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Material de estudo Saúde coletiva II

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FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
DIEGO MARDEGAN Página 1 
 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
 
ETIMOLOGIA 
 Vigiar: estar atento, cuidar, acompanhar, atividade constante durante todo o trabalho de 
todos os órgãos relacionados à vigilância; 
 Saúde: completo bem estar físico, mental e social, e não somente a ausência de doença. 
 
Lei 8.080/1990: “A vigilância em saúde tem por objetivo a observação em análise permanente da 
situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar 
determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, 
garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva 
dos problemas de saúde”. - CONASS, 2007 
 
HISTÓRICO 
 Início do século XVII: movidos pela necessidade de controlar a febre amarela no Porto de 
Recife, foram instituídas considerações relacionadas às atividades portuárias que estavam 
sendo desenvolvidas; 
 1808-1809: Regulamentação do Serviço de Saúde dos Portos. O objetivo foi realizar o 
controle do que estava sendo importado e exportado, para reduzir o risco de doenças que 
ocorriam na época; 
 1903-1941: Serviço de Profilaxia da Febre Amarela e Revolta da Vacina. Quando Osvaldo Cruz 
assumiu a direção geral da saúde pública, ele coordenou atividades direcionadas a vigilância 
sanitária e epidemiológica. Todas as atividades até então eram verticalizadas, ou seja, eram 
executadas pelo Governo Federal, e não abrangia todos os municípios de modo efetivo; 
 1941: Serviços Nacionais Relacionados ao Controle de Doenças. O objetivo desses serviços 
era erradicar a malária, febre amarela, tuberculose e lepra; 
 1969: Serviço Nacional de Notificação. O Centro de Investigação Epidemiológica criou uma 
lista de notificação compulsória, composta por 12 doenças que deveriam ser notificadas 
pelos municípios. Nesse momento, já era de responsabilidade do município encaminhar os 
dados colhidos para a esfera estadual, posteriormente a esfera federal e este distribuía os 
recursos necessários para realizar as ações de saúde; 
 1975: Lei 6.259/75. Instituição da Vigilância Epidemiológica, relacionada somente ao 
controle de doenças infectocontagiosas; 
FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
DIEGO MARDEGAN Página 2 
 
 1990: O município e o estado tinham a incumbência de realizar a Vigilância em Saúde 
(pautada na Lei 8.080/1990); 
 2004: Portaria 1172. Divisão da Vigilância em Saúde em subgrupos (Sanitária, Meio Ambiente 
e Saúde do Trabalhador). 
 
“A vigilância tem como fundamento não somente o controle das doenças transmissíveis, mas 
também as doenças não transmissíveis e riscos ambientais. Ela busca contemplar os princípios da 
equidade, integralidade e universalidade”. 
 
CARACTERÍSTICAS COMUNS 
 Articulação de ações e atuação intersetorial (atividades realizadas no Município, Estado e 
Governo Federal); 
 Análise permanente (e constante) dos riscos e da situação de saúde da população; 
 Intervenção sobre os problemas de saúde; 
 Ações sobre o território (descentralização: cada município controla suas próprias doenças); 
 Abrange ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de doenças e agravos a 
saúde; 
 Lidam com riscos e fatores determinantes das doenças e agravos em saúde; 
 Devem buscar melhoria das condições de vida. 
 
AÇÕES ESPECÍFICAS 
 Vigilância epidemiológica (controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis); 
 Vigilância em saúde ambiental (identificação de fatores ambientais que interferem na saúde, 
por exemplo, poluição); 
 Vigilância em saúde do trabalhador (redução de morbidade ou mortalidade decorrente do 
que está sendo produzido por essa população no período de trabalho, por exemplo: 
utilização de EPI, correta organização de trabalho); 
 Vigilância sanitária: eliminar, diminuir ou prevenir o risco a saúde decorrente de problemas 
sanitários, de bens de consumo ou de serviços. 
 
“Todas essas vigilâncias são ações de promoção, prevenção e controle.” 
 
 
 
FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
DIEGO MARDEGAN Página 3 
 
FUNÇÕES 
 Qualificação da gestão pública; 
 Organização dos serviços; 
 Planejamento dos recursos públicos; 
 Efetivação de ações de controle social; 
 Consolidação dos princípios do SUS. 
 
“Ação de controle social: participação da sociedade no que está sendo realizado, no planejamento 
das atividades, na execução e na avaliação do que foi realizado”. 
 
VIGILÂNCIA AMBIENTAL 
 Conjunto de ações que propiciam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores 
determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde ambiental 
humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de 
risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos a saúde. 
 Ações realizadas: vigilância de fatores biológicos que envolvem a situação: contaminantes 
ambientais, qualidade da agua potável, qualidade do ar e etc.. 
 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 
 Conjunto de ações que visa a promoção da saúde e a redução da morbidade/mortalidade 
da população trabalhadora, por meio da integração de ações que intervenham nos agravos 
e seus determinantes decorrentes dos modelos de desenvolvimento e processo produtivo. 
 Ações realizadas: centro de referência à saúde do trabalhador e quando necessário, utiliza-se 
a atuação na atenção primária. 
 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 Conjunto de ações que possibilita os conhecimentos necessários para a detecção e 
prevenção de quaisquer mudanças nos fatores que determinam e condicionam a saúde dos 
indivíduos e da coletividade com o propósito de recomendar e adotar medidas de prevenção 
e controle das doenças e agravos. 
 Tem como pressuposto fornecer orientações técnicas permanentes aos gestores sobre a 
execução de ações de controle de agravos à saúde. 
 Os dados epidemiológicos constituem um instrumento importante para o planejamento, 
organização, operacionalização e normatização dos sistemas de saúde. 
FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
DIEGO MARDEGAN Página 4 
 
 
 FUNÇÕES 
 Coletar e processar dados sobre a ocorrência de agravos e doenças; 
 Promover ações de controle; 
 Oferecer recomendações sobre medidas de controle adotadas; 
 Avaliar o impacto das medidas atualizadas; 
 Divulgar informações atualizadas. 
 Atualmente as ações da vigilância epidemiológica não estão relacionadas somente a 
doenças contagiosas, mas também causas externas e doenças crônico-degenerativas 
(diabetes, hipertensão). 
 
 SISTEMA DE NOTIFICAÇÃO 
 Comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde feita a autoridade 
sanitária por profissionais da saúde ou qualquer cidadão; 
 Contribui para um levantamento mais preciso das doenças que mais ocorrem no munícipio. 
 
