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TCC - AUTISMO

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FACULDADE ESTÁCIO NOSSA CIDADE
CURSO DE PEDAGOGIA
Autismo
Como tem sido trabalhado o processo de alfabetização dos alunos com autismo na sala de aula? 
CARAPICUÍBA
2017
FACULDADE ESTÁCIO NOSSA CIDADE
CURSO DE PEDAGOGIA
Elenice Carvalho Miranda 
Fernanda Silveira Portal
Tauane Soares Chaves 
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de pedagogia da Faculdade Estácio FNC, como exigência parcial para obtenção do título de Licenciada em pedagogia, sob Orientação: Prof. Dr. Francisco Alencar de Sousa
CARAPICUÍBA
2017
FOLHA DE APROVAÇÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso sobre AUTISMO, realizado no Ensino Fundamental, realizado por: ELENICE CARVALHO MIRANDA, FERNANDA SILVEIRA PORTAL E TAUANE SOARES CHAVES, foi apresentado em sessão pública no dia __/__/__, como requisito para obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia, à Banca Examinadora composta pelos membros abaixo assinados e, sendo julgado adequado para o cumprimento do requisito legal previsto no Regulamento do TCC da Faculdade Nossa Cidade, foi aprovado obtendo a nota_____
(_________________________).
Carapicuíba, __/__/__.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Membro titular
__________________________________
Membro titular
_________________________________
Membro titular
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecemos a Deus, pois sem Ele não teríamos conseguido chegado até aqui. Somos gratas pelo seu amor, fidelidade e por ter nos dado força para superarmos os desafios e conquistar esse sonho de nos formar. Aos nossos pais pelo amor incondicional e pela força e incentivo recebido. À nossas famílias que estiveram ao nosso lado em todos os momentos nos dando força para continuar e nunca desistir. Ao nosso orientador Professor Francisco, que nos orientou tão bem e nos acompanhou neste desafio colaborando com a conclusão de mais uma etapa importante em nossas vidas. Aos nossos amigos pelo apoio e amizade, sem vocês seria difícil essa conquista. Aos nossos professores e amigos da sala de aula, nossos sinceros agradecimentos pelos conhecimentos e experiências obtidas ao longo do curso. Nosso muito obrigada!
RESUMO
 O principal objetivo da pesquisa foi procurar analisar: as principais dificuldades dos docentes no processo de alfabetização de crianças com autismo na sala de aula, os métodos utilizados, planos de intervenção para se trabalhar a alfabetização de alunos desses alunos, a realidade enfrentada por alunos e professores diante de alunos com esse transtorno, e as dificuldades de interação e inclusão dos alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista).
A realização deste trabalho foi realizada através de análises feitas em duas escolas: Escola Estadual Jorge Julian e na Escola Particular Escola do Futuro.
Os planos de intervenção foram elaborados de acordo com a necessidade dos alunos autistas. Eles são flexíveis, e pretende ajudar os docentes com seus educandos, dando um avanço expressivo em sua alfabetização
Palavras-chave: alfabetização; autista; docentes; inclusão; intervenção.
	
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO -----------------------------------------------------------------------------------
	7
	CAPÍTULO I – Autismo--------------------------------------------------------------------------
	9
	1.1 - Síndrome de Asperger---------------------------------------------------------------------
	12
	1.2 - As causas do autismo----------------------------------------------------------------------
	13
	1.3 - Características do autista------------------------------------------------------------------
	13
	1.4 - Leis e Decretos-------------------------------------------------------------------------------
	17
	CAPÍTULO II – Pesquisa de Campo: Entrevista Na Esc. Jorge Julian-------------
	21
	2.1 - Atendimento Para Alunos Com TEA na Sala Especial-----------------------------
	21
	2.2 – Atividades Realizadas Erick--------------------------------------------------------------
	23
	2.3 – Inclusão do Aluno Erick--------------------------------------------------------------------
	24
	 2.4 - Entrevistas Realizadas Na Escola Particular Escola Do Futuro-----------------
	24
	2.5 – Inclusão do Auno Stive--------------------------------------------------------------------
	26
	2.6 - Considerações Sobre as Pesquisas de Campo Das Duas Escolas------------
	26
	CAPÍTULO III – Propostas de Intervenção Sugeridas Pelo Grupo---------------
	 28
	3.1 - Propostas Para o Aluno Erick-------------------------------------------------------------
	34
	3.2 - Propostas Para o Aluno Steve-------------------------------------------------------
	35
	 CONSIDERAÇÕES FINAIS------------------------------------------------------------------
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -----------------------------------------------------
	38
40
INTRODUÇÃO
	Questão-Problema
Como tem sido trabalhado o processo de alfabetização dos alunos com autismo na sala de aula? 
Hipóteses
A partir da questão-problema levantada pelo grupo, admitimos como possíveis hipóteses:
 Dificuldades encontradas no processo de alfabetização pelos alunos com autismo
Dificuldades encontradas pelos docentes no processo de alfabetização de alunos autistas;
Dificuldade na inclusão e a integração dos alunos com autismo;
Falta de preparo para receber os alunos com autismo.
Objetivo Geral
Analisar as dificuldades no processo de alfabetização dos alunos com autismo.
Objetivos Específicos
Conhecer os métodos trabalhados pelos professores no processo de alfabetização em sala de aula, e entender porque essa prática ainda é um desafio;
Perceber os caminhos realizados para alfabetizar este, e entender os principais desafios dessa prática, com ênfase nos alunos autistas.
Justificativa
	Durante nossos estágios, percebemos muitas dificuldades encontradas por professores em alfabetizar alunos autistas. Falta atividades adequadas, atenção especial, um cuidado com a elaboração dos planos de ensino que os inclua para se obter melhores resultados quanto ao seu processo de alfabetização, falta de materiais que facilite sua aprendizagem, espaços apropriados, vínculo afetivo, e principalmente, falta conhecimento sobre esse transtorno. 
É de suma importância saber o que é o autismo e suas principais características para se ter êxito nas atividades escolas. É importante também que os docentes levantem questionamentos: será que sou capaz de ajudar? Como posso ajudar? Até onde posso exigir do meu aluno?
Muitas vezes, os professores e equipe gestora não estão preparados para receber um aluno autista em sala de aula. Na maioria dos casos, são deixados ao fundo das salas somente para brincar e passar o tempo. 
O interesse pelo tema surgiu diante dessa realidade vivenciada nos estágios, e também pelo descaso por parte do corpo docente de algumas escolas, pela falta de apoio, integração e inclusão dos mesmos da forma que é prevista em lei. Criamos a curiosidade e o desejo de entender o que é o autismo, como trabalhar com ele, quais os melhores métodos para alfabetizar, e se preparar para receber esses alunos, e se obter um trabalho mais significativo em sala de aula.
Ao alfabetizar indivíduo espera-se que ele aprenda a ler e escrever, o que é de extrema importância, pois através da leitura e da escrita o indivíduo adquire uma importante ferramenta de comunicação, porém além do aprendizado das letras e de suas várias formas de combina-las, é preciso que o mundo da língua escrita tenha significado no mundo social, e o acesso ao mundo da escrita infelizmente é barrado pelo uso incessante das técnicas de alfabetização.
