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Livro_ Politica Social Elaine Bering

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Livro: Política Social
(Elaine Behring e Ivanete Boschetti, 2008)
1° Cap.: Política Social e método
Perspectiva FUNCIONALISTA: 
Émile Durkheim (1895).
Inspirada na tradição empirista de Bacon e no positivismo de Comte.
Considerado como lei natural (positivismo)/ classificação de resultado: normal ou patológico. Leis ciências sociais e biológicas. (corpo humano disfuncional)
Orientação metodológica central: O objeto se sobrepõe ao sujeito.
Proposta metodológica: tratar os processos sociais como fatos sociais, ou seja, como coisas que não se equiparam a natureza, mas devem ser analisadas a partir de procedimentos semelhantes. 
Método cientifico: Observação, descrição e comparação. 
Fatos sociais: normais e patológicos; possuem natureza exterior e coletiva e sua sede é a sociedade e não os indivíduos. A sociedade é regida por leis naturais e deve ser estudada de forma objetiva e neutra leva a desigualdade social como lei natural e imutável(projeto societário) e as revoluções como algo tão impossível quanto os milagres. Exercem influencia coercitiva sobre as consciências individuais por sua rigidez quanto ao processo de transformação.
Apelo aos sentimentos morais: Resgate desta teoria no neoliberalismo para explicações contemporâneas. Uma espécie de condição mórbida e patológica geral da sociedade, marcada pela desagregação e desequilíbrio social, manifesto pela incapacidade da sociedade de exercer sua ação sobre os indivíduos, levando as disfunções e conflitos. 
Influência do IDEALISMO:
 Max Weber.(temas historicistas e positivistas, apesar da problemática antipositivista alemã). Neutralidade das ciências sociais. A vida cultural e os fenômenos sociais existem sempre relacionados aos pontos de vistas, que são uma condição indispensável para lhe atribuir significado e relevância. 
Inspirada na filosofia clássica alemã de Kant(razão como entendimento)e Hegel( a razão é negativa- movimento dialético).
Orientação metodológica central: O sujeito se sobrepõe ao objeto.Concebe a realidade como resultado do pensamento, desconsiderando as condições e determinações objetivas. 
O sujeito faz parte do processo que precisa ser compreendido: não pelos fatos e suas causas, mas pelo sentido do processo vivo da experiência humana. 
Proposta metodológica: fenômenos sociais existem sempre relacionados ao ponto de vista, que são uma condição indispensável para lhes atribuir significado e relevância. Metodologia do tipo ideal, cujo processo de conhecimento é exclusivamente heurístico, mas que constitui o significado do fenômeno central para o sujeito que pesquisa. 
Crítica: O tipo ideal não existe na realidade que é fluida, ou seja não se encontra na realidade o tipo puro, de modo que ele não pode ser classificado de forma rígida. 
Contribuição da tradição MARXISTA.
Marx – a condição histórica e social da politica social deve ser extraída do movimento da sociedade burguesa. Dialético. Vai além das sugestões imediatas.
Orientação metodológica central: Sujeito e objeto são historicamente situados e em relação, considerando a particularidade das relações sociais como objeto, de forma que não há nenhuma perspectiva de neutralidade e uma aproximação mais profunda em relação ao movimento essencial do objeto. 
O conhecimento não é absoluto, mas é possível aprender as múltiplas determinações dos processos sociais historicamente situados, por que o ser social se objetiva. Sociabilidade é objetivação. 
Proposta metodológica: método critico-dialético.
Vai contra a analise fenomênica da pseudoconcreticidade que não chega a sua essência 
Totalidade significa: realidade como um todo estruturado, dialético, no qual ou do qual um fato qualquer pode vir a ser racionalmente compreendido. 
Momento indivisíveis da realidade concreta critico-materialista: 1- destruição da pseudoconcreticidade e o conhecimento da objetividade ; 2- reconhecimento do caráter histórico do fenômeno; 3 – conhecimento do conteúdo objetivo e significado do fenômeno, sua função objetiva e seu lugar histórico. 
A dialética compreende a realidade como um todo(não caótico) que se desenvolve(não é imutável, nem dada de uma vez por todas); que vai criando(não é um todo perfeito e acabado, é histórico e social). Abstrato – concreto – concreto pensado. 
Política social: como fenômenos complexos, contraditórios e mediados por produtos da práxis social da humanidade. Do ponto de vista histórico, é preciso relacionar o surgimento da política social as expressões da questão social que possuem papel determinante em sua origem. Do ponto de vista econômico faz-se necessário estabelecer relações da política social com as questões estruturais da economia e seus efeitos para as condições de produção e reprodução da vida da classe trabalhadora. Relaciona as políticas sociais as determinações econômicas que, em cada momento histórico atribuem um caráter especifico ou uma dada configuração ao capitalismo e as políticas sociais, assumindo, assim, um caráter histórico estrutural. Do ponto de vista político, preocupa-se em reconhecer e identificar as posições tomadas pelas forças políticas em confronto: Estado, atuação de grupos(classes sociais) cuja ações é determinada pelos interesses das classes em que se situam. 
Elementos essenciais para explicar o surgimento e desenvolvimento das políticas sociais: 1- natureza do capitalismo, seu grau de desenvolvimento e as estratégias da acumulação prevalecente. 2- é o papel do Estado na regulamentação e implementação das políticas. 3 – o papel das classes sociais. 
Capitulo II
Capitalismo, liberalismo e origens da política social
As primeiras iniciativas de Políticas Sociais se gestaram na confluência dos movimentos de ascensão do capitalismo com a revolução industrial, das lutas de classe e do desenvolvimento da intervenção estatal. Sua generalização situa-se na passagem do capitalismo concorrencial para o monopolista, em especial na sua fase tardia após a segunda guerra mundial. 
Frisa-se que nas sociedades pré-capitalistas não privilegiavam as forças de mercado e assumiam algumas responsabilidades sociais, não com o fim de garantir o bem comum, mas com intuito de manter a ordem social e punir a vagabundagem. Ao lado da caridade privada e das ações filantrópicas algumas iniciativas pontuais com características assistenciais são identificadas como protoformas de políticas sociais. 
Dentre essa iniciativas de protoformas destacamos: Poor Law-1834 (Lei dos Pobres), Lei Speenhamlad-1795. Lei Speenhamlad tinha como função principal manter a ordem de castas e impedir a livre circulação da força de trabalho, o que teria contribuído para retardar a constituição para o mercado de trabalho. Ao contrario das anteriores lei dos pobres induziam o trabalhador a aceitar qualquer trabalho a qualquer preço, a speenhamlad, permitia ao trabalhador minimamente negociar o valor da sua força de trabalho impondo limites ao mercado de trabalho competitivo. 
Poor Law marcou, no capitalismo, do primeiro liberal do trabalho como fonte única e exclusiva de renda, relegou a já limita assistência aos pobres ao domínio da filantropia. A nova lei dos pobres revogou os direitos assegurados pela Lei Speenhamlad, restabeleceu a assistência interna nos albergues para os pobres ‘inválidos’, reinstituiu a obrigatoriedade de trabalhos forçados para os pobres capazes de trabalhar deixando a própria sorte uma população de pobres e miseráveis sujeitos a exploração sem lei no capitalismo nascente. O sistema de salários baseados no livre mercado exigia a abolição do ‘direito de viver’.
O imperativo da liberdade e competitividade na compra e venda da força de trabalho fez com que o capitalismo regredisse mesmo em relação a essas formas restritivas de ‘proteção assistencial’ à população pobre. A descoberta do trabalho livre como produtor de valor de troca e sua potencialidade na e para a acumulação capitalista precisou o significado do trabalho para as relações sociais. 
Se as legislações sociais pré-capitalistas eram punitivas,restritivas e agiam na intercessão da assistência social e do trabalho forçado, o abandono dessas tímidas e repressivas medidas de proteção no auge da revolução industrial lança os pobres a servidão da liberdade sem proteção, no contexto de plena subsunção do trabalho ao capital, provocando o pauperismo como fenômeno mais agudo decorrente da chamada questão social. 
Foram as lutas pela jornada normal de trabalho que provocaram o surgimento de novas regulamentações sociais e do trabalho pelo Estado 
As políticas sociais e a formatação de padrão de proteção social são desdobramentos e até mesmo respostas e formas de enfrentamento- em geral setorializadas e fragmentadas- as expressões das questão social no capitalismo, cujo fundamento se encontra nas relações de exploração do capital sobre o trabalho. 
A questão social se expressa em suas refrações e , por outro lado, os sujeitos históricos engendram formas de seu enfretamento. Contudo, sua gênese estar na maneira como os homens se organizam para produzir num determinado momento histórico, como vimos o de constituição das relações sociais capitalistas- e que tem continuidade na esfera da reprodução social. 
Vale destacar que, quando se fala em produção e reprodução das relações sociais inscritas num momento histórico sendo a questão social uma inflexão desse processo, trata-se da produção e da reprodução- movimentos inseparáveis da totalidade concreta – de condições de vida, de cultura, de produção de riqueza.
 Uma interpretação da questão social como elemento constitutivo da relação do serviço social e a realidade, tendo como mediação as estratégias de enfretamento adotados pelo estado e pelas classes – o que envolve a política social como elemento central.
O estado reprimiu duramente os trabalhadores, de um lado, e iniciava a regulamentação das relações de produção, por meio da legislação fabril, de outro. A luta em torno da jornada de trabalho e as respostas das classes e do Estado.
Portanto, as primeiras expressões contundentes da questão social, já repleta naquele momento de ricas e múltiplas determinações.
Tem-se o ambiente cultural do liberalismo e a ênfase no mercado como via de acesso aos bens e serviços socialmente produzidos, cuja possibilidade de inserção estaria relacionada ao mérito individual. 
Fica evidente assim, que a débil intervenção do Estado na garantia de direitos sociais sobre o capitalismo liberal não emanou de uma natureza predefinida do Estado, mas foi criada e defendida deliberadamente pelos liberais, numa disputa política forte com os chamados reformadores sociais. Para aqueles o Estado não deveria intervi na regulamentação das relações de trabalho, nem deveria se preocupar com o atendimento das necessidades sociais. Mas, paradoxalmente, podia e devia agir firmemente para garantir os interesses liberais de estabelecimento do mercado livre na sociedade civil. (Proposta de Adam Smith e demais liberais)
Dentre as características do liberalismo temos: predomínio do individualismo, o bem estar individual maximiza o bem estar coletivo, predomínio da liberdade e da competitividade, naturalização d miséria, predomínio da lei da necessidade, manutenção do Estado mínimo, as políticas sócias estimulam o ócio e o desperdício, a política social deve ser um paliativo. 