VIGILÂNCIA SANITÁRIA 
 Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos a saúde e de intervir nos 
problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da 
prestação de serviços de interesse da saúde; 
 É abrangente, pois fiscaliza desde a criação de produtos até a prestação de serviços. 
 Organizada pelo Sistema Nacional de Vigilância, representada pela ANVISA, regulamentada 
pela lei 9.782/1999. 
 Subdivisão: produtos, alimentos, serviços e serviços de saúde (verificar e promover a adesão 
às normas e regulamentos éticos vigentes; e impedir a transmissão de doenças e ocorrência 
de morbidade e mortalidade do profissional); 
 O principal instrumento para a vigilância de serviços em saúde é a inspeção, baseada em 
parâmetros, utilizados para comparar se o local está emcondições de funcionamento. A 
inspeção pode ser de rotina ou extraordinária (quando há denúncia). 
 
 FUNÇÕES 
 Identificar os fatores de risco > antecipar a ocorrência dos danos > prevalecer o bem estar da 
população; 
 Desenvolver ações capazes de eliminar, diminuir e prevenir os riscos a saúde. 
FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
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HISTÓRICO, MECANISMO DE AÇÃO E MODO DE APLICAÇÃO DO FLÚOR. 
 
 Etimologia: latim “fluere” e significa fluir; 
 Encontrado na natureza como parte da substância bruta fluorita; 
 1529: Agrícola utilizava o flúor para diminuir o ponto de fusão dos metais e alguns minerais; 
 1886: Henri Moissan foi o primeiro pesquisador a conseguir isolar o elemento flúor através 
do fluoreto. 
 
FLÚOR X FLUORETO 
 O flúor (F) pertence ao grupo 17, grupo dos halogênios da tabela periódica; 
 É um elemento que apresenta alta eletronegatividade (“rouba” elétrons de outros minerais e 
metais), por isso é mais encontrado na forma de fluoreto (quando está associado a outro 
componente); 
 É o 13º elemento mais abundante na natureza, presente em maior quantidade na fluorita e 
depois no solo, água, rochas e plantas; também pode estar incorporado em alimentos 
industrializados e proteínas animais. 
 
FLUORETO E A CÁRIE DENTÁRIA 
 Os fluoretos foram descobertos no início do século XX devido aos seus efeitos adversos 
(fluorose dental). A partir da análise das águas fluoretadas da região onde as pessoas 
apresentavam manchamento dentário, observou-se que a alta prevalência de fluorose estava 
associada à redução de cárie dentária; 
 É o primeiro método preventivo utilizado para controle de cárie, através da fluoretação das 
águas; 
 Não se justifica a utilização de algum tipo de fluoreto no primeiro período natal, pois não há 
evidências de benefícios; 
 2º período pós-natal: a prescrição deve ser limitada e justificada. 
 
HISTÓRICO DA FLUORETAÇÃO 
 Fluoretação das águas: marco de estudos científicos para diminuição da cárie dentária; 
 No contexto mundial, a utilização do flúor como método preventivo e terapêutico para a 
cárie dentária teve início em 1945-46 na cidade de Grand Rapids – EUA. Em seguida, este 
método foi recomendado pela OMS e atualmente beneficia 400 milhões de pessoas em todo 
o mundo; 
FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
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 No Brasil, a lei federal 6.050/74 normatiza que os municípios devem utilizar o flúor na água 
de abastecimento para prevenção da cárie dentária. O primeiro município que recebeu 
fluoretação das águas foi Baixo Guandu – ES. 
 Didaticamente, o histórico da fluoretação foi dividido em 03 períodos: 
 1803 – 1933: os autores buscaram identificar o causador do manchamento dental e redução 
da prevalência de cárie, encontrando o flúor como substância principal presente nas águas; 
 1933 – 1945: Estudo das 21 Cidades, por Dean - comprovar e esclarecer a relação entre o 
teor de flúor, o manchamento dentário e a ação preventiva; 
 1945 em diante: o fluoreto foi incorporado às águas de abastecimento público nas 
concentrações ideais para prevenção da cárie; 
 Sinonímias de manchamento dentário: dente de Chiaie, mancha amarronzada do Colorado, 
esmalte mosqueado e fluorose (1933). 
 Galagan e Vermillion: observaram a relação entre a quantidade de fluoreto ingerido e a 
temperatura média anual de determinada região, considerando que, quanto maior a 
temperatura, maior seria a quantidade de água fluoretada ingerida. Perceberam também a 
necessidade de fiscalização por uma vigilância para a verificação da concentração dos 
fluoretos na água. 
 
[ESTUDO DAS 21 CIDADES] 
 Estudo realizado em quatro estados dos EUA (Colorado, Illinois, Indiana e Ohio); 
 Objetivo: estabelecer a concentração de fluoreto presente na água que provocava o 
manchamento dentário, assim como a prevalência da carie dentária com a concentração de 
flúor presente na água; 
 Concentrações utilizadas: 0,1 mg F/l e 2,5 mg F/l; 
 Conclusão: o município que tinha 0,6 mg F/l de água teve uma redução de 50% da 
experiência de cárie em comparação com o município que tinha 0,2 mg F/l. As regiões que 
tinham 1,2 mg F/l teve uma redução de 60% no histórico de lesões cariosas, ao passo que nas 
regiões com 1,8 mg F/l também houve uma redução na prevalência de cárie, entretanto, 
observou um nível considerável de fluorose. Desse modo, o nível adequado da 
concentração de flúor na água estava nos limites entre 1,0 e 1,5 mg F/l de água; 
 Classificação da severidade dos casos. 
 
POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE BUCAL, 2004. 
 Uma das ações de Promoção de Saúde inclui a fluoretação das águas; 
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 É dever do cirurgião dentista que atua no serviço público conhecer a concentração de flúor 
presente nas águas de abastecimento do município, assim como praticar as demais medidas 
de promoção de saúde (educação em saúde bucal, instrução e higiene supervisionada, 
aplicação tópica de flúor) e reabilitação da saúde bucal. 
 O Brasil possui o segundo maior sistema de fluoretação das águas de abastecimento público 
do mundo e também um dos maiores contingentes populacionais consumidores de 
dentifrícios e produtos fluoretados. 
 
