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Teoria do direito

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TEORIA DO DIREITO 
 
Conceito 
 
Celso, no Direito Romano – Arte do bom e do equitativo. 
Miguel Reale – Vinculação bilateral atributiva da conduta para a realização ordenada dos 
valores de convivência. 
Direito é o conjunto de princípios, de regras e de instituições destinado a regular a vida 
humana em sociedade. 
 
Dimensões do Direito 
 
Os fatos que ocorrem na sociedade. 
A valoração que se dá a esses fatos. 
A norma, que pretende regular as condutas das pessoas, de acordo com os fatos e os valores 
Uma ordem de fatos integrada numa ordem de valores. 
 
Sistemas Jurídicos 
 
Sistema romano-germânico. 
Common Law. 
 
Objetivo do Direito 
 
Regular a vida humana em sociedade, estabelecendo, para esse fim, normas de conduta, que 
devem ser observadas pelas pessoas. 
 
Direito Objetivo e Direito Subjetivo 
 
Direito objetivo – Complexo de normas que são impostas às pessoas, tendo caráter de 
universalidade, para regular suas relações. É o direito como norma. 
Direito subjetivo – Faculdade de a pessoa postular seu direito, visando à realização de seus 
interesses. 
 
Elementos do Direito 
 
Sujeito – Pessoas físicas ou jurídicas. 
Objeto – Bem ou a vantagem determinada pela ordem jurídica em relação à pessoa. 
Relação – Garantia que a ordem jurídica estabelece para proteger o sujeito de direito e seu 
objeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Direito e Moral 
 
Nem tudo que é permitido juridicamente é moral. 
 
Quanto á valorização 
Direito Moral 
Bilateral. 
Visa a exteriorização do ato, 
partindo da intenção. 
Unilateral. 
Visa a intenção, partindo da 
exteriorização do ato. 
Quanto à forma 
Pode vir de fora da vontade 
das partes (heterônomo). 
É coercível. 
É autônoma, proveniente da 
vontade das partes. 
Não há coação. 
Quanto ao objetivo 
Visa ao bem social ou aos 
valores de convivência. 
Visa ao bem individual ou aos 
valores da pessoa. 
 
Ramos do Direito 
 
Direito Natural – Nasce a partir do momento que surge o homem. Aparece naturalmente para 
regular a vida humana em sociedade, de acordo com as regras da natureza. Uma norma criada 
pela natureza e não pelo homem. 
Direito Positivo – Norma legal, emanada do Estado e não de outras fontes do Direito. 
 Direito Internacional Público – Regula questões internacionais que seriam de ordem 
 pública e deveriam ser respeitadas por cada país. Relações entre Estados, enquanto 
 nações. 
 Exemplo: Declaração Universal dos Direitos do Homem, Organização 
 Internacional do Trabalho (OIT). 
 Direito Internacional Privado – Disciplina as relações das pessoas no espaço, em que 
 existe mais de uma norma tratando do assunto. 
 Direito Nacional Público – Normas de ordem pública, que não podem ser mudadas 
 pela vontade das partes. Divide-se em Direito Constitucional, Administrativo, Penal, 
 Financeiro, Tributário, Processual, da Seguridade Social. 
 Exemplo: Obrigação de pagar tributos. 
 Direito Nacional Privado – Diz respeito ao interesse dos particulares, às normas 
 contratuais que são estabelecidas pelos particulares, decorrentes da manifestação de 
 vontade dos interessados. Divide-se em Direito Civil, Comercial e do Trabalho. 
 
Fontes do Direito 
 
Fontes formais – Formas de exteriorização do Direito. 
 Exemplo: Leis, costumes. 
Fontes materiais – Complexo de fatores que ocasionam o surgimento de normas, envolvendo 
fatos e valores. São analisados fatores sociais, psicológicos, econômicos, históricos etc. São 
fatores reais que irão influenciar na criação da norma jurídica. 
Fontes heterônomas – Impostas por agente externo. 
 Exemplo: Constituição, leis, decretos, sentença normativa, regulamento de empresa 
 unilateral. 
Fontes autônomas – Elaboradas pelos próprios interessados. 
 Exemplo: Regulamento de empresa (bilateral), costume, acordo coletivo, contrato. 
Fontes estatais – Estado estabelece a norma. 
Fontes extra-estatais – Oriundas das próprias partes. 
Fontes profissionais – Estabelecidas pelos trabalhadores e empregados interessados. 
Fontes voluntárias – Dependentes da vontade dos interessados. 
Fontes imperativas – Coercitivamente às pessoas pelo Estado. 
 