Para se alfabetizar, é preciso que a criança tenha a oportunidade de ter contato com diversos gêneros, com as mais variadas formas de comunicação disponíveis na sociedade, para que ela possa entender a importância da aquisição de leitura e escrita em sua realidade,e para sua inserção na sociedade.
	A forma que os professores trabalham a alfabetização e as dificuldades encontradas dos professores e alunos autistas que irá desencadear a nossa pesquisa.
Desta forma, vamos compreender como esse processo está sendo trabalhado, analisando a didática utilizada pelos docentes para obtermos maiores informações e conhecimentos sobre o autismo para conseguirmos entender mais sobre esse transtorno, e conseguirmos desenvolver um trabalho mais eficiente em sala de aula.
O significado de alfabetização sofreu modificações ao longo do tempo, porém segundo Magda Soares (SOARES, 2003, P. 15) é um “Processo de aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita”.
No processo de alfabetização, o aluno aprende a codificar (escrever) e decodificar (ler), aprende o processo de representação de fonemas e grafemas (escrever) e grafemas em fonemas (ler), desta maneira o aluno entende a relação do som e as letras e torna-se alfabetizado, aquele que saber ler e escrever. Segundo Barbosa:
O processo de alfabetização leva o indivíduo a interpretar o que está em sua volta, ao alfabetizar um indivíduo o educador permite que ele se insira em uma sociedade letrada. A alfabetização é adquirida de formas diferentes, pois cada sujeito possui uma forma de aprender e isso inclui as pessoas com deficiências.
O trabalho pedagógico precisa ser reprogramado de acordo com a necessidade do aluno e no caso dos alunos com deficiência, que pede um trabalho de forma própria conforme as características da deficiência, e isso inclui o autismo que será o foco do trabalho.
As pessoas com autismo possuem um distúrbio no desenvolvimento, principalmente na comunicação e na interação social. De acordo com Mello (2004), o autismo é uma síndrome que se caracteriza por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. Ao se deparar com um aluno autista muitos educadores, simplesmente não sabem o que fazer e muitos vezes excluem o aluno da rotina de sala de aula.
No presente trabalho iremos discutir as dificuldades que levam o professor a não trabalhar com o autista e as dificuldades de os autistas têm no processo de alfabetização.
Como objetivo geral, buscamos analisar as dificuldades do docente em alfabetizar alunos com autismo, e como objetivos específicos: conhecer os métodos trabalhados pelos professores no processo de alfabetização e como as intervenções bem estruturadas podem contribuir para o progresso escolar destes em sala de aula, entender porque essa prática ainda é um desafio, e perceber os caminhos realizados para alfabetizar e entender os principais desafios dessa prática.
Lembramos que o interesse pelo tema surgiu diante de uma realidade vivenciada nos estágios com alunos autistas que sofriam com o descaso por parte do corpo docente de algumas escolas, pela falta de apoio, integração e inclusão dos mesmos da forma que é prevista em lei, e também pela curiosidade e desejo de entender o que é o autismo, como trabalhar com ele, quais os melhores métodos e se se preparar para receber os alunos, e se obter um trabalho significativo em sala de aula.
Pautamos em autores que dissertam sobre o autismo, bem como documentos, teses, revistas, instituições que tratam sobre o assunto, inclusão e integração. Ainda falamos sobre as dificuldades encontradas pelos professores no processo de alfabetização das crianças com autismo.
No primeiro capítulo apresentamos a definição, as características e as lei do autismo. No segundo capítulo falamos sobre as dificuldades dos alunos autistas quanto à inclusão, integração e aprendizagem na escola, expusemos relatos das nossas pesquisas de campo, exibimos comparações de métodos de ensino aplicados à alunos autistas em duas escolas, E no último capítulo, falamos sobre a importância do apoio da família para um resultado mais significativo no processo de desenvolvimento educacional e social de crianças com autismo, pensando ainda sobre a função do docente no contexto da educação para autistas, e criamos projetos de intervenção para as escolas dos alunos observados, para se obterem melhores resultados com estes em sala de aula.
Capítulo I - Definição, Características e leis do Autista
Autismo
O autismo atinge 0,6% da população, porém ainda é uma síndrome sem definição exata. Conforme Cunha (2012, p. 20), o termo “autismo” é originário grego “autos”, que significa “de si mesmo”. De acordo com a Sociedade Americana de Autismo (ASA) (2013) “ o autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), que comumente aparece no decorrer dos três primeiros anos de vida da criança, afetando sua capacidade de comunicação, interação social, sua linguagem e afeta sua imaginação. Vale lembrar que essa síndrome é definida como um “transtorno do espectro” que afeta pessoas de formas e graus diferentes.
O autismo também é considerado uma incapacidade do relacionamento social que se manifesta de maneira grave por toda a vida. Acomete cerca de 20 entre cada 10 mil nascidos e é quatro vezes mais comum no sexo masculino do que no feminino. É encontrado em todo o mundo e em famílias tanto pobres como ricas, de qualquer religião ou raça. Não foi provado até agora qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças, que possa causar a síndrome.
A primeira descrição de autismo foi feita por Kanner em 1943. Ele observou que algumas crianças não tinham o comportamento incomum, e então passou a estudar 11 crianças que tinham em comum o isolamento social e a preservação da rotina e então concluiu que ambas tinham déficits de relacionamento social, com comportamentos peculiares. Desde de então, vem sendo pesquisado e definido por vários autores.
A Lei n° 12.764 que trata da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista define o transtorno como: 
I - deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por 14 deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento; 
II - padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos (BRASIL, 2012, § 1º, Incisos I e II).
Síndrome de Asperger
A síndrome de Asperger foi descrita pela primeira vez por Hans Asperger em 1944 e foi nomeada em homenagem ao psiquiatra e pesquisador austríaco, mas foi incluída no DSM-IV com critérios para diagnóstico apenas em 1994. Segundo o DSM-IV-TR, a síndrome de Asperger é um transtorno global do desenvolvimento. Este tipo de transtorno caracteriza-se por déficits em muitas áreas de funcionamento que levam a uma interrupção invasiva de forma notável e, ao mesmo tempo, difusa, dos processos do desenvolvimento. As vezes são considerados como gênios.
Segundo Segar, a síndrome de Asperger é um tipo de autismo, mas sem nenhum atraso ou retardo no desenvolvimento e da linguagem. Quando adultos, podem viver de forma comum, como qualquer outra pessoa que não possui a síndrome. Há indivíduos com Asperger que se tornam professores universitários. 
Assim, as pessoas com a síndrome Asperger não têm a habilidade natural de enxergar a comunicação implícita da interação social, e podem não ter capacidade de expressar seu próprio estado emocional, resultando em observações e comentários que podem soar ofensivos apesar de bem-intencionados. As regras informais do convívio social que angustiam as pessoas com a síndrome de Asperger são descritas como "o currículo oculto". As pessoas com esta síndrome precisam aprender estas aptidões sociais intelectualmente de maneira clara, seca, lógica como matemática. 