MECANISMO DE AÇÃO E MODO DE APLICAÇÃO 
 Para diminuição da cárie dentária, os fluoretos devem estar presentes na cavidade bucal, 
pois o íon flúor interfere no processo DES-RE; 
 Os modos de aplicação podem ser coletivos (através da fluoretação das águas, escovação 
supervisionada, dentifrício e bochechos fluoretados) ou individuais (vernizes e géis 
fluoretados e materiais dentários com fluoretos); 
 O fluoreto pode estar presente na forma líquida, ligado ao biofilme dentário, tecidos moles, 
saliva e nos dentes. 
 
 PROCESSO DE DES-RE (+- 25/30 MINUTOS) 
 A integridade física do esmalte dentário depende diretamente da composição e 
comportamento químico dos fluidos adjacentes, pois a alteração na concentração dos sais 
pode determinar o processo de desmineralização ou remineralização. 
 Quando ocorre subsaturação (queda da concentração dos sais ligados ao dente), há 
desmineralização do elemento dentário. Dentre os fatores que controlam a estabilidade da 
apatita no esmalte pode-se destacar o pH, quando este se encontra abaixo de 5,5 no esmalte 
e 6,7 na dentina, aumenta a concentração ativa livre de cálcio, fosfato e flúor no meio bucal. 
 As bactérias presentes no biofilme aderido ao elemento dentário dissolvem a sacarose dos 
alimentos ingeridos e diminuem o pH da cavidade bucal; o pH crítico estimula o processo de 
desmineralização, dissolvendo a hidroxiapatita em sais minerais. Esses sais minerais livres no 
meio bucal favorecem a neutralização do pH; 
 O processo de remineralização tem início quando o pH está sendo neutralizado, através da 
hipersaturação de sais na cavidade bucal e capacidade tampão da saliva. Os sais serão 
incorporados em forma precipitada no elemento dentário. 
 
 
FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
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PRESENÇA DO FLÚOR NO PROCESSO DES-RE 
 A presença do fluoreto na cavidade bucal faz com que o pH crítico fique entre 4,5 e 5,5 e o 
meio bucal fique com altas concentrações de minerais para formar a fluorapatita; 
 A fluorapatita é um mineral menos solúvel e apresenta maior tendência de precipitar no 
esmalte e dentina do que a hidroxiapatita, por isso o flúor é considerado como o elemento 
indicado para diminuir a prevalência de cárie dentária; 
 Deve estar presente constantemente na cavidade bucal para garantir a formação de novos 
cristais de fluorapatita diante da queda do pH. 
 
METABOLISMO Os fluoretos são processados no trato gastrintestinal rapidamente através de um processo 
passivo e voltam a corrente sanguínea, podendo ser excretados (via urina, fezes e suor), 
voltar para a saliva (auxiliando no processo DES-RE) ou se incorporarem na superfície óssea; 
 A concentração máxima no plasma ocorre após 30 minutos da ingestão. 
 
INTOXICAÇÃO AGUDA 
 Concentrações de até 0,5 mg F/kg; 
 A intoxicação aguda ocorre pela ingestão em grande quantidade em uma única vez; 
 Sinais locais: irritação do trato digestório, salivação, náuseas, vômito e diarreia; 
 Sinais sistêmicos: respiração deprimida e insuficiência cardíaca; 
 Tratamento: administração de cálcio via oral (copo de leite) ou induzir ao vômito imediato. 
Quando se observa a ingestão em concentrações maiores que 5 mg F/Kg, essas medidas 
devem ser tomadas em ambiente hospitalar. 
 
INTOXICAÇÃO CRÔNICA 
 Concentração de 0,7 mg F/Kg; 
 Manifestações: fluorose dentária e fluorose esquelética; 
 Tratamento: estético (para fluorose dentária); 
 Concentrações entre 32 e 64 mg F/Kg são letais. 
 
 
 
 
 
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MÉTODOS TÓPICOS DE APLICAÇÃO DO FLÚOR 
 
 A utilização do flúor como método de controle e prevenção da cárie dentária teve início 
quando este foi incorporado às águas de abastecimento público; 
 Sabendo que a eficácia da prevenção está relacionada à presença constante deste elemento 
no meio bucal, métodos de aplicação tópica foram criados a partir de compostos e 
substâncias fluoretadas para interferir na dinâmica do processo carioso; 
 A administração do flúor, seja sistêmica ou tópica, tem ação local, com o objetivo de diminuir 
o produto de solubilidade do esmalte e dentina pela redução do tempo de desmineralização 
através da rápida precipitação da fluorapatita na estrutura dental, e aumentar a eficácia do 
processo de remineralização. 
 
MECANISMO DE AÇÃO (FLÚOR TÓPICO) 
 Após a ingestão do flúor e sua liberação no meio bucal, independente do método, serão 
formados a fluorapatita e o fluoreto de cálcio. Para que isso ocorra, a concentração deve 
estar acima de 1000 ppm F. No dentifrício ela varia entre 1000 e 1500 ppm; 
 Alguns estudiosos defendem a ideia que dentifrícios com concentração inferior a 550 ppm 
não tem efetividade na prevenção da cárie dentária; 
 A aplicação tópica do flúor permite que haja maior formação do fluoreto de cálcio, que 
apresenta baixa velocidade de dissolução e retenção prolongada na superfície do elemento 
dentário, formando um reservatório de íon flúor que será liberado no meio bucal diante de 
um desafio cariogênico; 
 A associação dos métodos tópicos e sistêmicos diminuirá a prevalência de cárie dentária. 
 
FATORES QUE INTERFEREM NA FORMAÇÃO DO FLUORETO DE CÁLCIO (CaF2) 
 Concentração de flúor na aplicação; 
 pH do meio (quanto mais ácido, melhor); 
 Flúor: pode ser acidulado (indicado para prevenção da cárie) ou neutro (indicado para 
pacientes com sensibilidade); 
 Tempo de aplicação (não há diferença quando aplicado por 01 ou 04 minutos para a 
formação de fluoreto de cálcio, portanto, a disciplina preconiza o tempo de 01 minuto); 
 Estrutura mineralizada (a formação de fluoreto de cálcio é mais eficiente na dentina, devido 
à associação entre a apatita carbonata e flúor, causando maior mineralização que no 
esmalte); 
FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
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 Tempo de erupção dental (maior incorporação de fluoreto quando está em fase erupção); 
 Condição do elemento dental (dentes com manchas brancas de cárie apresentam maior 
formação de fluoreto se comparado a um dente hígido). 
 
