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7.Atividade 7 Gestação na adolescência

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Atividade 7
Referência: 
DIAS, A. C. G.; BARICHELLO, F. B. Gestação na adolescência: uma análise da produção bibliográfica. In: Ele e ela grávidos. Curitiba: Juruá, 2011, p. 23-42.
QUESTÕES PARA ORIENTAR A LEITURA
Conceitue adolescência e caracterize essa fase evolutiva:
Quais os riscos biológicos da gestação na adolescência?
Como são vistas as condições socioeconômicas e culturais da gestação na adolescência? Explique:
Por que a gravidez na adolescência é considerada uma experiência emocional difícil?
Em termos psicológicos, a gestação na adolescência envolve a vivência concomitante de dois fenômenos desenvolvimentais importantes, quais são?
Há evidências de que a gestação na adolescência pode assumir significados positivos para a mãe e sua família de origem? Justifique:
 Na esfera da saúde pública, persiste o discurso normativo que considera o fenômeno da gravidez adolescente um fator de risco social. Explique:
Qual foi o procedimento metodológico adotado nesta pesquisa? Explique:
Anote os resultados que mais lhe chamaram a atenção:
O que as autoras concluíram?
I
Gestação na adolescência:
 uma análise da produção bibliográfica[1: Monografia de final de curso de Especialização em Saúde Coletiva do Centro Universitário Franciscano.]
Fernanda Bellé Barichello[2: Psicóloga. Professora da Faculdade Integrada de Santa Maria. Mestra em Psicologia Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.]
Ana Cristina Garcia Dias [3: Psicóloga. Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Maria.]
Adolescente grávida
Menina-mulher
Menina que já não é menina
Menina que também não é mulher
É uma menina-menina
É uma menina-mulher
(autor desconhecido).
	A adolescência corresponde ao período de vida compreendido entre os 10 e 19 anos, no qual ocorrem significativas mudanças, evidenciadas principalmente pelo surgimento de características sexuais secundárias, estruturação da personalidade, crescimento rápido, integração social e adaptação ambiental (MENEZES & DOMINGUES, 2004). O indivíduo experimenta um reconhecimento de si mesmo, que é intermediado pelos outros, diferenciado daquele obtido em etapas anteriores do desenvolvimento. Nesse momento, ele é visto como alguém que se encontra na passagem da infância para a adultez. Há um movimento no sentido de uma maior independência, que busca promover o surgimento de um ser autônomo e responsável (STEINBERG, 1996). 
	Essa fase da vida humana pode ser vista como delicada é repleta de sentimentos confusos, pois, o indivíduo vivencia diferentes transformações nos âmbitos biológico, psicológico e social. Algumas modificações nos padrões de comportamento do indivíduo, típicas nessa fase do desenvolvimento, estão associadas ao comportamento de risco e ao exercício de sua sexualidade. O jovem descobre novas possibilidades de vivências sexuais, a partir de um “novo” corpo, que possui maturidade sexual plena para o exercício da função reprodutiva. Essas mudanças produzem alterações psíquicas e sociais, que podem gerar confusão para o adolescente, quando não encontra, muitas vezes, respostas no contexto social para essas novas questões, uma vez que os adultos também podem se apresentar confusos frente à sexualidade do adolescente (DIAS, 2003; NETO et al., 2007).
	Esses fenômenos exigem atenção cuidadosa dos profissionais de saúde, pois geram inúmeras consequências psicossociais tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. Assim, observa-se que o indivíduo nessa etapa do desenvolvimento fica exposto a uma série de transformações e fatores que podem colocá-lo em risco biopsicossocial, e, por vezes, implicam em uma alteração significativa do curso de seu desenvolvimento. De fato, Neto et al. (2007) consideram que “a adolescência é um período rico de possibilidades desestabilizadoras que exige definições familiares, profissionais e sexuais, podendo expor o adolescente ao sofrimento psíquico e a quadros psicopatológicos” (p. 280). 
	Assim, o foco deste trabalho é refletir sobre as questões relacionadas à gestação na adolescência, suas causas e consequências, a partir do material que foi produzido, na literatura brasileira, sobre o assunto nos últimos seis anos, que se encontra veiculado nas bases de dados www.scielo.br e http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php.
	Ao realizarmos um breve passeio pela literatura brasileira sobre esse assunto, observamos que existem diferentes olhares sobre as causas e consequências associadas à gestação na adolescência, sendo que alguns autores a apontam como uma importante questão para a saúde pública (CHALEM et al., 2007; GOLDENBERG, FIGUEIREDO & SILVA, 2005; KASSAR et al., 2006). Antes de se realizar uma análise mais detalhada da produção brasileira nos últimos seis anos, buscaremos situar o fenômeno da gestação na adolescência, a partir de algumas considerações iniciais. 
