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Interceptação e Infiltração Hidrologia Aplicada 1 2 3 Escolha do Período de Retorno Tormenta de Projeto Escoamento Superficial Direto Vazões e Volumes de Projeto Dimensionamento Hidráulico Política Economia Hidrometeor. Hidrologia/ Uso do Solo Hidrologia Hidráulica Metodologia para determinação do Hidrograma de Cheia 4 Escoamento Superficial Direto Hidrologia/ Uso do Solo Metodologia para determinação do Hidrograma de Cheia 5 Conceitos A interceptação é a retenção de parte da precipitação acima da superfície do solo A interceptação pode ocorrer devido a vegetação ou outra forma de obstrução ao escoamento como a depressão do solo. A água retorna a atmosfera por evapotranspiracão; ET P Meio saturado Lençol freático P ET Meio não saturado Conceitos Este processo interfere no balanço hídrico da bacia hidrográfica, funcionando como um reservatório que armazena uma parcela da precipitação para consumo. A tendência é de que a interceptação reduza a vazão média e a variação da vazão ao longo do ano, retardando e reduzindo o pico das cheias freqüentes. 7 Q (vazão) = P (precipitação – ET (evapotranspiração) • Equação para um período longo • Para a mesma precipitação a vazão altera em função da evapotranspiração. • A vegetação aumenta a ET devido a Interceptação. Quando é retirada diminui. • Pode alterar se houver efeitos locais Interceptação vegetal A interceptação vegetal depende de vários fatores: características da precipitação e condições climáticas, tipo e densidade da vegetação e período do ano. As características principais da precipitação são a intensidade, o volume precipitado e a chuva antecedente. 8 Relação interceptação e total precipitado 9 Características O tipo de vegetação caracteriza a quantidade de gotas que cada folha pode reter e a densidade da mesma indica o volume retido numa superfície de bacia. As folhas geralmente interceptam a maior parte da precipitação, mas a disposição dos troncos contribui significativamente. Em regiões em que ocorre uma maior variação climática, ou seja em latitudes mais elevadas, a vegetação apresenta uma significativa variação da folhagem ao longo do ano, que interfere diretamente com a interceptação. A época do ano também pode caracterizar alguns tipos de cultivos que apresentam as diferentes fases de crescimento e colheita. 10 Equação da continuidade A equação da continuidade do sistema de interceptação pode ser descrita por Si = P ‑T ‑ C onde Si = precipitação interceptada; P = precipitação; T = precipitação que atravessa a vegetação; C = parcela que escoa pelo tronco das árvores. 11 Medição das variáveis Precipitação: postos em clareiras, topo das árvores Precipitação que atravessa as árvores: Esta precipitação é medida por drenagem especial colocada abaixo das árvores e distribuída de tal forma a obter uma representatividade espacial desta variável; utilizar cerca de dez vezes mais equipamentos para a medição da precipitação que atravessa a vegetação do que para a precipitação total. Escoamento pelos troncos ‑ Esta variável apresenta uma parcela pequena do total precipitado (de 1 a 15% do total precipitado), e em muitos casos está dentro da faixa de erros de amostragem das outras variáveis. A medição desta variável somente é viável para vegetação com tronco de magnitude razoável 12 Quantificação Equações empíricas Si= a + b Pn a, b e n = parâmetros ajustados ao local e Si e P = precipitação, em polegadas. Valores obtidos com base em medidas Cobertura vegetal a b n Pomar 0,04 0,018 1,00 "Ash" 0,02 0,018 1,00 "beech" 0,04 0,18 1,00 Carvalho 0,05 0,18 1,00 "maple" 0,04 0,18 1,00 arbustos 0,02 0,40 1,00 pinus 0,05 0,20 0,50 feijão, batata e outras pequenas culturas 0,02h 0,15h 1,00 h pasto 0,005h 0,08h 1,00 forrageiras 0,01h 0,10h 1,00 pequenos grãos 0,005h 0,05h 1,00 milho 0,05h 0,005h 1,00 13 Armazenamento em depressões existem obstruções naturais e artificiais ao escoamento, acumulando parte do volume precipitado Depressões em áreas de inundação; o volume retido pelas depressões do solo após o início da precipitação Vd = Sd ( 1 ‑ e-kPe ) onde Vd = volume retido; Sd = capacidade máxima; Pe = precipitação efetiva; k= coeficiente equivalente a 1/Sd 14 Exemplo do armazenamento em escoamento superficial de pequenas bacias 15 Impactos Antrópicos Classificação Tipo M u d a n ç a d a superfície 1. desmatamento 2. reflorestamento 3. impermeabilização O uso da superfície 1. Urbanização 2. r e f l o r e s t a m e n t o p a r a exploração sistemática 3. desmatamento : extração de m a d e i r a , c u l t u r a d e subsistência; culturas anuais; culturas permanentes Método de alteração 1. queimada 2. manual 3. equipamentos Passagem da água através da superfície