MÉTODOS TÓPICOS DE APLICAÇÃO DE FLÚOR 
 Solução para bochechos; 
 Aplicação tópica de flúor (ATF); 
 Vernizes; 
 Dentifrícios fluoretados; 
 Materiais odontológicos liberadores de flúor; 
 Dispositivos de liberação lenta do fluoreto. 
 
 SOLUÇÃO PARA BOCHECHOS 
HISTÓRICO 
 1950: desenvolvimento de uma técnica que fosse simples, efetiva, rápida e de aplicação 
tópica, surgindo então soluções concentradas de fluoreto de sódio; 
 1965: com a utilização deste método houve uma redução de 80% da cárie dentária na 
Escandinávia, e até hoje essa região o menor índice de cárie dentária do mundo; 
 1970-1980: os bochechos fluoretados foram incluídos nos programas escolares, uma vez que 
apresentava boa relação custo-benefício quando feitos corretamente; 
 Estudos mostram que a associação do consumo de água fluoretada e o bochecho fluoretado 
contribuem para a redução da cárie dentária, e em relação a frequência, o bochecho diário 
tem resultados melhores que a aplicação semanal; 
 Atualmente, este método não é o mais eficaz porque a prevalência da cárie dentária 
encontra-se polarizada em determinados grupos sociais, isto é, não está distribuída 
homogeneamente entre a população; 
 A relação custo-benefício desse método depende do tipo de intervenção e do índice de cárie 
dentária da população (polarização). 
 
TÉCNICA 
 A aplicação pode ser diária (0,05% - 225 ppm), semanal (0,2% - 900 ppm) ou quinzenal; 
 Não é necessário que o cirurgião-dentista aplique a técnica, pois qualquer pessoa treinada é 
capaz de conduzir o procedimento; 
 Uso diário/semanal através do bochecho de 10 ml por 1 minuto, seguido pela expectoração. 
FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
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INDICAÇÕES 
 Devido ao uso disseminado de dentifrícios fluoretados e a ingestão de água fluoretada, 
indica-se esse método para indivíduos com alto risco a cárie dentária (alto índice, 
polarização); 
 Exposição a água de abastecimento sem flúor; 
 Exposição a água de abastecimento com baixas concentrações de flúor; 
 Quando o CPOD médio é maior que 3 aos 12 anos de idade (menos de 30% dos indivíduos do 
grupo são livres de cárie dentária aos 12 anos); 
 Populações com condições socioeconômicas que indiquem baixa exposição a dentifrícios 
fluoretado; 
 Dificuldade motora; 
 Pacientes em tratamento ortodôntico. 
 
VANTAGENS 
 Facilidade de aplicação; 
 [Relativo] baixo custo. 
 
DESVANTAGENS 
 Contraindicado para crianças de idade pré-escolar, pelo alto risco de ingestão do flúor; 
 Mínimo de 25 bochechos ao ano, sem longos tempos de interrupção, para que tenha boa 
eficácia. 
 
 APLICAÇÃO TÓPICA DE FLÚOR (ATF) 
FORMAS DE APRESENTAÇÃO 
 Fluoreto de sódio 2%; 
 Solução de fluoreto estanhoso 8%; 
 Flúor-Fosfato Acidulado (1,23%). 
 
FLUORETO DE SÓDIO 2% 
 [Técnica de Knutson e Armstrong, 1943]: O modo de aplicação do flúor é realizado em 04 
aplicações de 04 minutos e intervalo de aplicação de 04 a 05 dias; 
 Indicação: fase de erupção dos dentes (03, 07, 10 e 13 anos de idade); 
FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
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 Atualmente ela não é utilizada, pois alguns compostos utilizados semestralmente ou 
anualmente apresentam melhor eficácia. 
 
FLUORETO ESTANHOSO 8% 
 Vantagem: aplicação única; 
 Desvantagem: a solução é instável, devendo ser preparada no momento da aplicação; 
irritação ao tecido gengival; gosto metálico; manchas ou pigmentação do dente devido a 
presença do estanho; 
 Apresenta melhores resultados quando das aplicações semestrais, comparado com as 
aplicações anuais; 
 Atualmente não é tão utilizado. 
 
FLÚOR-FOSFATO ACIDULADO 1,23% ASSOCIADO AO GEL DE ÁCIDO ORTOFOSFÓRICO 0,1% 
 É o método mais utilizado e indicado devido ao pH ácido e maior reatividade com o esmalte; 
 Aplicações: anuais, semestrais ou quadrimestrais; 
 Não ingerir alimentos ou líquidos durante 30 minutos após a aplicação; Não há risco de fluorose; 
 Tempo de aplicação: 01 minuto; 
 Espuma: apresenta composição semelhante ao gel e uma quantidade menor de fluoreto é 
utilizada durante a aplicação, sendo mais segura em questão de toxicidade. A incorporação 
de fluoreto ao esmalte é semelhante quando se emprega espuma ou gel. 
 
 VANTAGENS 
 Baixo custo; 
 Viscosidade (propriedade: tixotropia - quando sofre pressão ou tracionamento o gel se torna 
menos viscoso e se espalha por todo o elemento dentário); 
 Não causa irritação gengival; 
 Praticidade (utilização de moldeiras); 
 Não necessita de profilaxia prévia (recomenda-se para remover o evidenciador de placa); 
 Maior liberação de flúor no esmalte; 
 Maior estabilidade; 
 Não produz manchas e pigmentos. 
 
 
FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
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 INDICAÇÕES 
 Pacientes com risco a cárie em superfícies lisas, verificado através do IHOS (moderado-alto); 
 Pacientes com alto risco a cárie radicular; 
 Pacientes em tratamento ortodôntico com aparelho fixo; 
 Grupos especiais (radiação, fluxo salivar reduzido); 
 Crianças cujos molares deveriam estar selados, mas por algum motivo não estão. 
 
 TÉCNICA 
 Gel: moldeiras para aplicação de flúor ou isolamento relativo; 
 Espuma: moldeira para aplicação de flúor bem adaptada; 
 Não ultrapassar 40% do volume da moldeira: risco de extravasar e ser ingerido; 
 Passo a passo: profilaxia > lavar, secar e isolar o dente > testar/adaptar a moldeira > 
posicionar o paciente com o corpo inclinado para frente (para evitar a ingestão do excesso de 
flúor) > carregamento da moldeira/aplicação do gel > tempo de utilização: 01 minuto > sugar 
a saliva e remover o excesso do gel com algodão > orientação do paciente. 
 
