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PEÇA REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA 2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ...VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ... ESTADO DO....
Carlos Melo, (nacionalidade), (estado civil), (profissão), inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, RG nº XXXXXX, residente e domiciliado a XXXXXX, nº XXX, Bairro XXXXX, (cidade), (estado), vem por intermédio de seu advogado, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, pedir:
REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA
 com fundamento no artigo 316, do Código de Processo Penal, pelas razões adiantes expostas.
DOS FATOS
Carlos Melo no dia 07/03/2016, de madrugada, sem horário preciso, adentrou a residência de Adailton Correa, para subtrair o veículo que estava na garagem, quando foi surpreendido pelo proprietário do imóvel.
Carlos usando a pistola que portava, disparou cinco vezes contra Adailton que faleceu em decorrência dos ferimentos causados.
Na data de 18/03/2016 a esposa do Sr. Adailton, Maria Angelica fez o reconhecimento de Carlos na delegacia, porém o mesmo foi liberado em razão da apresentação e confissão espontânea do crime praticado.
Nesta mesma data a autoridade policial representou pela decretação da custodia cautelar de Carlos, alegando que há necessidade de prisão em razão da conveniência da instrução processual, tendo em vista que Carlos está desempregado e não possui residência fixa. 
Ainda fundamentou o pedido informando que a conduta de Carlos ofende gravemente a ordem pública, pela comoção social que causou o crime.
DO DIREITO
Tendo em vista a previsão constitucional acerca da presunção de inocência, conforme o artigo 5º, LVII, da Constituição Federal, o caso em analise violou gravemente tal presunção e gera prejuízo irremediável ao indiciado.
Para decretar a prisão preventiva é necessário analisar dois requisitos, o fumus boni iuris e o periculum in mora que estão previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal.
Neste caso, indícios que apontem ter o acusado possivelmente cometido o crime descrito, preencheria o requisito do fumus boni iuris, porém apenas este requisito não autoriza a prisão do acusado é necessário que o outro requisito o periculum in mora esteja presente.
No caso em tela, não se faz necessária a manutenção da custodia cautelar, sob o argumento de que a soltura do acusado colocará em perigo a sociedade, ou que tornará ineficaz a aplicação da lei penal ou apenas por conveniência da instrução criminal, pois não se pode afirmar a presunção de sua periculosidade apenas de um fato isolado.
Cumpre ainda analisar que o artigo 319, do Código de Processo Penal traz medidas cautelares que podem ser suficientes a evitar a decretação da prisão preventiva, tais como as previstas nos incisos I, IV e IX do referido artigo.
Isto porque, nestas situações seria adequado e razoável ao processo penal a manutenção da liberdade e ainda salvaguardar a aplicação da lei penal.
Desta forma, a decretação da prisão preventiva se mostra inadequada, com base no artigo 316 do Código de Processo Penal.
DOS PEDIDOS
Assim demonstrados que os requisitos ensejados para que fosse decretada a custódia cautelar do acusado não subsistem mais é a presente para pedir A REVOGAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA com fundamento do artigo 316 do Código de Processo Penal, ouvindo-se o Ministério Público.
Em se tratando de mandado de prisão até a presente data de análise do presente pedido, sem cumprimento efetivo, requeri a expedição de contramandato.
Entretanto caso o indivíduo já esteja recolhido, em cumprimento de mandado requer a expedição do alvará de soltura em favor de Carlos Melo.
Termos em que pede e espera deferimento
Local, data
Caroline Pacanhela Lima
OAB XXXXX

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