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Aula 6 Aspectos Biocenóticos dos Recursos Pesqueiros

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Aspectos Biocenóticos dos Recursos 
Pesqueiros 
Profa. Ianna Fernandes 
Universidade Federal do Ceará 
Centro de Ciências Agrárias 
Departamento de Engenharia de Pesca 
1 
INTRODUÇÃO 
 Uma racional administração dos recursos pesqueiros deve estar 
voltada para o conhecimento da biocenose das espécies que os 
constituem; 
 
 Existem muitos trabalhos publicados sobre os ecossistemas 
aquáticos, tanto marinhos como continentais; 
 
 Ter conhecimento da biologia dos recursos pesqueiros facilita o 
desenvolvimento de técnicas que serão utilizadas na aquicultura; 
 
 As condições biocenóticas são de grande valor para a conservação e 
manutenção dos recursos pesqueiros; 
 
 Existem semelhanças e diferenças nos aspectos biocenóticos entre as 
diversas espécies de organismos aquáticos; 
 
 2 
INTRODUÇÃO 
 Alguns pontos devem ser levados em consideração, como por exemplo: 
 
1. Tal espécie é migratória ou sedentária?; 
 
2. Em que ecossistemas vive durante as diversas fases de vida?; 
 
3. Como se reproduz?; 
 
4. Seus ovos, larvas, alevinos, juvenis e adultos são vulneráveis aos 
predadores; 
 
 
 Muitas questões cabem ainda dentro deste contexto, as quais podem 
ajudar o administrador dos recursos pesqueiros na identificação de 
muitos recursos. 
3 
 O conhecimento das zonas habitadas determina o tipo de 
cuidado que deve ser recomendado para a pesca e sua possível 
eficácia; 
 
 Sabe-se que muitas espécies de peixes habitam mais de uma 
zona, já que estão sujeitas aos deslocamentos periódicos; 
INTRODUÇÃO 
4 
5 
6 
FORMAS MARINHAS DE PROFUNDIDADE 
 O ambiente marinho , sob o ponto de vista físico, se apresenta mais ou 
menos semelhante em todos os oceanos, se destacando as grandes 
profundidades. 
 
Ex: Fossa das Marianas no Oceano Pacífico (11.035 m) 
7 
FORMAS MARINHAS DE PROFUNDIDADE 
 Abissais ou hadais 
 
1. Encontrados nas grandes profundidades das 
fossas oceânicas; 
 
2. Ambiente obscuro; 
 
3. Temperatura da água ligeiramente superior 
ao ponto de congelamento; 
 
4. Salinidade em torno de 33 ppt. 
 
5. Peixes com formas grotescas, bocas enormes, 
longos filamentos sensoriais, órgãos 
fosforescentes . 
Ex: Argyropelecus sp. e Chauliodus sp. 
8 
FORMAS MARINHAS DE PROFUNDIDADE 
 Batipelágicos ou batiais 
 
1. Habitam as águas intermediárias do oceano, sobre as grandes 
profundidades e por baixo do limite da plataforma continental; 
 
2. Ambiente frio, com sombra ou obscuridade total ( a partir de 2000 m 
de profundidade e vai até 6000 m); 
 
3. As espécies são fosforescentes, semelhantes as abissais. 
9 
FORMAS MARINHAS DE PROFUNDIDADE 
 Arquibênticas 
 
 São espécies que vivem sobre ou perto do fundo por 
baixo do limite da plataforma continental. 
 
 
 
10 
Gênero Callorhynchus 
FORMAS MARINHAS DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS 
 Bênticas 
 
 São aqueles que vivem sobre os grandes bancos pouco 
profundos; 
 
 São também chamados de espécies demersais; 
 
 Profundidade de 10 a 250 m; 
 
 Fundo dos oceanos, abrangendo áreas como as costas, litoral, 
recifes de corais e o fundo de maiores profundidades. 
 
11 
FORMAS MARINHAS DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS 
12 
Lutjanídeos Gadus morhua - Bacalhau 
Merluccius merluccius 
FORMAS MARINHAS DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS 
Bênticas 
Rajidae 
13 
FORMAS MARINHAS DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS 
Bênticas 
Serranidae - Epinephelus lanceolatus 
Limanda aspera 
Selene setapinnis 
14 
FORMAS MARINHAS DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS 
 Oceânicas 
 
 São os organismos que vivem perto da superfície do mar, mas 
raramente se aproximam da costa ; 
 
 
 
Peixe-dos-sargassos (Histrio sp.) Peixe-lua (Mola sp.) 
15 
FORMAS MARINHAS DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS 
 Pelágicas 
 
 São os organismos que habitam as áreas próximas à superfície e 
são tipicamente errantes, viajando desde a costa até as zonas mais 
afastadas do seu ambiente, formando enormes cardumes ; 
 
 Podem ser potentes nadadores e se alimentam na superfície; 
 
 São apreciados pelos pescadores desportistas. 
 
