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Novas tecnologias nos processos de trabalho: efeitos da reestruturação produtiva
A introdução de novas tecnologias desencadeou uma série de efeitos sociais que afetaram os trabalhadores e sua organização. Esses efeitos, que se pode chamar de "impactos sociais", repercutiram nos processos de trabalho, na qualificação da força de trabalho, nas próprias condições de trabalho, na saúde do trabalhador e conseqüentemente nas políticas de ocupação, afetando diretamente a questão do emprego. O uso de novas tecnologias trouxe a diminuição do trabalho necessário que se traduz na economia líquida do tempo de trabalho, uma vez que, com a presença da automação microeletrônica, começou a ocorrer a diminuição dos coletivos operários e uma mudança na organização dos processos de trabalho.  
A economia internacional enfrentou, nos anos setenta do século XX, um quadro de crise estrutural que acarretou um processo de aprofundamento da globalização do capital através da integração e da internacionalização de várias etapas do processo produtivo. Essa crise trouxe consigo a imposição de um amplo processo de reestruturação do capital, a fim de instalar um novo modo de acumulação como meio de sair da crise e também de manter o equilíbrio do sistema capitalista como um todo. A reestruturação do capital em países de economias avançadas se fez com inovações técnicas, organizacionais e financeiras, permitindo que, durante a década de oitenta, essas economias enfrentassem uma expansão sustentada pela estabilidade de preços, com recuperação do aumento da produtividade e já com a presença de novas tecnologias.
Processos de trabalho  no contexto da reestruturação produtiva
A introdução de novas tecnologias desencadeou uma série de efeitos sociais que afetaram os trabalhadores e sua organização. Esses efeitos repercutiram nos processos de trabalho, na qualificação da força de trabalho, nas próprias condições de trabalho, na saúde do trabalhador e conseqüentemente nas políticas de ocupação, afetando diretamente a questão do emprego. O uso de novas tecnologias trouxe em muitos países a diminuição do trabalho necessário, que se traduz na economia líquida do tempo de trabalho, uma vez que, com a presença da automação microeletrônica, começou a ocorrer uma diminuição dos coletivos operários e uma mudança na organização dos processos de trabalho.
Essa economia do tempo de trabalho levou ao chamado "desemprego tecnológico"; que é justificado por muitos autores como uma melhor otimização dos recursos humanos nos processos produtivos do capital variável. Mas será que realmente pode ser interpretado apenas pelo lado do capital como forma de mais-valia relativa?
Já nos países não avançados, como o Brasil, as discussões normalmente não ocorrem e quando acontecem têm fins socialmente estabelecidos pelas classes hegemônicas, defendendo seus principais interesses políticos. Dessa maneira, precisa-se começar a discutir a possibilidade de políticas que girem em torno de medidas reivindicatórias, que permitam ao trabalhador ter conhecimento daquilo que pode ocorrer consigo, à medida que é afastado do processo de trabalho pelas causas decorrentes dessas novas exigências mercantis do modo de acumulação, de suas potencialidades frente à recolocação no mercado como meio de enfrentar o desemprego tecnológico.
Essas medidas não podem ser avaliadas, sem serem questionados os aspectos que concernem às questões econômico-estruturais, que envolvem aumento da produção e da demanda; de investimentos nas áreas produtivas, nas condições de trabalho, nos planos de ocupação, de emprego e do uso de novas tecnologias. Certamente essas discussões afetam a "ordem social", pois questionam regras, leis, padrões de consumo, de produção, novas incorporações de categorias ao mercado de trabalho, relação campo-cidade, uma nova divisão do trabalho entre grupos, uma nova estrutura da própria família, uma escola funcional, uma diferente visão de espaço e de utilização de energias naturais e respeito à natureza. Esses poderiam ser bons motivos para se discutir o futuro de uma sociedade que começa a ser ameaçada pelo uso excessivo de máquinas e que tem claros os impactos imediatos dessas políticas tecnológicas que são usadas na competição econômica, sem preparar a população para as suas conseqüências.
