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Processo Penal - Magistral Concursos - Ação Penal

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
CFO 2017
Professor Luiz Otávio
AÇÃO PENAL
> Conceito e características da Ação Penal.
> Tipos de Ação Penal no sistema jurídico 
brasileiro.
> A ação penal do direito processual militar.
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CONCEITO
Ação penal é o direito constitucional (art. 5° 
XXXV, da CR/88) de invocar, de pedir a tutela 
jurisdicional do Estado-juiz. 
Fernando Capez, “ação é o direito de pedir ao 
Estado-Juiz a aplicação do direito penal objetivo 
a um caso concreto”.
A ação penal, assim, é o direito ou o poder-dever 
de provocar o Poder Judiciário para que decida o 
conflito nascido com a prática de conduta definida 
em lei como infração penal.
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TIPOS DE AÇÃO PENAL
NO SISTEMA JURÍDICO BRASILEIRO
A ação penal pode ser pública ou privada. 
Ação Penal Pública – O Ministério Público deve 
propor a ação penal sempre que a lei não dispuser 
que é privativa do ofendido (regra !!!!). 
Ação Penal Privada - O ofendido pode propor a 
ação penal quando a lei penal dispuser que a ação 
é privada, ou que o processo se inicia por meio de 
queixa (ex. Capítulo V do CP – Crimes Contra a 
Honra – art. 145). 
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 - Incondicionada – art. 100 do CP.
 