No que se refere às lutas da classe trabalhadora e a origem da política social a resposta dada a questão social no final do século XIX foi repressiva e apenas incorporou apenas algumas demandas da classe trabalhadora transformando as reivindicações em leis que estabeleciam melhorias parciais nas condições de vida dos trabalhadores, sem atingir portanto o cerne da questão social.
As primeiras iniciativas de políticas sociais podem ser entendidas em relação de continuidade entre Estado liberal e Estado social. Não houve ruptura radical entre estado liberal predominante do sec. XIX e estado social capitalista no séc. XX. Há de se chamar atenção para um ponto em comum entre ambos: o reconhecimento de direitos sem colocar cheque os fundamentos do capitalismo.
O estado europeu liberal do séc. XIX foi prodígio no reconhecimento dos direitos civis da garantia da propriedade privada, esse tinha característica de Estado policial e repressor e sua função primordial era não intervir na liberdade individual assegurando que os indivíduos usufruíssem de seu direito à propriedade e à liberdade. 
A mobilização e a organização da classe trabalhadora foram determinantes para a mudança da natureza do estado liberal no final do séc. XIX inicio do séc. XX. Conseguiram asseguram importantes conquistas na dimensão dos direitos políticos, como direito ao voto, de organização em sindicatos e partidos, livre expressão e manifestação.
Os direitos políticos, diferente dos direitos civis, são direitos coletivos, garantidos a todos, independem da relação do individuo com a propriedade privada. 
A transformação do direito universal em sufrágio em direito positivo só aconteceu na Europa no séc. XX.
O surgimento das políticas sociais foram gradual e diferenciado entre os países. Os autores são unanimes em situar o sec. XIX como o período em que o Estado capitalista passa a assumir a realizar ações sociais de forma mais ampla, sistematizada, planejada e com caráter de obrigatoriedade.
Pierson (1981) ajuda a demarcar a emergência das políticas sociais são alguns elementos surgidos no final sec. XIX decorrente da luta da classe trabalhadora.
A introdução de políticas sociais orientadas pela lógica do seguro social na Alemanha, a partir 1883 marca a social democracia alemã com reconhecimento público que a incapacidade para trabalhar devia-se as contingencias (idade avançada, enfermidades, desemprego).
O segundo elemento apontado pelo autor é que as políticas sociais passam a ampliar a ideia de cidadania e desfocalizar suas ações, antes direcionadas para pobreza extrema. Ocorre também um forte incremento de investimentos públicos nas políticas sociais, com o crescimento do gasto social.
Em meados do séc. XIX os trabalhadores organizaram caixas de poupança e previdência (sociedades de mutualidade) como estratégia de fundo de cotização para fomentar a organização operaria e manter os trabalhadores em greve.
O governo de Bismarck instituiu o 1º seguro saúde nacional obrigatório em 1883, no contexto de fortes mobilizações da classe trabalhadora. As iniciativas tomaram a forma de seguro social público obrigatório, destinado a algumas categorias específicas de trabalhadores que tinham como objetivo desmobilizar as lutas.
Os seguros com forme aponta Marshall, formas iniciado timidamente sob ótica privada e destinado a reduzidas categorias profissionais e se espalharam no final do séc. XIX inicio do séc. XX. Essa modalidade de proteção social não tinha um caráter universal.
O modelo Bismarckano é identificado como sistema de seguros sociais assemelha a seguros privados, contudo só cobriam os trabalhadores contribuintes e sua família.
Na França, as primeiras intervenções estatais foram durante o século XIX foram chamadas pelos liberais de estado de providencia forjadas pelos pensadores liberais contrários à intervenção do Estado.
O enfraquecimento das bases materiais subjetivas de sustentação dos argumentos liberais foram alguns processo políticos econômicos. A vitória do movimento socialista tem seu efeito de fortalecimento no movimento operário internacional, também foram importantes para configurar uma atitude defensiva do capital, assim como as mudanças no mundo da produção, com o advento do Fordismo. 
O segundo processo foi a concentração e monopolização do capital, demolindo a utopia liberal, para além das guerras existem um divisor de águas muito importante, a parti do qual as elites político-econômica começavam a reconhecer os limites do mercado se deixado a mercê do seu suposto movimentos naturais: a Crise de 1929(crack) e 1932. 
A crise se alastrou pelo mundo reduzindo o comércio mundial a um terço do que era antes. Com ela instaura-se a desconfiança de que os pressupostosdo liberalismo econômico(livre comercio) poderiam estar errados, seus efeitos: forte crise econômica, desemprego em massa, crise de legitimidade política do capitalismo abrindo portas para se instaurar em paralelo a revolução socialista em 1917. 
 Nesse período as implicações para o processo de consolidação da política social se configurou na multiplicação lenta ao longo do período depressivo, que se estende de 1914 a 1939, e se generaliza no inicio do período de expansão após a 2° Guerra Mundial, o qual teve como substrato(raízes) a própria guerra e o facismo. 
A crise tem seu cerne não na mais valia e si, e sim no processo desta. Ou seja, na inviabilização do consumo, uma vez que com a chegada da tecnologia há um desemprego em massa, não permitindo aos trabalhadores consumirem o que é produzido pela própria indústria, gerando assim o crack. Assim as soluções têm como características a reativação do emprego e consumo, daí a importância do fundo público e da guerra. 
O Fascismo deu fôlego imediato ao período de expansão subsequente, através da extração exagerada da mais valia absoluta por métodos bárbaros durante a guerra. Nessa forma de organização política, os níveis de tensão entre as classes sociais, no qual a margem de discussão e negociação com a classe operária se reduzi a patamares mínimos, não podendo ser sustentada a médio e longo prazo. 
Essa tensão entre a saída fascista, e liberal burguesa e socialista se resolveu temporariamente com a vitória dos aliados – o que inclui um acordo com a União Soviética que foi decisivo para derrota do nazi-facismo. Naquela época, estavam em disputa econômica e territorial três grandes projetos – 2 campo da burguesia (fascismo e liberal reformista) e o projeto socialista. Assim a humanidade saiu da Guerra quente e adentrou na Guerra fria. 
No Brasil
Marcas da particularidade histórica da política social no Brasil: sentido da colonização (complexa articulação da dinâmica do mercado mundial com os movimentos internos com a economia e a sociedade brasileira. – séc. XVI e XIX) serviu de acumulação do capitalismo nos países centrais.
 Tendência de subordinação e dependia ao mercado mundial. (Heteronímia) 
Peso do escravismo no Brasil implicações condições de trabalho e nas relações sociais e no ambiente cultural brasileiro, carregados até hoje de desqualificação profissional.
Desenvolvimento desigual e combinado
Pilares do capitalismo foram introduzidos nos pais no contexto do estatuto colonial (lenta substituição do trabalho escravo para o livre), só é realmente impulsionado com estado nacional ai advém a importância da dependência em 1822.
Foram decisivos os processos com a ruptura a homogeneidade da aristocracia agrária, ao lado do surgimento de novo agentes econômicos, sobre a pressão da divisão social do trabalho na direção da construção de uma nova sociedade nacional. Contudo esse movimento é marcado pela ausência de compromisso com qualquer defesa mais contundente dos direitos dos cidadãos por parte das elites econômicas e políticas – marca indelével da nossa formação, fato fundamentação para pensar a configuração da política social no brasil.
Característica do liberalismo no Brasil: é filtrado pelas elites nativas de uma lenta singular – a equidade como uma emancipação das classes dominantes e a realização de um status desfrutado por elas sem incorporação das massas. O Estado é visto como um meio de internalizar os centros de decisão política e de institucionalizar o predomínio das elites nativas dominantes, numa forte confusão entre o público e privado. O significado da Independência e de seu componente cultura liberal para sua formação da sociedade e dos estados nacionais: e como o senhor colonial metamorfoseia se em senhor cidadão.
A Independência criou as condições para o florescimento do espírito burguês, mas não em sua plenitude sem romper com entrosamento visceral com o mercado externo, do que decorre uma não equiparação entre atomização econômica e política.
Prevalece os interesses do setor agroexportador. 
No novo setor e urbano, cada vez mais diferenciado, cresceu a insatisfação com a situação do país, com críticas dirigidas a escravidão.
São ingredientes da entrada brasileira no capitalismo, num processo de transição condicionado pelo dinamismo do mercado mundial e marcada pela adaptação do sistema colonial aos novos tempos, um aspecto dessa transição é a incongruência entre as normas legais e as normas práticas.
Dessa forma garantia-se o controle do ritmo de modernização, segundo os interesses dos antigos senhores.
O surgimento da política social no Brasil não acompanha o mesmo tempo histórico dos países de capitalismo central.
A questão social, em especial após a escravidão e com a imensa dificuldade de incorporação dos escravos libertos no mundo do trabalho, só se colocou como questão política a partir da primeira década do século XX- primeiras lutas dos trabalhadores e primeiras iniciativas de legislação voltada ao trabalho. Manifestação de pauperismo e iniquidade.
Algumas leis foram elaboradas para algumas categorias e setores da sociedade a exemplo: criação da caixa de socorro para burocracia publica (1888); pensão e 15 dias de férias funcionários ferroviários e do ministério da fazenda (1889); primeira legislação para assistência a infância no Brasil regulamento o trabalho infantil nunca foi cumprida (1891), (1892) pensão funcionários da marinha, a passagem do século XX sacudida pela formação dos primeiros sindicatos, na agricultura e nas industrias rurais a partir de (1903); e dos demais trabalhadores urbanos em (1907); quando é reconhecida o direito de organização sindical; (1919) regulamenta a questão dos acidentes de trabalho via inquérito policial com ênfase na responsabilidade individual; (1923) aprova a lei Eloy chaves que institui a obrigatoriedade da criação das CAPs para algumas categorias as CAPs foram as formas originais da previdência social brasileira junto com os IAPs; em (1927) o código de menores.
Resumo cap.3 Keynesianismo – fordismo e a generalização das políticas sociais.
Introdução
Fundamentos da expansão das POLITICAS SOCIAS 
(Pós-crise 29-32) em especial depois da 2ªG.M
Propiciar o crescimento dos direitos sociaisDiferentes formatos históricos, 
vamos ter uma adesão distinta em cada estado 
Além do crescimento da força de trabalho
Propostas de Keynes p/ sair
Da crise
Fordismo industrial bélica
Reverter o avanço do 
Socialismo e ativar o capital
Era contra medidas extremas (
nazi-fascimos
)
Ideias de Keynes um “pacto social” coordenado 
Pelo Estado (gov. social-democrata)
Buscou saída democrática
Reativar a economiaIntervenção estatal 
Rompeu 
parcialmente
 
