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DIREITO TRIBUTÁRIO Conceito Conjunto de princípios, de regras e de instituições que regem o poder fiscal do estado e suas relações. Princípios Todos os princípios visam limitar o poder. Não há bitributação. Princípio da legalidade – É vedado ao ente público exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. A lei tem de definir o fato gerador, a base de cálculo e o contribuinte do tributo Princípio da anterioridade – Nenhum tributo pode ser cobrado no exercício financeiro da lei que o instituiu. Igualdade de tratamento – Veda instituir o tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou funções por eles exercidas, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. Proibição de confisco – Tributos não podem ser utilizados como confisco, não se admitindo, por exemplo, tributação junto a um contribuinte em percentual superior a 50% do seu patrimônio. Princípio da uniformidade de tratamento – A união não pode instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que indique distinção ou preferência em relação a um estado. Admitem-se os incentivos fiscais visando a promoção do equilíbrio socioeconômico entre as diferentes regiões do país. Princípio da competência. Princípio da capacidade contributiva – Sempre que possível, os tributos serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte Receita Toda entrada de numerário nos cofres de uma pessoa. No caso da receita pública, a pessoa é o estado. Receita originária – Proveniente do patrimônio do estado, como financeira, comercial, industrial, de aluguel de um bem do estado etc. Receita derivada – Decorrente da imposição do tributo. Receita facultativa – Depende da vontade da pessoa de contribuir. Receita compulsória – Independe da vontade da pessoa de contribuir. Tributo Toda prestação pecuniária, compulsória, que não se constitua de sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Tributo é uma prestação de dar, de pagar, e não se trata de obrigação de fazer ou de não fazer. Prestação pecuniária – pode ser exigida em moeda ou valor que nela possa exprimir-se. A previsão do tributo deve estar inserida em lei para que possa ser cobrado, de acordo com o princípio da estrita legalidade tributária. Não se constitui o tributo em sanção de ato ilícito – não é uma penalidade. Atividade administrativa plenamente vinculada – feita pelo lançamento do fiscal. Tributo fiscal – estado arrecada valores para o bem geral da coletividade. Tributo extrafiscal – Restringe certas condutas das pessoas, como de atividades nocivas. Exemplo: tributo contra o cigarro. Tributo parafiscal – Vinculado à satisfação de certas situações que não são características do estado. Exemplo: contribuição social. Espécies do tributo Imposto – tributo que tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Genérico – atende aos interesses gerais da coletividade. Prestação não vinculada – É vedada a vinculação da receita de impostos a órgão, fundo ou despesa. Terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Classificação: Federais: Imposto de importação – II. Imposto de exportação – IE. Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza – IR. Imposto sobre produtos industrializados – IPI. Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro e sobre operações relativas a títulos e valores mobiliários – IOF. Imposto sobre grandes fortunas – IGF. Estaduais: Sobre heranças e doações – ITD. Sobre operações relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços – ICMS. Sobre a propriedade de veículos automotores – IPVA. Municipais: Sobre a propriedade predial e territorial urbana – IPTI. Sobre a transmissão “inter vivos” de bens imóveis e direitos a eles relativos – ITIV. Sobre serviços de qualquer natureza – ISS. Taxa – tem como fato gerador vinculado a uma atividade estatal específica relativa ao contribuinte, podendo ser um serviço público o divisível, ou o exercício do poder de policia. Depende da atuação do estado dirigida especificamente ao contribuinte. Atividade prestada pelo poder público (pode delegar). A arrecadação acaba se destinando a atender a atividade. Exercício regular do poder de polícia. Prestação de serviços ou colocação destes à disposição do contribuinte. Base de cálculo – As taxas não podem ter como base de cálculo idêntica a dos impostos. Normalmente são fixadas em quantias prefixadas. Exemplos – TIP, taxa de lixo, taxas de licenciamentos. Contribuição de melhoria – É o tributo que visa a custear obra pública, decorrente de valorização imobiliária. Portanto, é um tributo vinculado, cujo fato gerador é a valorização de imóvel do contribuinte, decorrente de obra pública. Função – Fiscal e redistributiva. Fato gerador – i - abertura, alargamento, pavimentação, iluminação, arborização, esgotos pluviais e outros melhoramentos de praças e vias públicas; ii - construção e ampliação de parques, campos de desportos, pontes túneis e viadutos; iii - construção ou ampliação de sistemas de trânsitos rápido, inclusive todas as obras e edificações necessárias ao funcionamento do sistema; iv - serviços e obras de abastecimento de água potável, esgotos, instalações elétricas, funiculares, ascensores e instalações de comodidade pública; v - proteção contra secas, inundações, erosão, ressacas, e de saneamento e drenagem em geral, diques, cais, desobstrução de barras, portos e canais, retificação e regularização de cursos d’água e irrigação; vi - construção de estradas de ferro e estradas de rodagem; vii construção de aeródromos e aeroportos e seus acessos; viii - aterros e embelezam. Contribuição social – É o tributo destinado a custear atividades estatais específicas, que não são inerentes ao estado. Finalidade – Intervenção no domínio econômico. Exemplo: FGTS. Interesse de categorias profissionais ou econômicas – visa propiciar a organização dessa categoria, fornecendo recursos financeiros para manutenção da entidade associativa. Para a seguridade social – “a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta nos termos da lei, mediante recursos provenientes da união, dos estados, do distrito federal e dos municípios e das seguintes contribuições sociais: Dos empregadores, incidente sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro Dos trabalhadores. Sobre a receita de concursos de prognósticos. Empréstimo compulsório – Para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência. No caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, não podendo ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou Só pode ser estabelecido por lei complementar. A aplicação dos recursos será vinculada à despesa que fundamentou a sua instituição.
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