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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S MÉTODO CIENTÍFICO Método Científico é o modo sistemático de explicar um grande número de ocorrências semelhantes Uma observação pode ser simples, isto é, feita a olho nu, ou pode exigir a utilização de instrumentos apropriados. . Modo sistemático – seguir o mesmo conjunto de regras e costumes e aplicá-los a todas as situações. Observação Controlada - é aquela que é realizada com técnicas que permitem descartar as variáveis passíveis de mascarar o resultado. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Uma hipótese é uma formulação provisória, com intenções de ser posteriormente demonstrada ou verificada, constituindo uma suposição admissível. As hipóteses precisam ser válidas para observações feitas no passado, no presente e no futuro. Em outro sentido mais específico, a hipótese pode ser considerada como um instrumento de pesquisa que medeia a teoria e a metodologia. Formulada a partir de uma determinada ambiência teórica e diante de um problema científico a ser resolvido, a hipótese implica a necessidade de demonstração a partir da metodologia e da pesquisa. Deve-se ter em vista, contudo, que, neste sentido metodológico mais restrito, a hipótese é apenas uma formulação provisória, destinada a colocar a pesquisa em andamento. No decorrer do processo de pesquisa ela pode ser confirmada ou não, o que não desqualifica o papel que terá exercido para impulsionar a pesquisa para a frente. Falseabilidade - toda hipótese tem que ser falseável ou refutável. Isso não quer dizer que o experimento seja falso; mas sim que ele pode ser verificado, contestado. Ou seja, se ele realmente for falso, deve ser possível prová-lo. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S MEDIDAS O estudo da química depende muito da realização de medidas. Propriedade de diferentes substancia são comparadas através da realização de medidas que podem apontar modificações ocorridas em um experimento. Assim, quando realizamos uma medida precisamos estabelecer a confiança que o valor encontrado para a medida representa. Medir é um ato de comparar e esta comparação envolve erros dos instrumentos, do operador, do processo de medida e outros. Instrumento comum que nos permite medir propriedades de uma substancia: Balança – Massa Régua – Comprimento Termômetro – Temperatura Bureta – Volume Pipeta – volume Proveta – volume Balão volumétrico – volume Esses instrumentos servem para medidas de propriedades macroscópicas, que podem ser determinadas diretamente. Uma quantidade medida é geralmente escrita na forma de um numero acompanhado de uma unidade apropriada. Dizer que a distancia de carro entre Fortaleza e Natal por determinado caminho é 510 não tem significado nenhum. Há a necessidade de especificar que a distancia é 510 quilômetros. Na Química, as unidades são essenciais para expressar corretamente as medidas. UNIDADES SI Em 1960 a Conferencia Geral de Pesos e Medidas, autoridade internacional em unidades, propôs um sistema métrico denominado Sistema Internacional de Unidades (abreviadamente SI, do Frances Système International d’Unités) baseada nestas sete unidades básicas: UNIDADES BÁSICAS SI NOME DA GRANDEZA BASICA NOME DA UNIDADE SIMBOLO Comprimento Metro m Massa Quilograma kg Tempo Segundo s Corrente Elétrica Ampére A Temperatura Kelvin K Quantidade de Substancia Mol mol Intensidade Luminosa Candela cd UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Todas as outras unidades de medidas podem ser derivadas dessas unidades básicas. As unidades SI modificam-se em termos decimais por uma serie de prefixos, conforme a tabela abaixo: Prefixos Usados com as Unidades SI Prefixos Símbolos Significado Exemplo Tera- T 1.000.000.000.000 ou 1012 1 terâmetro (Tm) = 1x1012 m Giga- G 1.000.000.000 ou 109 1 gigâmetro (Gm) = 1x109 m Mega- M 1.000.000 ou 106 1 megâmetro (Mm) = 1x106 m Quilo- k 1.000 ou 103 1 quilometro (km) = 1x103 m Deci- d 1/10 ou 10-1 1 decímetro (dm) = 0,1 m Centi- c 1/100 ou 10-2 1 centímetro (cm) = 0,01 m Mili- m 1/1.000 ou 10-3 1 milímetro (mm) = 0,001 m Micro- 1/1.000.000 ou 10 -6 1 micrômetro (m) = 1x10-6 m Nano- n 1/1.000.000.000 ou 10-9 1 nanômetro (nm) = 1x10-9 m Pico- p 1/1.000.000.000.000 ou 10-12 1 picômetro (pm) = 1x10-12 m As medidas que utilizamos com freqüência no estudo da química incluem o volume, o tempo, a massa, a densidade e a temperatura. MASSA