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PEÇA RELAXAMENTO DE PRISAO EM FLAGRANTE 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ... ESTADO DO....
Carlos Munhoz, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº XXXXXX, residente e domiciliado a XXXXXX, nº XXX, Bairro XXXXX, (cidade), (estado), vem por intermédio de seu advogado, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, requerer o 
RELAXAMENTO DA PRISÃO EM FLAGRANTE,
 com fundamento no artigo 5º, LXV da Constituição Federal, e art. 310, I, do Código de Processo Penal, pelos motivos de fato e direito a seguir expostos:
DOS FATOS
Consta que no dia 07/01/2016 Carlos foi preso em flagrante delido pela comercialização ilegal de entorpecentes, quando um policial civil disfarçado de usuário simulava a compra de drogas.
A polícia realizou na residência de Carlos diligencias para encontrar mais entorpecentes, e em razão da busca frustrada, Carlos foi brutalmente agredido até que indicasse onde escondia entorpecentes em sua residência.
Após este fato, os policiais que estavam na residência abriram a caixa de descarga da residência e encontraram 150 (cento e cinquenta) buchas de cocaína, 300g (trezentos gramas) de maconha e 88 (oitenta e oito) pedras de Crack, todos envolvidos em uma bexiga branca para garantir que ficassem protegidos.
DO DIREITO
Excelência, a prisão em flagrante não pode prosperar, visto que evidentemente é ilegal.
             
Conforme relatado, a autoridade policial chegou a residência do Requerente através de denuncia realizada pela vizinhança e utilizando-se de disfarce adentrou o local para averiguação da denúncia, caracterizando flagrante preparado.
Insta acrescentar que para encontrar mais entorpecentes no local, a autoridade policial agrediu brutalmente o Requerente até que o mesmo entregasse onde guardava mais entorpecentes.
Portanto, a prova que determinou a prisão em flagrante do Requerente é ilícita, nos termos do art. 5º, LVI, da Constituição Federal e do art. 157 do Código de Processo Penal, inexistindo razão para que a prisão exista.
Ademais, a autoridade policial impôs a incomunicabilidade ao Requerente, que está inacessível aos seus familiares e ao seu advogado, em clara violação ao art. 5º, LXII, da CF/88, bem como ao art. 7º, XXI, do Estatuto da OAB e também não realizou a comunicação no prazo previsto no art. 306, § 1º, do Código de Processo Penal e art. 5º, LXII, Constituição Federal, e até o momento Carlos não assinou nenhum documento na delegacia, infringindo o disposto no art. 306, § 2º, do Código de Processo Penal.
Assim, demonstrada as ilegalidades cometidas é o caso de relaxar a prisão ilegal com fundamento no art. 310, I, do Código de Processo Penal.
Em não sendo este o entendimento deste Douto Magistrado, o que se admite apenas pelo princípio da eventualidade, deve ainda ser observada a questão atinente à liberdade provisória, com fundamento no art. 310, II, do Código de Processo Penal.
Por fim é necessário a observação do artigo 5º, LXVI da Constituição Federal que assegura:
“LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;”
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, requer que seja realizado o relaxamento da prisão em flagrante imposta ao Requerente, diante da ilegalidade de sua prisão, ouvido o ilustre representante do Ministério Público, determinando-se a expedição do competente alvará de soltura em seu favor, como medida de direito.
Termos em que pede e espera deferimento
Local, data
Caroline Pacanhela Lima
OAB XXXXX

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