 - Pública - Condicionada - Representação 
 
 artigos 24, 33 e 
 39 do CPP.
 - Requisição MJ.
CPP 
 - Propriamente dita - art 5º, § 5º, CPP.
 - Privada 
 - Subsidiária da pública (art.5º, LIX, da 
 CR/88 e 100, § 3º, CP, art. 29,CPP).
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 - Pública Incondicionada – art 29 CPPM
 CPPM
 - Condicionada a requisição do Ministro 
 das Forças Armadas / Cmt-Geral (por
 Analogia) – art. 31 do CPPM. 
 - Privada Subsidiária da pública (art.5º, 
 LIX, da CR/88). 
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Entre as ações penais públicas propriamente 
ditas, há as condicionadas e as incondicionadas. 
-As Ações Penais Públicas Incondicionadas 
são promovidas pelo Ministério Público sempre 
que apurados crime e seu autor. 
-As Ações Penais Públicas Condicionadas são 
movidas pelo MP sempre que apuradas a 
infração e sua autoria, e depois de manifestação 
de vontade do ofendido ou requisição do 
Ministério da Justiça. A manifestação de vontade 
do ofendido para que o aparato administrativo se 
movimente em direção à condenação ou 
absolvição chama-se representação. 
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AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA: 
- Titularidade: MP: art. 129, I, CR/88, e art. 257, I, do CPP; 
- Bens públicos: art. 24 § 2º, CPP (Independentemente da infração 
penal, a ação penal será sempre pública).
- Art. 26 do CPP (trata do Processo Judicialiforme - não 
recepcionado pela CR/88) x Art. 129, I da CR/88.
– Princípios: 
> Obrigatoriedade - significa que o MP é “obrigado” a propor a 
ação penal tão logo tenha conhecimento da infração penal e de 
elementos mínimos (justa causa) que ensejem a oferta da denúncia.
– Exceções: art 76 da Lei 9099/95; TAC (Lei 7347/85 e 9605/98), 
Colaboração Premiada (art. 4°, §4°, da Lei n° 12.850/13) – Princípio 
da Obrigatoriedade mitigada.
> Indisponibilidade (arts. 42 e 576 CPP). Também conhecido como 
Princípio da Indesistibilidade. O MP não pode desistir do processo 
em curso. Enquanto o Princípio da Obrigatoriedade aplica-se na 
fase pré-processual, reserva-se o Princípio da indisponibilidade para 
a fase processual
 - Exceção: art 89 Lei 9099/95). 
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> Oficialidade - o Estado deve promover a ação penal 
através de seu órgão titular que é o MP, o qual age “de 
ofício” nos crimes de Ação Penal Pública incondicionada, 
sem depender de manifestação do ofendido ou de quem 
quer que seja, e após REPRESENTAÇÃO nos crimes de 
ação pública condicionada a representação.
> Indivisibilidade - Em havendo vários autores de uma 
infração penal (coautoria/participação) e podendo o MP 
intentar ação contra todos de acordo com os elementos 
informativos dos autos, estará obrigado a denunciar todos, 
indistintamente. Tal princípio é discutível na Ação Penal 
Pública, pois somente é previsto, EXPRESSAMENTE, em 
relação à ação penal privada (art. 48 do CPP).
> Intranscendência - Trata-se de princípio aplicável a 
qualquer ação penal (pública ou privada). Significa que a 
denúncia ou a queixa só podem ser oferecidas contra o 
provável autor do fato delituoso, não chegando a atingir 
terceiros inocentes (ex. familiares, amigos etc).
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AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA: Quando a ação penal é 
pública condicionada, a Autoridade de Polícia Judiciária e o MP (arts. 
5º, § 4º, e 24, CPP) somente podem agir com a manifestação do 
ofendido mediante representação ou com a requisição do Ministro da 
Justiça.
1) Representação do Ofendido (strepitus iudicii): é a manifestação 
do ofendido ou de seu representante legal no sentido de que possui 
interesse na persecução penal do autor do fato delituoso.
-Exemplos: 130, §2º; 147; 151, §4º; 156, §1º; 176 Parágrafo único; 
225; todos do Código Penal.
- Prazo para oferecer a Representação: art. 38 CPP 
- Titular: art. 39 do CPP; morte ou ausência (arts. 24, § 1°); menor ou 
maior doente mental (por analogia – art. 33 do CPP).
- Forma: art. 39, §§ 1º e 2º CPP; QUESTÃO DO BO/REDS. 
- Destinatário: Art 39, caput, do CPP. 
- Irretratabilidade: art. 25 do CPP / 102 do CP).
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2) Requisição do Ministro da Justiça (art. 24 do CPP): 
- São casos em que o legislador previu a conveniência de uma 
deliberação de natureza política quanto à decisão de dar início à 
persecução penal. Há inclusive autores que denominam a 
requisição do Ministro da Justiça (MJ) de representação política. 
- Requisição – é a manifestação de vontade do MJ, no sentido de 
que possui interesse na persecução penal do autor do fato 
delituoso.
-Hipóteses: 
 > Crimes cometidos por estrangeiro contra brasileiro fora do 
Brasil;
 > Crimes contra a honra cometidos contra o Presidente da 
República ou Chefe de governo estrangeiro.
- Prazo: enquanto não extinta a punibilidade. O único prazo a que 
fica vinculado o MJ é o prazo prescricional de cada infração penal, 
nos termos do artigo 109, CP.
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AÇÃO PENAL PRIVADA 
- Transferência quanto a legitimidade da propositura da 
Ação Penal (transfere do MP para o ofendido).
 > Quem é, no processo penal, o legitimado ordinário? 
É o MP, ou seja, o Estado por meio do MP. Mas em alguns 
casos excepcionais, em razão da preservação da vítima, 
por exemplo, determinado crime poderá ser de ação penal 
privada. Apenas a vítima terá legitimidade para a queixa 
(LEGITIMIDADE EXTRAORDINÁRIA).
-Legitimidade extraordinária – substituição processual.
> No crime de ação penal privada o MP poderá oferecer 
denúncia?
Não! Porque no processo penal, a legitimidade 
extraordinária exclui a ordinária. Quando o crime é de ação 
penal privada a lei afirma que a legitimidadeé da vítima e, 
embora o Estado seja titular do direito de punir, não poderá 
agir, pois entregou para a vítima o direito de queixa.
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- Titular: art. 100, § 2º CP / art 30 CPP – ofendido ou 
quem tenha qualidade para representá-lo. 
- Situação do menor: art. 33 e 34 do CPP. 
- Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 (dezoito) anos, 
ou mentalmente enfermo, ou retardado mental, e não 
tiver representante legal, ou colidirem os interesses 
deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser 
exercido por curador especial, nomeado, de ofício ou a 
requerimento do Ministério Público, pelo juiz competente 
para o processo penal.
- Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 (vinte e um) e 
maior de 18 (dezoito) anos, o direito de queixa poderá 
ser exercido por ele ou por seu representante legal.
 