DENTIFRÍCIO FLUORETADO 
 Método individual e coletivo mais utilizado; 
 Pioneiros: Escandinávia e Reino Unido; 
 Brasil: 1988; 
 Os dentifrícios fluoretados constituem um método de grande efetividade, pois é capaz de 
estimular a remoção do biofilme e a exposição do elemento dentário a constantes 
concentrações de flúor; 
 É método coletivo porque depende da Vigilância Sanitária para determinar as 
concentrações adequadas de flúor nos dentifrícios; 
 Contraindicado para crianças menores de 3 anos devido ao risco de ingestão (utilizar 
dentifrícios de baixa concentração ou sem flúor, além de monitorar a escovação). Entretanto, 
a utilização de dentifrícios influencia programas de escovação supervisionada, motivando as 
crianças a escovar os dentes; 
 Os componentes ativos do creme dental são: fluoreto de sódio e monofluorfosfato de sódio, 
que agem liberando o flúor ao entrar em contato com a fosfatase presente na saliva; 
 A concentração máxima permitida é de 0,15% de F (ou 1500 ppm), que deve estar na forma 
ionizada para ter ação preventiva contra a cárie dentária; 
 Cremes dentais com fluoreto de cálcio não são efetivos contra a cárie. 
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VERNIZES 
 Foram criados e disponibilizados no mercado, inicialmente na Alemanha, em 1960. Somente 
nessa época ele era de grande eficiência devido a sua segurança, facilidade, rapidez e um 
método de aplicação rápida e barato; 
 O objetivo é prolongar o tempo de contato do fluoreto com a superfície dentária; 
 A eficácia na prevenção da cárie só ocorre na concentração de 2,26% de F ou 23.000 ppm; 
 Estudos clínicos randomizados mostraram redução de 46% da cárie dentária quando se 
utiliza esse método; 
 Realizar, no mínimo, duas aplicações anuais, podendo ser utilizado na saúde pública até 
quatro aplicações anuais para fins terapêuticos. 
 Técnica: profilaxia > lavar, secar e isolar > aplicação do verniz fluoretado; 
 Vantagens: prevenção em população de idade pré-escolar e ausência de riscos a fluorose 
dentária; 
 Desvantagem: necessita de profilaxia; 
 Indicações: são as mesmas para os bochechos fluoretados. 
 
MATERIAIS ODONTOLÓGICOS LIBERADORES DE FLÚOR 
 O Cimento de Ionômero de Vidro (CIV) é um dos principais materiais que liberam flúor na 
cavidade bucal. Apresenta ligação química com esmalte e dentina e liberação de flúor nas 
margens das restaurações; 
 Desvantagens: baixa resistência ao desgaste e instabilidade de cor; 
 O CIV modificado por resina apresenta resistência maior que o CIV convencional; 
 Possui capacidade de recarga, que faz com que o íon flúor permaneça constante no meio 
bucal. Entretanto, é necessário utilizar outros métodos tópicos para que ocorra a recarga; 
 Indicações: selante de fóssulas e fissuras, cimentação de bandas ortodônticas e bráquetes, 
ART (Tratamento Restaurador Atraumático). 
 
DISPOSITIVOS DE LIBERAÇÃO LENTA DE FLUORETO 
 Criado para não depender da colaboração dos pacientes; 
 É um adesivo de aproximadamente 04 mm colado na superfície vestibular do molar, que 
libera flúor de forma constante que varia de 0,02 a 1 mg de F/dia com duração média de 180 
dias e é seguro em relação a toxicidade; 
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 Indicações: crianças com risco a cárie dentária, prevenção de cárie radicular, pacientes com 
xerostomia, grupos de baixo nível socioeconômico e pacientes em tratamento ortodôntico; 
 Alguns estudos dizem que não há comprovação científica sobre esse método para prevenção 
da cárie, pois atualmente o indivíduo tem acesso a várias fontes de flúor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MÉTODOS SISTÊMICOS PARA UTILIZAÇÃO DO FLÚOR 
 
FLUORETAÇÃO DO LEITE 
 Efeito tópico pós-eruptivo inferior ao método da fluoretação da água (pois, no leite, o flúor 
não é completamente ionizado); 
 Possibilidade de livre escolha; 
 Consumido por crianças de nível econômico médio-elevado; 
 Na Bulgária, Chile e China foi incorporado 5 mg F/l de leite; 
 Poucos e inconsistentes estudos realizados. 
 
SUPLEMENTOS FLUORETADOS (Nativit) 
 Fluoreto de sódio (NaF) em forma de comprimidos e pastilhas; 
 Efeito sistêmico: insuficiente para a formação de fluorapatita e ineficaz contra a cárie; 
 Método considerado diante da baixa exposição a outras fontes de flúor; 
 Aumento do flúor na saliva, necessidade diária de ingestão (difícil controle); 
 Prescrição pré-natal sem indicação; 
 6 meses a 3 anos: ingestão menor que 0,3 mg/l de F, recomenda-se 0,5 mg/l de F; 
 3 a 5 anos: ingestão de 0,3 a 0,6 mg/l de F, recomenda-se 0,25 mg/l de F; 
 6 a 16 anos: ingestão de 0,3 a 0,6 mg/l de F, recomenda-se 0,5 mg/l de F. 
 
FLUORETAÇÃO DO AÇÚCAR 
 Pioneira: Luoma et al (1979) – Finlândia; 
 Atuação do flúor no exato momento do ataque ácido; 
 Questão ética: aceitação do método – estímulo ao consumo de açúcar; 
 Poucos estudos reportam redução significativa. 
 
FLUORETAÇÃO DO SAL 
VANTAGENS 
 Redução em torno de 60%; 
 Custo menor que a água; 
 Abrangência urbana e rural; 
 Menor desperdício de flúor; 
 Escolha individual – sem perda de liberdade. 
 
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DESVANTAGENS 
 Dosagem ótima (variação no consumo); 
 Consumo de sal grosso (37% da população); 
 Associação do consumo a outras doenças (hipertensão); 
 Falta de controle na distribuição (possibilidade de sobre dosagem). 
 
FLUORETAÇÃO DA ÁGUA NAS ESCOLAS 
 No Brasil, difundido nas décadas de 70 e 90 e atualmente sem utilização; 
 Reservatórios próprios de distribuição de água; 
 4,5 vezes acima do teor localmente recomendado; O teor de flúor depende da temperatura; 
 Desvantagens: exposição tardia e curto período de permanência na escola. 
 