 
com os princípios liberais.Produtor e regular 
s/abandonar o capital
Mas, rompendo c/ o dogmatismo liberal 
( 
livre comercio < intervenção estatal)
Que o fez se afastar de perspectivas tradicionaisKeynes (um dos negociantes do tratado de Versalhes)
defendeu: liberdade individual e a
economia de mercado
questionou a dramática 
Situação do desemprego
Generalizado e os fatores da produção
Considerava insuficiente a lei de dos mercados (lei SAY)
a qual a oferta cria sua própria demanda, 
Impossibilitando a crise (autorregulação)
então a “mão invisível” não necessariamente
produzia harmonia, com a ex. a crise.
A demanda efetiva segundo Keynes 
( reúne bens e serviços p/os quais há uma capacidade de pagamento)
Assim, quando não há demanda efetiva, não temos 
pagamento suficiente em circulação levando a crise 
Para gerar uma demanda efetiva (
disponibilizando meios
 de pagamento e 
dar
 
garantias
 aos investimentos)
Cabendo ao Estado intervir
através de um conjunto de medidas 
(sociais e econômicas)
Realizando investimentos ou inversões reais que atuam no período de depressão com estimulo à economia
Ex: controlar o volume de moedas e flutuações econômicas (política fiscal creditíciase de gastos).
Mecanismo para amortização da crise 2º Keynes
Polit
. Sociais
Planificação imediata da 
economia
 –inflação
.
Intervenção estatal
 Capital X trabalho 
Controle de preços
 
Distribuição de 
subsidios
Para evitar riscos de flutuações periódicas
Polit
. 
fiscal
Através de 
polit
. 
sociais
Oferta de crédito + 
polit
.
juros
Esse conjunto tinha o objetivo de conter a queda da taxa de lucro
Para fugir da recessão, ele utilizaria. 
Os 
2
 pilares
Realizando este papel de controlar, ele ficaria c/ a 
polit
. Econômica em 
defecit
 (negativa)
Realizado pelo estado
1º Pleno emprego
2º Maior igualdade social (geração dos fatores de produção via produção de serviços públicos, além da produção privada; serviços públicos – 
polit
. Sociais
)
Controlando o ciclo do capital
Para reverter o Estado deve 
manter
 uma política social 
tributária alta
 nos 
momentos
 de
 
prosperidade
 para formar um superávit 
Que será utilizado nos momentos de crise
Papel ativo na administração da
Macroeconômica e regulação das relações econômicas e sociais
Keynes agrega-se ao pacto fordista
Neste momento o bem-estar social tinha que ser buscado individualmente (influencia do liberalismo
 )
,
 
mas aceitava-se a intervenção do Estado
Produção massa + consumo+ acordos Coletivos
 
c/ trabalhadores do setor 
Monop
 = ganhos na produtividade 
O 
fordismo
 foi uma forma de regulação das relações socais 
Nas áreas econômicas p/ garantir a produção
 
e na área social (especial p/ pessoas incapazes – idoso, crianças etc.)
Pois foi “uma nova 
polit
 de controle genérica de trabalho, uma nova estética e uma nova psicologia, uma nova sociedade
 
democrática, racionalizada, moderna e populista.
Nessa fase tem-se o incremento das 
polit
. Sociais.
Pois no período de guerra tornou-se difícil a disseminação do trabalho 
rotinizado
 além de enfrentar a resistência do mov. Operário. 
Os métodos de Ford foram adotados de fato após a 2ª GM.
Esses trabalhadores que vieram da guerra já tinham habilidades como: a disciplina, requerida das linhas de produção. 
O 
keynisianismo
 e o 
fordismo
 associados constituíram os pilares do processo de acumulação acelerada.
Após 1945
As tecnologias utilizadas na guerra são revertidas p/ a indústria civil, bem como alguns 
produtos
Havendo autograu de internacionalização do capital- sob o comando dos EUA
Que saiu da guerra sem maiores perdas e c/ capacidade de investimento e compra de matérias primas bem como domínio militar
Houve uma explosão de produção e consumo de bens duráveis
Ocorrendo a (sub) urbanização das cidades provocando a expansão da industrial automobilística.
As condições políticas e culturais que sustentaram esse movimento de expansão do capital
Reposição da política de classe e seus segmentos
Difusão do consumismo 
Patrões manutenção da > 
taxa
 de lucros através da superexploração do trabalho em intervelo de tempo estável.
Abrir mão do projeto radical, e aceitar as conquistas e reformas imediatas (direitos e políticas sociais
)
Acordos 
Melhores condições de vida fora do trabalho acesso ao: consumo, lazer e estabilidade.
Há uma instabilidade na esquerda, pois os trabalhadores perdem sua identidade c/ o projeto socialista.
Assim, afasta-se a radicalização das lutas e levando a crer na combinação da acumulação e certos níveis de desigualdades.
Culminando c/ a descoberta dos crimes de Stalin
Essa derrota do socialismo dá novo fôlego ao 
capital ,
 mas que não perduraria muito tempo 
Cooptação do mov. operário
Os aspectos centrais da expansão do capital nos “anos dourados”
Através da guerra e do fascismo e a derrota do socialismo
Derrota do mov. operário
3ª 
revol
. 
Tecnol
.
Guerra e o fascismo
Principal fator p/ elevação dos lucros, aumento da produção em < tempo e < tempo de rotação do capital 
fixo
Se a expansão do setor de serviços, das funções intermediarias absorveu por algum tempo a parcela da mão de obra liberada pela indústria.
Do desemprego os sinais da expansão começam a cair, contradizendo 
Keynes
 