Constituição – Principal norma jurídica produzida por uma assembléia constituinte. Só pode 
ser modificada por uma nova constituição ou por uma emenda constitucional; servem de 
fundamento de outras normas e tem como guardião o Supremo Tribunal Federal. 
Lei – Norma emanada do Estado, e tem caráter imperativo. Expressão da vontade geral, o que 
é estabelecido genericamente para regular condutas. Não pretende atender a certa e 
específica questão, mas regular genericamente condutas, obrigando igualdade a todos, sendo 
abstrata. 
 Classificação: 
 Leis materiais – Regulam os direitos das pessoas. 
 Leis instrumentais ou processuais – Meio em que a pessoa tem para fazer 
 valer seu direito material. 
 Exemplo: Códigos de Processo Civil, Código de Processo Penal. 
 Leis Federais – Oriundas do Congresso Nacional. 
 Leis Estaduais – Oriundas das Assembléias Legislativas. 
 Leis Municipais – Oriundas das Câmaras Municipais. 
 Formação: 
 Iniciativa – Faculdade que a pessoa ou um órgão tem de propor um projeto de 
 lei. 
 Execução – Sanção, veto, promulgação e publicação da norma. 
 Sanção expressa – O chefe do Poder Executivo manifesta-se 
 formalmente de acordo com a norma aprovada. 
 Sanção tácita – O chefe do Poder Executivo não se manifesta no prazo 
 legal para declara-se de acordo com o projeto votado pelo Poder 
 Legislativo. 
 Veto – Oposição do chefe do Poder Executivo quanto ao projeto, que é 
 apreciado pelo Poder Legislativo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo. 
 Promulgação – Declaração do chefe do Poder Executivo ou presidente 
 do Congresso de que a lei passa a fazer parte do ordenamento jurídico. 
 Publicação – Forma de dar publicidade da norma às pessoas. 
 Tipos: 
 Emendas constitucionais: 
 Exige aprovação duas vezes em cada casa. 
 Exige para aprovação de 60 %. 
 Leis complementares: 
 Exige previsão constitucional. 
 Para aprovação exige maioria absoluta. 
 Leis ordinárias: 
 Pode ter preposição de diversas formas. 
 Para aprovação exige maioria simples. 
 Pode ser federal, estadual ou municipal. 
 Exemplos: código civil, penal, defesa do consumidor, lei de 
crimes ambiental, lei da previdência. 
Atos do Poder Executivo – Leis oriundas do Poder Legislativo e normas provenientes do Poder 
Executivo. 
 Medidas provisórias – Força de lei no período de 30 dias, podendo ser reeditadas. 
 Decretos – Complementam as leis, regulamentando-as, mas não podendo contrariar 
 ou inovar o seu conteúdo. 
 Portarias, ordens de serviço, instruções normativas, circulares – Visam ao 
 esclarecimento da lei e sua interpretação. 
Disposições Contratuais – Leis entre as partes, fixando regras de conduta e até multas pelo 
inadimplemento de certa cláusula. 
Usos e costumes – Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com os costumes. 
É a vontade social decorrente de uma prática reiterada, de certo hábito, de seu exercício; não 
é escrito, é espontâneo, elaborado e cumprido pelo grupo. Torna-se Direito na medida em que 
as pessoas que o praticam reconhecem-lhe a obrigatoriedade. Por fim, tem função supletiva 
ou integrativa e interpretativa. 
Jurisprudência – Não é considerada uma fonte do Direito, pois não se configura como regra 
obrigatória, mas apenas o caminho predominante em que os tribunais entendem de aplicar a 
lei, suprimindo eventuais lacunas desta última. São decisões reiteradas dos tribunais, 
evidenciando a tendência de interpretação destes. Produzem Súmulas com o conteúdo das 
decisões sobre determinada matéria. 
Doutrina – Não é considerada uma fonte do Direito, pois os juízes não estão obrigados a 
observar a doutrina em suas decisões, tanto que a doutrina muitas vezes não é pacífica. Éo 
saber jurídico dos Doutos no Direito. 
 
Aplicação das Normas de Direito 
 
Interpretação: 
 Gramatical ou literal – Verificar o sentido do texto gramatical da norma jurídica. 
 Interpreta-se literalmente a norma que outorgue a isenção. 
 Lógica – Estabelece conexão entre vários textos legais a serem interpretados. Parte-se 
 de uma premissa menor para uma maior, chegando à conclusão. 
 Teleológica ou finalística – Interpretação será dada ao dispositivo legal de acordo com 
 o fim colimado pelo legislador. 
 Sistemática – Interpretação será dada do dispositivo legal de acordo com a análise do 
 sistema no qual está inserido. São comparados vários dispositivos para constatar-se o 
 que o legislador pretende dizer. 
 Extensiva ou ampliativa – Dá-se um sentido mais amplo à norma a ser interpretada do 
 que ela normalmente teria. 
 Restritiva ou limitativa – Dá-se um sentido mais restrito, limitado, à interpretação da 
 norma jurídica. 
 Histórica – Como o Direito decorre de um processo evolutivo, há necessidade de 
 analisar, na evolução histórica dos fatos, o pensamento do legislador não só à época 
 da edição da lei, mas também de acordo com sua exposição de motivos, mensagens, 
 emendas, discussões parlamentares. 
 Autêntica, Legal ou Legislativa – Interpretação realizada pelo próprio órgão que editou 
 a norma, declarando seu sentido, alcance e conteúdo. 
 Sociológica – Constata a realidade e a necessidade social na elaboração da lei e em sua 
 aplicação. 
Integração – Visa suprimir lacunas existentes na lei por meio da analogia, costumes, e 
princípios gerais do direito. A equidade pode ser utilizada quando a lei assim determina. 
Eficácia – Aplicação ou execução da norma jurídica. Produção de efeitos jurídicos concretos ao 
regular as relações. 
 Eficácia no tempo: A lei entra em vigor na data de sua publicação se assim estiver dito. 
 Caso não haja especificação, a partir de 45 dias. Ela terá vigor até que outra a 
 modifique ou a revogue. Será revogada quando a posterior: 
 Expressamente assim declare (revogam-se as disposições...). 
 Seja com ela incompatível. 
 Regule inteiramente a matéria por ela tratada. 
 A lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdida a vigência 
 (repristinação). A lei em vigor respeitará o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a 
 coisa julgada. 
 Eficácia no espaço – Diz respeito ao território em que vai ser aplicada a norma. A lei 
 aplica-se ao Brasil, tanto para os nacionais como para os estrangeiros que aqui 
 residam. 
 