do solo, ocupando os poros existentes no solo. Importante para: crescimento da vegetação abastecimento dos aquíferos (mantém vazão dos rios durante as estiagens) reduzir escoamento superficial, cheias, erosão Infiltração Processos difíceis de quantificar Física não muito complicada, mas fortemente dependente da variabilidade espacial das propriedades do solo. Estimativas por equações empíricas ajustadas para reproduzir dados medidos no campo. Infiltração O solo é uma mistura de materiais sólidos, líquidos e gasosos. Na mistura também encontram-se muitos organismos vivos (bactérias, fungos, raízes, insetos, vermes) Água no solo O solo é uma mistura de materiais sólidos, líquidos e gasosos. Na mistura também encontram-se muitos o r gan i smos v i vo s (bactérias, fungos, r a í z e s , i n s e t o s , vermes) figura extraída de Para entender a Terra (Press et al. 2006) Água no solo Composição do solo Normalmente analisada do ponto de vista do diâmetro das partículas que compõe o solo: Diâmetro (mm) Classe 0,0002 a 0,002 Argila 0,002 a 0,02 Silte 0,02 a 0,2 Areia fina 0,2 a 2,0 Areia grossa Parte sólida do solo Textura do solo Relação entre volume de vazios e volume total do solo Poros são ocupados por ar e água Conteúdo de umidade do solo: - Máximo conteúdo de umidade é igual à porosidade. - Neste caso o solo está SATURADO de água. Vt Va v =θ Porosidade e umidade do solo Areia: 0,37 a 0,50 Argila: 0,43 a 0,52 Porosidade Método gravimétrico: Coleta amostra e pesa Seca a amostra e pesa TDR Time domain reflectometry Existe uma relação entre o conteúdo de umidade e a constante dielétrica do solo. Mede o tempo de transmissão de um pulso eletromagnético através do solo, entre um par de placas metálicas colocadas no solo. Permite medições contínuas e não destrutivas Medição da umidade do solo Umidade do solo varia ao longo do tempo. Para re3rar a umidade do solo: Por gravidade Por sucção Umidade do solo Saturação: condição em que todos os poros estão ocupados por água Capacidade de campo:Conteúdo de umidade no solo sujeito à força da gravidade Ponto de murcha permanente: umidade do solo para a qual as plantas não conseguem mais retirar água e morrem Umidade do solo Q = fluxo de água (m3/s) A = área (m2) H = carga (m) L = distância (m) K = condutividade hidráulica (m/s) L HAKQ Δ Δ ⋅⋅= Fluxo da água em meios porosos saturados Condu=vidade de água em condição de saturação Solo arenoso: 23,5 cm/hora Solo siltoso: 1,32 cm/hora Solo argiloso: 0,06 cm/hora Inicialmente não saturados Preenchimento dos poros garante alta taxa de infiltração A medida que o solo vai sendo umedecido, a taxa de infiltração diminui Equações empíricas Infiltração de água em solos 32 f = taxa de infiltração (mm/hora) fc = taxa de infiltração em condição de saturação (mm/hora) fo = taxa de infiltração inicial (mm/hora) t = tempo (minutos) k = parâmetro que deve ser determinado a partir de medições no campo (1/minuto) f = fc+ fo− fc( ) ⋅e−kt Equação de Horton f = fc+ fo− fc( ) ⋅e−kt fo = 50 mm/hora fc = 4 mm/hora Equação de Horton ----- k =0,1 ----- k=0,05 Infiltração conforme o =po de solo 36 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 01 /0 5/ 83 08 /0 5/ 83 15 /0 5/ 83 22 /0 5/ 83 29 /0 5/ 83 05 /0 6/ 83 12 /0 6/ 83 19 /0 6/ 83 26 /0 6/ 83 03 /0 7/ 83 10 /0 7/ 83 17 /0 7/ 83 24 /0 7/ 83 tempo (dias) va zã o (m ³/s ) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 ch uv a (m m ) Q Qb P 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 01 /0 5/ 83 08 /0 5/ 83 15 /0 5/ 83 22 /0 5/ 83 29 /0 5/ 83 05 /0 6/ 83 12 /0 6/ 83 19 /0 6/ 83 26 /0 6/ 83 03 /0 7/ 83 10 /0 7/ 83 17 /0 7/ 83 24 /0 7/ 83 tempo (dias) va zã o (m ³/s ) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 ch uv a (m m ) Q Qb P mesma chuva, mesma bacia... ... se alterar a capacidade de infiltração ... Medição da Infiltração Balanço hídrico no solo ΔV = P −Q− I −ET ΔV = variação de volume de água armazenada no solo; P = precipitação; Q = escoamento superficial; I = infiltração / percolação; ET = evapotranspiração Uma camada de solo argiloso, cuja capacidade de infiltração na condição de saturação é de 4 mm.hora-1, está saturado e recebendo chuva com intensidade de 27 mm.hora-1. Qual é o escoamento (litros por segundo) que está sendo gerado em uma área de 10m2 deste solo, considerando que está saturado? Exercício Uma medição de infiltração u3lizando o mé todo do s a n é i s concêntricos apresentou o seguinte resultado. U3lize estes dados para es3mar os parâmetros fc, fo e k da equação de Horton. Exercício Tempo (min) Total Infiltrado (mm) 0 0,0 1 41,5 2 60,4 3 70,4 4 76,0 5 82,6 6 90,8 7 97,1 8 104,0 9 111,7 10 115,1 15 138,1 20 163,3 24 180,8
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