Assim, há uma supercapitalização das indústrias que não + produzem + valia
 
direta ( ou seja, os lucros da empresa de serviços aumentam) transformando os serviços em mercadoria
Quando ao Estado perde sua efetividade, pois abarcara muitas atribuições, mesmo obtendo as contribuições (impostos
)º
Ele depara-se com a pressão supercapitalização fortalecida pela queda da taxa de lucro (se as empresas antes obtinham > lucros, agora tem uma queda dos lucros).
Ataque do discurso neoliberal ao excesso das 
polit
. 
sociais
Há o avanço das tecnologias nessas áreas (serviços: circulação e consumo)
Do outro, o capital, busca do estado 
a
 regulação que > a taxa de lucro
Começa a ocorrer o desemprego
 
nessas áreas.
Então o capital aceitou certa redistribuição 
horizontal e limitada
 na forma de salários indiretos assegurados pelas políticas sociais
Origem e desenvolvimento do Welfare State 3 elementos (Pierson)
3º 
cresc
. De programas sociais
1º crescimento do orçamento social
(Esfera financeira)
2º 
cresc
.
das mudanças 
demograf
. > nº dos 
idosos ,
 < n º pop. Ativa havendo > gasto 
previden
.
Similar entre os países 
Acidentes de trabalho, seguro doença,
 
pensão de idoso, seguro desemprego, auxilio maternidade. 
Essas iniciativas tiveram sua origem nas reivindicações dos trabalhadores durante o séc. XIX (
não tinham caráter universal
)
 
Perdura até +/- 1950 
O acesso era + amplo e com < restrições
1º beneficiários trab. Das indústrias estratégicas,
2º rurais, 3º autônomos e 4º resto (todos
)Ampliadas e espalhadas no séc. XX pós guerra
Influência do plano Beveridge que contrapõe ao Bismarck
Referente ao tipo de
 
pol.social
 
Bismarckana
Critica aos seguros 
bismarckiano
, que a 
garantia compulsória
 de prestações de substituição de renda pelo Estado em momentos de riscos derivados da
 
 
perda do trabalho. 
BEVERIDG
Nasceu na Inglaterra foi 
um dos autores
 do 
walfare
 
state
 – após 2ª g.m
PLANO
Autor especifico
 da seguridade social inglesa
Responsabilidade estatal na manutenção das condições de vida através da regulação da economia
Objetivo ampliar e consolidar os vários planos, padronizar os benefícios e incluir
 
novos
.
Maior o nível de emprego e serviços sociais (educação, segurança social, médica e habitação).
COMO: 
Abono familiar, 
acidentes de trabalho, seguro 
desempreg
 ,
 
 auxilio familiar , funerários , 
maternidade, 
 nupcial e esposas abandonadas, donas de casa enfermas e autônomos.
Pilares do 
walfere
 
State
 
 
inglês (educação, saúde e seguros).
Objetivo principal luta contra pobreza
OBS: No governo Roosevelt EUA
 
teremos a incorporação do plano 
Beveridgde
 forma diferente (social 
security
) 
mais rest
r
itos.
O financiamento provém dos impostos fiscais
Gestão publica estatal
Princípios uniformização institucional e unificação dos benefícios.
Outras denominações do Welfare State: cabe observar que as diferentes nomenclaturas deve-se as diversas análises e contextos de cada país.
Estado social na Alemanha 
Estado de providência
 – 
França
 (ou 
Estado Social-
 p/ não assemelhar com o período anterior séc. XIX
)
Vincula-se 
apenas aos trabalhadores ($),
 desempregados 
(rest
r
ito
)
Responsabilidade estatal na regulação do mercado
Também assegurou a educação universal, habitaçãoe 
seguro social 
( 
aposentadorias e pensões, seguro acidente e familiar).
Manter o equilíbrio entre a oferta e demanda
A seguridade 
não era universal
, deixando uma parcela da população s/ esses benefícios.
Assegurar benefícios de proteção aos trabalhadores quando perderem a capacidade 
laborativa
.
Princípios: 
serviços e benefícios compatíveis c/ os gastos da classe média e igualdade de prestações de serviços 
que garantam aos trabalhadores plena participação na qualidade dos direitos desfrutados pelos + ricos.
Promoveu 
melhores padrões de qualidade
 e não apenas de igualdade de necessidades 
Basea-se no princ. Da subsidiaridade (o Estado intervém quando a capacidade da família exaure
)
Incentivo a maternidade
Os benefícios são comprometidos com a família (tradicional- legado da igreja)
Reforma social limitada, critérios
 
rigorosos p/ concessão dos benefícios.
Benefícios restritos à população de baixa renda
Reduzidas transferências universais ou planos 
previd
. Modestos.
Políticas sociais 
universais
 
 
que foram estendidas as classes médias.
Ênfase Estatal na 
manutenção das diferenças
 de
 
status
Políticas focalizadas
 ao comprovado pobre
3º social democrata (Suécia, Dinamarca e Escandinávia
)
Conservador corporativista
(Alemanha, França, Itália
)
1º liberal (EUA, Canadá, Austrália
)
Os 
3
 tipos de regimes do 
 