Contextualização do fenômeno
	O fenômeno da gestação na adolescência vem sendo foco de atenção de diversos profissionais da área de saúde, que apresentam diferentes olhares a respeito da mesma (CHALEM et al., 2007; GOLDENBERG, FIGUEIREDO & SILVA, 2005; KASSAR et al., 2006). Esses profissionais enfocam diferentes aspectos envolvidos nesse fenômeno (fatores biológicos, sociais, psicológicos, econômicos, políticos), muitas vezes, a partir de suas especialidades. Como foi observado inicialmente, encontram-se posições distintas tanto no que se refere às causas quanto às consequências da gestação na adolescência para o desenvolvimento dos jovens. 
	Ao consultar a literatura, constata-se que a gestação durante a adolescência foi observada com naturalidade até o fim dos anos 50, sendo inclusive incentivada em alguns períodos históricos. O caráter “problemático” da gestação na adolescência é uma atribuição recente, pois ao contrário do que se pensa, houve uma redução nas estatísticas de gestação durante a adolescência, quando se compara a época atual aos números divulgados nos anos 50 (CHALEM et al., 2007). Contudo, o interesse pelo assunto cresceu e isso se deve especialmente à sua ocorrência fora do casamento, fato este que se encontra associado a maiores conflitos e dificuldades nos âmbitos psicológico, social, e em alguns casos, até moral (STEINBERG, 1996).
	Inicialmente, a gestação na adolescência foi vista como um risco biológico, principalmente os artigos das revistas de ginecologia, obstetrícia e enfermagem destacaram as complicações biológicas e obstétricas envolvidas no fenômeno. Alguns fatores como acompanhamento pré-natal inadequado, complicações obstétricas durante o parto, maior incidência de anemia materna, doenças hipertensivas específicas à gravidez, infecções urinárias, nascimentos prematuros e baixo peso do bebê ao nascer estão relacionados às dificuldades de gestar durante essa fase da vida (GOLDENBERG, FIGUEIREDO & SILVA, 2005; KASSAR et al., 2006; MINAGAWA et al., 2006; SUZUKI et al., 2007). Alguns estudos ainda relatam que as adolescentes podem apresentar um aumento da incidência de diabetes gestacional e consequências negativas para o bebê, como por exemplo, o sofrimento fetal agudo. Esses fatores podem, por sua vez, ocasionar aumento nas taxas de operações cesarianas nesse grupo populacional (YAZILLE et al., 2002; CARNIEL et al., 2006). Por outro lado, vemos que nem sempre essa relação entre consequências negativas encontra-se associada à gestação no período, pois, alguns autores defendem a ideia de que a gravidez nesse período do desenvolvimento pode ocorrer sem maiores intercorrências, desde que as jovens gestantes recebam assistência pré-natal adequada durante todo o período gestacional. Esses estudos consideram que em termos biológicos, a adolescência, não implica necessariamente maiores riscos que outros períodos do desenvolvimento (MAGALHÃES et al., 2006; NETO et al., 2007).
	Em termos de análise de condições socioeconômicas e culturais, a gestação na adolescência também se encontra associada a fatores
negativos. Alguns autores sugerem que um ambiente sócioeconômico precário ou culturalmente pobre, podem estar associados aos altos índices de gestação nesse período (KASSAR et al., 2006). Além disso, esses fatores são vistos não só como predisponentes, mas também como interferindo na vivência da gestação pelas jovens adolescentes (DIAS, 2003; MICHELAZZO et al., 2004). 
Através de estudos comparativos entre adolescentes de uma classe socioeconômica mais favorecida com aquelas de uma classe econômica menos favorecida foram encontradas diferenças na forma que a adolescente realiza o acompanhamento pré-natal e o tipo de parto (FALCÃO & SALOMÃO, 2006; HOGA, 2008). Além disso, em termos prospectivos esses fatores podem interferir no desenvolvimento da jovem e da criança. Dias (2003) observa, através de uma revisão da literatura sobre o fenômeno, que problemas de saúde tanto da jovem quanto da criança podem estar associados ao estado de pobreza; ao baixo nível de escolaridade; à falta de assistência de saúde; e, à ausência de condições adequadas de habitação, alimentação e higiene. 
	Outros aspectos destacados, em termos sociais, são: a evasão escolar e o ingresso precoce e pouco qualificado das jovens mães no mercado de trabalho (KASSAR et al., 2006; FONSECA & ARAÚJO, 2004). Esses fatores, por sua vez, produzem consequências desfavoráveis ao desenvolvimento pessoal e profissional da adolescente e da criança (SILVA & TONETE, 2006). De fato, considera-se que a gravidez neste momento da vida dificulta ou impossibilita aproveitar experiências da juventude e diminui as oportunidades das jovens em diversos âmbitos (ALMEIDA, AQUINO & BARROS, 2006). 
