade da resposta a determinado medicamento, uma vez que nem todos os indivíduos respondem com a mesma magnitude de resposta CURVA CONCENTRAÇÃO-EFEITO ou DOSE-RESPOSTA Efeitos biológicos DOSE - RESPOSTA • Emax: estimativa da resposta máxima passível de ser produzida pela substância • CE50 ou DE50: dose necessária para produzir 50% da resposta máxima • DT50: se o efeito for tóxico em 50% dos animais, a dose passa a ser a tóxica mediana ou dose tóxica 50% • DL50: e se o efeito tóxico for a morte do animal, a dose será identificada como dose letal mediana ou dose letal Lei de Ação das Massas “a uma dada temperatura, a velocidade da reação química é diretamente proporcional às massas ativas dos reagentes” (M) + (R) = (MR) K1 K2 K1 = K2 K1 (M) (R) = K2 (MR) K1 (MR) K2 (M).(R) K2 (M).(R) K1 (MR) = ou = M = medicamento R = receptor MR = complexo medicamento receptor K1 = velocidade de ligação K2 = velocidade de dissipação E = Emax C C + EC50 E = % de efeito observado C = concentração do medicamento Emax = resposta máxima que pode ser produzida EC50 = concentração do medicamento que produz 50% do efeito máximo Equação de Michaelis-Menten: DT50 DE50 = Margem de segurança Efeitos Anormais • Hiperreativo: indivíduos que apresentam respostas a doses baixas. • Hiporreativo: indivíduos que necessitam de doses maiores • Tolerância: resposta farmacológica menor • Taquifilaxia ou dessensibilização: hiporreatividade que se desenvolve em alguns minutos e não em vários dias ou semanas. Efeitos Anormais • Efeito incomum: efeito não esperado e que ocorre em pequena percentagem dos indivíduos. • Supersensibilidade: aumento do efeito de um medicamento, pela elevação da sensibilidade dos receptores sinápticos e que ocorre normalmente após bloqueio ou ainda por desnervação. • Hipersensibilidade: fenômenos causados pelas reações alérgicas. Ligação antígeno-anticorpo, como conseqüência liberação de histamina Interação Medicamentosa Por adição Potenciação Farmacológico competitivo Farmacológico competitivo parcial reversível Farmacológico competitivo irreversível Farmacológico não competitivo Fisiológico ou Funcional Químico
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