Welfare
 
State
 
 (2º 
Esping
)
diante da experiência do Welfare State Marshall desenvolve seu conceito de cidadania
Liberdade individual é expressa pelos direitos civis, políticos e sociais.
por isso, coloca a experiência do walfere state com fim humanista da história
critica: linearidade sua tentativa de generalização da experiência inglesa numa suposta teoria da cidadania, e sua explicita subsunção a desigualdade social 
X
Oposição: visão de Barbalet (1989) política social e cidadania, esta não é uma relação imediata, já que a política social é o centro de um conflito de classe e não apenas um meio de diluí-lo ou desfazê-lo, ainda que seja desejável para os segmentos democráticos, pode haver uma relação – política social/cidadania se estabeleça plenamente, pode haver uma contradição entre a formulação/execução dos serviços social e a consecução (ato de conseguir) de direitos. 
O conceito de direito social e cidadania pode conter ou não um elemento de crítica e de proposição da política social na perspectiva de sua ampliação. O autor ainda saliente a inexistência da teoria da cidadania,mas considera de suma importância da obra de Marshall.
O fim da ascensão do capitalismo nos anos de ouro começa a exaurir no final dos anos 60
As taxas de crescimento,
A capacidade do Estado exercer suas funções mediadoras cada vez mais amplas, 
Absorção das novas gerações no mercado de trabalho, restritos pelas tecnologias poupadoras de mão de obra, contrariando as perspectivas de pleno emprego.
As dividas privadas e públicas crescem
Aumento da juventude
A recessão catalisa pela alta dos preços do petróleo
Assim, os anos dourados finda, a época de pleno emprego e expansão das políticas sociais nos países centrais comprometendo ainda os países periféricos que não se realizou plenamente.
O Brasil após a Grande Depressão e as características das políticas sociais
Contexto social, político e econômico 
A economia e a política foram abaladas pelos acontecimentos mundiais das 3 primeiras décadas do séc. XX e depois de 1929-1932
Momento que temos o avanço do capitalismo
Temos o avanço da organização sindical (primeiras greves influenciadas pelos imigrantes)
Há uma consciência de classe para si, com o incremento da organização política dos trabalhadores após 1907 (reconhecimento da livre organização sindical naquele momento com total autonomia do Estado).
Influencia da Revolução Russa e a criação do Partido Comunista Brasileiro – 1922
Realização da semana de arte moderna que expressou as mudanças que vinham ocorrendo no país
Ocorrência das graves e mobilizações sociais
As legislações vigentes era poucas 
Crescendo a insatisfação política do empresariado não ligado ao café que não dispunha de mecanismo de poder para assegurar seus interesses econômicos e políticos no contexto do liberalismo particular 
A instabilidade política da Republica velha era evidente
A crise de 1929-1932 teve repercussões no Brasil 
Uma mudança nas correlações de forças no interior das classes dominantes
Não havendo consequências significas para os trabalhadores
Que colaborou com a “Revolução” de 30
Até 1929 a base econômica do país era o café
Quando ocorre a crise há uma paralisação do mercado mundial afetando a economia brasileira e consequentemente os cafeicultores ficam vulnerais economicamente e politicamente
Assim outros oligarcas ligados ao gado, cana de açúcar e outras aproveitaram para alterarem as correlações de forças e diversificar a economia brasileira, a exemplo temos a carne do sul .
Nessa fase o Estado tem o compromisso de avançar economicamente através da aliança com as novas oligarquias agrárias e industriais, os quais necessitavam de regulamentação do trabalho e o enfrentamento da questão social.
Vargas consegue aliar através da iniciativa política: a regulação das relações de trabalho no país, buscando transformara a luta de classes em colaboração de classes, e o impulso à construção do Estado social, em sintonia com os processo internacionais
Em relação ao trabalho o Brasil oferecia cobertura: acidentes de trabalho, aposentadorias e pensões,auxilio doença, maternidade, família e seguro-desemprego
Criação do Ministerio do trabalho 1932 sendo a carteira de trabalho o documento da cidadania no Brasil 
Assim, aqueles que dispunham de emprego registrado tinham acesso aos direitos citados (caráter coorporativo e fragmentado) 
A previdência publica é inaugurada com o IAPS – Instituto de Aposentadorias e Pensões que se expande na déc. 30 cobrindo os riscos ligados a capacidade laborativa (morte, velhice, invalidez e doença) concedidos aos trabalhadores de áreas estratégicas, com planos pouco uniformes e orientados pela lógica contributiva.
Os trabalhadores participantes da direção dos IAPS foram usados com decisivo instrumento de cooptação de dirigentes sindicais.
O IAPS ofereciam um conjunto de benefícios e serviços de acordo com as contribuições de trabalhadores, empresários e Estado, possuíam uma orientação contencionista, estavam menos preocupados com a prestação dos serviços e mais com a acumulação de reservas financeiras.
Havia planos de unificação e uniformização da previdência desde o final do gov. de Vargas que veio concretizar-se com a lei Orgânica da Previdência (1960)
Em 1930 foi criado o Ministério da Educação e Saúde Pública, conselho Nacional de Educação e o Conselho Consultivo do Ensino Comercial. 
A intervenção efetiva do Estado inicia-se naquele momento, a partir de 2 eixos: saúde pública e a medicina previdenciária , ligadas aos IAPs, para as categorias que tinham acesso a elas.
A saúde pública era conduzida por meio de campanhas sanitárias coordenadas pelo Departamento Nacional de saúde (1937), as saúde privada e filantrópica também desenvolve nessa época através do atendimento médico-hospitalar.
Quanto a assistência social sua centralização se inicial em âmbito federal com a criação da LBA (1942) instituição criada para atender as famílias dos pracinhas envolvidos na 2º guerra e era coordenado pela primeira-dama (caracterizando-se a questão da tutela,favor e clientelismo na relação do Estado com a sociedade)
Posteriormente a LBA vai se configurar como instituição articuladora da assistência social no Brasil, com uma forte rede de instituições privadas conveniadas.
Na área da infância e juventude tivemos o Código de menores de natureza punitiva, no serviço de assistência ao menor (SAM) em 1941.
Esse período de introdução da política social brasileira teve seu desfecho com a CF/1937- a qual ratificava a necessidade do reconhecimento das categoriasde trabalhadores pelo Estado culminado com a CLT 1943 que através da sua promulgação reconheceu as categorias de trabalhadores pelo Estado e atrelou sua organização social ao Ministério do trabalho.
Assim, a expansão da politica social brasileira foi lenta e seletiva, marcada por alguns aperfeiçoamentos institucionais, a exemplo da separação dos Ministérios da Saúde e Educação (1953) e a criação de novos IAPs. 
Ocorrem mudanças políticas a morte de Vargas e o golpe de 64 que impulsiona uma modernização conservadora no país.
Cap. 4 : crise, reação burguesa e barbárie: a política social no neoliberalismo
OBJETIVO
RAZÕES E A NATUREZA DE NOVA CRISE, QUE EXPLICAM AS MUDANÇAS NO CAMPO DA POLITICA SOCIAL NOS PLANOS INTERNACIONAL E ACIONAL
ENTENDER AS CAUSAS DA CRISE DOS “ANOS DOURADOS”
Reconfiguração do papel do estado nos ano 80-90, e seus impactos estão articuladas a uma reação burguesa à crise do capital (inicio anos 70).
Mandel esclarece que o capitalismo após 1945 adentra em sua fase madura, pois é a referencia ao desenvolvimento pleno das possibilidades do capital, considerando seu papel civilizatório. Assim, a ideia de maduro remete ao aprofundamento e à visibilidade de suas contradições fundamentais, e as decorrentes tendências de barbarizarão da vida social.
A perseguição dos superlucros é sempre pelo diferencial na produtividade do trabalho, a consequência a fuga de qualquer nivelamento da taxa de lucros, sendo inerente ao mundo do capital seu desenvolvimento desigual. A combinação variada de possibilidades de extração de superlucros, que é base para os movimentos de (des)aceleração sucessivas do capital.
Nos ciclos de produção ampliada do capital tem-se o incremento tecnológico, uma possibilidade de nivelamento (através do uso da tecnologia as indústria se equiparam, não havendo tanto diferencial), em consequência queda da taxa de lucro, em função da diminuição do diferencial de produtividade do trabalho.
Essas tendências irão encontrar contraposição nas renovadas estratégias de extração de superlucros: aumento permanente da composição orgânica do capital, através de inovações tecnológicas. 
No período dos “anos dourados” temos as seguintes características: busca continua de rendas tecnológicas advindas da monopolização do processo técnico, direcionada à diminuição dos custos diretos dos salários, e cuja expressão maior é automação.
Mandel já identifica a partir dos anos 60 elementos que permanecem presentes, que são essenciais para desvendar os anos 80-90 do séc. Xx: substituição do homem pela maquina (trab. vivo- trab. morto); incentivo ao trabalho em equipe; trabalhador polivante; diminuição na rotação do capital; aceleração da inovação tecnol. Invest. Em pesquisa; > em equipamentos; < vida útil das máquinas, (em contraposição temos o > do desemprego) – temos um forte desenvol. Das forças produtivas.
Nessas contradições residem os limites históricos para longa onda de expansão e a entrada em um período de estagnação, a partir dos anos 70, e que coloca uma nova condição para a implementação de políticas sociais. 
O avanço do processo de internacionalização do capital (período keynesiano) foi um limitador da eficiência das medidas anticíclicas dos estados nacionais.
O que ocorreu em 74 – 75 foi uma crise clássica de superprodução. Ao presente agravamento do problema do desemprego, pela introdução da tecnologia poupadora de mão de obra; > dos preços das matérias- primas; < do vol. Do comercio mundial, e um poder de barganha dos trabalhadores empregados (vestígios do período anterior) são estes os elementos que estão na base da queda da demanda global do ponto de vista de keynesiano).
Porém na visão maxista erosão inexorável da taxa média de lucros a inflação já não era estimuladora da demanda global. Ao contrario, desencadeou a busca de valores refugio pela via de especulação financeira. 
A expansão de crédito associada à inflação, por outro lado, acelerou processos públicos e privados de endividamento.
Diante das dificuldades de conter crise, a depender da opção política e social dos governos, iniciou-se a implementação de programas de austeridade de natureza deflacionista, os ajustes fiscais..
Um elemento que ganho visibilidade na crise foi: a sutil perde de hegemonia econômica dos EUA, o que não significou perda de influencia militar e política, houve o aumento da competividade da parte do Japão e Alemanha.
O capitalismo administrou a crise por meio de limitadas estratégias de reanimação monetária ainda de estilo keynesiano, apesar do discurso contrario, assim, o estado atuou com amortecedor da crise.
Dificuldade do capital de escapar da recessão ou inflação, sendo a retomada lenta e hesitante entre 76-79, no contexto de inversão do ciclo: sem os índices de produção industrial de antes e sem absorver o desemprego gerados na recessão, sendo o desemprego crescente. 
Em 8-82 tem-se uma nova crise desencadeada nos EUA, as saídas monetárias apontavam p/ o prolongamento do quadro recessivo e as alternativas, mesmo moderadas, de cariz keynesiano, deparam-se com a crise fiscal do estado e os riscos de inflação.
Nessa dinâmica os novos mercados, com Brasil, tb estavam em situação difícil e endividados. Então, os esforços do capital para retomada das taxas de lucros nos anos 80 foram eliminação, fusões e incorporações entre as empresas (monopolização), produção de acordo com a demanda, novas tecnologias, redução dos custos (matéria-prima, energia e força de trabalho), rapidez na circulação do capital (lucro); > exploração do trab; redistribuição os mercados antigos.
A crise tem função objetiva de se constituir com meio pelo qual a lei de valor se expressa e se impõe. Ela é a consolidação de dificuldades crescentes de realização da mais-valia socialmente produzida, o que gera superprodução, associada à superacumulação.
A própria lógica cria empecilhos no momento subsequente que geraram implicações da < taxa de lucro: < desemprego, > poder político dos trab que tinham > resistência a exploração que dificultava a + valia, houve o avanço tecnológico < diferencial entre as empresas.
Segundo HARVEY (1993) as condições necessárias para o capital atual 
- CRESC. S/ LIMITES DO CAPITAL INDEPEND. DAS CONSEQUECIAS (POLITICAS, SOCIAS, AMBIENTAIS).
-CRESC. TEM APOIO NO TRAB VIVIO
- USO DA TECNOLOG (> CONCORRENCIA) MAXIMIZAÇÃO DOS LUCROS
Quais estratégias usadas frente à superacumulação e assegurar a continuidade do sistema:
- OBSOLENCIA PROGRAMADA DAS MERCADORIAS,
- CAPACIDD. PRODUTIVA E FINANCEIRA
-CONTROLE MACROECONOMICO
- DESLOCAMENTO DAS GRANDES EMPRESAS P/ PERIFERIAS (. VANTAGENS)
Caráter tendencial da lei influenciado pelo: salário real, pela produtividade do trabalho e pela eficácia do capital.
A taxa da + valia é compatível com a progressão do salário real se está é acompanhada por um aumento relativo da produtividade do trabalho, o que por sua vez se associa à composição técnica do capital e sua eficácia por trabalhador.
Assim, a tendência do capitalismo é intensificar a produtividade do trabalho aumentando a massa de meios de produção, de forma que a produtividade tenha um papel central na determinação da taxa de lucro, mas não exclusiva.
Capacidade de consumo ≠ capacidade de produção (esfera da circulação)
Ascensão do neoliberalismo conservadores nos EUA e Inglaterra, temos o desencadeamento de políticas que já vinham sustentar a demanda, mas exclusiva restaurar o lucro. 
Sobreveio a recessão na 1ª metade dos anos 90,abrindo um novo período marcado pela desconexão sem precedentes entre a taxa de lucro(>) e a taxa de crescimento(<).
Recuo na produtividade global, enquanto o crescimento do salário real mantinha-se compatível com as taxas de lucros (baixas).
A expressão da lei da queda da taxa de lucro requer uma articulação entre produtividade e realização, então cada crise combina problema de saída de escoamento (superprodução) com problemas de valorização do capital.
Se a inovação tecnológica está associada às ondas longas, sua introdução não pode sertratada em separado da dinâmica geral da acumulação, como um elemento externo.
A luta de classe é interna a essa dinâmica geral as saídas e entradas em crise, em seus tempos têm a ver com uma radical historicidade do capitalismo.
Critica a discussão regulacionista (norma de consumo) que a estrutura da produção deve adequar-se ao consumo, do ponto de vista dos valores de uso, diga-se das necessidades sociais.
Entretanto, deve-se pensar a reprodução do capital considerando a formação do lucro e o modo de reconhecimento e satisfação das necessidades sociais.
Na onda longa depressiva, como 
acumulação desigual
, o salário real permanece constantemente ou fracamente crescente, o que significa que os ganhos de produtividade são apropriados como + valia e a parte do 
salário tende a baixar duradouramente.
Na onda longa de expansão, havia uma articulação entre 
salário real, produtividade e eficácia do capital
 assegurou durante um tempo limitado 
a
 saída, a realização do valor (
keynesianismo
).
 