Segundo Hans Asperger, crianças com incapacidade inata são capazes de desempenhar seu papel nasociedade se encontrarem uma resposta de compreensão, amor e guia. Asperger defendia a importância das escolas na formação e desenvolvimento destes alunos, afirmava que a escola desempenha papel fundamental na formação de qualquer cidadão. 
A descoberta de Asperger foi de suma importância para a área da educação o que possibilitou a professores e familiares uma perspectiva fundamental para a inclusão desses indivíduos na vida escolar, pessoal, e uma esperança de prepara-los para vida profissional. Kanner fez suas pesquisas voltadas para a área da psicologia enquanto Asperger também, porem contribuiu para a educação.
1.2 - As Causas do Autismo
As causas do autismo são ainda desconhecidas. De acordo com a autora Mello (2005, p. 17), “Pensa-se que a origem do autismo esteja em irregularidades em alguma parte do cérebro, porém ainda não foi acentuada conclusivamente e, possivelmente, de origem genética”. Além dessa hipótese, acredita-se que possa ser causado por problemas durante a gravidez ou na ocasião do parto.
Pesquisas apontam que fatores ambientais podem impactar o desenvolvimento do feto, são eles: stress, infecções, exposição a substâncias químicas tóxicas, complicações durante a gravidez, desequilíbrios metabólicos podem levar ao desenvolvimento do autismo.
O transtorno pode estar associado a problemas neurológicos e neuroquímicos, e por essa razão as causas podem variar de indivíduo para indivíduo. 
 Apesar de nenhum gene ter sido identificado como causador de autismo, pesquisadores estão procurando mutações do código genético que as crianças com autismo possam ter herdado. Estudos recentes indicam também que o autismo não é regido apenas por causas genéticas.
1.3 - Características do Autista
O transtorno do espectro autista esta agrupado em um conjunto de comportamento agrupados e comuns entre os autistas são eles:
Comprometimentos na comunicação;
Dificuldades na interação social;
Atividades restritas e repetitivas.
As características variam de um autista para outro, é uma síndrome permite vários diagnósticos médicos diferentes, pois as características variam de acordo com o grau de intensidade.
Segundo Cunha, o diagnóstico precoce é um importante na educação, pois é na idade escolar durante a intensificação das interações sociais entre os alunos, que é possível que o professor perceba com mais nitidez as dificuldades e singularidades de cada um. Ainda segundo Cunha, ele ressalta a importância da observação perante o aluno, ao apresentar algumas dessas características: 
Retrair-se e isolar-se das outras pessoas;
Não manter contato visual; 
Desligar-se do ambiente externo;
Resistir ao contato físico;
Inadequação a metodologia de ensino;
Não demonstrar medo diante de situações de perigo;
Não responder quando for chamado;
Birras;
Não aceitar mudança de rotina;
Usar as pessoas para pegar objetos;
Hiperatividade física;
Agitação desordenada;
Calma excessiva;
Apego e manuseio não apropriado de objetos;
Movimentos circulares do corpo;
Sensibilidade a barulhos;
Estereotipias;
Ecolalias;
Ter dificuldade para simbolizar ou para compreender a linguagem simbólica;
Ser excessivamente literal, com dificuldades para compreender sentimentos e aspectos de uma conversa. (CUNHA, 2016, p. 24).
Para identificação dessa síndrome, é importante que o docente tenha uma boa formação, e ele precisa sempre buscar saber mais sobre o assunto, para ter êxito em suas atividades, pois assim e ele estará preparado para os desafios futuros causados pela doença.
As características mais comuns e importantes podem ser divididas em várias categorias amplas: as dificuldades sociais, os interesses específicos e intensos, e peculiaridades na fala e na linguagem. A principal característica é a dificuldade com o convívio social. Os não-autistas são capazes de captar informação sobre os estados emocionais de outras pessoas pela expressão facial, linguagem corporal, humor e ironia. Já as pessoas com a síndrome de Asperger não têm essa capacidade, o que é às vezes chamado de "cegueira emocional". 
Para diagnosticar os transtornos do espectro do autismo, os especialistas usam os critérios do DSM-IV (déficits sociais, na comunicação e comportamentos incomuns e repetitivos, ou intitulado: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) é um manual para profissionais da área da saúde mental que lista diferentes categorias de transtornos mentais e critérios para diagnosticá-los, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria. O diagnóstico não é fácil, principalmente na primeira infância. Muitos são confundidos com hiperatividade, esquizofrenia e transtorno de déficit de atenção. Os sintomas aparecem sempre antes dos três anos de idade e prolongam-se até a velhice.
Segundo pesquisas realizadas pela ASA, ocorreram melhoras em alguns comportamentos quando são oferecidas intervenções adequadas pelos pais e educadores, mas somente 10% de pessoas com espectro autismo alcançam na vida adulta sucesso pessoal e profissional. 
Muitos são confundidos com hiperatividade, esquizofrenia e transtorno de déficit de atenção. Os sintomas aparecem sempre antes dos três anos de idade e prolongam-se até a velhice.
Ainda segundo a pesquisa acima, ocorreram melhoras em alguns comportamentos quando são oferecidas intervenções adequadas pelos pais e educadores, mas somente 10% de pessoas com espectro autismo alcançam na vida adulta sucesso pessoal e profissional. 
Para os autistas, as sensações superpõem as razões, o que o leva compulsão e repetições. O autista percebe detalhes específicos e isso faz com que tenham uma relação com tudo que é externo e os detalhes percebidos são fixados, pois lhes causa segurança. 
 
O autista percebe detalhes específicos e isso faz com que tenham uma relação com tudo que é externo e os detalhes percebidos são fixados, pois lhes causa segurança. 
 
Gauderer, acredita que o autismo tenha relação com disfunções físicas no cérebro, e seus sintomas incluem: 
Distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e linguísticas. 2- Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são: visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o corpo. 3- Fala e linguagem ausentes ou atrasadas. Certas áreas específicas do pensar, presentes ou não. Ritmo imaturo de fala, restrita compreensão de ideias. Uso de palavras sem associação com o significado. 4- Relacionamento anormal com os objetos, eventos e pessoas. Respostas não apropriadas a adultos ou crianças. Objetos e brinquedos não usados de maneira devida. (GAUDERER, 1997, p. 3).
Gauderer (1997) afirma também que os autistas não sabem o que é uma situação de ameaça, como algum transporte em movimento. Eles costumam morder partes do corpo, puxam cabelos e movimentam o corpo, se balançam, como se estivessem se “auto ninando.
Para os autistas, as sensações superpõem as razões, o que o leva compulsão e repetições. O autista percebe detalhes específicos e isso faz com que tenham uma relação com tudo que é externo e os detalhes percebidos são fixados, pois lhes causa segurança. 
Crianças autistas geralmente apresentam comportamentos diferentes, pois as mesmas têm dificuldades de: comunicação, sociabilização, e uso da imaginação. A autora Mello explica um pouco sobre como é essa tríade de dificuldades: 
1.Dificuldade de comunicação - caracterizada pela dificuldade em utilizar com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal. Isto inclui gestos, expressões faciais, linguagem corporal, ritmo e modulação em sua linguagem verbal. (MELLO, 2005, p. 20).
Assim, pode-se encontrar também crianças sem linguagem-verbal, e com dificuldades de comunicação por qualquer outro meio. Apresentam linguagem verbal e não são muito comunicativas e as vezes só repetem o que lhes foi dito.