. Entretanto, não se pode esquecer que, no início da década de oitenta do século passado, houve uma forte recessão econômica no Brasil, acompanhada de desemprego, sem que tenha ocorrido uma reestruturação na produção. Vale lembrar que as políticas econômicas adotadas naquele período, para combater a inflação e enfrentar a recessão, reduziram o ritmo de crescimento da economia, trazendo consigo uma série de efeitos como baixo índice de investimentos nas atividades produtivas, uma forte sangria financeira para o pagamento dos juros da dívida externa, bem como uma deterioração de importantes setores da infra-estrutura econômica. Essas políticas foram marcadas por uma economia oligopolizada, que ensejou ao país sofrer uma forte deterioração da capacidade operativa dos empreendimentos econômicos.  A diferença entre países avançados e não avançados está no fato de que enquanto os primeiros fizeram a revolução tecnológica e investiram em novos processos de produção, os segundos permaneceram naquele período defasados, com um parque industrial incapaz de acompanhar os avanços da revolução tecnológica e as exigências do comércio mundial.
Pode-se dizer que, no contexto da crise econômica, expandiu-se o desemprego tecnológico, quando o capital aproveitou-se dela para redefinir suas relações com o trabalho e impor novas formas de produção. Simultaneamente à reestruturação produtiva proposta, novos  padrões de desempenho gerais  na economia foram imprimidos, para salvaguardar as relações entre capital/trabalho, ferindo certamente o trabalho por relações e práticas tradicionais, precárias e intensas e fortalecendo o capital pela adequação de processos modernos, tecnologicamente viáveis, com investimentos financeiros públicos e privados, com a marca do novo modo de acumulação, ou seja, pela flexibilidade.
Terceirização, precarização e flexibilidade
O uso de novas tecnologias envolve a assimilação de uma cultura empresarial onde haja a integração entre as propostas de modernização tecnológica e racionalização. Nem sempre o uso de novas tecnologias é apenas um processo técnico na medida em que pressupõe uma nova orientação no controle do capital, no processo produtivo e na qualificação da força de trabalho. Dos diversos efeitos que derivaram dessa orientação, a terceirização, a precarização e a flexibilidade aparecem com constância como características do paradigma flexível, em substituição ao taylorista-fordista.
A terceirização, segundo Faria (apud Ramalho; Martins,1994,p. 43), ocorre de duas formas no Brasil. Uma delas "objetiva alcançar tanto elementos de produtividade quanto condições novas de competitividade. É a imposição das tecnologias gerenciais de qualidade. [...] E a outra tem como finalidade reduzir custos".[2] Essas duas modalidades mostram como o Brasil resolve as exigências dos novos paradigmas industriais, adaptando às condições existentes as exigências do mercado quando relaciona competitividade e produtividade, sem esquecer a qualidade.
Em nome da racionalização produtiva e da especialização flexível, a terceirização é adotada como estratégia para gerar maior produtividade com competitividade. Com essa estratégia, são introduzidos novos métodos de organização, sem muitas vezes investimentos em tecnologia. As mudanças organizacionais acabam confundindo-se com ambientes modernos. Entretanto, essas medidas permitem às indústrias tornarem-se eficientes pela flexibilidade, e a modernização facilita a concorrência. Com esses dois aspectos, torna-se possível enfrentar a competitividade e promover produtividade pela qualidade. A flexibilização implica a redução de quadros de funcionários, diminuindo as hierarquias na administração e reduzindo tambémo número de trabalhadores no chão de fábrica. A agilidade na produção permite maior controle das partes e domínio do todo. Permite também uma diminuição nos custos.
A precarização do emprego aponta para a instabilidade das relações de trabalho e para a desvalorização da qualificação dessas relações. Com freqüência, as grandes indústrias re-contratam seus antigos funcionários para o trabalho necessário e o fazem através de contratos de trabalho temporário ou mesmo pela subcontratação de serviços. A precarização influi em quem está fora do processo e também em quem está dentro
RESPONDER AS QUESTÕES:
De acordo com a opinião do grupo escreva o que significa impacto sociais causados pela modernização da produção em geral.
Relate os aspectos positivos e negativos sobre a introdução de novas tecnologias no mercado de trabalho.
Quais as vantagens e desvantagens da terceirização de servoços.
Supondo vocês gestores de uma empresa fictícia na área de processos mecânicos e a dlreção da empresa ^delega você Wpara escolher 3 setores a ser terceirizados. Escreva e justifique os setores escolhidos.
Relate como vocês engenheiros pretendem enfrentar essas novas tecnologias sabendo que é um processo muito rápido , para poderem ficar inteirados no mercado de trabalho.

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