Princípios de Direito 
 
Princípios são as proposições básicas que informam as ciências. Para o Direito, o princípio é 
seu fundamento, a base que irá informar e orientar as normas jurídicas. 
De Plácido e Silva – Princípios revelam o conjunto de regras ou preceitos, que se fixaram para 
servir de norma a toda espécie de ação jurídica, traçando, assim, a conduta a ser tida em 
qualquer operação jurídica. 
Distinções: 
 Diferença entre princípio e norma: 
Norma é prescrição objetiva e obrigatória por meio da qual organizam-se, 
direcionam-se ou impõem-se condutas. Ela tem sentido de orientação, de 
regular conduta, tendo caráter imperativo. São classificadas em de conduta 
(disciplinam o comportamento das pessoas) ou de organização (disciplina de 
processos técnicos de identificação ou aplicação das normas). 
Princípios são gerais, possuem alto grau de abstração, não são editadas para 
uma situação específica, ao contrário das normas, que são geralmente 
atinentes a uma matéria. 
 Diferença entre princípio e regra – Regras é a aplicação dos princípios ou operam a 
concreção dos princípios, sobre os quais se apóiam. São normas fundamentais que informam a 
elaboração e a interpretação do Direito, sendo identificadas, portanto, nos textos legais, nas 
teorias e na doutrina. Tem como objetivo ordenação, pôr ordem, regrar, espelhando uma 
regulamentação de caráter geral. 
 
Princípio Regra 
Nem sempre expressas no ordenamento 
jurídico. 
Expressas no ordenamento jurídico. 
Não servem de expressão às regras. Servem de expressão às regras. 
Influenciam as regras. 
Pode ser levado em consideram para a 
interpretação da regra. 
Não pode ser levado em consideram para a 
interpretação da regra. 
Acepção filosófica. Acepção técnica. 
Violar um princípio é a forma mais grave de 
inconstitucionalidade. 
 
São gerais, possuem alto grau de abstração. São específicas. 
 Aplicação direta, não comportando exceções. 
Coexistem os princípios entre si, permitindo 
interpretação de valores e de interesses, de 
acordo com seu peso e ponderação. 
Não há como verificar a que tem mais 
importância, pois, se há conflito entre 2 
regras, uma delas não é valida, deixando de 
existir. 
Os princípios têm sanção moral. 
 
 
 
 Diferença entre princípio e diretriz – Diretrizes são objetivos almejados, que podem 
 ou não ser atingidos. 
 Diferença entre princípio e peculiaridade – Peculiaridades são restritas, atinente a um 
 ou poucos casos. 
Funções – Os princípios não têm função retificadora ou corretiva da lei, pois só são aplicáveis 
em caso de lacuna da lei. A finalidade é de integração da lei. Serão o último elo a que o 
intérprete irá se socorrer para a solução do caso que lhe foi apresentado. 
 Função informadora – Serve de inspiração ou orientação ao legislador, dando base à 
 criação de preceitos legais. São descrições informativas que irão inspirar o legislador. 
 Função normativa – Fonte supletiva, nas lacunas ou omissões da lei, quando inexistam 
 outras normas jurídicas que possam ser utilizadas pelo intérprete. 
 Função interpretativa – Serve de critério orientador para os intérpretes e aplicadores 
 da lei. Forma de auxílio na interpretação da norma jurídica e também em sua exata 
 compreensão. 
Princípios gerais – Ninguém poderá alegar ignorância do Direito: 
 Respeito à dignidade da pessoa humana. 
 Respeito à personalidade humana. 
 Vedação ao enriquecimento sem causa. 
 Princípio da razoabilidade, inclusive na aplicação da norma 
 Princípio da boa-fé – A má fé deve ser provada. 
 Ninguém poderá alegar a própria torpeza para se desobrigar 
 Pacta sunt servanda – Os acordos devem ser cumpridos 
 Exceptio non adimpleti contractus – Nenhum dos contraentes pode exigir o 
 implemento de sua obrigação antes de cumprir sua parte no pactuado. 
 Princípio da Legalidade – Ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo a não ser 
em virtude de lei.

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