FLUORETAÇÃO DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO 
 
NÍVEIS DE FLUORETO NAS ÁGUAS 
 Raro em águas de superfície (rios e lagos); 
 Abundante em águas subterrâneas, devido a absorção de sais e minerais presentes no solo. 
 Em Araçatuba, varia entre 0,6 e 0,8 mg/F/l. 
 
DEFINIÇÃO 
 Adição intencional de flúor na água para que ela fique nas concentrações ideais para 
prevenção da cárie dentária. 
 
IMPORTÂNCIA DO MÉTODO (NIVEIS IDEAIS) 
 2º nível de prevenção (proteção específica – atinge grande número de pessoas); 
 2º nível de aplicação (ação governamental restrita) 
 
 Segundo Viegas 
 Adequado: atinge todas as crianças sem distinção de nível socioeconômico; 
 Eficiente: reduz a incidência de cárie dentária (60% em média); 
 Econômico: custo per capita é reduzido; 
 Prático: fácil aplicação; 
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 Perene: o efeito perdura por toda a vida, protegendo os dentes contra o ataque de cárie e 
proporcionando efeitos benéficos a saúde do indivíduo; 
 Seguro: pois na proporção de 0,7 a 1,2 mg/l não produz malefício algum. 
 
“A fluoretação da água de consumo público é o mais seguro, efetivo, simples e econômico método de 
proteção contra a doença, e sua adoção têm sido recomendada pelas organizações nacionais e 
internacionais do setor saúde” - OMS, FDI E MSB. 
 
“É um método de uso coletivo do flúor, consagrado no século XX como uma das principais medidas de 
saúde pública, em função do seu impacto em reduzir a cárie dentária em populações” - CURY et al. 
 
HISTÓRIA DA FLUORETAÇÃO 
 1945 – Grand Rapids: ajuste da concentração de flúor em 1mg/l de água; 
 1950 – Estudo realizado em três cidades (Grand Rapids, Muskegon e Aurora) comparou o 
efeito da fluoretação em três níveis: nível ajustado (Grand Rapids – 1 mg F/l), controle 
negativo (Muskegon – 0,1 mg F/l) e controle positivo (Aurora – 1,2 mg F/L), verificando a 
redução do CPOD em todas as cidades. No controle negativo, onde se esperava que a 
redução não ocorresse, a temperatura da cidade era elevada, levando ao maior consumo de 
água pela população; 
 Galagan e Vermillion: correlacionaram a temperatura média anual e a concentração de flúor; 
 1953 – Baixo Guandu: estudo realizado durante 10 anos verificou a redução em 80% da cárie. 
 
 SAIS UTILIZADOS 
Fluoreto de sódio 
 Custo elevado; 
 Utilizado para bochecho; 
 Incompatível com água dura (que são ricas em cálcio e magnésio). 
 
Fluoreto de cálcio 
 Insolúvel; 
 Forma não ionizada (sem ação preventiva). 
 
 
 
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Ácido Fluossilícico – mais utilizado 
 Forma líquida e altamente solúvel; 
 Transparente; 
 Contém 80% de íon flúor ionizável; 
 Produz soluções corrosivas, mas são neutralizadas por outros produtos. 
 
Fluossilicato de Sódio 
 Alto teor de flúor; 
 Baixa solubilidade; 
 Tóxico. 
 
BENEFÍCIOS DA FLUORETAÇÃO 
 Redução de 50 a 60% sob exposição contínua (10 anos); 
 Custos: maior relação com o tipo de sal utilizado – custo per capita anual; 
 Considerar a relação custo-benefício. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM NA EFETIVIDADE DO MÉTODO 
 Concentração em níveis ideais, variável conforme a temperatura; 
 Exposição contínua por, pelo menos, 10 anos. 
 
DESVANTAGENS 
 Interrupções no programa; 
 Falta de acesso a água tratada; 
 Alto desperdício; 
 Impossibilita a escolha individual. 
 
CUSTOS 
Capital inicial de instalação (1,92%) 
 Equipamentos (85%); 
 Instalação e consultoria técnica (15%); 
 20 anos de vida útil dos equipamentos. 
 
Produtos químicos (74,6%) 
 Depende da quantidade de flúor natural presente na água. 
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Operacionalização do sistema (22,6%) 
 Depreciação e manutenção dos equipamentos; 
 Energia elétrica; 
 Recursos humanos. 
 
Controle de teores de flúor (0%) 
 
“Além dos benefícios ligados a redução dos níveis de cárie dentária, cabe assinalar a 
decorrente diminuição na demanda por assistência individual de urgência, acarretando 
menor absenteísmo escolar e do trabalho, além da economia financeira em caso de 
necessidade de tratamento mais complexo”. – Frias, P. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
 
SISTEMA DE FLUORETAÇÃO DAS ÁGUAS 
A fluoretação é um dos principais métodos que levou ao declínio dos índices de cárie no mundo e 
apresenta ótimo custo-benefício; embora o investimento inicial seja alto devido a aquisição de 
equipamentos, o custo é amortizado pela durabilidade dos mesmos, que tem vida útil de pelo menos 
20 anos e pelo fato de economizar com restaurações pela baixa ocorrência da cárie dentária. Desse 
modo, o custo está concentrado basicamente no sal de flúor utilizado (ácido fluossilícico). As 
desvantagens não estão relacionadas ao método em si, mas com o desperdício da água fluoretada e 
interrupção do método, uma vez que, para que ele tenha o efeito esperado é necessário 
continuidade por 10 anos de consumo e concentração constante na cavidade bucal. 
 
ESQUEMA DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
1º Captação; 
2º Manancial superficial; 
3º Adução por recalque ou gravidade; 
4º Tratamento; 
5º Reservatório; 
6º Adução por gravidade ou recalque. 
 
ADUÇÃO 
Canalizações que promovem o transporte de água em um sistema de abastecimento público. 
 
 CLASSIFICAÇÃO 
Quanto à natureza da água transportada: 
 Adutora de água bruta: transporte de água do manancial para a ETA; 
 Adutora de água tratada: transporte de água da ETA para reservatórios ou rede de 
distribuição. 
 