E PESO Massa é a medida da quantidade de matéria em um objeto. A massa de um objeto pode ser facilmente determinada com a utilização de uma balança e esse processo é denominado pesagem. A unidade básica SI da massa é o quilograma (kg), mas em química o uso da unidade menor, grama (g), é mais conveniente: 1 kg = 1000 g = 1 x 103 g Peso é a força que a gravidade exerce em um objeto. VOLUME Volume é o comprimento (m) elevado ao cubo. A unidade básica SI do volume é o metro cúbico (m3). Os químicos também trabalham com volumes muito menores como o centímetro cúbico (cm3) e o decímetro cúbico (dm3): 1 cm3 = (1 x 10-2 m)3 = 1 x 10-6 m3 1 dm3 = (1 x 10-1 m)3 = 1 x 10-3 m3 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Outra unidade de volume comum, que não pertence ao SI, é o litro (L). Um litro é o volume ocupado por um decímetro cúbico. Nós químicos usamos geralmente usamos as unidades litro (L) e mililitro (mL) para líquidos: 1 L = 1000 mL 1000 cm3 1 dm3 Um mililitro é igual a um centímetro cúbico: 1 mL = 1 cm3 ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS Algarismos significativos de um número refere-se aos dígitos que representam um resultado experimental, de modo que apenas o ultimo algarismo seja duvidoso. O número de algarismos significativos expressa a precisão de uma medida. Medidas experimentais não são absolutas. Sempre existe uma duvida no resultado obtido. Considere, por exemplo, que desejamos medir o comprimento de um clipe de papel usando uma régua cuja menor divisão da escala é o milímetro. A Figura abaixo ilustra essa situação. O tamanho do clipe de papel está entre 1,7 cm e 1,8 cm. Considere que um aluno, olhando para essa imagem, afirma que o clipe possui 1,7694852 cm. Que significado têm todos esses algarismos? A maioria desses algarismos não têm significado algum. Em outras palavras, podemos dizer que não são algarismos significativos, porque não possuem significado físico.. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Chamamos algarismos significativos aquelesnúmeros que têm significado físico e, por isso, devem ser registrados ao se expressar o resultado de uma medição. Podemos afirmar que o comprimento do clipe de papel medida acima é igual a 1,76 cm ou 1,77 cm, ou seja, você tem dois algarismos corretos (1 e 7) e um duvidoso (6 ou 7), porque este ultimo foi estimado por você – um outro observador poderia fazer uma estimativa diferente. Embora o algarismo 6 ou 7 seja duvidoso ele nos dá uma informação que tem significado: o comprimento do clipe de papel vai alem da metade da mesma divisão. Com essa régua, obtemos uma medida com 3 algarismos significativos. Se afirmarmos que o comprimento do clipe de papel é 1,769 cm, estamos dando uma informação que não é confiável. O algarismo 6 embora seja duvidoso, informa que o comprimento do clipe vai alem da metade da menor divisão, o que é correto. Ele é um algarismo estimado. Já o algarismo 9, é um algarismo “chutado”, pois não temos a mínima condição de estimá-lo. Com essa régua empregada acima, só podemos fornecer medida com, no maximo, 3 algarismos significativos. Os algarismos significativos de uma medida são aqueles a que é possível atribuir um significado físico correto. O algarismo obtido por estimativa também se considera significativo. 1,76 cm 2 Algarismos Corretos 1 Agarismo duvidoso A medida apresenta 3 algarismos significativos ORIENTAÇÃO PARA O USO DE ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS Em trabalhos de natureza científica, devemos escrever o numero correto de algarismos significativos, com base nas seguintes regras: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S 1. Qualquer digito diferente de zero é significativo. Assim, 458 cm tem três algarismos significativos; 1,342 Kg tem quatro algarismos significativos e assim por diante. 2. Os zeros entre dígitos diferentes de zero são significativos. Desse modo, 606 m contem três algarismos significativos, 50.302 Kg possui cinco algarismos significativos e assim por diante. 3. Os zeros à esquerda do primeiro digito diferente de zero não são significativos. A função deles é indicar a posição da vírgula decimal. Por exemplo, 0,05 L têm um algarismo significativo; 0,0000439 g possui três algarismos significativos, e assim por diante. 