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06/10/2016 1 ESPECTROMETRIA DE EMISÃO ATÔMICA 1 Prof. Clésio S. Paim Fundamento da espectrometria atômica Emissão Absorção Energia: chama, plasma. Atomização (transforma em vapor): chama, forno de grafite. Energia - Absorção da luz: fonte primária (lâmpada); Na técnica de emissão, a chama ou o plasma servem para dois propósitos: (i) converter o aerossol da amostra em um vapor atômico (“estado fundamental”) e (ii) excitar, termicamente os átomos. 2 3 Fundamento da emissão atômica Espectrometria de emissão atômica é o método que permite determinar a concentração de um elemento em uma amostra pela medida da intensidade de uma das linhas de emissão do elemento; A determinação é feita no comprimento de onda correspondente as linhas de emissão dos elementos; As fontes de emissão em espectrometria de emissão atômica devem possuir energia para gerar átomos neutros e para excitar os elementos de interesse; Métodos: - Espectrometria de emissão de chama (Fotometria de chama); -Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado; Comprimentos de onda (λ) de emissão do elemento sódio em seus respectivos níveis de energia. Fundamento da emissão atômica 4 Fundamento da emissão atômica 5 Espectrometria de emissão de chama (Fotometria de chama) 6 06/10/2016 2 7 Fundamento da emissão atômica Medida da intensidade da radiação emitida por uma pequena fração de átomos no estado excitado; EMISSÃO DE LUZ VERIFICADA: provocada pelo efeito térmico; Apresenta boa sensibilidade sendo utilizada, principalmente, para a determinação de metais alcalinos; Fotometria de chama Para outros metais o calor da chama não é suficiente para excitar seus elétrons, permanecendo o átomo no estado fundamental. 8 Fundamento da emissão atômica No geral, elementos cuja energia de excitação é baixa (emitem em λ > 400 nm, Na, Ca, K) são determinados com maior sensibilidade por espectroscopia de emissão atômica; Exemplo: λ emissão do Na = 589 nm; Metais com alta energia de excitação (absorvem radiação mais energética, pequeno λ: Zn, Ni, Fe) são determinados por espectroscopia de absorção atômica ou emissão com plasma; Exemplo: λ absorção do Zn = 214 nm. Fotometria de chama 9 Equipamento de emissão atômica Fotômetro de chama Equipamento consiste de uma chama normalmente produzida por mistura ar – GLP (1700 a 1900 °C), um monocromador e um detector; PROTEÇÃO: desligamento automático falta de gás. Faixa linear: 1 – 100 µg/ml; Repetibilidade: aprox. DPR 1%; Volume de amostra: 3 a 5 ml; Tempo de leitura: 6 a 8 seg. chaminé nebulizador Local de aspiração Válvula de ajuste do gás teclado Liga/desliga Visor da chama Fundamento da emissão atômica Fotometria de chama 10 Equipamento de emissão atômica Fotômetro de chama Equipamento de duplo canal: análise simultânea de sódio e potássio com filtros opcionais para cálcio e lítio. 11 12 Fundamento da emissão atômica Interferências: Semelhantes às observadas na Espectrometria de absorção atômica; Interferências espectrais causadas pela emissão de bandas de rotação-vibração molecular, tais como OH (310-330 nm), NH (em torno de 340 nm), N2 + (em torno de 390 nm), etc. Interferências químicas: formação de sais estáveis de cálcio (fosfato, sulfato); Interferências físicas: viscosidade. Fotometria de chama COMO MINIMIZAR - Utilizar, se necessário, o método de adição do padrão - Otimizar temperatura da chama - Preparar padrão no meio mais semelhante ao da solução amostra 06/10/2016 3 13 Procedimento de operação: Ajustar o zero com o solvente no comprimento de onda de análise; Injetar a solução de referência mais concentrada e ajustar a sensibilidade desejada; Determinações realizadas por comparação com soluções de referência contendo concentrações conhecidas do analito; Fundamento da emissão atômica Fotometria de chama Métodos para determinação: Método de padrão externo (curva) direta, método de adição padrão ou método de padrão interno (Li); Vantagens: custo, uso rotineiro, desempenho analítico (boa exatidão, precisão e limite de detecção); Desvantagem: análise de poucos elementos - substituído por eletrodos seletivos. 14 Fundamento da emissão atômica Aplicações -Análises clínicas: determinação de sódio, potássio, lítio e cálcio em líquidos biológicos (saliva, plasma, urina); -Análise farmacêutica: determinação de sódio e potássio em soluções fisiológicas (cloreto de sódio, Ringer lactato), lítio em comprimidos; - Laboratório de alimentos: determinação em isotônicos, sódio em alimentos; sódio, potássio e cálcio em sucos de frutas; - Água mineral: determinação de sódio e potássio; - Produtos agrícolas: potássio em fertilizantes e disponibilidade no sol. Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado 15 Fonte espectroscópica de emissão mais utilizada, muito abrangente, elevada sensibilidade e multielementar; Utiliza o plasma com fonte de atomização e excitação dos elementos; Ampla faixa linear para construção de curvas padrão; Menor interferência; VANTAGENS: elevada sensibilidade e alguns modelos permitem a determinação simultânea de vários elementos. DESVANTAGEM: relativamente caro para aquisição ($50.000 a $300.000) e manutenção, 1 m3 de argônio para cada hora de operação. Fundamento Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado 16 17 Aerossol da amostra introduzido em uma fonte de plasma, onde é evaporado e dissociado em átomos e íons livres que são excitados; Fundamento Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado Alta temperatura: geração de radiação policromática a partir da emissão de vários elementos da amostra; Plasma: 2 vezes mais quente que a chama. Temperatura mais elevada, a estabilidade e o ambiente quimicamente inerte da atmosfera de argônio eliminam a maioria dos interferentes químicos encontradas usando chamas. Plasma: gás parcialmente ionizado de elevada temperatura (6000 a 10.000 °C); 18 Necessário o uso de um monocromador ou policromador com elevada capacidade de resolução para separação dos comprimentos de onda característicos para cada elemento; Fundamento Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado Xxxxxxx xxxxxxxx xxxx Intensidade da emissão em determinado comprimento de onda: análise quantitativa. Detecção de comprimentos de onda específicos: análise qualitativa; 06/10/2016 4 Equipamento Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado XXXXXXXX EMISSÃO 19 Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado Câmara de nebulização xxxxxxxxx xxxxxxxx Antes da câmara Após a câmara Equipamento 20 Equipamento Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado Nebulizador ultrassônico • Amostra enviada para um cristal piezolétrico (nebulizada e arrastado por Argônio) • Tubo aquecido: solvente evaporado • Região resfriada: solvente condensado e eliminado • Câmara aquecida, onde o solvente residual é removido por uma membrana microporosa • Partículas sólida do analito atingem o plasma • A energia do plasma não é gasta para evaporar o solvente, melhorando eficiência do processo de atomização • Além disso, uma fração maior da amostra alcança o plasma) LD Ni + = 10 x menor ↑conc. do analito 21 Equipamento Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado Formação do plasma na tocha Formação do plasma - início da ionização do Argônio (Ar) – centelha de uma bobina de Tesla; Ar0 Ar+ + e- A bobina de indução é alimentada por um gerador de radiofrequência (campo magnético oscilatório) capaz de produzir cerca de 2 kW de energia. (Ar+) + (e-) interagem com o campo magnético oscilante provocando colisões entre (Ar0 e Ar+) e (Ar0 e e-) gerando mais Ar+ + e- sustentado a temperatura do plasma Bobina de tesla: transformador ressonante que é capaz de produzir, sob altas frequências, tensões acima de um milhão de volts. 22 6.000 °C 8.000 °C – 10.000 °C : região de análise Tempo de residência de 2 ms. Plasma: núcleo brilhante, branco e opaco com uma cauda na forma de chama Alta temperatura: menos interferentes que a chama (completa dessolvatação, vaporização e atomização). Equipamento Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado Formação do plasma na tocha 23 Equipamento Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado Sistema de detecção - Análise multielementar sequencial 24 06/10/2016 5 Análise multielementar simultânea - um detector para cada elemento Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado policromador 25 Análise multielementar simultânea - um único detector (dispositivo de injeção de carga) Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado Detector sensível em λ de 165 a 1000 nm, que permite a obtenção de todas as informações da amostra; 26 Permite selecionar o λ ótimo para cada elemento em qualquer tipo de amostra. 27 Interferência da matriz Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado Interferência espectral: sinais indesejados que se sobrepõem ao sinal do analito Método de adição de padrão: determinação de estrôncio na água de aquário Interferência química: pequena devido a alta temperatura Como escolher o melhor λ ? Espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado Necessidade de sensibilidade e de evitar interferentes a partir de outras linhas de emissão de outros constituintes na amostra; Como selecionar o melhor λ ? Sinal intenso e bem resolvido de outros sinais de emissão Espectro de emissão atômica apresenta abundância de linhas de emissão, é inevitável que algumas linhas de emissão de diferentes compostos se sobreponham; Xxxxxxxxxx xxxxxxxxx 28 COMPARAÇÃO COM OUTROS MÉTODOS Número de elementos analisados Custos: Fotômetro de chama: R$ 5.000 a 15.000 Absorção atômica chama: $10.000 – 50.000 ICP: $ 80.000 – 200.000 Grafite chama 29 COMPARAÇÃO COM OUTROS MÉTODOS LIMITE DE DETECÇÃO 30 06/10/2016 6 Determinação de constituintes majoritários e traços de metais em amostras de águas e efluentes; Determinação de constituintes inorgânicos em produtos de petróleo, alimentos, amostras geológicas, biológicas e no controle de qualidade industrial. COMPARAÇÃO COM OUTROS MÉTODOS APLICAÇÕES 31 HOLLER, J. F.; SKOOG, D. A.; CROUCH, S. R. Princípios em Análise Instrumental. 6. ed., Editora Bookman, Porto Alegre, 2009. HARRIS, D. Análise Química Quantitativa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 2001. Brasil. Farmacopeia Brasileira, volume 1 e 2. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2010. MENDHAM, J.; DENNEY, R.C.; BARNES, J.D.; THOMAS, M.J.K. VOGEL Análise Química Quantitativa. 6. ed., LTC, Rio de Janeiro, 2002. SKOOG, D. A., WEST, D. M., HOLLER, F. J.; CROUCH, S.R. Fundamentos de Química Analítica. 8. ed., Editora: Cengage Learning, São Paulo, 2006. 32 REFERÊNCIAS
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