Assim, a gravidez nesse período do desenvolvimento é considerada uma experiência emocional difícil, que se encontra associada à falta de apoio e a poucas expectativas referentes ao futuro. Inclusive, destaca-se que em nossa sociedade há uma representação que a menina, ao invés de experimentar os anos de juventude aproveitando sua vida e explorando possibilidades que a preparam para a vida adulta futura, ao vivenciarem uma gestação e/ou maternidade na adolescência limitam suas possibilidades de desenvolvimento. Considera-se ainda, que a maternidade faz com que a jovem deva assumir uma série de responsabilidades tanto econômicas quanto emocionais, que atrapalham no prosseguimento de uma série de projetos de vida anteriores a esse fenômeno (GONÇALVES & KNAUTH, 2006). Dessa forma, as jovens acabam por apresentar uma trajetória de desenvolvimento distinta das demais adolescentes, que não engravidam. As dificuldades enfrentadas se devem a uma responsabilidade precoce imposta pela gravidez, relacionada a um processo de amadurecimento em curso, resultando em uma adolescente mal preparada para assumir os encargos econômicos, sociais e psicológicos que a maternidade envolve (DIAS, 2003).
Em termos psicológicos, a gestação na adolescência envolve a vivência concomitante de dois fenômenos desenvolvimentais importantes: o ser adolescente e o ser mãe. Maldonado (2002) assinalou que devido à complexidade das vivências da gestação é essencial levar em consideração a interação entre vários fatores que permeiam esse fenômeno, tais como: a história pessoal da grávida; o contexto existencial dessa gravidez; o contexto socioeconômico e assistencial da jovem. Na verdade, a autora aponta que a gravidez envolve a necessidade de reestruturação e reajustamento em várias dimensões na vida da mulher. Verifica-se a mudança de identidade e uma nova definição de papéis, ou seja, a mulher passa a se olhar e a ser olhada de uma maneira diferente. Este é um momento de transição que faz parte do processo normal do desenvolvimento feminino. No entanto, se o mesmo ocorre durante a adolescência há uma sobreposição de “conflitos evolutivos”. Nesse sentido, a gestação na adolescência se encontra mais associada a sentimentos negativos e transtornos mentais como depressão e ansiedade (CAPUTO & BORDIN, 2007; FREITAS & BOTEGA, 2002). 
	Em contrapartida, existem estudos que evidenciaram a maternidade adolescente plena de significados positivos, tanto para a adolescente como para a sua família de origem. Desse modo, em uma sociedade que culturalmente admite o matrimônio como condição prévia para a formação de uma família, a união da adolescente com o pai da criança parece contribuir para a representação da gestação precoce como um evento natural e desejado no ciclo vital (SILVA & TONETE, 2006). Inclusive, em meninas adolescentes provenientes de estratos sócioeconômicos baixos, a maternidade, mesmo precoce, é vista como uma bênção divina, sendo considerada parte fundamental da identidade feminina (RANGEL & QUEIROZ, 2008).
	É possível ainda observar que a gestação na vida de uma adolescente pode fazer parte de um projeto de vida, na expectativa de alcançar reconhecimento, autonomia econômica e emocional em relação à família de origem. Ainda, poderá influenciar a convivência no lar através de uma interação familiar harmônica, uma vez que a gravidez não é vista como um problema, mas como um objetivo a ser alcançado (SABROZA et al., 2004).
	Pantoja (2003) observou que a gestação na adolescência foi popularizada pelos meios de comunicação, o que contribui para sua maior visibilidade social. Este fenômeno é frequentemente pautado num discurso vitimizador, no qual assume um caráter negativo que abrange múltiplos aspectos da vida da adolescente, desde fatores biológicos até as adversidades referentes ao âmbito psicossocial e comumente relacionadas às questões de saúde pública. 
	No entanto, algumas pesquisas contribuem para ampliar a compreensão desse fenômeno, mostrando que, em determinadas situações, a gravidez precoce passa a ser a solução para situações conflituosas e não necessariamente um problema em si. Ela pode vir a representar efetivamente uma possibilidade de reconhecimento social, tendo em vista que a falta de oportunidades de vida e carências emocionais estão associadas ao desejo de ter um filho e assim, poder conquistar um espaço social (CHALEM et al., 2007).
	A partir dessa análise, pode-se averiguar que as causas da gravidez na adolescência não se referem apenas à desinformação sexual e/ou aos aspectos biopsicossociais anteriormente citados, mas ao desejo de ter um filho na adolescência, seja para testar a sua capacidade reprodutiva, seja pelo próprio desejo de ter um filho que se encontra associado a um reconhecimento de um novo status social. Isso reflete a complexidade do fenômeno denominado “gravidez na adolescência” (DADOORIAN, 2003).