4. Se um número for maior do que 1, todos os zeros à direita da virgula contam como algarismos significativos. Portanto, 4,0 mg possui dois algarismos significativos e 50,026 mL contem cinco algarismos significativos. Se um número for inferior a 1, então apenas os zeros que estão no fim do numero e os zeros que estão entre dígitos diferentes de zero são significativos. Isso quer dizer que 0,060 kg contem dois algarismos significativos; 0, 5003 L possui quatro algarismos significativos; 0,00420 min contem três algarismos significativos e assim por diante. 5. Para números que não contem vírgulas, os zeros finais (isto é, os zeros que estão depois do ultimo digito diferente de zero) podem ou não ser significativos. Dessa forma, 500 cm pode ter um algarismo significativo (o digito 5), dois algarismos significativos (50) ou três algarismos significativos (500). Não podemos saber qual das situações é a correta sem informações. Usando a notação cientifica, contudo, podemos evitar a ambigüidade o numero 500 pode ser expresso como 5 x 102 para um algarismo significativo; 5,0 x 102 para dois algarismos significativos ou 5,00 x 102 para três algarismos significativos. ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS DO RESULTADO DE UM CALCULO Quando o resultado de uma analise é calculado, vários números, que representam os valores das grandezas determinadas experimentalmente são envolvidos. Exemplo: massa de substancia, volume de solução, números retirados de tabelas, etc. A manipulação destes dados experimentais gera o problema de se determinar o numero de algarismos significativos a ser expresso no resultado do calculo. Regras envolvendo operações de adição, subtração, multiplicação e divisão, serão em seguida discutidas. Adição e Subtração: quando duas ou mais quantidades são adicionadas e/ou subtraídas, a soma ou a diferença deverá conter tantas casas decimais quantas existirem no componente com o menor número delas. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Exemplo 1 Um corpo pesou 3,1 g numa balança cuja sensibilidade é 0,1 g e outro corpo 0,2154 g ao ser pesado em uma balança analítica. Calcular o peso total dos dois corpos. 3,1 0,2154 3,3154 O resultado a ser tomado deve ser 3,3 g. O numero 3,1 é o que apresenta maior incerteza absoluta, a qual está na primeira casa decimal. Por esta razão, a incerteza do resultado da operação soma deve ser localizada também na primeira casa decimal. Exemplo 2 Um pedaço de polietileno pesou 7,9 g numa balança cuja incerteza é 0,1 g. Um pedaço deste corpo foi retirado e pesado em uma balança analítica cuja massa medida foi de 3,2169 g. Calcular a massa do pedaço de polietileno restante. 7,9 3,2169 4,6831 A massa de polietileno restante é 4,7 g. Quando for arredondar números, a seguinte regra deve ser seguida: Se o digito que segue o ultimo algarismo significativo é igual ou maior que 5, então o ultimo algarismo significativo é aumentado em uma unidade. Se o digito que segue o ultimo algarismo significativo é menor do que 5, o ultimo algarismo significativo é mantido. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Exemplo 3 Na soma de 2000,0 20,04 2,076 2022,116 O resultado deve ser expresso por 2022,1 MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO: Nestas operações, o resultado deverá conter tantos algarismos significativos quantos estiverem expressos no componente com menor numero de significativos. Exemplo Calcular o numero de mol existente nos seguintes volumes de solução 0,1000 M de HCl. a) 25,00 mL b) 25,0 mL c) 25 mL d) Na titulação de 24,98 mL de uma solução de HCl foram gastos 25,11 mL de solução de NaOH 0,1041 M. Calcular a molaridade do HCl. Quando são feitas varias operações sucessivas, é conveniente manter os números que serão usados nos cálculos subseqüentes com pelo menos um digito alem do ultimo algarismo incerto. Como no exemplo já visto, deixa-se para fazer o arredondamento apenas após a conclusão do calculo final. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S EXATIDÃO E PRECISÃO A EXATIDÃO de uma medida está relacionada com a proximidade do valor medido em relação ao valor verdadeiro da grandeza. A PRECISÃO de uma medida está relacionada com a concordância das medidas entre si, ou seja, quanto maior a dispersão dos valores medidos, menor a precisão. A EXATIDÃO está relacionadacom a veracidade das medidas e a PRECISÃO com a sua reprodutibilidade. Precisão não implica obrigatoriamente exatidão. A figura abaixo mostra o desempenho dos atiradores de dardos X, Y e Z. Na figura X, atirador de dardo X, mostra que ele obteve exatidão e precisão elevadas, pois os dardos diferem pouco do alvo e as posições individuais por sua vez, diferem pouco entre si. Na figura Y, atirador de dardo Y, mostra que ele obteve baixa exatidão (grande diferença entre as posições individuais e o alvo) e elevada precisão (pouca diferença entre os dardos individuais entre si). Na figura Z, atirador de dardo Y, mostra que ele obteve baixa exatidão, pois os dardos estão bastante afastados do alvo, e baixa precisão, devido à grande dispersão dos dardos individualmente. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S MATÉRIA MATÉRIA - É tudo aquilo que possui massa e ocupa espaço, ou seja, possui volume. Ex.: Água, Madeira, Alumínio... a. Corpo – Porção limitada da matéria, sem utilidade. b. Objeto – Porção limitada da matéria, com utilidade. Exemplo: A quebra de um prato de vidro pode ser descrita como um objeto (prato) que deixa de existir e surgem vários corpos (o prato fragmentado). CLASSIFICAÇÃO DA MATERIA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S PROPRIEDADES DA MATERIA Consideramos propriedades as qualidades da matéria que podem ser medidas. Essas propriedades são classificadas em duas categorias: Propriedades Extensivas – aquelas cujos valores medidos dependem do tamanho ou da extensão da amostra. Exemplo: Massa, comprimento, volume. Propriedades Intensivas – aquelas que não dependem do tamanho ou da extensão da amostra. Exemplo: Densidade, temperatura, ponto de fusão, ponto de ebulição. Quando diferentes amostras exibem valores idênticos aos de propriedades intensivas, é razoável supormos que as diversas amostras são constituídas do mesmo material. MATÉRIA E SEUS ESTADOS FÍSICOS Sólido, apresenta forma e volume constante, onde os átomos estão compactados. Líquido, apresenta forma variável e volume constante, onde os átomos estão mais livres. Gasoso, apresenta forma e volume variável, onde os átomos estão totalmente livres. Mudanças do Estado Físico da Matéria UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Para cada substancia, existe uma temperatura acima da qual é impossível a liquefação por compressão isotérmica. Essa temperatura foi denominada temperatura critica da substancia. Assim, uma substancia no estado gasoso pode ser um gás ou um vapor. Será um gás se a sua temperatura for superior à temperatura critica; será um vapor se a sua temperatura for igual ou inferior à temperatura critica. DENSIDADE Densidade é a razão entre massa de um objeto e o seu volume. A densidade é uma propriedade intensiva que não depende da quantidade de massa presente. A unidade derivada do SI para a densidade é o quilograma por metro cúbico (kg/m3). Essa unidade é relativamente grande para a maior parte das aplicações químicas. Por isso, é comum usar gramas por centímetro cúbico (g/cm3) e o seu equivalente, gramas por mililitro (g/mL) para as densidades de sólidos e líquidos. A tabela abaixo mostra a densidade de algumas substancias. Densidade de Algumas Substancia a 25°C Substancia Densidade (g/cm3) Ar 0,001 Etanol 0,79 Agua 1,00 Mercurio 13,6 Sal de cozinha 2,2 Ferro 7,9 Ouro 19,3 Ósmio 22,6 Problema O ouro é um metal precioso quimicamente inerte. É usado essencialmente em joalheria, em prótese dentarias e em equipamentos eletrônicos. Um pedaço de lingote de ouro com massa de 301 g tem um volume de 15,6 cm3. Calcule a densidade do ouro. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Solução Com base na equação: ESCALAS DE TEMPERATURA Atualmente são utilizadas três escalas de temperatura. As suas unidades são: °F Graus Fahrenheit °C Graus Celsius K Kelvin UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Na figura acima observamos que as três escalas baseiam-se em duas propriedades físicas da água: ponto de congelamento e ponto de ebulição. Na escala kelvin o ponto de congelamento da água é 273 K, enquanto que nas escalas Celsius e Fahrenheit o ponto de congelamento da água é 0°C e 32°F, respectivamente. Já o ponto de ebulição da água na escala Kelvin é 373 K, na escala Celsius 100°C e na escala Fahrenheit é 212°F. Assim, temos um intervalo entre o ponto de congelamento (0°C) e o ponto de ebulição (100°C) da água é 100 graus, nas escalas Kelvin e Celsius; a escala Fahrenheit apresenta uma subdivisão de 180 unidades de grau. Como exemplo tem que a medição da temperatura do corpo na escala Kelvin é 310 K, enquanto que a mesma medição utilizando as escalas Celsius e Fahrenheit apontam 37°C e 