2.Dificuldade de sociabilização - este é o ponto crucial no autismo, e o mais fácil de gerar falsas interpretações.Significa a dificuldade em relacionar-se com os outros, a incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções e a dificuldade na discriminação entre diferentes pessoas. (MELLO, 2005, p. 20).
	Em muitos casos, elas aparentam ser afetivas, seguindo um padrão repetitivo, sem qualquer tipo de troca, com dificuldades de se colocar no lugar do outro, e compreender situações cotidianas. 
3. Dificuldade no uso da imaginação - se caracteriza por rigidez e inflexibilidade e se estende às várias áreas do pensamento, linguagem e comportamento da criança. Isto pode ser exemplificado por comportamentos obsessivos e ritualísticos, compreensão literal da linguagem, falta de aceitação das mudanças, e dificuldades em processos criativos. (MELLO, 2005, p. 20).
Essa dificuldade pode ser observada pela forma de brincar as vezes sem criatividade, pelo modo diferente de exploração de brinquedos, passar horas e horas vendo os detalhes de um brinquedo.
É importante que elas explorem espaços diferentes dos quais já vivem em seu dia-a-dia. Quando as crianças ficam por muito tempo em espaço fechado, sem alternativas, quando sempre fazem a mesma coisa, não tem oportunidades de explorar os espaços elas se sentem presas e querem sair, e se uma isso não é possível, elas ficam muito agitadas e estressadas com tudo isso e pode gerar mal comportamento, e comprometer sua aprendizagem. Autores como Rodrigues e Spencer afirmam que: 
Quando a pessoa autista permanece muito tempo em um espaço social limitado, convivendo exclusivamente com pessoas da família, sem uma estimulação psicopedagógico adequada, seu comportamento pode apresentar comprometimentos bem mais complicados referentes às manias, aos movimentos ritualísticos, à excitação emocional, aproximando-se de possíveis reações agressivas e regressivas. (RODRIGUES e SPENCER, 2010, p. 23).
1.4 – Leis e Decretos
Foi apontado pela Declaração de Salamanca, no qual trataram sobre princípios, políticas e práticas na área das necessidades especiais, assuntos sobre a educação especial, e o que se espera das escolas no processo de aprendizagem. Nesta, foi proclamado que: 
Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades, • escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas proveem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional. (SALAMANCA, 1994, P.1),
A ex Presidenta da República Dilma Rousseff também promulgou o Decreto n° 7.611/2011 (BRASIL, 2011), que fala sobre a educação especial inclusiva, o atendimento educacional especializado, e traz importantes orientações para a educação especial explicando a maneira que esta deve ser realizada e, responsabilizando o Estado pela:
I - garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades; 
II - aprendizado ao longo de toda a vida; 
III - não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência; 
IV - garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais; 
V - oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação; 
VI - adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena; 
VII - oferta de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino; e 
 VIII - apoio técnico e financeiro pelo Poder Público às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial. (BRASIL, 2011, p. 1).
Foram muitas conquistas alcançadas na lei, porém é preciso se pôr em prática isso nas escolas, e em todos os ambientes. Foram vitórias alcanças e sonhadas por muitos, mas há muito ainda para se conquistar, principalmente na inclusão escolar e qualidade de vida e de ensino das pessoas com este transtorno. 
A lei Federal n° 12.764 de dezembro de 2012, que instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoas com Transtorno do Espectro Autista, foi um marco na luta pelos diretos de pessoas com autismo:
Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista e estabelece diretrizes para sua consecução. 
§ 1o  Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II: 
I - deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento; 
II - padrões restritivos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades, manifestados por comportamentos motores ou verbais estereotipados ou por comportamentos sensoriais incomuns; excessiva aderência a rotinas e padrões de comportamento ritualizados; interesses restritos e fixos. (BRASIL, 2012, P. 1).
A partir da lei o autismo começou a ser considerado como deficiência, assim os autistas ganharam o direito as políticas inclusivas, sem distinções e também direto a atendimento especializado na educação.
Com a lei o aluno passa a ter direito a atendimento especializado na educação, com os mesmos direitos que todos, porém com prática inclusiva e o professor é essencial para o processo de inclusão, dentro da sala de aula o trabalho de inclusão tem que ser de todos, tanto para uma questão de ensino- aprendizagem dos alunos com deficiência, quanto para o social do coletivo, para que se forme uma sociedade igualitária, onde pessoas com deficiência não serão marginalizadas em uma sociedade que se jugam pessoas com deficiência diferentes, porém ninguém é igual a ninguém e todos possuem especificidades, portanto todos são diferentes. 
Essa lei é um marco histórico para as pessoas que tem autismo, e para toda a sociedade. Para Cunha (2016, p. 16), “trata-se de um avanço na consolidação de políticas públicas inclusivas, sem preconceitos e distinções”. O autismo teve atenção às diferenças e ganhou importância a ponto de se garantir direitos, e ter forças para começar uma busca pela igualdade não só na escola, mas em todos os ambientes sociais. A sociedade, com muito esforço, escalou com essa lei, nesta um grande degrau para a melhoria da qualidade de vida dessas pessoas tão especiais. 
Capítulo II - Pesquisa de Campo
– Entrevista Realizada Na Escola Pública Jorge Julian
A nossa pesquisa de campo foi realizada em duas escolas: uma foi na Escola Pública Estadual Jorge Julian, que fica localizado na Rua Maria Cristina n° 31, Carapicuíba – SP. CEP: 06329-190, telefone: (011) 4187-0151. Os níveis oferecidos na escola são: Educação de Jovens e Adultos – Supletivo, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A outra é uma escola particular que se chama Escola do Futuro, situada na Av. Corifeu de Azevedo Marques, 5240 - Vila Lajeado, São Paulo - SP, 05340-002, telefone: (11) 2168-4132. A unidade escolar oferece educação infantil e ensino fundamental. 
Para a realização da nossa pesquisa na Escola Estadual Jorge Julian, contamos com o apoio da nossa Professora Marilu Beani que nos ajudou a localizar uma escola que tinha alunos com autismo e que poderiam nos receber. Contatamos ela, já que a mesma é supervisora da referida escola, assim tivemos mais êxito quanto a visita. Fomos bem recebidas pela vice-diretora Rosa e conseguimosrealizar nossas observações e análises. 
A professora que nos ajudou nos relatos foi a Maria de Lourdes Luiz da Silva. A mesma tem como formação o magistério, fez Pedagogia, depois fez pós-graduação em educação especial e Psicopedagogia. O aluno observado foi o Erick Melo Dantas de 9 anos com laudo de autismo. O Erick estuda no 3° ano do ensino fundamental de uma outra escola da rede regular, e a professora Maria o recebe uma vez por semana durante duas horas. Onde ele estuda, não tem o suporte necessário para a realização de atividades adequadas e por isso ele precisa ir na Jorge Julian. 