	Na esfera da saúde pública, persiste o discurso normativo que considera o fenômeno da gravidez adolescente um fator de risco social. Sob este viés, a gravidez seria o resultado da precariedade, da pobreza e da falta de acesso aos serviços de saúde, portanto, é considerada como um reforço à pobreza e à marginalidade. Além disso, essas adolescentes têm sido consideradas como um grupo de risco para a ocorrência de problemas de saúde em si mesma e em seus conceitos, uma vez que a gestação precoce pode prejudicar seu físico ainda imaturo e seu crescimento normal. Dessa forma, o evento recai sobre os danos onerosos ao serviço de saúde pública que assiste essa demanda (PANTOJA, 2003).
	Da mesma forma, observando-se a prevalência de mães adolescentes com limitações profissionais e baixa renda, cresce a demanda pelos serviços de saúde de crianças com déficits de desenvolvimento, nutricionais e problemas psicológicos. Assim, “o custo social e o custo financeiro crescem juntamente com toda problemática já discutida, dificultando ainda mais o desenvolvimento da sociedade e da economia dos países de terceiro mundo” (BARALDI et al., 2007, p.5).
	Mas, deve-se ter cuidado para não incorrer em generalizações, pois, ao se conceituar a adolescência como uma fase que também se constitui pelo social e cultural, é fundamental levar em consideração que na história de vida do ser humano não existe uma adolescência, mas sim adolescências, em função do social, do político, do
momento e do contexto em que está inserido o adolescente (PANTOJA, 2003).
	A problemática da gravidez na adolescência é ampla, assim, frente às inúmeras consequências biopsicossociais que permeiam o fenômeno, torna-se relevante analisar, o material que vem sendo produzido sobre o tema, com o intuito de poder realizar uma síntese, que possibilite oferecer algumas diretrizes, em termos de políticas públicas de saúde, para se poder pensar e trabalhar com essa situação.
Método de Investigação
	O procedimento metodológico adotado neste estudo foi a análise documental. Essa é uma operação ou conjunto de operações que visam representar o conteúdo de um documento sob uma forma diferente da original a fim de facilitar a sua consulta e referenciação. O propósito deste método é facilitar o acesso ao observado, armazenar informações de forma restrita, ou seja, os documentos são condensados segundo certas regras adaptadas ao objetivo da documentação, na qual os mesmos possuem analogias no seu conteúdo ou critérios comuns.
	Inicialmente, foi realizado um levantamento nos periódicos brasileiros das áreas de Saúde Pública, Psicologia, Medicina – Ginecologia Obstetrícia e Enfermagem, presentes nas bases de dados www.scielo.br e scielo.bvs-psi.org/scielo.php, durante os seis últimos anos (2004 a 2009), buscando identificar os artigos que possuam em seus títulos alguma referência à situação de gestação/gravidez na adolescência ou juventude. Após esse levantamento, os títulos e os resumos desses artigos foram submetidos a uma primeira análise, através do procedimento de análise de conteúdo (BARDIN, 2004). Nessa primeira etapa, foram identificados os principais temas investigados, os objetivos desses estudos, as metodologias empregadas (amostras, delineamentos, tipos de instrumentos utilizados), e as principais conclusões.
	Os periódicos investigados foram: (a) na área de Saúde Pública (“Cadernos de Saúde Pública”, “Revista de Saúde Pública” e “Ciência e Saúde Coletiva”); (b) na área de Psicologia (“Arquivos Brasileiros de Psicologia”, “Boletim de Psicologia”, “Estudos de Psicologia – Natal”, “Estudos de Psicologia – Campinas”, “Psico USF”, “Psicologia e Sociedade”, “Psicologia em Revista” e “Psicologia: Teoria e Pesquisa”); (c) na área de Medicina (“Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia”, “Revista da Associação Médica Brasileira”, “Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano” e “Revista Brasileira de Saúde Materno-Infantil”); e, (d) na área de Enfermagem (“Acta Paulista de Enfermagem”, “Revista Brasileira de Enfermagem”, “Revista da Escola de Enfermagem da USP” e “Revista Latino-Americana de Enfermagem”). Apesar de outros periódicos terem sido investigados na área de Psicologia como, por exemplo, as revistas “Aletheia” e “Psicologia: Reflexão e Crítica”, os mesmos não foram incluídos na análise, uma vez que não apresentaram nenhum artigo sobre esta temática no período investigado.