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AÇÃO PENAL PRIVADA 
- Prazo: Art. 38 do CPP.
 
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, 
ou seu representante legal, decairá no direito de 
queixa ou de representação, se não o exercer dentro 
do prazo de seis meses, contado do dia em que vier a 
saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, 
do dia em que se esgotar o prazo para o oferecimento 
da denúncia.
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do 
direito de queixa ou representação, dentro do mesmo 
prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo único, e 31.
- Princípios: oportunidade e conveniência; 
disponibilidade – art. 5º, § 5º, CPP; indivisibilidade 
(art. 48 do CPP). 
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AÇÃO PENAL PRIVADA 
Renúncia do direito de queixa e o perdão do querelante
Semelhanças: 
1) São causas extintivas da punibilidade nas hipóteses de ação 
penal exclusivamente privada e de ação penal privada 
personalíssima. 
2) São disponíveis. 
3) Se estendem aos corréus ou demais querelados (princípio da 
indivisibilidade)
CPP Art. 49. A renúncia ao exercício do direito de queixa, em 
relação a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
Art. 51 CPP. O perdão concedido a um dos querelados 
aproveitará a todos, sem que produza, todavia, efeito em 
relação ao que o recusar.
Diferenças: 
1) A renúncia é ato unilateral: não depende de aceitação. O 
perdão é ato bilateral, pois depende de aceitação do querelado. 
2) A renúncia ocorre antes do processo, o perdão durante. 
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- Espécies: 
» AÇÃO PENAL PRIVADA OU PROPRIAMENTE DITA:
É a ação penal privada comum, seguindo as regras e princípios já 
citados, inclusive sendo adotado o mesmo prazo de 06 (seis) 
meses a partir do conhecimento do autor do fato para oferecer a 
queixa crime. 
» AÇÃO PENAL PRIVADA PERSONALÍSSIMA:
Crime próprio. 
É a ação privada que não admite sucessão, sendo a vítima o titular 
exclusivo desta ação. OBS: Eram dois crimes possíveis desta 
ação: o art. 240 do CP (adultério), que foi revogado, e o art. 236 
do CP (induzimento a erro essencial e ocultação a impedimento).
»AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA:
Vide art. 5°, LIX, CR/88, art. 29 do CPP e art. 100, § 2°, do CP.
OBS: Aplica-se, por analogia, conforme art. art. 3°, letra “a”, do 
CPPM, ao Direito Processual Penal Militar.
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DENÚNCIA E QUEIXA
Peças acusatórias iniciadoras da ação penal, 
consistentes em uma exposição por escrito de 
fatos que constituem, em tese, ilícito penal. 
Significa a manifestação expressa da vontade 
de que se aplique a lei penal a quem é 
presumivelmente autor de um delito. 
Há necessidade da indicação das provas em 
que se alicerça a pretensão punitiva.
 - A DENÚNCIA é a peça acusatória inaugural da 
ação penal pública (condicionada ou 
incondicionada); 
- A QUEIXA é a peça acusatória inicial da ação 
penal privada.
A denúncia ou queixa conterá, nos termos do art. 
41 do CPP, a exposição do fato criminoso, com 
todas as suas circunstâncias, a qualificação do 
acusado ou esclarecimento pelos quais se possa 
identificá-lo, a classificação do crime e, quando 
necessário, o rol das testemunhas.
Exemplos de crime de Ação Penal Privada no 
Código Penal: art. 138; 139; 140 c/c 145; 161, § 
1º, I, II, III e § 3º; 226, Parágrafo único e 345. 
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Relação entre ação penal e justa causa 
Justa causa é o suporte probatório mínimo (probable 
cause) que deve lastrear toda e qual quer acusação 
penal. Não se pode admitir a instauração de processos 
levianos, temerários, desprovidos de um lastro mínimo de 
elementos de informação, provas cautelares, antecipadas 
ou não repetíveis, que dê arrimo à acusação 
Ou seja, não há ação penal sem justa causa. É, pois, 
causa de rejeição da denúncia ou queixa. 
CPP. Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada 
quando: 
[…] III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.
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