Nos anos de ouro, 
parte dos ganhos de produtividade transferiu-se para o salário
 real e até financiou alguma redução na duração do trabalho, permitindo a manutenção do pleno emprego.
Os trabalhadores produzem +
,
com um 
poder de compra estagnado
Temos problemas para realização
A condição para isso foi 
a
 
existência de elevados níveis de produtividade e de realização
, assegurando a continuidade do contrato social.
Duas possibilidades de solução
Um incremento no setor de meios de produção 
que induz ao crescimento rápido na composição orgânica do capitalista e remete a uma < taxa de lucro no prazo longo.
Novas saídas de escoamento
 distintas dos elementos de procura primaria
 – bens de consumo e de capital através da conquista 
de novos mercados, > dos rendimentos financeiros e os processo de supercapitalização,
 inclui-se a 
mercantilização
 do
s
 direitos sociais
.
PROCESSOS ESSENCIAS QUE CARACTERIZAM O CAPITALISMO CONTEMPORANEO
Esgotamento da procura de bens fordista
Incapacidade de fazer emergir um volume suficiente de procura de bens
A partir dos anos 70, o capitalismo encontrou fortes dificuldades para abrir saídas de massa em escala suficiente.
Dificuldade de industrializar.
A acumulação capitalista não depende exclusivamente de sua capacidade de assegurar condições de reprodução, 
mas Tb de ser orientar para esferas portadoras de altos ganhos de produtividade.
O consumo de bens (eletrodomésticos e automóveis) chegou a ser relativamente saturados.
Encontra partida a seção não industrial – especialmente a de serviços vem-se tornando mais dinâmica, em função do > da procura, gerando + emprego.
Houve uma resposta do capital à queda da taxa de lucro da década de 70
Anos 80 
foi
 marcado por uma 
revolução tecnológica e organizacional
 na produção (
restruturação
 produtiva)
A corrida tecnológica das 
indústrias
 em busca do diferencial de produtividade do trabalho, como fonte de –‘superlucros.
Característica central: desemprego crônico e estrutural.
Desemprego implicou uma 
atitude defensiva 
e ainda mais 
corporativa 
dos trabalhadores formais e um intenso processo de 
desorganização política
 da resistência operária e popular. 
Dessa forma, a retomada das taxas de lucros desvincula-e do crescimento e do pleno emprego que sustentava o pacto do período anterior.
Inaugurando um período de regressivo do ponto de vista político e da luta de classes.
Outro aspecto dessa reação foi o processo de 
mundialização
 da economia. Uma redivisão social e internacional do trabalho e uma relação centro/periferia diferenciados do período anterior + processo de financeirização.
Encontramos Tb combinado aos dois processos anteriores os ajustes neoliberais um novo perfil das políticas econômicas e industriais desenvolvidas pelos Estados Nacionais, bem como um novo padrão de relação Estado/sociedade civil, com fortes implicações p/ o 
desenvol
. Das pol. Sociais. 
O período que se abre é conta-reformista, desestruturando as conquistas do período anterior, em especial os direitos sociais.
A desestruturação do welfare State em tempos de neoliberais.
Avanços das ideias neoliberais ocorre
 após 70, quando a crise ganhar espaço (reduzidos índices de 
cresc
 c/ altas taxas de inflação).
Tais motivos foram fortes argumentos p/ os neoliberais que criticavam o Estado Social e o “consenso” do pós-guerra, que permitiu a instituição do 
welfare
 
state
.
Tal reação teórica surgiu logo após a 2ª GM com 
Hayeck
 através da sua obra, o caminho da servidão, que combatia o 
keynesianismoe
 e o 
solidarismo
 reinantes e preparar as bases p/ 
um outro
 tipo de capitalismo, duro e livre de regras p/ o futuro. 
A longa e profunda recessão entre 69-73, contundo, alimentou o solo sobre o qual os liberais puderam avançar.
O autor ressalta que o período de forte crescimento imposto pela economia regulada entre os anos 45-70 minou a possibilidade de expressão dos ideais neoliberais.
Para eles a crise resultava: do 
poder excessivo e nefasto dos sindicatos e do mov. Operário
, que corroeram as bases da acumulação, e do aumento dos gastos
 
sociais do Estado, o que desencadearia processos inflacionários.
Ou seja, o déficit estatal é intrinsecamente neg. p/ economia, pois absorve a poupança nacional e diminui as taxas investimentos no setor privado.
Outro argumento é que a 
intervenção estatal na regulação das relações de trabalho Tb é 
neg
,
 pois impede o 
cresc
. Econômico e a criação de empregos. 
Tais argumentos os liberais defendem uma programática em que o Estado 
não intervir na regulação
 
dos mercados financeiros 
, pois o livre mov. De capitais garantiria > eficiência na redistribuição de recursos internacionais.
Tais políticas redistributivas 
é prejudicial
 ao 
desenv
. Econômico, pois > o consumo da e <
 
a 
poup
. 
Sustentam a estabilidade monetária, contenção de gastos sociais e a manutenção de uma taxa “natural” de desemprego, associada às reformas fiscais, como redução de impostos p/ os altos rendimentos.
OBS: QUEM PAGARIA MAIOR PARTE DOS IMPOSTOS SERIA
M
 OS TRABALHADORES
Diversos países adotaram o neoliberalismo uns com maior rigidez ex: 
Inglaterra 
(.> taxas de juros, < imposto sobre altos rendimentos, aboliu o controle sobre os fluxos financeiros, criou níveis de desemprego maciço, enfraqueceu as greves 
etc
), 
EUA 
(adotou as mesmas medidas da 
ingl
 e Tb estabeleceu um 
“
keynesianismo
 militar disfarçado”, que foi decisivo p/ reativar a economia
 )
.
A ênfase na disciplina orçamentária e em reformas fiscais. Ex
. Alemanha 
e Dinamarca.
 