2.1 – Atendimento Para Alunos com TEA na Sala Especial
Para começar nossa observação, entramos na sala de atendimento especial TEA (Transtorno Espectro Autista) para atendimento somente de alunos com autismo. Neste ambiente tem letras moveis do alfabeto, tem um computador, tem livros de história infantil, tem jogos interativos e educativos para trabalhar com os esses alunos. Existem duas escolas que tem essa sala que recebe esses alunos na região, uma localizada na cidade de Cotia, e a outra em Carapicuíba. Ela relata que nesta sala não se pode trabalhar a alfabetização desses educandos, pois eles só podem ser alfabetizados na sala de aula regular.
Os laudos são obrigatórios e são encaminhados pela rede regular de ensino. Essa sala tem finalidade de desenvolver a coordenação motora, trabalhar o comportamento e interação social. Sentamos para conversar com a educadora e ela estava com o Erick. Fomos conversando com ela, fazendo várias perguntas enquanto observávamos também o comportamento do aluno. A docente recebe no total 10 alunos com autismo pela manhã durante a semana. Ela relata que seus alunos têm diferentes graus de autismo como o grau leve, o moderado e o elevado. Como ela trabalha só na parte da manhã ela recebe mais alunos da alfabetização. Segundo a educadora, os alunos são muito agitados, as vezes estão muito nervosos e ela não consegue realizar nenhum trabalho, as vezes precisa passear pela escola para ver se eles se acalmam, eles se alto se agridem, gritam, 
Quando o aluno tem autismo com grau leve é mais fácil de se trabalhar a interação social, a comunicação, explorar habilidades que eles têm, realizar trabalhos que possam dar continuidade nas atividades propostas em sala de aula segundo a docente. 
A criança observada tem 2 anos que frequenta a sala especial e ainda não conseguiu desenvolver nada quanto a alfabetização devido seu grau de autismo elevado. Ele não desenvolveu a coordenação motora até mesmo porque ele tem distrofia nos dedos não conseguindo nenhum lápis, pois o seu grau de autismo é muito comprometido.
Durante as 2 horas de aula com o Erick, a educadora não consegue tirar os olhos dele, pois ele é muito inquieto, gosta de quebrar objetos, não se concentra em uma atividade apenas, gosta de tirar tudo do lugar, de jogar as coisas no chão. Ele não consegue se concentrar por 2 minutos. Devido ao seu alto grau de autismo, ele também não desenvolveu a fala, não interage com as pessoas, ele não aceita aproximação, e é como se ele vivesse em um mundo só dele, não percebe o outro.
Na sexta feira, a professora recebe o Augusto. Ele tem um grau menor do que o Erick e ele gosta muito da natureza, então ela realiza várias atividades que envolva a natureza, ele gosta muito.
Há também um outro aluno com autismo que se chama Erick que se destaca entre eles, mas não estava presente no dia. Ele também não interage, e em 3 anos de trabalho com ele, a educadora só conseguiu que ele descesse uma única vez para o intervalo. Mesmo com todas as dificuldades, ele é muito inteligente, tem dificuldade no raciocínio lógico temático, mas ele sabe ler, escrever, e se você consegue conquistar sua confiança até consegue conversar um pouco com ele. Ele responde o que você pergunta, e essa é a limitação dele. 
2.2 – Atividades Realizadas Com Erick
A educadora tenta trabalhar várias atividades como as de coordenação motora ampla e grossa, a concentração, trabalha com bola na quadra, lego, desenho, trabalha com blocos lógicos, interação social, montar pecinhas para fazer com que ele perceba a diferença entre as peças, a cor, a dimensão. É difícil porque ele não tem percepção nenhuma. O que o educando mais gosta de fazer é comer. Nenhuma atividade proposta desperta o seu interesse. 
Uma das dificuldades encontradas pela professora é a falta de apoio do governo. A mesma informa que os pais se queixam muito pela falta de trabalho por parte dos professores com os alunos autistas, os pais se queixam porque os alunos acabam ficando de lado devido à falta de preparo dos docentes, e também por eles não terem nenhum conhecimento sobre essa deficiência e nem tentam buscar a capacitação uma capacitação necessária para seu atendimento. Ela informa que o governo exige muito, mas não dá o suporte necessário para os professores desenvolverem um bom trabalho com esses alunos. 
Perguntamos também para a docente o que falta para o Erik avançar na aprendizagem e a mesma informou que a escola deveria contar com uma equipe multidisciplinar de Fonoaudiologia, Psicólogo, Psicopedagogo, um Terapeuta Ocupacional, porem o governo não oferece esse suporte como poderia, e falta os pais exigirem que governo dê esse suporte.
2.3 – Inclusão do aluno Erick
A inclusão desses discentes no ambiente escolar é um pouco difícil principalmente devido ao seu comportamento as vezes agitado, pela falta de interação social, por não aceitar regras e também pela dificuldade de se comunicar, mas a docente acredita que aos poucos ele vai conseguir ter uma relação melhor com seus colegas de classe.
A escola precisa desenvolver bons projetos para inclusão, os professores precisam ter bons planos de aula, é preciso ser feito um grande trabalho de reflexão e compreensão das limitações e dificuldades que o ouro possui em sala de aula. Para haver educação inclusiva é preciso conhecimento, mudança de práticas pedagógicas e postura diante das demandas dos estudantes. 
O professor precisa observar atentamente o estudante, independente de laudo para que possa conhecê-lo e organizar sua prática de forma que alcance todos, pois cada um tem suas características, sócio cultural, psicológico e cognitivo as quais devem ser levadas em consideração para que exista de fato a inclusão. Faz-se ainda necessário conhecer as habilidades que os estudantes possuem e quais precisarão alcançar, motivando-os através das atividades que despertem seu interesse e desenvolva sua aprendizagem.
2.4 – Entrevista Realizada Na Escola Particular Escola Do Futuro
Na Escola do futuro a observação foi feita em uma sala de 1º ano, onde o aluno Steve estuda e tem grau baixo de autismo. Quando o aluno entrou na escola não havia sido diagnosticado, porém as professoras notaram o seu isolamento e a dificuldade concentração, e pediram que os pais verificassem, e desta o aluno foi diagnostico. 
O aluno não é agressivo, tem um bom relacionamento com a turma, porém são raros os momentos em que consegue ficar sentado para realizar as atividades. O aluno possui ótima coordenação motora ampla e grossa, a sua maior dificuldade é expressar os sentimentos e de concentração.
A professora informou que o aluno possui acompanhamento com psicóloga e fonoaudióloga e que os pais são extremamente parceiros da escola e estão sempre buscando formas de ajudar o filho.
Ao questionarmos a professora sobre as maiores dificuldades em alfabetizar alunos com autismos, ela nos respondeu que a parte cognitiva e o que mais tem que ser pensada, pois como o aluno com autismo tem dificuldade de atenção ele se desenvolve menos que os outros alunos, por essa razão as atividades do Steve são diferenciadas, pois a educadora tem a preocupação de que ele se desenvolva em todos os sentidos, então ela sempre retoma o que já foi ensinado e não força o aluno a ficar sentado, pois descobriu que sentar com ele no tapete faz com que ele se concentre mais nas suas explicações.
Observamos que a professora utiliza vários materiaisconcretos para a alfabetização do aluno, existe uma preocupação em contextualizar toda a letra que é ensinada para o aluno e tudo de ligação com as vivencias que o aluno tem em sua rotina.