 
16 
FORMAS MARINHAS DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS 
Pelágicas Clupeidae 
Thunnus 
Cavalas (Scombridae) 
17 
FORMAS MARINHAS DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS 
 Bentopelágicas (bênticas e pelágicas) 
 
 Organismos que vivem em ambientes pelágicos e bentônicos, 
cuja mudança de ambiente varia de acordo com sazonalidade. 
Abadejo(Pollachius virens) 
Chondrichthyes 
18 
FORMAS MARINHAS DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS 
 Costeiras 
 
 Populações de organismos aquáticos que vivem num espaço de 2 a 3 
km da costa; 
 
 Vivem próximas ao nível da maré; 
 
 Algumas vezes chegam ao estuário. 
Xaréu (Caranxlatus) Chloroscombrus chrysurus - Palombeta 
Família Centropomidae 
19 
FORMAS MARINHAS DE ÁGUAS POUCO PROFUNDAS 
 Estuarinas 
 
 São as espécies que toleram as variações de salinidade e de 
temperatura da água; 
 
 Ambiente se caracteriza pela junção do rio com o mar, até onde a 
maré exerce influencia sobre a qualidade e quantidade da água. 
 
A comunidade de peixes estuarinos é constituída por espécies 
residentes, migrantes marinhas e de água doce, que usam os estuários 
como áreas de alimentação, de criação de larvas e juvenis ou para a 
reprodução 
20 
Áreas de estuário 
Robalo 
Estuarinas 
Tainha (Mugil curema) 
 21 
 
 São os organismos aquáticos que viajam do mar para a água doce 
ou vice-versa, sendo conhecidas mais especificamente, como de 
duas categorias distintas: 
 
1. Catádromas: realizam a desova no mar. 
 
 
 
2. Anádromas: são aquelas formas que realizam a desova em água 
doce e depois retornam para o ambiente marinho. 
Enguia (Anguilla sp.) 
Oncorhynchus keta 
FORMAS DIADROMAS 
 
22 
FORMAS EXCLUSIVAS DE ÁGUA DOCE 
  Lacustrinas 
 
 São aquela cuja vida transcorre inteiramente nos lagos, lagoas 
e reservatórios; 
 
 Sob o ponto de vista ecológico podem receber a mesma 
denominação adotada para os organismos marinhos, como por 
exemplo, bentônicas, pelágicas, litorâneas ou costeiras. 
23 
FORMAS EXCLUSIVAS DE ÁGUA DOCE 
 Ambiente lacustre 
Colossoma macropomum 
Cyprunus carpio 
Família Characidae 
24 
FORMAS EXCLUSIVAS DE ÁGUA DOCE 
 
 Riverinas 
 
 Nesta categoria estão incluídas as espécies de peixe de água 
doce que vivem exclusivamente nos rios, embora possam mudar 
de ambientes por fatores diversos. 
Bacia Amazônica Bacia Araguaia-Tocantins 
25 
26 
FORMAS EXCLUSIVAS DE ÁGUA DOCE 
 
Cichla spp. Serrasalminae 
Piramutaba Pseudoplatystoma sp. 27 
MOVIMENTAÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS 
 
 Espécies sedentárias 
 
 São aquelas que não se locomovem, as quais podem passar da 
fase larval para o estado adulto dentro de uma área muito restrita. 
Ex: ostras, mexilhões, vieiras e outros tipos de moluscos bivalves. 
28 
MOVIMENTAÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS 
 
 Espécies estenoécias 
 
 São aquelas que, embora sejam capazes de nadar livremente, 
preferem viver num espaço físico bastante limitado; 
 
 Pouco se afastando em suas diversas fases de vida do ambiente 
onde nasceram.; 
 
 Realizam deslocamentos, na sua maioria influenciados por 
causas ambientais. 
 
Ex: movimentos diuturnos, intertidais (marés), estacionais. 
29 
MOVIMENTAÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS 
 
 Movimentos diuturnos: 
 
 Movimentos verticais na coluna d´água no transcurso do dia e da 
noite em função da intensidade luminosa e da procura de 
alimentos. Ex: zooplâncton 
30 
MOVIMENTAÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS 
 
 Movimentos intertidais (zonas entre marés): Nas baías pouco profundas se pode observar o deslocamento de 
peixes avançando para a costa quando sobe a maré (preamar) e 
retrocedendo durante a maré vazante (baixa-mar). 
 
 
Cracas Mexilhões Família dos Gobiidae 
31 
MOVIMENTAÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS 
 
 Movimentos estacionais: 
 
 Em razão das estações do ano muitas espécies estenoécias se 
deslocam para outras áreas afastadas ou não de onde vivem maior 
parte da vida. 
 