	A análise de conteúdo é uma técnica que trabalha a palavra, considera as significações (conteúdo), eventualmente a distribuição desses conteúdos e formas. É uma busca de outras realidades através das mensagens, visando o conhecimento de variáveis de ordem psicológica, sociológica, histórica, etc., por meio da interpretação destas comunicações (GIL, 2006). Esse procedimento envolve três fases: a pré-análise, que é o momento no qual o pesquisador toma os primeiros contatos com os documentos. Nesse estudo, foi o momento no qual as pesquisadoras identificaram os artigos que possuíam em seus títulos alguma menção ao tema da gestação/gravidez na adolescência ou juventude. A exploração, que se constitui no segundo momento da análise, é a fase na qual os pesquisadores realizaram sucessivas leituras que buscaram identificar e construir categorias de análise que serão utilizadas na fase posterior. Por fim, a terceira fase, que consiste propriamente no tratamento dos dados. Nesse momento, as pesquisadoras realizam uma análise e interpretação das informações obtidas, construindo as categorias que serão apresentadas a seguir nos resultados. Nessa fase, espera-se que sejam colocadas em evidência as informações obtidas, indicando a sua validade e significado, que permitirão a generalização das mesmas. Essa técnica é comumente utilizada na abordagem de grandes volumes de material científico, como por exemplo, consultas a periódicos e revistas de produção científica (GIL, 2006).
	Cabe ressaltar que as revistas científicas especializadas são fontes importantes de dados, uma vez que possibilitam ao pesquisador conhecer o estado atual de conhecimentos sobre determinado assunto. O propósito da presente análise é armazenar o máximo de informação (aspecto quantitativo), com o máximo de pertinência (aspecto qualitativo), manipulando a expressão do conteúdo e socializando os referenciais de produção em pesquisa (BARDIN, 2004).
 
Resultados
	Como pode ser observado na Tabela 1, verificou-se a existência de 78 artigos relacionados ao objeto de pesquisa, representando 1,29% do conjunto total da produção destas revistas. Em revistas da área de Psicologia foram encontrados nove artigos, que representam 11,5% do total de artigos relacionados ao assunto gestação na adolescência nos últimos seis anos. Levando-se em consideração o número de artigos publicados e o número de artigos relacionados ao tema estudado, é a área de Medicina que concentra o maior percentual de produção (2,53%). Observa-se também que no ano de 2006, concentra o maior número de artigos (vinte e quatro), correspondendo a 30,76% dos artigos estudados. 
Tabela 1 – Distribuição de artigos publicados, por área e ano de produção, 2004-2009
	
	Número de artigos publicados
	
	Saúde Pública
	Psicologia
	Medicina
	Enfermagem
	Total
	Ano
	NP
	NPA (%)
	NP
	NPA (%)
	NP
	NPA (%)
	NP
	NPA (%)
	NP
	NPA (%)
	2004
	336
	07 (2,08)
	156
	01 (0,64)
	192
	04 (2,08)
	117
	03 (2,56)
	801
	15 (1,87)
	2005
	375
	02 (0,53)
	218
	03 (1,37)
	187
	03 (1,60)
	350
	00 (0)
	1130
	08 (0,70)
	2006
	445
	08 (1,79)
	229
	04 (1,74)
	189
	07 (3,70)
	338
	05 (1,47)
	1201
	24 (1,99)
	2007
	569
	03 (0,52)
	310
	00 (0)
	251
	03 (1,19)
	431
	03 (0,69)
	1561
	09 (0,57)
	2008
	270
	03 (1,11)
	113
	01 (0,88)
	130
	04 (3,07)
	222
	04 (1,80)
	735
	12 (1,63)
	2009
	147
	01 (0,68)
	112
	00 (0)
	78
	05 (6,41)
	237
	04 (1,68)
	574
	10 (1,74)
	Total
	2142
	24 (1,12)
	1138
	09 (0,79)
	1027
	26 (2,53)
	1695
	19 (1,12)
	6002
	78 (1,29)
Notas: a) NP – número de publicações; NPA – número de publicações sobre o assunto.
	Em relação à metodologia utilizada pelos autores nos artigos investigados, destacou-se o método quanti-qualitativo, com 42 artigos, representando 53,8% no conjunto de métodos empregados. Em geral, observou-se a existência de apenas quatro artigos baseados em estudo de caso, representando 5,12% dos métodos utilizados. Constatou-se também a ausência de pesquisas epidemiológicas. Cruzando ano com a metodologia empregada, verificou-se a utilização do método quanti-qualitativo nos seis anos. No ano de 2006 houve maior diversidade de métodos, com uma concentração em estudos quanti-qualitativos, ou seja, que trabalham com frequência de ocorrências e estrutura de categorias temáticas.
