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Modelos de Atenção a Saúde Denise L. Mascarenhas Aspectos Históricos Durante a 8 ª Conferência Nacional de Saúde em 1986, os principais problemas identificados no âmbito da prestação da atenção foram: Desigualdade no acesso aos serviços de saúde Inadequação dos serviços ás necessidades Qualidade insatisfatória dos serviços Ausência de integralidade das ações Aspectos Conceituais Modelos assistenciais , modelos de atenção ou modelos de intervenção em saúde são entendidos como combinações tecnológicas, estruturadas em função de problemas de saúde (danos e risco) que compõem o perfil epidemiológico de uma dada população e que expressam necessidades sociais de saúde, historicamente definidas. Portanto, não se trata de normas ou exemplos a serem seguidos, mas sim de racionalidades diversas que informam as intervenções de saúde. ( Paim, 2002 ) Modelos Dois modelos convivem no Brasil de forma contraditória ou complementar: * Modelo Assistencial “Sanitarista” * Modelo médico – Assistencial Privatista Características Privilegia o controle de certos agravos ou de determinados grupos em risco de adoecer ou morrer. Tem como sujeito o sanitarista, cujo trabalho toma por objeto os modos de transmissão e fatores de risco de doenças, numa perspectiva epidemiológica. A intervenção de saúde esta organizada sob a forma de campanhas e programas especiais . As campanhas são temporárias, requerem uma grande mobilização de recursos e a administração centralizada. Os programas especiais de saúde publica tem administração única e vertical organizando suas ações de forma fragmentada sem articulação com outras atividades dos serviços levando em conflito na ponta do sistema ( Teixeira Cols ;1998 e Paim ;1999) Modelo Médico- Assistencial Privatista É o mais prestigiado, predomina no Brasil, estando voltado para os indivíduos. Esse modelo reforça a atitude dos indivíduos de só procurarem os serviços de saúde quando se sentem doentes. * Características : - Está centrado na figura do médico especialista, privilegia a utilização de tecnologias para diagnostico e tratamento de doenças. Características É predominante curativo, privilegiando a doença em sua expressão individualizada, como objeto de sua intervenção. Esta voltada para o atendimento da demanda espontânea, ou seja para atender os indivíduos que procuram os serviços de saúde. A forma de organização da produção de ações de saúde é a rede de prestação de serviços, privilegiando o hospital. O modelo médico- assistencial privatista está presente na medicina liberal, nas cooperativas médicas, na medicina de grupo, no seguro-saúde e também nos serviços públicos. ( hospitais, centros de saúde e laboratórios) Propostas Alternativas Desde a década de 80, o Brasil vem elaborando propostas alternativas visando a integridade da atenção e ao impacto sobre os problemas de saúde. Estas propostas visam a consonância com a constituição com seus princípios e diretrizes. Tais como: Acesso universal e igualitário às ações e serviços Rede regionalizada e hierarquizada Atendimento integral Participação comunitária Propostas Alternativas Nessa perspectiva, na construção da mudança atual o modelo de assistência de vigilância à saúde é colocado como eixo central de um processo de reorientação dos modelos assistências do SUS e utiliza como estratégia para reorientação o PACS e PSF. PACS _ Programa de Agentes Comunitário de Saúde – 1991 PSF _ Programa de Saúde da Família – 1994 Tem como propósito a reorientação dos modelos assistenciais vigentes, a partir da reorganização da atenção básica , em conformidade com os princípios do SUS , imprimindo uma nova dinâmica de atuação nas unidades básicas de saúde com definição de responsabilidade entre os serviços de saúde e a população . ( Brasil, 1997 ) Características * Integralidade da atenção e impacto sobre os problemas de saúde. Lógica das necessidades de saúde da população num dado território atentando para o impacto sobre as mesmas Busca completa dos princípios e diretrizes do SUS A mudança na organização e funcionamento de instituições como secretarias de saúde CARACTERISTICAS “ Oferta Organizada” ou ações programáticas; principais agravos e grupos populacionais prioritários ( mulheres, crianças , idosos...) orientadas por estudos epidemiológicos. Adota o planejamento em saúde como processo social Amplia a cobertura e melhora a qualidade do atendimento no sistema de saúde. Incentiva a organização da comunidade para o efetivo exercício do controle social. CARACTERISTICAS Promove conceito de saúde como um direito de cidadania e com qualidade de vida. Promove a família como núcleo básico de abordagem no atendimento a população considerando seu espaço social. Intervem em fatores de risco aos quais a população está exposta. Referências Bibliográficas BRASIL, Ministério da Saúde . Manual para Organização da Atenção Básica.Brasília . Ministério da Saúde ,1990. 40 p. BRASIL. Ministério da Saúde.Secretária executiva. Programa de Saúde da Família. Brasília. Ministério da Saúde, 2000. 36 p. SCHRAIBER, LB & MENDE – GONÇALVES, RB. Necessidades de Saúde e Atenção Primaria. IN : SCHRAIBER, LB, NEMES , MIB & MENDES – GONÇALVES, RB. Saúde do Adulto: Programas e Ações na Unidade Básica. São Paulo, Hucitec, 1996. TEIXEIRA, C; PAIM & VILLAS BÔAS , AL. J. SUS. Modelos Assistências e Vigilância da Saúde . Informe Epidemiológico do SUS, 2:7-28, 1998. BRASIL. Ministério da Saúde . Secretária Geral/ SESUS. Modelos Assistenciais no Sistema Único de Saúde . Brasília .1990. 60p ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE MEDICINA, SUS. O que você precisa saber sobre o Sistema Único de Saúde. São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto, Belo Horizonte, Atheneu, 2005. ROUQUAYROL, MZ , FILHO, NA. Epdemiologia & Saúde. Rio de Janeiro, Guanabara, 2003, 567p. 587p.
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