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PONTO 12 INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE 03.11.2014

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DIREITO ADMINISTRATIVO II
INTERVENÇÃO DO ESTADO
NA PROPRIEDADE
PONTO 12
 (ART. 5º, XXII da CF). 
“É garantido o direito de propriedade” O direito de propriedade é um direito individual e como todo direito individual, uma cláusula pétrea.
USAR, GOZAR E USUFRUIR
Direito de propriedade é o direito de usar, gozar, usufruir e dispor de um determinado bem, e de reavê-lo, de quem quer que injustamente o esteja possuindo uma cláusula pétrea.
A PROPRIEDADE DEVE TER FUNÇÃO SOCIAL
O direito de propriedade não é um direito absoluto, assim o proprietário tem que dar uma função social à propriedade. “A propriedade atenderá a sua função social” (art. 5º, XXIII da CF).
*Cumpre a função social quando obedece às diretrizes fundamentais de ordenação da cidade fixadas no plano diretor
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE
SE A PROPRIEDADE CUMPRE SUA FUNÇÃO SOCIAL:
A intervenção só pode ter por base a supremacia do interesse público sobre o particular.
“A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição” (art. 5º, XXIV da CF).
“As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro” (art. 182, §3º da CF).
 
SE A PROPRIEDADE NÃO CUMPRE SUA FUNÇÃO SOCIAL:
A intervenção representa uma penalidade ao proprietário (perda da propriedade).
“É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para a área incluída no plano diretor, exigir nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de: I - Parcelamento ou edificação compulsórios; II - Imposto sobre propriedade predial e territorial progressivo no tempo; III - Desapropriação com o pagamento mediante títulos da divida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate em até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurado o valor real da indenização e os juros legais” 
(art. 182, §4º, I, II e III da CF).
 
MEIOS DE INTERVENÇÃO DA PROPRIEDADE
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA:
	Limitação administrativa é um meio de intervenção na propriedade, que não ocasiona a perda da posse, mas traz restrições quanto ao uso por meio de uma imposição geral, gratuita e unilateral.
CARÁTER:
Geral (se impõe a todos),
Gratuito (não gera indenização) e 
Unilateral (imposto pelo Poder Público).
 
Exemplo: Limite de altura para construção de prédio; Recuo de calçada.
 
Indenização: Não gera direito à indenização.
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
	
	A ocupação temporária, é um tipo de intervenção do Estado na propriedade privada, é a utilização, pela Administração Pública, de bens imóveis privados, para a realização de serviços públicos, como o que ocorre nos dias de eleição quando escolas e clubes são utilizados como zonas eleitorais.
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
	
	Requisição é o instrumento de intervenção estatal mediante o qual, em situação de perigo público iminente, o Estado utiliza bens móveis, imóveis ou serviços particulares com indenização ulterior, se houver dano.
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
	Servidão Administrativas é o direito real de uso imposto pela administração pública ou por seus delegados a determinados imóveis particulares para possibilitar a realização de obras e serviços públicos.
	
TOMBAMENTO
		Ato administrativo realizado pelo poder público com objetivo de preservar por lei especifica bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e de valor efetivo a população impedindo que venha a ser destruído ou descaracterizado.
	Pode ser aplicado aos bens imóveis e moveis. 
	
DESAPROPRIAÇÃO
É o procedimento através da qual o poder público compulsoriamente despoja alguém de uma propriedade e a adquire mediante a indenização fundada em interesse público.
A indenização é previa, justa e em dinheiro.
	
COMPETÊNCIA LEGISLATIVA
	
	A competência para legislar sobre desapropriação é exclusiva da União.
 
(Artigo 22, inciso II, da Constituição Federal)
 
 
. Cabe a União disciplinar também o procedimento administrativo e o processo judicial que se fazem necessários para que a expropriação possa acontecer.
OBJETO DE DESAPROPRIAÇÃO
	
TODOS OS BENS PODEM SER DESAPROPRIADOS
 
. Móvel 
 . Imóvel
 . Bem Corpóreo e Incorpóreo
EXCEÇÕES
	
QUANTO AOS BENS PERSONALISSIMOS
 
 EXEMPLOS:
 
. Honra e Liberdade
 
. Objetos sem conteúdo patrimonial
 
. Dinheiro circulante no País (Moedas raras ou dinheiro estrangeiro podem ser desapropriados).
 . A União pode desapropriar bens em todo o território Nacional.
 
. União acumula as três competências: Legislativa, Declaratória e Executória. Os Estados Membros, o Distrito Federal e Municípios acumulam as competências Declaratória e Executória.
  
. Estados e Municípios só poderão desapropriar dentro as respectivas circunscrições territoriais.
 
 . Bens Públicos podem ser expropriados. Observando a hierarquia existente entre as entidades políticas.
 