O aluno gosta de imagens, então a educadora explora as imagens em tudo o que é ensinado.
Percebemos que a escola fornece total apoio ao aluno, todos os materiais que são necessários para facilitar a aprendizagem do aluno são fornecidos e a educadora está sempre buscando maneiras de programar as aulas de uma forma que o aluno consiga apreender e que não fique de lado em sala de aula. 
A rotina é sempre estabelecida assim que os alunos chegam, pois assim o aluno se sente mais conformável ao longo do dia e se algo irá ser alterado o aluno é comunicado e a professora explica o motivo.
A professora disse que respeitar o seu modo de ver o mundo é essencial para se ensinar o aluno com autismo e que ter afeto é o primeiro passo para o relacionamento com o aluno, que só a parti do momento que o aluno passa confiar e amar você o aprendizado começa a acontecer. 
2.5 – Inclusão do aluno Stive
Sobre o processo de inclusão a educadora informou que no começo do ano letivo em roda de conversa ela explicou para os alunos que o Steve precisava da ajuda de todos para aprender cada vez mais.
Sempre planeja as aulas pensando em maneiras do aluno participar e se envolver com os amigos, sempre procura colocá-lo perto dela e explicar o que todos vão fazer, e pede para que o aluno participe, geralmente o aluno senta perto de uma aluna que possui afeto. Os alunos sempre cooperam com o Steve e estão sempre tentando ajudar e entendem os dias em que ele não está bem e respeitam o seu momento.
A percepção de que o Steve consegue tudo que os demais alunos podem alcançar faz com que a professora sempre busque formas de inserir o aluno no convívio social e planeje sua rotina pensando no aluno.
Para que a inclusão pode-se acontecer foi necessário repensar as aulas e a rotina, pois se não respeitar o aluno ela não conseguiria deixar o aluno confortável com o ambiente e desta maneira ele poderia ter diferentes comportamentos que se fizessem os amigos isolar o Steve.
2.6 – Considerações sobre as pesquisas de campo realizadas nas duas escolas
Depois das observações realizadas nas escolas e do diálogo com as professoras, chegamos à conclusão de que existem muitas barreiras e dificuldades encontradas pelo docente quanto a alfabetização e preparo desses alunos para a sua inserção na sociedade, pois falta recursos, falta apoio do governo, falta conscientização dos pais quanto à cobrança da lei, falta preparo dos profissionais da educação, e se todos esses não estiverem unidos pela melhoria da educação destes, este trabalho não terá muito resultado. 
A entrevista com a professora e o contato direto com esse aluno autista na escola pública nos ajudou a enxergar com outros olhos a questão das dificuldades enfrentadas não só pelos educandos, mas também pelo educando. Esse encontro nos mostrou a realidade que temos que enfrentar para conseguirmos realizar um bom trabalho em sala de aula, nos motivando e conscientizando a procurar formação e informação adequada para recebe-los no ambiente escolar. 
Depois na nossa visita realizada também na Escola do Futuro, que é um estabelecimento privado, fizemos a comparação entre as duas escolas e concluímos que o atendimento na escola pública é um pouco precário devido à falta de apoio do governo quanto ao atendimento desses alunos, pois falta profissionais para o atendimento destes, e falta uma ação conjunta dos profissionais da saúde, comprometendo seu processo de ensino e aprendizagem. A tentativa de trabalho é realizada, se têm até alguns resultados, mas não o suficiente e o esperado. Na escola particular percebemos que os acompanhamentos com os profissionais necessários para o desenvolvimento do aluno são essenciais como apoio para o trabalho realizado em sala de aula, a facilidade com em adquirir os materiais necessários para o trabalho da educadora permitem que o aluno consiga se concentrar mais, a menor quantidade de alunos em sala de aula permite que a professora consiga mais assistência ao aluno.
	Infelizmente percebemos como a condição financeira é um ponto crucial para uma educação de qualidade, o aluno observado possui todas as assistências possíveis para o seu desenvolvimento, enquanto é urgente uma maior assistência para as escolas públicas. 
Diante dessas pesquisas, percebemos também atos que beneficiam a inclusão do estudante com TEA na sala de aula, pois segundo os relatos das professoras houve um avanço significativo nas áreas comprometidas desses educandos na interação, na comunicação e houve um bom desenvolvimento das aprendizagens em sala de aula. Mas, vimos também a urgência de se fazer mais investimentos, de expandir as pesquisas acerca das práticas pedagógicas que favoreçam a ações formativas para capacitar os profissionais, e assim, favorecer a aprendizagem e inclusão do estudante com TEA como agente participativo na escola e na sociedade, tendo uma Educação de qualidade que favoreça a todos.
Capítulo III - Propostas de Intervenção
3 – Propostas de Intervenção Sugeridas Pelo Grupo
Para o trabalho com o aluno autista é necessário conhecer a motivação do aluno para conseguir despertar a atenção do aluno, é preciso investigar os pontos de interesses da sala de aula, o que o aluno gosta de fazer e a partir dessas informações traçar estratégias de ensino.
O educador teve levar em consideração em seu planejamento que as atividades não podem ser longas, levando em consideração que o aluno com autismo possui dificuldade para manter o foco, com isso é necessário estabelecer um tempo maior para a realização da atividade e sempre procurar formas de manter a concentração do aluno e verificar quais são as atividades de menor e maior concentração.
O aluno com autismo possui dificuldade de interação, desta forma possui dificuldade para expressar os sentimentos e assim a suas dificuldades, o professor precisa ajudar o aluo a se expressar, e impor ao aluno com autismo que termine a atividade, que fique sentando ou que não saia da sala de aula, pode levar a irritação do aluno e a um bloqueio de relacionamento entre o aluno e o professor. É preciso encontrar maneiras de conscientizar o aluno sobre a rotina e regras da escola, o aluno precisa compreender que o que ele faz é importante.
A alfabetização está longe de ser um processo simples. É comum que as crianças com Autismo em graus diferentes, tenham comprometimentos em todas as competências que antecedem à aprendizagem da leitura e da escrita. O que uma criança típica aprende e desenvolve naturalmente, a criança com Autismo precisa ser orientada com persistência para fazer.
Como já citamos anteriormente, o autismo é considerado um transtorno que afeta principalmente a capacidade de comunicação e de interação social. A criança tem interesses limitados e algumas estereotipias. Esse transtorno é muito complexo, e eles não gostam muito de atividades comuns de uma criança, alguns não tem sequer interesse por brincadeiras. No caso do Erick, ele não consegue se concentrar em uma só atividade ou brincadeira, ele gosta mesmo é de ficar andando na sala inteira, tirando as coisas dos lugares, derrubando objetos, ele não consegue se concentrar, não tem foco.
A limitação ao acesso à qualificação adequada dos profissionais que trabalham com os alunos autistas é considerada uma das principais dificuldades quanto a estimulação destes no dia-a-dia. O professor precisa se preocupar em adquirir uma boa bagagem teórica sobre o assunto, precisa construir um olhar diferenciado e sensível, precisa ter bastante paciência, acreditar no educando, além de disponibilidade corporal para o que vamos propor como intervenção não só do aluno Erick, mas de todos que se encontram no mesmo grau de dificuldade que ele.