 ≠
Porém, alguns países mantiveram uma política de deflação e redistribuição, pleno emprego e proteção social, mas por pouco tempo. Assim tiveram que adotar políticas 
prox
 ao neol. Ex; França, Espanha, Grécia.
A hegemonia neoliberal na dec. De 80 nos países capitalistas centrais não foi capaz de resolver a crise capitalista nem alterou os índices de recessão e baixo 
cresc
. Econômico.
Contudo, tiveram efeitos destrutivos p/ as condições de vida da classe trab. Provocando: > do desemprego, destruição dos postos de trabalho 
não-qualificados
, redução dos salários devido ao > da mão de obra e redução das 
polit
. 
Sociais.
Se as políticas neol. Não foram capazes de gerar 
cresc
. Econ., a austeridade da política fiscal conseguiu promover a redução das taxas de inflação, esse êxito se deveua políticas monetárias e fiscais austeras e o 
cresc
 do 
desemp
, o que reduziu o percentual de ajustes de salários, combinado à diminuição de preços das matérias-primas no mercado internacional.
Outro efeito é o aumento das taxas do lucro líquido empresarial, sobretudo no setor de manufatura, esse aumento decorreu muito + da redução dos salários e da queda do índice de emprego do que do aumento da produtividade, nem se converteu em aumento investimento da produtividade e de cap. Fixo.
A < da taxa de 
cresc
 e do investimento produtivo foi acompanhada por duas tendências: redução dos investimentos públicos em infraestrutura nos países e o > do investimento no setor financeiro
As desigualdades sociais resultantes do aumento do desemprego foram 
agudizadas
 por mudanças na composição do financiamento e dos gastos públicos.
Visto que a maioria dos países passou a ampliar a arrecadação pela via de impostos indiretos, o que acaba onerando a toda sociedade e penalizando os trabalhadores com rendimentos mais baixos. Por outro lado, ocorreu redução dos impostos diretos, o que agrava as desigualdades.
A redução dos gastos públicos implicaram Tb a redução dos gastos c
om o sistema de proteção social.
A reestrutura produtiva, as mudanças organização do trabalho e a hegemonia neoliberal, têm provocado importantes reconfigurações nas 
políticas
 sociais: o desemprego de longa duração, a 
precarização
 das relações de trabalho
, a ampliação de oferta de empregos intermitentes, em tempo parcial, temporário,
 
 
instáveis e não associados a direitos derivados de empregos estáveis.
Outra tendência que vem ganhando destaque 
desda
 