Tabela 2 – Distribuição dos artigos por método e periódico
	Método
	2004
	2005
	2006
	2007
	2008
	2009
	Total
	Estudo de caso
	0
	0
	3
	0
	1
	0
	4
	Descritivo
	1
	0
	2
	2
	1
	0
	6
	Epidemiológico
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	0
	Qualitativo
	3
	1
	6
	2
	3
	3
	18
	Bibliografia
	2
	2
	1
	1
	1
	1
	8
	Quanti-qualitativo
	9
	5
	12
	4
	6
	6
	42
	Total
	15
	8
	24
	9
	12
	10
	78
	A seguir, são apresentados os resultados e discutidos de acordo com cada área pesquisada, isto é, as áreas de: Saúde Pública, Psicologia, Medicina e Enfermagem. Essas áreas apresentam estudos que, em alguns momentos convergem opiniões sobre a gestação na adolescência,
tornando os saberes complementares entre si, contudo, em outros momentos, divergem na compreensão do fenômeno, indicando a complexidade que envolve esse fenômeno – gravidez adolescente.
	No que se refere às pesquisas desenvolvidas pela área de Saúde Pública, contatou-se que os temas mais investigados foram: (a) os fatores de risco que influenciam a gravidez precoce; (b) o impacto da gravidez na trajetória juvenil e familiar; (c) a ideia de praticar o aborto; e, (d) os fatores associados à amamentação e ao desmame da criança. Estudos como os de Caputo e Bordin (2007; 2008), Costa, Lima, Júnior, Santos, Araújo e Assis (2005); Menezes, Aquino e Silva (2006); Ventura e Corrêa (2006) e Sousa e Gomes (2009), são exemplos de artigos que versam sobre esses temas.
	Os fatores de risco relacionados à etiologia e à ocorrência da gestação na adolescência, descritos pelos artigos publicados nessa área são: (a) a baixa escolaridade paterna; (b) a falta de informação sobre sexualidade; e, (c) o uso de drogas ilícitas no contexto familiar. Esses elementos, além de contribuírem para a ocorrência da gestação, prejudicam o desenvolvimento da gestação da jovem, estando associados à ansiedade, à depressão e ao uso de tabaco (COSTA et al., 2005; KASSAR et al., 2006). 
	O contexto familiar também foi um foco de atenção abordado nesses estudos. A família é percebida como uma instituição fundamental ao desenvolvimento humano, uma vez que oferece apoio material e afetivo para os jovens pais, mesmo nos casos daqueles adolescentes que formam um novo grupo familiar, morando em casas distintas daquelas da família de origem. Nessa situação, na qual os jovens formam um novo núcleo familiar, destaca-se que a gestação nessa fase da vida proporciona ao adolescente um novo status frente à família e à sociedade, estando relacionada a um sentimento de autonomia pessoal na adolescente – assim, torna-se importante que as análises sobre o fenômeno considerem sempre o contexto sócio-histórico-cultural (CAPUTO & BORDIN, 2008).
	A amamentação e o desmame da criança, também foram temas abordados, sendo destacadas: a situação do jovem casal, as atividades que a mãe exerce fora do lar e as dificuldades encontradas pelas adolescentes para amamentar a criança nos primeiros dias de vida (VENTURA & CORRÊA, 2006). A ausência de apoio familiar e um contexto conjugal instável encontram-se associados a problemas no desenvolvimento dessas funções maternas. Os autores lembram que o aleitamento materno é importante ao desenvolvimento da criança se constituindo no alimento ideal para o recém-nascido até os seis primeiros meses de vida, portanto, medidas que visam a promoção e manutenção da amamentação durante esse momento do desenvolvimento devem ser adotadas.
	 Outro tema presente é o aborto. Essa é uma possibilidade cogitada durante a adolescência, sendo os principais fatores associados à sua prática: o nível de escolaridade mais elevada; e, a natureza da relação com o companheiro, especialmente se essa tem um caráter efêmero e eventual (MENEZES, AQUINO & SILVA, 2006). Destacam-se como consequências imediatas da gravidez indesejada: o aborto clandestino; a falta de cuidados pré-natais; a desestruturação pessoal e familiar; a adoção e o abandono do bebê (SOUSA & GOMES, 2009).
	A área de Psicologia, quando comparada às demais, foi aquela que menos publicou sobre esse tema durante o período. Os artigos publicados focalizam especialmente: os motivos psíquicos que levam a adolescente a engravidar; a maneira como a maternidade interfere nas relações familiares de adolescentes primíparas; e, o papel assumido pelas avós nos cuidados da criança, na vida emocional das filhas e na questão financeira familiar (FALCÃO & SALOMÃO, 2005; FALCÃO & SALOMÃO, 2006; LEVANDOWSKI, PICCININI & LOPES, 2008; SANTOS & CARVALHO, 2006).