. As maiores poderão expropriar bem das menores.
FASE DO PROCEDIMENTO
	
FASE DECLARATÓRIA:
	Onde declara apenas a intenção da desapropriação se é por necessidade, utilidade ou interesse social, onde pode ser feito por lei;
FASE EXECUTÓRIA:
 	Na qual efetivamente a desapropriação será realizada com a transferência do bem e a indenização ao proprietário. Inclusive o pagamento da desapropriação, que pode ser extrajudicial ou judicial dependendo do caso de acordo entre as partes naquele caso, e em litígio ou homologação em juízo neste.
ESTUDO DA DECLARAÇÃO DE UTILIDADE PÚBLICA
	
	É ato através do qual o poder publico manifesta sua intenção de adquirir compulsoriamente um bem determinado e o submete ao jogo de sua força expropriatória podendo ser expedida pela União, Estados e Municípios. 
FASE EXECUTÓRIA
	É a efetivação do transpasse do bem pelo Poder Público, podendo ser:
	Extrajudicial (quando há um acordo em relação ao preço)
FASE EXECUTÓRIA
	Judicial (o expropriante ingressa em juizo com ação de desapropriação). Se o expropriado concordar com o valor o juiz homologa o acordo, se discordar o juiz fixará o preço.
- A Administração deposita valor que reputar adequado.
- Discordando desse valor, o expropriado terá 5 dias para impugná-lo
- O juiz solicita perito avaliador se necessário e fixa valor provisório.
IMISSÃO PROVISÓRIA NA POSSE
-O Poder Público deve declarar urgência (validade 5 ou 2 anos) 120 dias improrrogaveis para requerer a I.P. 
- O Juiz concede a transferência da posse já no inicio da lide, se diz provisória porque a posse definitiva so virá com pagamento da justa indenização.
	- Para o STJ depósito deve ser baseado no valor cadastral.
- Já para o STF entende por justa indenização a sentença final.
JUSTA INDENIZAÇÃO
	
“ A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição” Art. 5º, XXIV CF.
Art. 182 ,§ 3º CF/88 “ As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização em dinheiro. 
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JUSTA INDENIZAÇÃO
 
	Art. 184 CF/88 “Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei. “
 Art. 182, §4º, CF/88 “É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos
da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento,      sob pena, sucessivamente, de:
	III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.”
JUSTA INDENIZAÇÃO
Tudo que existir de valor na propriedade até o momento da declaração deve ser indenizado. Todas as benfeitorias:
 NECESSÁRIAS
ÚTEIS e
VOLUPTUÁRIAS.
Após a declaração:
A REGRA é de que as construções não serão mais indenizadas
Mas...
JUSTA INDENIZAÇÃO
As Benfeitorias:
NECESSÁRIAS: são indenizadas mesmo após a declaração
ÚTEIS: 	só são indenizadas se tiver autorização do Poder 	Público
VOLUPTUÁRIAS: não serão indenizadas
JUSTA INDENIZAÇÃO
JUSTA INDENIZAÇÃO
 MOMENTO EM QUE SE CONSUME A DESAPROPIAÇÃO
Não se pode CONSUMAR antes do pagamento da desapropriação. O Poder Público, assim, só adquire a propriedade do bem após o pagamento. Até a consumação o expropriante pode sempre desistir da medida, sendo, entretanto, obrigado a indenizar os prejuízos ocorridos.
Na Desapropriação indireta ou de fato, ocorre o inverso, a administração invade um determinado bem sem cumprir os requisitos legais toma a propriedade sem qualquer indenização.
 Ex: Duplicação de ruas e avenidas.
DESAPROPRIAÇÃO POR ZONA
( EXTENSIVA )
	
DECRETO LEI 3.365 DE 1941
ARTIGO 4
	A desapropriação poderá abranger a área contigua necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e as zonas que se valorizam extraordinariamente, em consequência da valorização do serviço .
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA
	
	É a intervenção na propriedade, proibindo o proprietário de plantar ou construir em seu imóvel. A ADM Publica não desapropria o bem, mas restringe o proprietário do seu direito de propriedade .
	Desapropriação Indireta e o apossamento de bem de particular pelo poder publico sem a correta observância dos requisitos da declaração e indenização previa .
	
	
EXTENSÃO DO CONTROLE JURISDICIONAL
	
	A defesa do expropriado lembra nos autos da ação expropriatória é severamente limitada; só podem ser discutidas questões relativas ao preço ou a vício processual (artigo 20 da LGD). Qualquer ilegalidade na declaração de utilidade pública ou interesse social deverá ser objeto da chamada ação direta(geralmente uma ação anulatória; se presentes os requisitos, um mandado de segurança ou ação popular).
	Celso Antônio entende que pode ser contestada a validade da declaração de utilidade pública pelo proprietário do bem. É que “ cumpre que a declaração de utilidade pública seja efetivamente predisposta á realização de uma das finalidades que ensejam o exercício do poder expropriatório.
RETROCESSÃO
	
	É o ato jurídico de solicitar uma área que foi desapropriada de volta.
REGRA GERAL
	
	Uma vez a área incorporada aos entes Estatais não se fala em retrocessão.
EXCEÇÃO A REGRA
	
Art. 519 CC 2002- “Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência pelo preço atual da coisa”.
EXCEÇÃO A REGRA
	
Art. 519 CC 2002- “Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência pelo preço atual da coisa”.
O direito de retrocessão, surge do momento que o expropriante desistir de destinar o bem a finalidade pública.
Exemplo:
 Licitação para venda do bem
 A própria venda
	 O cancelamento do projeto da obra
ÓTIMOS ESTUDOS!
FIQUEM COM DEUS.
PROF.º ESP. FABIER REZIO REIS

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