dec
 70 é a expansão dos programas de transferência de renda. Esses programas têm as seguintes características: são 
condicionados a situação de ausência ou baixa renda
; são completivos ou/e substitutivos dos salários; possuem abrangência nacional e são regulados em lei nacional; os beneficiários devem ter acima de 18 anos e devem comprovar cidadania ou residência legal no país; os beneficiários devem mostrar disposição p/ a inserção econômica e/ou em alguma atividade ligada a qualificação profissional ou atividade de trabalho; o financiamento é de responsabilidade do governo federal, em geral a gestão é compartilhada (E, DF, M)
O séc. XXI se inicia com transformações profundas nas políticas sociais nos 
países capitalista
. É inegável que as reestruturações em curso seguem na direção de sua restrição, seletividade e 
focalização.
O BRASIL: DA DITADURA À REDEMOCRATIZAÇÃO E A POLÍTICA SOCIAL
Enquanto, no plano internacional descencadeva-se a reação burguesa, o Brasil, no contexto da ditadura militar pós-1964, vivia a expansão do “fordismo à brasileiro”, por meio do chamado MILAGRE BRASILEIRO. 
Essa foi a forma que assumiu a introdução a introdução da produção em massa de automóveis e eletrodoméstico para o consumo de massa de restrito – que, ademais, já vinha acontecendo desde 1955, com o Plano Metas mas que na ditadura militar ganhou um contorno mais agressivo.
Tais mecanismos são introduzidos sem pacto social-democrata e sem os consensos dos anos de crescimento na Europa e EUA, e com uma redistribuição muito restrita dos ganhos de produtividade do trabalho, mas que ampliou o mercado interno, entre os segmentos da classe média e de trabalhadores.
Do outro lado, expandia-se Tb a cobertura da política social brasileira, conduzida de forma tecnocrática e conservadora, reinterando uma dinâmica singular de expansão dos direitos sociais em meio à restrição dos direitos civis e políticos, modernizando o aparato varguista.
O projeto econômico da ditadura brasileira tem haver com a intensa internacionalização da economia do Brasil, que se aproveito da necessidade do capital de restaurar as taxas de crescimento dos esgotados “anos dourados”
Um dos movimentos do capital foi a tentativa de se valorizar, pela ampliação dos mercados de bens fordistas nos locais em que estes tinham potenciais de crescimento.
Os segmentos locais da burguesia associados ao capital estrangeiro, perceberam a liquidez de capitais no contexto da crise e os atraíram p/ o Brasil, num processo intenso de substituição de importações, incentivando e conduzido pelo Estado.
As taxas de crescimento não perduram, pois o próprio mercado interno tinha limites.,
Acresc. P.136
As características das políticas sociais no período da ditadura (o bloco militar-tecnocrata-empresarial buscou a adesão e legitimidade por meio da expansão e modernização de políticas sociais):
A unificação, uniformização e centralização da previdência social no Instituto Nacional de Previdencia Social – INPS – retiraram definitivamente os trabalhadores da gestão da previdência passando ser um questão técnica e calculo.( os acidentes de trabalho passam também a gestão do INPS) em 1966
A previdência (FUNRUARAL) foi amplia aos trab. Rurais de caráter mais redistributivo através da taxação dos produtos em 1971.
Contemplou as domesticas (1972), depois jogadores de futebol e autônomos (1973) e os ambulantes (1978). Sendo criada a Renda Mensal vitalícia para idosos pobres (com valor de meio salário mínimo para quem tivessem contribuído 1 ano para previdência).
O Ministério da Previdência e Assistência Social foi criado em 1974 incorporando a LBA.
A Fundação Nacional para o Bem-Estar do Menor (Funabem, criada em 1965) substitui o antigo SAM extinto em 1964,sem alterar seu caráter punitivo,mantido pelo código de menores (1979).
A central de medicamentos (CEME) e a Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (DATAPREVE), esse complexo se transformou, com uma ampla reforma, no Sistema Nacional de Assistência e Previdência Social (SINPAS), que compreendia o Instituto de Assistência médica e o Instituto Nacional de Administração da Previdência Social (Iapas), nessa associação impôs-se uma forte medicalização da saúde com ênfase no atendimento curativo, individualizado e especializado, em detrimento da saúde pública , em estreita relação com o incentivo à industria de medicamentos e equipamentos médicos hospitalares,orientadas pela lucratividade.
 A ditadura também impulsionou uma Política Nacional de Habitação (BNH), estratégia típica do keynesianismo de impulsionar a economia por meio do incremento do incremento da construção civil na construção de moradias populares (*atualmente minha casa minha vida) época de forte crescimento das empreiteiras, sem nenhum controle dos gastos públicos.
Tivemos a criação de fundos de indenização aos trabalhadores (poupança forçada) para financiamento da casa própria (FGTS, PIS, Pasep) (*que vigoram até hoje).
Havia o impulso das políticas publicas mesmo que de forma restrita quanto ao acesso, como estratégia de legitimação da ditadura que também abriu espaço para a saúde, previdência e a educação privada (para quem pode pagar), que nos aproximou mais do sistema dos EUA de proteção social do que do Welfare State europeu. Mesmo com a ampliação dos acesso públicos e privados, milhões de pessoas permaneciam fora do sistema de proteção social.
Em 1974 começa aparecer os sinais de esgotamento do projeto da ditadura, em função dos impactos da economia internacional, restringindo o fluxo de capitais (entrada de investimentos - crise) e Tb dos limites internos.
Os anos subsequentes serão marcados pela violência, pela abertura lenta e gradual do regime, num processo de transição p/ democracia que se alinha com as orientações conservadoras neoliberais, em curso no nível internacional, implicando o caráter tardio da adesão brasileira ao neoliberalismo.
Tivemos um transição democrática fortemente controlada pelas elites para evitar a constituição de uma vontade popular radicalizada.
Em 1980 período de conquistas democráticas, em função das lutas sociais e da CF/88, embora conturbado economicamente. 
O aumento do endividamento externo e suas consequências são dados fundamentais p/ entender o fim da ditadura e a crise econômicaCrônica daqueles anos.
Dificuldades da formulação de políticas econômicas de impacto nos investimento e na redistribuição de renda em toda America latina.
No processo de endividamento localizam-se as principais decorrências da reorientação da política americana norte-americana em busca da sua hegemonia do dólar, bem como o inicio das pressões cujos resultados derruíram a possibilidades de ruptura com dependência , contida no desenvolvimentismo, este por sua vez , fundado na substituição de importações no Brasil e na América Latina.
Nesse periodo partiu-se de taxas de juros baixas e até negativas para um salto, por parte dos credores,de forma que houve uma invasão explosiva da transferência de divisas dos países que contraiam empréstimos em prazos curtos, mas que fooi acompanhada Tb da que da taxa de exportações de matérias primas, nos países ao sul da linha do equador. Ocorreu um verdadeiro estrangulamento da economia latino America, a qual, entre 1980-1985, obteve indicadores catastróficos.
O constrangimento do endividamento gerou uma queda na taxa de inversão de, em especial do investimento do setor público, ao longo de 16 anos, dificultando o que designa como ação de Estado estruturante e ainda, o ingresso do país na terceira revolução industrial. Se a maior parte da dívida foi contraída pelo setor privado, por pressões do FMI houve uma crescente e impressionante socialização da dívida. No Brasil,70% da dívida externa tornou-se estatal.
Ao governo restaram 3 caminhos: corta gastos públicos,imprimir dinheiro ou vender títulos do tesouro a juros atraentes. Assim, os gastos públicos passam a ser estruturalmente desequilibrado. 
Os resultados: taxa de crescimento baixa (+-1%), redução da taxa de investimento e aumento da inflação.
Os efeitos da crise do endividamento: empobrecimento generalizado da America Latina, crise dos serviços sociais públicos num contexto de aumento da demanda em contraposição à não expansão dos direitos; desemprego; agudização da informalidade da economia; favorecimento da produção para exportação em detrimento das necessidades internas. Diante desta crise os países desenvolvidos voltam às costas p/ America latina caindo os fluxos de investimentos.
Após a crise da divida dos anos 80, diante da possibilidade de colapso financeiro internacional, impõe-se o discurso dos ajustes e dos planos de estabilização em toda região da America latina. Houve um ajuste global,reordenando as relações entre centro e perifeia do mundo do capital .
Ocorreu uma transformação produtiva, cujos benefícios ficaram extremamente concentrados nas economias centrais, enquanto os custos foram pagos pela crise financeira do Estado com fortes impactos para política social, pelos sindicatos e pelos países da periferia. 
Do ponto de vista econômico, tem-se na entrada dos anos 90, um país destruído pela inflação e que será o fermento p/ possibilidade histórica da hegemonia neoliberal; paralisado pelo baixo nível de investimento privado e público; sem solução consistente p/ o problema do endividamento; e com uma questão social gravíssima.
Também neste período houve a redefinição das regras do jogo político, no sentido da retomada do Estado democrático de direito.
Tarefa designada para congresso constituinte contrariando os movimentos populares que lutaram por uma assembleia Nacional livre e soberana.
A constituinte tornou-se uma arena de disputas e esperança de mudanças p/ os trabalhadores brasileiros, após a sequencia de frustrações (morte de Tancredo e fracasso do cruzado).
Sendo o movimento dos trabalhadores e popular decisivo da historia recente do país que ultrapassou o controle das elites. A presença e ação desses segmentos interferiram na agenda política ao longo dos anos 80 e pautaram alguns eixos da constituinte (direitos sociais e trabalhistas, reforma agrária, soberania nacional).
Essa transição democrática brasileira diferencia-se de outras da America latina como as mudanças estruturais engendradas pela industrialização e a urbanização, o que criaram as condições p/ o surgimento de um movimento operário e popular novo (refundação da esquerda brasileira)
Assim, o Brasil se transformou num elo explosivo do capitalismo latino-americano, em função das enormes contradições econômicas, das tutelas financeira e militar, e da constituição de sujeitos políticos dispostos a enfrenta-las. Sendo estes movimentos tensionados pela as classes dominantes e estrangeiras.
O texto constitucional refletiu a disputa de hegemonia, contemplando avanços em alguns aspectos (direitos sociais - seguridade social – os direitos humanos e políticos), mas manteve traços conservadores (militarização do poder no Brasil, manutenção de prerrogativas do executivo – Medidas Provisórias e ordem econômica). 
Tivemos uma constituição hibrida, entre o velho e o novo, entre o programático e eclético, que muitas ocasiões foi deixada ao sabor das legislações complementares, entre outras emendes de cunho popular foram propostas, porém prevaleceu os acordos estabelecidos pelo “Centrão” que Tb prolongar o gov. de Sarney.
O divisor de águas deslocou p/1ª disputa presidencial em que os projetos eram radicalmente diferentes nas candidaturas de Lula e Collor, que chegaram ao 2º turno, expressando a tensão entre as classes. As elites apoiaram Collor no 2º turno mesma a contragosto. Pois, o Collor em seu discurso já deixará clara a insatisfação com a CF (cont p. 142-3) 
Acontecimentos no âmbito da política social dos anos 80 que favoreceram os eixos conquistados na CF. Do ponto de vista dos últimos anos da ditadura e do gov. Sarney, apesar dos anunciados de priorizar a área social, houve poucos investimento. O carro chefe da política social de Sarney foi o Programa do leite voltado p/ instrumentalizar as associações populares que distribuíam tickets p/ as famílias, o q eu gerou vantagens clientelistas – que promoveu a ampliação do acesso a alimentação. Nesse período manteve-se o caráter compensatório, seletivo, fragmentado e setorializado da política social brasileira subsumida à crise. As propostas de restruração das políticas sociais de Sarney não foram implantadas.
Todavia, suas contribuições foram incorporadas no processo constituinte e ajudaram a definir o conceito de seguridade.
Foi difícil desenhar na constituição políticas orientadas pelos princípios da universalização, responsabilidade publica e gestão democrática que teve participação de vários setores da sociedade nos grupos de trabalho. 
A EX: introdução do conceito de seguridade social, articulando políticas de previdência, saúde e assistência social, e dos direitos a elas orientadas, articulando as políticas e previdência, saúde e assistência social, e dos direitos a elas vinculadas (BPC e ampliação aos trab. Rurais).
Houve Tb inovações democratizantes como: o novo estatuto dos municípios como entes federativos autônomos, os conselhos paritários de políticas e de direitos e a instituição de ciclo orçamentário que passa a compor um orçamento da seguridade.
Processo de luta dos trabalhadores, usuários e sujeitos políticos foram decisivos para formatação dos direitos sociais no Brasil com inspiração berevidgiana.
Difícil processo p/ elevar a assistência social como política pública de seguridade social para superar o clientelismo, do aleatório improviso.
A saúde pensada na CF com grande influencia do movimento da reforma sanitária. 
Na política previdenciária, além de sua inserção numa lógica de seguridade, em especial no que se refere ao financiamento, houve ampliação de direitos (licença-maternidade, extensivas as empregadas domesticas e trab rurais; direito a pensão a marido ou companheiro; redução do limite de idade 60).
Teve destaque a intervenção dos movimentos sociais em defesa dos direitos da criança e adolescentes, que se desdobrou no ECA.
Apesar dos avanços CF produto de uma correlação de forças desfavorável, que deram sustentação ao conservadorismo no campo da política social. Ex: universalidade X seletividade, bem como o suporte legal dosetor privado, em que pese a caracterização de dever do Estado para algumas politicas.