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Vigilância em saúde

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VIGILÂNCIA EM SAÚDE – SAÚDE COLETIVA 
 
DIEGO MARDEGAN Página 1 
 
ETIMOLOGIA 
 Vigiar: estar atento, cuidar, acompanhar, atividade constante durante todo o trabalho de 
todos os órgãos relacionados à vigilância; 
 Saúde: completo bem estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doença. 
 
Lei 8.080/1990: “A vigilância em saúde tem por objetivo a observação em análise permanente da 
situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar 
determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, 
garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva 
dos problemas de saúde”. - CONASS, 2007 
 
HISTÓRICO 
 Início do século XVII: movidos pela necessidade de controlar a febre amarela no Porto de 
Recife, foram instituídas considerações relacionadas às atividades portuárias que estavam 
sendo desenvolvidas; 
 1808-1809: Regulamentação do Serviço de Saúde dos Portos. O objetivo foi realizar o 
controle do que estava sendo importado e exportado, para reduzir o risco de doenças que 
ocorriam na época; 
 1903-1941: Serviço de Profilaxia da Febre Amarela e Revolta da Vacina. Quando Osvaldo Cruz 
assumiu a direção geral da saúde pública, ele coordenou atividades direcionadas a vigilância 
sanitária e epidemiológica. Todas as atividades até então eram verticalizadas, ou seja, eram 
executadas pelo Governo Federal, e não abrangia todos os municípios de modo efetivo; 
 1941: Serviços Nacionais Relacionados ao Controle de Doenças. O objetivo desses serviços 
era erradicar a malária, febre amarela, tuberculose e lepra; 
 1969: Serviço Nacional de Notificação. O Centro de Investigação Epidemiológica criou uma 
lista de notificação compulsória, composta por 12 doenças que deveriam ser notificadas 
pelos municípios. Nesse momento, já era de responsabilidade do município encaminhar os 
dados colhidos para a esfera estadual, posteriormente a esfera federal e este distribuía os 
recursos necessários para realizar as ações de saúde; 
 1975: Lei 6.259/75. Instituição da Vigilância Epidemiológica, relacionada somente ao 
controle de doenças infectocontagiosas; 
 1990: O município e o estado tinham a incumbência de realizar a Vigilância em Saúde 
(pautada na Lei 8.080/1990); 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE – SAÚDE COLETIVA 
 
DIEGO MARDEGAN Página 2 
 
 2004: Portaria 1172. Divisão da Vigilância em Saúde em subgrupos (Sanitária, Meio Ambiente 
e Saúde do Trabalhador). 
 
“A vigilância tem como fundamento não somente o controle das doenças transmissíveis, mas 
também as doenças não transmissíveis e riscos ambientais. Ela busca contemplar os princípios da 
equidade, integralidade e universalidade”. 
 
CARACTERÍSTICAS COMUNS 
 Articulação de ações e atuação intersetorial (atividades realizadas no Município, Estado e 
Governo Federal); 
 Análise permanente (e constante) dos riscos e da situação de saúde da população; 
 Intervenção sobre os problemas de saúde; 
 Ações sobre o território (descentralização: cada município controla suas próprias doenças); 
 Abrange ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de doenças e agravos a 
saúde; 
 Lidam com riscos e fatores determinantes das doenças e agravos em saúde; 
 Devem buscar melhoria das condições de vida. 
 
AÇÕES ESPECÍFICAS 
 Vigilância epidemiológica (controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis); 
 Vigilância em saúde ambiental (identificação de fatores ambientais que interferem na saúde, 
por exemplo, poluição); 
 Vigilância em saúde do trabalhador (redução de morbidade ou mortalidade decorrente do 
que está sendo produzido por essa população no período de trabalho, por exemplo: 
utilização de EPI, correta organização de trabalho); 
 Vigilância sanitária: eliminar, diminuir ou prevenir o risco a saúde decorrente de problemas 
sanitários, de bens de consumo ou de serviços. 
 
“Todas essas vigilâncias são ações de promoção, prevenção e controle.” 
 
FUNÇÕES 
 Qualificação da gestão pública; 
 Organização dos serviços; 
 Planejamento dos recursos públicos; 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE – SAÚDE COLETIVA 
 
DIEGO MARDEGAN Página 3 
 
 Efetivação de ações de controle social; 
 Consolidação dos princípios do SUS. 
 
“Ação de controle social: participação da sociedade no que está sendo realizado, no planejamento 
das atividades, na execução e na avaliação do que foi realizado”. 
 
VIGILÂNCIA AMBIENTAL 
 Conjunto de ações que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores 
determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde ambiental 
humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de 
risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos a saúde. 
 Ações realizadas: vigilância de fatores biológicos que envolvem a situação: contaminantes 
ambientais, qualidade da agua potável, qualidade do ar e etc.. 
 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 
 Conjunto de ações que visa a promoção da saúde e a redução da morbidade/mortalidade 
da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos 
e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processo produtivo. 
 Ações realizadas: centro de referência à saúde do trabalhador e quando necessário, utiliza-se 
a atuação na atenção primária. 
 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 Conjunto de ações que possibilita os conhecimentos necessários para a detecção e 
prevenção de quaisquer mudanças nos fatores que determinam e condicionam a saúde dos 
indivíduos e da coletividade com o propósito de recomendar e adotar medidas de prevenção 
e controle das doenças e agravos. 
 Tem como pressuposto fornecer orientações técnicas permanentes aos gestores sobre a 
execução de ações de controle de agravos à saúde. 
 Os dados epidemiológicos constituem um instrumento importante para o planejamento, 
organização, operacionalização e normatização dos sistemas de saúde. 
 
 FUNÇÕES 
 Coletar e processar dados sobre a ocorrência de agravos e doenças; 
 Promover ações de controle; 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE – SAÚDE COLETIVA 
 
DIEGO MARDEGAN Página 4 
 
 Oferecer recomendações sobre medidas de controle adotadas; 
 Avaliar o impacto das medidas atualizadas; 
 Divulgar informações atualizadas. 
 Atualmente as ações da vigilância epidemiológica não estão relacionadas somente a 
doenças contagiosas, mas também causas externas e doenças crônico-degenerativas 
(diabetes, hipertensão). 
 
 SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO 
 Comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde feita a autoridade 
sanitária por profissionais da saúde ou qualquer cidadão; 
 Contribui para um levantamento mais preciso das doenças que mais ocorrem no munícipio. 
 
VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
 Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos a saúde e de intervir nos 
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da 
prestação de serviços de interesse da saúde; 
 É abrangente, pois fiscaliza desde a criação de produtos até a prestação de serviços. 
 Organizada pelo Sistema Nacional de Vigilância, representada pela ANVISA, regulamentada 
pela lei 9.782/1999. 
 Subdivisão: produtos, alimentos, serviços e serviços de saúde (verificar e promover a adesão 
às normas e regulamentos éticos vigentes; e impedir a transmissão de doenças e ocorrência 
de morbidade e mortalidade do profissional); 
 O principal instrumento para a vigilância de serviços em saúde é a inspeção, baseada em 
parâmetros, utilizados para comparar se o local está em condições de funcionamento.A 
inspeção pode ser de rotina ou extraordinária (quando há denúncia). 
 
 FUNÇÕES 
 Identificar os fatores de risco > antecipar a ocorrência dos danos > prevalecer o bem estar da 
população; 
 Desenvolver ações capazes de eliminar, diminuir e prevenir os riscos a saúde.

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