98,6°F, respectivamente. Kelvin é a unidade SI básica de temperatura; é a escala de temperatura absoluta. Por absoluto entende-se que o zero na escala Kelvin, representado por 0 K, é a temperatura mais baixa que se pode atingir, em teoria. Para convertermos graus Fahrenheit em Celsius, utilizamos a equação: A equação para converter gruas Celsius em Fahrenheit: As escalas Celsius e Kelvin possuem unidade de igual magnitude; um grau Celsius é equivalente a um Kelvin. Usamos a equação abaixo para converter graus Celsius em Kelvin: Ponto de Fusão (P.F.) e de Ebulição (P.E.) Ponto de Fusão – é a temperatura em que a temperatura do sólido está em equilíbrio com a temperatura do líquido. Ponto de Ebulição – é a temperatura em que a temperatura do líquido está em equilíbrio com a temperatura do vapor. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S SEPARAÇÃO DA MATÉRIA EM SUBSTANCIAS PURA PROCESSOS BASICOS DE SEPARAÇÃO FILTRAÇÃO Filtração A separação se faz através de uma superfície porosa chamada filtro; o componente sólido ficará retido sobre a sua superfície, separando-se assim do líquido que atravessa. Filtração à Vácuo UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S A filtração pode ser acelerada pela rarefaçãodo ar, abaixo do filtro. Nas filtrações sob pressão reduzida, usa-se funil com fundo de porcelada porosa (funil de Büchner). Decantação Deixa-se a mistura em repouso até que o componente sólido tenha-se depositado completamente. Remove-se em seguida, o líquido, entornando-se cuidadosamente o frasco, ou com auxílio de um sifão (sifonação). Para acelerar a sedimentação do sólido, pode-se recorrer à centrifugação, conforme o desenho: A decantação é muito utilizada para separar líquidos imiscíveis, ou seja, líquidos que não se misturam. Para isso, coloca-se a mistura a ser separada em um funil de separação (ou funil de decantação ou funil ed bromo). Quando a superfície de separação das camadas líquidas estiver bem nítida, abre-se a torneira e deixa-se escoar o líquido da camada inferior, conforme o desenho: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Quando os líquidos não se separam pelo simples repouso, ou o faz muito lentamente, submete-se inicialmente a mistura à centrifugação. Dissolução Fracionada Trata-se a mistura com um líquido que dissolva apenas um dos componentes. Por filtração, separa-se o componente não dissolvido; por evaporação (ou destilação) da solução, separa-se o componente dissolvido no líquido. Veja o exemplo a seguir: Sublimação Só pode ser aplicada quando uma das fases sublima com facilidade. É empregada na purificação do iodo e do naftaleno. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Flotação Trata-se a mistura com um líquido de densidade intermediária em relação às dos componentes. O componente menos denso que o líquido flutuará, separando-se assim do componente mais denso, que se depositará. O líquido empregado não deve, contudo, dissolver os componentes. Também é denominado de sedimentação fracionada. Veja o exemplo: Cristalização Fracionada A mistura de sólidos é dissolvida em água ou solvente orgânico e a solução é submetida à evaporação. Quando a solução ficar saturada em relação a um componente, o prosseguimento da evaporação do solvente acarretará a cristalização gradativa do referido componente, que se separará da solução. A solução, contendo o componente cuja saturação ainda não foi atingida, fica sobre os cristais do outro e é chamada água-mãe de cristalização. Destilação Simples Para a separação dos componentes das misturas homogêneas sólido-líquido, recorre- se comumente a destilação simples. O princípio do processo consiste em aquecer a mistura até a ebulição; com isso o componente líquido separa-se do sistema sob a forma de vapor, que a seguir é resfriado, condensando-se, e o líquido é recolhido em outro recipiente. Veja: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO: ENGENHARIA DE PESCA 2012.2 DISCIPLINA: CE 801 PROF. M A T O S Destilação Fracionada Para a separação dos componentes das misturas homogêneas líquido-líquido, recorre- se comumente à destilação fracionada. Aquecendo-se a mistura em um balão de destilação, os líquidos destilam-se na ordem crescente de seus pontos de ebulição e podem ser separados. O petróleo é separado em suas frações por destilação fracionada. Veja: MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO
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