Quanto a energia de movimentação da água: 
 Adução por gravidade: transporte pela força da gravidade; 
 Adução em conduto livre: escoamento em sentido descendente, gravitacional, 
situações de baixa declividade, condutos abertos ou fechados; 
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 Adução em conduto forçado: escoamento em sentido descendente e ascendente, 
situações de alta declividade, condutos fechados. 
 
 Adução por recalque: quando a água é transportada contra a gravidade através de bombas 
que a leva de uma região baixa para outra superior; 
 Conjunto motor-bomba; 
 Poço e tubulação de sucção; 
 Tubulação de recalque. 
 
ESQUEMA DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA) 
 Represamento (diminuir a velocidade da água); 
 Banco de areia; 
 Poço de sucção; 
 Casa de máquina (adução por recalque e gravidade); 
 Adição de produtos químicos: 
 Cloro: matar microrganismos; 
 Sulfato de alumínio: floculação (juntar a sujeira em flocos); 
 Hidróxido de cálcio: reestabelecer o pH da água; 
 Floculação: sujeira depositada no fundo dos tanques; 
 Decantação; 
 Filtração (areia e carvão); 
 Adição de produtos químicos; 
 Hidróxido de cálcio; 
 Cloro; 
 Flúor; 
 Câmara de mistura; 
 Reservatório e distribuição; 
 Controles periódicos e diários da qualidade da água, para avaliar a presença de bactérias, pH, 
turbidez, alcalinidade, concentração de flúor, entre outros. 
 
ANÁLISE DO TEOR DE FLÚOR 
 Controle operacional: feito pela própria empresa que trata a água; 
 Heterocontrole: realizado por outras instituições do Estado que não esteja ligada à empresa 
responsável pelo tratamento.FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
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POLÍTICA DE FLUORETAÇÃO DA ÁGUA DE ABASTECIMENTO PÚBLICO 
 1945 – Grand Rapids: primeira cidade do mundo a ajustar seus teores de flúor na água de 
abastecimento público em torno de 1 ppm F/l; 
 1953 – Baixo Guandu – ES: primeira cidade do Brasil a receber a fluoretação, através de 
recursos do Ministério de Saúde e Fundação SESP e Departamento de Saúde do Espírito 
Santo; 
 1960-70: estímulo por parte de órgãos internacionais (OMS e Organização Pan-Americana de 
Saúde) para implementação do sistema de fluoretação em cidades com mais de 50.000 
habitantes; 
 1970: Ajuda da Fundação Kelloggs – EUA para que houvesse a fluoretação das águas nos 
países da América Latina; 
 1974: Lei 6.050, 24 de maio de 1974 “Dispõe sobre a fluoretação das águas em sistema de 
abastecimento público no Brasil”; 
 1975: Regulamentação da Lei 6.050, decreto 76.872, de 22 de dezembro de 1975, “Torna-se 
obrigatório a implementação de sistemas de fluoretação da água onde haja ETA”; 
 1975: Portaria Nº 635 - Ministério de Saúde, 26/12/1975, estabelece normas e padrões a 
serem seguidos, quanto à concentração do íon flúor de acordo com a média das 
temperaturas anuais e compostos recomendados (ácido fluossílicico); 
 1990: Estagnação da Fluoretação da Água (Governo Collor); 
 Fluoretação do sal de cozinha; 
 1992: Portaria 851 põe fim a Fluoretação do Sal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PLANEJAMENTO EM SAÚDE PÚBLICA 
 
“Processo lógico pelo qual se procura prever racionalmente o amanhã, buscando maior eficiência a 
atividade humana e constituindo-se na face oposta a improvisação”. 
 
CONCEITOS BÁSICOS 
 Planejamento: obter plano de ações; 
 Plano: engloba vários programas; 
 Programa: Saúde Bucal; Agente Comunitário; Estratégia de Saúde da Família; Atendimento a 
Gestantes e Idosos; 
 Instância ou momento: fase ou etapa do planejamento; 
 Problema: necessidade não satisfeita, desde que se tenha consciência dela e o desejo de 
satisfazê-la; 
 Ator social: uma pessoa que participa e é capaz de interferir em determinada situação; 
detém os recursos críticos necessários para execução do planejamento; 
 Nó crítico: causa do problema que, se for “atacada”, terá grande impacto na resolução do 
mesmo. 
 
PLANEJAMENTO 
1- Deve-se definir o ator que planeja (poder de decisão); 
2- Ter clara a missão (propósito) do referido planejamento; 
3- Quais produtos? Para qual clientela? Com quais características? 
 
EXEMPLOS 
 Escola municipal: oferecer ensino básico para crianças de 5 e 6 anos de forma gratuita e com 
qualidade; 
 Centro odontológico: oferecer tratamento odontológico para crianças de 7 a 14 anos, de fácil 
acesso e boa qualidade. 
 
ETAPAS DO PLANEJAMENTO 
 
1ª Compreensão da realidade 
 Obter informações qualitativas e quantitativas que permitam a correta compreensão da 
situação de saúde em determinada localidade; 
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 É importante levantar os serviços existentes, seu acesso e a representatividade; 
 Informações qualitativas: opinião da população em relação à quantidade de profissionais e 
qualidade dos procedimentos realizados; 
 Informações quantitativas: informações gerais, dados epidemiológicos e oferta de serviços 
odontológicos; 
 
 INFORMAÇÕES GERAIS 
 Renda per capita (distribuição da população em grupos de renda); 
 Escolaridade; 
 Unidade de saúde geral e bucal existentes; 
 Instituições formadoras de recursos humanos. 
 
 DADOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 Prevalência da cárie dentária; 
 Básico: CPOD aos 12 anos (idade base de comparação internacional); 
 Tendência do processo cárie; 
 Indicação do comportamento da doença; 
 Doença periodontal; 
 Índice CPI (15 a 19 anos; 35 a 44 anos); OBS.: Atualmente, a redução do índice não se dá pela 
melhoria na qualidade da saúde periodontal e sim pelo aumento de sextantes excluídos 
devido a perda dentária; 
 Indicadores de saúde (taxa de mortalidade infantil e por causas); 
 Percentual de crianças de 5 a 6 anos livres de cárie (CPO + ceo = 0). 
 
 OFERTA DE SERVIÇOS ODONTOLÓGICOS 
 Número total de profissionais; 
 Estimativa do número de cirurgiões-dentistas em clínica privada e cobertura populacional; 
 Existência de planos de saúde e seguro-saúde com o número de pessoas seguradas; 
 Disponibilidade de serviços preventivos públicos e privados e de ações de educação, 
consumo de dentífricios e produtos destinados a prevenção; 
 Sistema de vigilância sanitária em relação ao teor e regularidade de flúor na água. 
 