	 Em termos de motivos psíquicos que levam a jovem a engravidar, Santos e Carvalho (2006) observam que a falta de autocontinência para lidar com os impulsos e as angústias presentes nessa fase do desenvolvimento estão entre os fatores etiológicos do fenômeno. Nesse sentido, consideram que a família e outras instâncias educativas, que podem oferecer um apoio afetivo e fornecer informações, esclarecendo dúvidas, poderiam auxiliar na prevenção da gestação, também ao oferecer uma maior continência emocional à jovem, assim preveniriam uma gestação precoce. 
	Outro aspecto destacado pelos estudos na área de Psicologia é a idealização associada à maternidade. Levandowski e Piccinini (2006) sugerem que a jovem pode buscar suprir e/ou resolver carências de ordens afetiva, física e socioeconômica presente em suas vidas através da gestação. Essa situação pode ser particularmente observada em adolescentes de baixo nível sócioeconômico e que vivenciam situações de violência familiar. Além disso, a maternidade nessa fase da vida impõe à jovem novas demandas familiares e educacionais que estão somadas àquelas próprias da adolescência, o que afirma a complexidade advinda do tema e a necessidade de melhor examiná-lo no contexto nacional (LEVANDOWSKI, PICCININI & LOPES, 2008).
	A qualidade da relação da jovem com a sua família também é estudada. Alguns estudos demonstram que relações desfavoráveis podem estar tanto entre os fatores predisponentes, quanto entre os fatores de risco durante a gestação e a maternidade adolescente. A revelação da gestação à família de origem pode provocar comportamentos agressivos nos familiares das adolescentes (MONTEIRO et al., 2007). Contudo, algumas pesquisas apontam que a gestação pode modificar a qualidade da relação estabelecida entre a adolescente e a família, sendo que esta se torna mais favorável após o nascimento da criança, apesar da dependência financeira e emocional dos jovens (FALCÃO & SALOMÃO, 2006). Por outro lado, esses mesmo autores observam que, os avós podem interferir significativamente no relacionamento mãe/bebê, o que dá margem para a existência de conflitos na relação em função da delimitação de papéis entre ser mãe e ser avó dos bebês. Assim, observa-se que é necessário promover atenção ao momento em que se discute a gestação adolescente (momento da descoberta, anterior ao parto, após o nascimento) e ao contexto socioeconômico no qual a jovem se encontra inserida.
	Os estudos publicados na área da Medicina (área que concentra o maior número de estudos sobre o tema, 33,3% deles, quando comparada às demais) enfocam principalmente questões referentes ao bebê e à fisiologia da reprodução da adolescente, em temas como: prematuridade, baixo peso ao nascer, estado nutricional da gestante e prevalência de complicações obstétricas e perinatais (CARVACHO, SILVA & MELLO, 2008; ROCHA et al., 2006; MAGALHÃES et al., 2006; GUERRA et al., 2007; BRUNO et al., 2009). De modo geral, constata-se que as adolescentes possuem conhecimentos insatisfatórios sobre anatomia e fisiologia, tornando-se necessária a elaboração e a implementação de programas educacionais que abordem esses assuntos, visando minimizar as repercussões desfavoráveis da falta de conhecimento sobre o desenvolvimento da jovem e do bebê. Ainda, são citados fatores como a baixa escolaridade, a mudança de parceiros e uniões não estáveis como situações de risco para a reincidência da gravidez na adolescência. (BRUNO et al., 2009).
	No que se refere às questões de prematuridade e de baixo peso do bebê ao nascer, algumas pesquisas demonstram que a realização de um pré-natal adequado diminui a ocorrência desses fenômenos (ROCHA et al., 2006; CARNIEL et al., 2006). Porém, alguns estudos discordam dessa posição, considerando que a gestação na adolescência, encontra-se associada a maiores riscos obstétricos, sendo necessária a adoção de medidas preventivas que minimizem esses riscos. (MAGALHÃES et al., 2006; RIBEIRO et al., 2000).
	Na literatura médica, destaca-se que o ganho de peso gestacional e o estado nutricional do recém-nascido são influenciados principalmente pela altura materna e pelas atividades assistenciais, que reforçam a importância de uma boa dieta
nutricional, tanto da mãe como de seu bebê. Nesse sentido, Guerra et al. (2007) observam que devem ser estabelecidas políticas públicas que ofereçam maior atenção a esses aspectos, não apenas a aspectos de desnutrição, mas também de sobrepeso durante a gestação.
	Além disso, as pesquisas publicadas nas revistas da área de Medicina enfatizam que os fatores socioeconômicos e a assistência pré-natal precárias são fatores de risco, sendo que os mesmos merecem atenção de ações intersetoriais que possibilitem o desenvolvimento de diferentes estratégias para minimização dos riscos associados à gravidez nesse período (AMORIM et al., 2009).