A Doutora Marcia Ribeiro Neuropsicopedagoga Clinica, especialista em saúde mental e inclusão escolar, trabalha com autistas há 10 anos e dádicas de como ajudar esses alunos em sala de aula
Primeira dica: Fazer uma reunião com os pais do aluno autista e perguntar: Como é essa criança em casa? Quais são os interesses da criança? Quais os personagens que ela gosta? O que desagrada a criança? Quais situações desencadeiam crises de ansiedade ou agressividade, e quais deixam mais tranquila? O que ela gosta de comer? Em caso de aglomeração de pessoas, se existe algum objeto, ou alguma coisa que acalme a criança, porque na sala de aula isso vai acontecer com frequência. É importante saber os locais ou funcionários ou pessoas que circulam na escola que as deixam mais calmos para recorrer em um momento de agitação. Um dado importante também é conhecer qual é a maneira de interação que provoca a melhor resposta dos alunos autistas, alguns reagem a expressões faciais exageradas, enquanto outros preferem figuras outros bonecos, nessa hora o professor deve ser criativo, e se a escola permite o uso de fantoches, espelhos, massa de modelar, quebra cabeças etc., também é válido. 
Com essas informações teremos muitos elementos que vão ajudar a trabalhar o dia a dia de crianças com autismo.
Segunda dica: Utilizar materiais que são de preferência da criança, a grande dificuldade que percebemos na sala de aula é que a criança não fica sentada, porque ela não tem interesse nenhum na mesa, se colocarmos um objeto de interesse dela na mesa provavelmente ela ficará sentada, por isso a dica de descobrir qual o personagem preferido e colocar imagens desse personagem na mesa, no lápis no caderno, ela vai ser atraída e ficar a mesa, e assim vamos aumentando seu tempo de ficar sentada.
Terceira dica: Trabalhar períodos curtos de atividade, atividades de 3 a 5 minutos, que seja fácil e que essa criança domine, não fazer atividades longas.
Quarta dica: Nunca usar palavras de duplo sentido, falar pouco, falar exatamente o que queremos que ela faça, de maneira mais literal possível e apoiar a nossa fala com figuras para ajudar a compreensão da criança, para representar o que queremos, porque eles são pensadores visuais concretos, se usarmos muitas palavras oralmente o cérebro desses alunos não processam o excesso de palavras, a cognição não acontece. Um exemplo: se a criança precisar usar o banheiro, mostrar uma figura de banheiro e falar banheiro se queremos que ela peça água, mostramos uma figura de um copo de água e falamos, água, e assim sucessivamente, é necessário ter várias figuras na sala que facilite a comunicação que queremos criar em os autistas.
Quinta dica: Desenvolver uma rotina, de acordo com a rotina que vai acontecer na sala, essa rotina tem que ser passada para o autista em imagens, por exemplo: hora de fazer a atividade, hora do recreio, hora do parque, sempre na ordem em que forem acontecendo.
A doutora Marcia explica que os alunos autistas precisam de intervenções psicoeducacionais, orientação familiar, desenvolvimento da linguagem e comunicação. Explica que uma equipe multidisciplinar na escola é necessária: psiquiatras, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, educadores físicos e psicopedagogos. Conforme a especialista um dos métodos mais eficazes para promover o desenvolvimento dos autistas na escola é o método TEACCH(Tratamento e Educação da Comunicação Autística e Relacionada Crianças com Deficiência) e possuem comprovação cientifica. 
Trata-se de um programa estruturado que combina diferentes materiais visuais para organizar o ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho, de forma a tornar o ambiente mais compreensível, esse método visa à independência e o aprendizado.
O método facilita a aprendizagem da pessoa com autismo nas áreas de: Linguagem, habilidades, comportamento e comunicação. Uma abordagem comportamental com apoio na psicolinguística que tem como objetivo facilitar: aprendizagem, espaço cultural coeso, ensino estruturado, comunicação alternativa, recursos pedagógicos. 
O TEACCH trabalha com recursos visuais e estrutura do ambiente, podem ser objetos, fotografias, imagens, pictogramas, palavras e qualquer outra sinalização que leve em conta os aspectos imagéticos do autista. Portanto o TEACCH crê na aquisição de conceitos advindos de imagens, e por essa razão faz uso também de cartões ilustrados como forma de indicara rotina e ou sinalizar a comunicação.
Abaixo estão alguns exemplos de atividades para serem desenvolvidas com autistas
 
Figuras 1 e 2: Recortes e colagem de figuras com suas respectivas formas.
 
Figuras 3 e 4: Recortes e colagem de figuras com suas respectivas cores
O professor pode ajudar o aluno autista a superar os obstáculos. Para isso, é fundamental que o professor crie vínculos, pois quando eles começam a confiar no mediador, tudo o que é proposto a ele funciona melhor. Erick gosta muito da educadora e criou esse vínculo com ela, mas mesmo assim, ela ainda não consegue realizar um bom trabalho de socialização e comunicação com ele, pois ele é muito agitado, mesmo tomando remédios.
Diante dessa realidade, pensamos em algo que pudesse ajudar a docente a trabalhar com o aluno autista. Em estudos posteriores estudamos um pouco sobre a Psicomotricidade Relacional. Ela foi criada por André Lá Pierre, educador francês, na década de setenta. É uma pratica educativa, de valor preventivo e terapêutico, que permite as crianças, adolescentes e adultos, expressarem seus conflitos relacionais, superando-os através do jogo simbólico. Ela gera estímulos sociais e cognitivos, incentivando o aprendizado, despertando o desejo de aprender, melhora a produtividade da criança, estimula a criatividade, aceitação de frustrações, entre outros. Ela aborda fatores tanto relacionado com o mundo interno da criança quanto com as possibilidades externas de perceber e agir com o outro, com objetos e consigo mesmo. O corpo é origem das ações cognitivas, socioafetivas e psicomotoras, sendo assim é possível tentar verificar os efeitos de uma intervenção pedagógica via corporal.
Existe um processo pelo qual o cérebro organiza as informações, organiza as sensações do próprio corpo e do ambiente que é chamado de Integração Sensorial. Desta forma, o nosso organismo apreende as informações sensoriais disponíveis no ambiente, processa e filtra as mais importantes, para que se tenha respostas adaptáveis para o dia-a-dia. É algo de suma importância para o processo de desenvolvimento. É um sentido que trabalha junto com os outros como olfato, visão e audição. Eles juntos exercem uma função crítica dos processos de sobrevivência, bem-estar e segurança. 
Existe uma necessidade enorme de minimizar os déficits decorrentes de falhas na Integração Sensorial, e essa proposta visa estimular as vias responsáveis por esse processo, e com isso aumentar o repertório dos alunos e diminuir esses atrasos. 
O espaço para a elaboração da atividade simbólica deve ser livre, com características afetivas, com possibilidade de exploração de possibilidades reais e imaginárias, livre de objetivos pedagógicos diretos, aberto a jogos, onde é colocado o conhecimento que se tem de si em relação ao outro. 