 
 
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2º Hierarquização dos problemas e definição de prioridades 
 
Em Saúde Pública, faz-se necessário priorizar devido a: 
 Várias necessidades acumuladas; 
 Escassez de recursos financeiros, humanos e materiais. 
 
“Prioridade (dar ênfase) é diferente de exclusividade (sentido de excluir)”. 
 
QUESTÕES QUE DEVEM SER RESPONDIDAS PARA O PLANEJAMENTO 
a) O que é mais frequente? 
b) O que é mais grave? 
c) O que mais incomoda a população? 
d) O que mais incomoda a equipe de saúde bucal? 
 
CRITÉRIOS PARA ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES 
 Número de pessoas atingidas; 
 Seriedade do dano causado; 
 Possibilidade de atuação eficiente; 
 Custo per capita; 
 Grau de interesse da comunidade; 
 Valor educativo do programa; 
 Capacidade técnico-administrativa; 
 Rendimento esperado do programa. 
 
HISTÓRICO DE PRIORIDADES EM ODONTOLOGIA 
 Grupos populacionais: faixa etária de escolares e situação econômica baixa; 
 Tipo de serviço: urgência e emergência; 
 Após o SUS, foi incluída na lista de prioridades a atenção à saúde do adulto e idoso. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS PROBLEMAS 
 
1- Problemas estruturados e quase estruturados 
 ESTRUTURADOS: mais simples, pois as causas são conhecidas e as soluções são consensuais 
entre os atores sociais; 
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 QUASE ESTRUTURADOS: mais complexos, pois são múltiplas as causas e não são vistos como 
problema por todos os atores e as soluções nem sempre são vistas como tais. 
 
2- Problemas intermediários e finais 
 INTERMEDIÁRIOS: vividos no cotidiano da organização e interfere na qualidade final do 
produto. Ex.: baixos salários, sucateamento da rede física; 
 FINAIS: vividos pelos pacientes. Ex.: má qualidade no atendimento e filas. 
 
“O alvo do plano deve ser sempre os problemas finais, é a modificação destes que mede o 
seu sucesso”. 
 
CONSTRUÇÃO DA EXPLICAÇÃO DO PROBLEMA 
“É a identificação de outros problemas que estão por trás do problema aparente, fazendo com que 
ele exista”. 
 
1º Brainstorming (tempestade cerebral) 
 Todos os presentes escrevem sobre uma cartolina quais são as explicações para o problema; 
 Ex.: cárie dentária = má higienização = falta de escova = baixo salário = política econômica = 
ajuste ditado pelo FMI. 
 Espaço de governabilidade: limite de atuação. 
 
2º Jogo dos 3 porquês: 
3º Espinha de peixe: diagrama na forma de espinha de peixe. 
 
REDE EXPLICATIVA 
 Equipe > Participação da comunidade > Caráter dinâmico > Problemas mudam com o tempo. 
 
3º Elaboração e execução da programação 
 “Colocar o plano em ação”; 
 A força de mudança deve ser maior que as forças conservadoras para que haja resolução dos 
problemas e viabilidade do plano; 
 Surgimento do status quo: pessoas que se opõem as mudanças;FLÚOR – SAÚDE COLETIVA II - 2017 
 
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ATOR QUE CONTROLA OS RECURSOS CRÍTICOS 
 Motivação: favorável, indiferente ou contrária; 
 Motivação: situacional, instável; 
 Ações: mobilização, pressão, convencimento (através de dados epidemiológicos); 
 Inviabilidade é diferente de abandono. 
 
4º Acompanhamento e avaliação 
 Correções necessárias; 
 Introdução de ajustes; 
 Plano de contingência: eventualidade; 
 Objetivos e métodos atingidos; 
 Formulação de planos futuros mais adequados. 
 
DEFINIÇÃO 
“O procedimento pelo qual se determina o grau de êxito alcançado na execução de objetivos pré-
determinados”; 
“Uma investigação sobre a performance de um programa em termos de seu sucesso ou insucesso no 
alcance de seus objetivos pré-estabelecidos”. 
 
PRÉ-REQUISITOS PARA UMA BOA AVALIAÇÃO 
 Avaliação interna: tem os melhores resultados, pois é feita pelo pessoal que nele atua 
(autocrítica/reflexão); 
 Avaliação externa: realizada por instituições financiadoras. Para que tenha valor, deve ser 
feita por profissionais independentes conhecedores da área; 
 Avaliação de gastos: controle (pessoal administrativo); 
 A avaliação contínua realizada paralelamente ao desenvolvimento do programa é superior e 
mais útil que aquela levada a efeito de maneira periódica ou apenas no final. 
 
 ASPECTOS FUNDAMENTAIS 
 Dedicar-lhe tempo e recursos, não considerando como uma atividade eventual; 
 Pertinente com os objetivos do programa, dando resposta ao que foi pedido; 
 Reflete parte da realidade. Os efeitos reais do trabalho na comunidade só poderão ser 
constatados mais tarde (mudança de hábito); 
 Captar as mudanças mais representativas (impossibilidade de avaliar integralmente); 
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 Não pode ter sentido negativo de fiscalização: pode ser considerada uma ameaça e fracassar; 
 Evitar imprecisões e a desvalorização da informação (obrigação): registros simples e 
objetivos. 
 
 REGISTROS ADEQUADOS: ETAPAS DE PRODUÇÃO 
 Pacientes novos; 
 Pacientes subsequentes; 
 Dentes restaurados com resina; 
 Exodontias; 
 Orientação de higiene bucal. 
 
 REGISTROS ADEQUADOS: INDICADORES 
 Média, por clínica e por profissional, de procedimentos realizados; 
 Porcentagem de pacientes novos em relação aos que estão em acompanhamento; 
 Porcentagem de pacientes com foco preventivo em relação ao total de pacientes. 
 
AVALIAÇÃO DE PROGRAMAS ODONTOLÓGICOS 
 Esforço: número de recursos humanos, financeiro e materiais para desenvolver o programa; 
 Eficácia: relação entre as atividades realizadas e aquelas inicialmente previstas; 
 Rendimento: o que foi produzido em relação aos recursos despendidos e atividades 
realizadas; 
 Cobertura: se a população alvo foi atingida; 
 Qualidade: satisfação da clientela com os serviços prestados.

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