 
 
 
Truta arco-íris - Oncorhynchus mykiss 
32 
MOVIMENTAÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS 
 
 Movimentos ocasionais: 
 
 São aqueles observados em determinadas espécies de 
organismos aquáticos, cujo comportamento é manifestado por uma 
tendência para se dispersarem. 
 
 
 
 
Panulirus argus 
33 
MOVIMENTAÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS 
 
 Espécies migratórias 
 
 São aquelas que vivem, constantemente, mudando de ambiente em 
determinados momentos de suas vidas; 
 
 Realizam grandes viagens percorrendo centenas de km. 
Atuns 
34 
MOVIMENTAÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS 
 
 Espécies migratórias 
 
 Fatores de natureza biológica 
 
1. Somatropismo – para alcançar normal desenvolvimento. 
Ex: salmão, atuns 
 
2. Gonadotropismo – migração realizada com a finalidade de 
reprodução 
Ex: salmão, enguia 
 
3. Trofotropismo – migração de organismos para áreas de 
alimentação. 
Ex: atuns, cetáceos, a maioria dos pelágicos. 
 
 35 
MOVIMENTAÇÃO DOS ORGANISMOS AQUÁTICOS 
 
 Espécies migratórias 
 
 Fatores de natureza biológica 
 
4. Criptotropismo – causas desconhecidas, aparentemente, 
influenciada pelas condições ambientais. 
 
Ex: branquitropismo: se afastam de águas poluídas; 
Sensotropismo: causas sensoriais, como o odor. 
 
 
 
 
 
36 
MODOS DE REPRODUÇÃO 
 
 São quatro diferentes modos de reprodução dos organismos 
aquáticos: 
 
1. Viviparidade: fecundação e desenvolvimento embrionário ocorre 
internamente, tal como mamíferos aquáticos, tubarões e raias. 
37 
MODOS DE REPRODUÇÃO 
 
 
1. Ovoviviparidade: fecundação se dá internamente e o 
desenvolvimento embrionário ocorre apenas parcialmente , sem 
o embrião receber alimento pelo sangue materno. 
 
Ex: répteis e anfíbios 
 
 
38 
MODOS DE REPRODUÇÃO 
 
 
1. Oviparidade: fecundação se dá internamente e o 
desenvolvimento embrionário ocorre externamente. 
 
Ex: peixe cangati 
 
 
gonopódio 
39 
MODOS DE REPRODUÇÃO 
 
 
1. Ovuliparidade: fecundação, desenvolvimento embrionário e a 
eclosão das larvas ocorrem externamente. 
 
OBS: o modo mais comum de reprodução dos peixes. 
 
 
 
40 
DIMORFISMO SEXUAL 
 
 A característica que cada espécie apresenta e que permite a 
identificação do sexo externamente sem necessidade de 
sacrificar o organismo para ver as gônadas na cavidade 
abdominal. 
 
 Pode ser representado por duas formas: 
 
1. Primário: quando o caráter específico participa diretamente da 
reprodução. 
Ex: tilápia e cangati. 
 
Fêmeas de tilápia guardam 
os ovos na boca. 
41 
DIMORFISMO SEXUAL 
 
Sexagem de tilápias – observação da papila genital 
 
 As fêmeas na papila genital apresentam, uretra, oviduto e 
ânus e os machos somente uretra e ânus. 
42 
DIMORFISMO SEXUAL 
 
2. Secundário – quando o caráter externo não tem relação direta 
com o ato da reprodução, se comportando apenas como meio de 
excitação e de atração pelo sexo oposto. 
 
Ex: aparências coloridas, odores, etc. 
43 
MATURIDADE SEXUAL 
 
1. Idade – fator mais importante porque define o momento em que 
se inicia o processo reprodutivo. 
 
Ex: tilápia (4 a 6 meses); tambaqui ( 3 a 4 meses); curimatã comum 
(12 a 18 meses); carpa comum (2 a 3 anos); tucunaré (2 a 3 anos) 
e pirarucu (5 a 6 anos). 
 
2. Alimentação – falta de substâncias nutritivas podem retardar a 
maturidade sexual e impedir a reprodução. 
 
3. Temperatura – fator que pode inibir a maturidade sexual. 
44 
DESENVOLVIMENTO GONADAL 
 
 São 3 estágios que os peixes apresentam quando alcançam a 
maturidade sexual: 
 
1. Estro: gônadas plenamente desenvolvidas. 
 
2. Diestro: é o estágio que se segue logo após a ocorrência da 
reprodução, em que as gônadas do macho e da fêmea 
começam a regredir. 
 
3. Proestro: é o estágio que se caracteriza pelo início de 
desenvolvimento da gônadas, com a volta do amadurecimento 
dos óvulos e espermatozóides. 
 
Ex: aspectos (volumosa, vazia, etc), coloração, óvulos . 
 
45

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