Os objetos utilizados são simples e que poderão ser manipulados pelas crianças, com função relacional, oferecendo uma infinidade de jogo sensório motor e simbólico. O educador brinca como parceiro simbólico mergulhado no universo e na fantasia juntamente com a criança. 
O que essa proposta traz de diferente é que para o brincante não existe modelos pré-estabelecidos e instruções a seguir, pois ele é o protagonista. O intuito é deixar ele livre e participar de suas criações e histórias, adentrar ao seu mundo e a partir do momento que ele conseguir se concentrar em uma atividade, pode usar isso como instrumento para ajudá-lo ao seu favor, através da atividade que ele conseguir realizar e a que ele gostar, se pode construir com ele inovações e incluir saberes necessários para o processo de ensino e aprendizagem. Más é de suma importância deixá-los livres para eles sentirem oambiente, perceber o que está ao seu redro e aos poucos ele vai conseguir se concentrar, porém é preciso do apoio não só da docente, mas da equipe gestora, família e da turma, sem falar que é necessário o acompanhamento com a equipe da saúde.
3.1 – Propostas Para o Aluno Erick
Foram propostas atividades com o tapete mágico, jogo de bolas de diferentes tipos, balões coloridos, cordas, bambolês, colchonetes para brincadeiras no chão, circuitos, personagens em miniaturas, brincadeiras com fantoches, e etc. Também pode se trabalhar outras mais específicas como: água – utilizada em diferentes contextos como afundar objetos, molhar as mãos e rosto, para ser lançada ou borrifada; blocos lógicos: montagem de torres, robôs, mesas e etc.; papelão: local para esconder-se, uma camuflagem, um castelo e etc.; músicas/som: variedade de estilos e ritmo, som agudo e grave e etc.. As atividades serão propostas uma vez por semana durante dois meses durante 50 minutos. Como uma forma de registro, o educador pode fazer anotações em um caderno de campo, um instrumento de trabalho de observação, com todas as etapas, acompanhar a evolução, anotar as dificuldades, sensações, emoções e sentimentos. 
A educadora relata que ela já está fazendo as atividades propostas e que já realizou 3 atividades, e relata que o aluno já teve uma melhora significativa em seu ambiente escolar, consegue se concentrar mais, está mais animado com as atividades escolares. Sem dúvidas já é um avanço para a aprendizagem e convívio social dessa criança e das outras também. A professora agradeceu a nossa iniciativa de ajuda-la e ficou feliz com os pequenos resultados, pois sabemos que para se ter um bom resultado é preciso tempo e paciência. 
 Para a alfabetização do autista quanto mais visual pudermos direcionar as estratégias de ensino mais certo será a compreensão, não existe o método que seja mais eficaz ou mais indicado para quem tem Autismo, como muitas crianças a pessoa com Autismo vai se adequar melhor a um ou a outro de acordo com seu perfil.
Para contribuir com o processo de “alfabetização” de pessoas com autismo é fundamental considerar as suas dificuldades de comunicação com o mundo externo.
Em relação a proposta do aluno observado Stive levamos em consideração os recursos visuais para a nossa proposta de ensino, pois auxiliam bastante para captar a atenção do aluno no momento de atividade.
3.2 – Propostas Para o Aluno Stive
Nas atividades propostas em sala de aula, preparamos atividades concretas e visuais com letas moveis e com imagens, tudo foi pensando levando em consideração aos objetos que o aluno possui no dia a dia, como o aluno com autismo apresentam tendência à dispersão, oferecemos atividades de curta duração, com instruções visuais e orais objetivas, atreladas ao lúdico e os conteúdos do seu interesse.
1° imagem: associação de imagens a vogais
Começamos com a associação de imagens a vogais, sempre que o aluno conseguia juntar a imagem a vogal correta, perguntávamos sobre a letra e a imagem, para sabermos se o aluno conseguiu cumprir o objetivo da atividade.
 
2° imagem: Cards de imagens para associar com as consoantes
Em um segundo momento oferecemos ao aluno vários cards de imagens que teriam que ser associados as consoantes, e sempre que o aluno juntava a o cards a uma letra, perguntávamos qual a letra e o nome de cada imagem. 
 
3° imagem: Montagem de nomes com letras móveis
Propomos ao aluno escolher algumas imagens como montarmos o nome juntos com letras moveis, ao montar a palavra focamos no método fônico, pois é o utilizado com o aluno em sua rotina.
Observamos que a atenção do aluno foi significante, pois ele se interessou pelas imagens e cores, e o fato de tudo poder ser tocado por ele fez ele ter uma maior liberdade durante a atividade. 
O estimulo foi fundamental na realização da atividade e nada foi imposto, quando o aluno quis levantar e andar pela sala, acompanhamos ele e depois sempre convidávamos ele a voltar para a atividade. Conseguimos finalizar a atividade e observamos a grande diferença de trabalhar com o aluno com autismo utilizando materiais estimulantes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho foi de suma importância para a nossa vida acadêmica, pois nos proporcionou conhecer mais sobre o autismo, vimos como funciona a prática na sala de aula, observamos os conteúdos elaborados pelos docentes e observamos como é o comportamento desses alunos. Com a prática observada, também notamos de perto as dificuldades encontradas pelas famílias, escolas e alunos em relação a essa síndrome. 
Nossos objetivos foram alcançados, ficamos satisfeitas com o resultado dos projetos de intervenção. Esse projeto nos sensibilizou para buscar cada vez mais conhecimento e formação para melhor atender esses alunos e ajuda-los em seu processo de ensino e aprendizagem, em sua socialização, integração e inclusão na sociedade como um aluno normal com direitos e deveres iguais aos dos outros alunos. Este trabalho nos ajudará muito, pois como vimos ao longo do curso receberemos todos os tipos de alunos, com as mais variadas deficiências e dificuldades
Notamos também a necessidade de algo mais abrangente, espaços melhores para o atendimento dessas estudantes, falta mais apoio da família para a cobrança dos direitos destes com o governo, falta um pouco de integração entre profissionais da saúde e da educação, e é preciso ter mais políticas públicas que atendam às necessidades desses alunos. Acreditamos também que um professor que tem paciência com seu discente, supera as barreiras e dificuldades, acredita no aluno, dá a devida atenção a ele, melhora seus métodos e tenta inová-los, busca mais conhecimento e formação sobre a síndrome, tenta entende-lo, e mergulha junto com ele em seu mundo, esse docente com certeza fará um trabalho espetacular na sala de aula, seu aluno terá êxito em suas atividades, e ele como educador e como pessoa será referência para os demais. 
Ao escolher essa profissão temos que antes de tudo amar o que faremos e não ter nenhum tipo de preconceito. Trabalhar com crianças deve estar primeiramente no coração do pedagogo, e esse amor fará com que na prática se consiga fazer a diferença que se espera de um bom professor, que é fazer com que todos os alunos aprendam independente de sua deficiência ou dificuldade, afinal, perante a lei todos somos iguais e temos o mesmo direito de aprender. 
O autismo até então desconhecido pelo grupo, se tornou um ponto de interesse já que alunos com essa síndrome aparecem cada vez mais nas escolas em números maiores, e com esse trabalho, veio o desejo de aprimorar nosso conhecimento, e passa-lo adiante, para que outros também possam perceber a importância de conhecer o autismo. 
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