	As revistas da área de Enfermagem, por sua vez, foram responsáveis por 24,3% do total de artigos publicados relacionados ao tema da gravidez e maternidade na adolescência. Esses artigos investigaram temas relacionados: às fontes de informações sobre sexualidade; às experiências de maternidade na adolescência em populações de baixa renda; ao perfil de mães adolescentes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS); à avaliação dos efeitos de programas educativos na reincidência de gravidez; e, ao significado oferecido pelas jovens mães ao ato de cuidar o filho (ANDRADE, RIBEIRO & SILVA, 2006; BARALDI et al., 2007; BERLOFI et al., 2006; BORGES, NICHATA & SCHOR, 2006; HOGA, 2008). 
	A experiência da maternidade na adolescência foi percebida como um problema, sendo considerada indesejada. Hoga (2008) observa que as meninas apresentam medo ao ter que partilhar a descoberta da gravidez com a família ou o companheiro, uma vez que numa situação socioeconômica precária, os indivíduos parecem apresentar maiores dificuldades em aceitar a gestação na juventude, tendo em vista as limitações financeiras que este fenômeno impõe.
	Contudo, há pesquisas que demonstram que se encontra presente nas jovens o desejo de ser mãe neste momento do desenvolvimento. A gestação está associada às concepções de felicidade e realização pessoal, uma vez que a gravidez colocará a jovem em uma nova posição social valorizada, a de mãe (JORGE, FIÚZA & QUEIROZ, 2006). O perfil dessa população é constituído por daquelas que realizaram o menor número de consultas pré-natal, que apresentam menor escolaridade e que realizam parto normal com mais frequência (BARALDI et al., 2007).
	Os estudos sobre os efeitos de programas educativos na reincidência da gravidez, por sua vez, demonstraram que os cuidados, para serem satisfatórios, devem se centrar na mãe adolescente e em sua família, enfocando a importância do planejamento familiar e o uso de métodos contraceptivos. Destacam que é essencial que esse fenômeno seja compreendido como pertencente à saúde pública, pois envolve questões educacionais, assistenciais, dentre outras, que organizam estratégias para a minimização dos casos e dos riscos advindos de uma gestação precoce (BERLOFI et al., 2006). 
	No que se refere aos significados para a mãe sobre o ato de cuidar de seu filho foi observado que a maternidade nesse período está associada a conflitos, pois a jovem se sente insegura e despreparada para ser mãe, pois se encontra vivenciado alguns conflitos típicos dessa fase do desenvolvimento. A gestação precoce evidencia a situação de ser adulta e responsável em contradição com a falta de preparo para ser mãe, aliados à insegurança e à infantilidade, típicas da faixa etária adolescente (ANDRADE, RIBEIRO & SILVA, 2006). Já no que tange às informações e diálogos compartilhados sobre sexualidade, observa-se que os amigos, professores, profissionais de saúde e os pais respectivamente são as pessoas mais procuradas para o esclarecimento de dúvidas. Além disso, observa-se que a discussão sobre sexualidade é fonte de angústia e ansiedade para os jovens (BORGES, NICHATA & SCHOR, 2006). 
Considerações Finais
	Com base na análise realizada, conclui-se que os conteúdos dos artigos reforçam a necessidade de se abordar a gestação na adolescência a partir de uma perspectiva multidisciplinar, que considere aspectos temporais (momento em que o fenômeno é abordado) e socioculturais envolvidos na temática.
 	Alguns assuntos foram pouco investigados pelos autores desses trabalhos, dentre eles, destacam-se a relação entre a gestação e a trajetória escolar das jovens mães; o ingresso ou não no mercado de trabalho e sua relação com o cuidado da criança; o compartilhamento de informações sobre gravidez e o impacto que a mesma possui no grupo de pares da adolescente; as influências e os cuidados prestados pelas avós e jovens pais referentes aos cuidados da criança. Embora alguns desses temas possa ter sido foco de algum estudo, os mesmos merecem ser melhor explorados. Essas temáticas são relevantes para compreender esse complexo fenômeno. 
	 Cabe ressaltar que as discussões que envolvem a temática estudada não podem se restringir a uma área específica, mas serem abordadas de maneira interdisciplinar, inclusive ampliando o debate para o campo da saúde coletiva, assim, poderão ser desenvolvidas políticas públicas de saúde, que auxiliem os jovens e suas famílias. Considera-se que compreender esse fenômeno a partir de seus diferentes determinantes e implicações, auxilia na busca por medidas que visem tanto a efetivação de práticas de prevenção como de promoção em saúde.
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