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1. Competência 1.1 Competência criminal Advém do principio do juiz natural, (proibição do tribunal de exceção) deste principio podem ser extraída 3 regras Só podem exercer jurisdição os órgãos instituídos pela constituição. Ninguém pode ser julgado por órgão jurisdicional criado após o fato. Entre os juízes pré-constituídos vigora a ordem taxativa de competências que impede qualquer discricionariedade, não podendo ser manipulado a distribuição *as justiças especializadas não são exceções a regra, pois elas vem previstas na CF (justiça criminal, eleitoral) *a lei que altera a competência tem aplicação imediata (tempus regen acto) sem prejuízo dos que já estavam na 2ª inst. 1.2 Competência da justiça militar Compete a ela processar e julgar os militares que cometerem crimes militares, previamente descritos no código penal militar. Justiça militar da união 124 CF Forças armadas, ela pode julgar tanto militares quanto civis desde que cometido crime doloso. *na coautoria de civil com militar em crime militar a justiça militar da união julga todos juntos. Todos os crimes são julgados por conselho e um juiz auditor Conselho especial Julga os Oficiais Conselho permanente Julga os Praças O juiz auditor não pode julgar nada singularmente, apenas nos conselhos. *o Superior tribunal Militar, é o segundo grau de jurisdição. (e julga o General originariamente) Justiça militar dos estados 125 CF Militares estaduais PM, Bombeiro Militar, policia rodoviária estadual. Só pode julgar militares dos estados que são militares na época do delito. *na coautoria de civil com militar em crime militar a justiça militar do estado julga os militares e manda os civis para justiça comum. Tem crimes que são julgados por conselhos e um juiz auditor Conselho especial Julga os Oficiais Conselho permanente Julga os Praças Mas o juiz auditor pode julgar singularmente os crimes *de militares contra civis *as ações judiciais contra atos disciplinares *dependendo do estado possui o tribunal de justiça militar para o 2º grau de jurisdição Se não possuir é julgado os recursos o TJ. *O militar que comete crime doloso contra a vida é julgado no tribunal do júri 1.3 Competência por prerrogativa de foro Não é um privilegio, não é ligada a pessoa, mas sim a função que ela exerce. Só dura enquanto durar a função e desde que o crime for cometido dentro do país não importa aonde sempre seja julgado no local previsto por seu cargo. Se a pessoa que não possui prerrogativa for participe com outra que tem a prerrogativa atrai, e ambas são julgadas juntas a atração prevalece a que possuir maior hierarquia. *Exceto nos crimes dolosos contra a vida nesses casos os processos são separados pois quem tem prerrogativa de foro não é julgado pelo júri e sim por seu juízo competente, já quem não tem a prerrogativa é julgado pelo tribunal do júri. A pessoa que possui um cargo e por conta disso uma prerrogativa de foro, ele sempre será julgado no juízo que possuir competência para julgar quem tem a prerrogativa não importando: Se for cometido crime em estado diferente da onde ele exerce o cargo Se for cometido crime federal *exceto caso de prefeito * Se cometer um crime eleitoral é a única EXCEÇÃO nesse caso compete ao TER 1.4 competências justiça federal Possui os 6 seguintes órgãos jurisdicionais 1.Juízes federais 2.Tribunais Regionais Federais 3.Juizados especiais criminais Federais 4.Tribunais do Júri da justiça federal 5.Supremo Tribunal Federal 6.Justiça militar da união Compete a eles julgar os crimes políticos e INFRAÇÕES penais em detrimento a bens, serviços ou de interesses da união ou crimes que ultrapassem fronteiras (resalvada os juízos militares e crimes de competência do tribunal eleitoral). A)Crime político – é caracterizado por uma MOTIVAÇÃO POLÍTICA. (Sem ela é crime comum julgado pela justiça comum) os recursos cabíveis serão julgados pelo STF. (ROC - recurso ordinário constitucional) B)crimes contra bens serviços ou de interesse da união, autarquia e empresas públicas federais – é caracterizado por uma LESÃO DIRETA a união. *se a vitima for uma franquia da empresa pública é justiça comum. (franquia dos correios) *economia mista justiça estadual. (BB. Sabesp.) *crime contra o consulado estrangeiro é de competência estadual. *crime de falsa moeda justiça federal, mas se for copia grosseira justiça estadual. *contravenções não podem ser julgadas nos JUIZES FEDERAIS nesse caso são da estadual. (as demais instancias podem) Execução O juízo responsável da execução será no qual o individuo esteja recolhido, pode ocorrer do individuo ser julgado no âmbito estadual e estar preso em presídio federal, nesse caso o juízo responsável pela execução será o Federal. Vale a mesma regra se for o contrario. 1.5 competências por territorialidade A competência por territorialidade é a regra geral que diz que será competente o juízo do local onde foi cometido o crime, nos casos de tentativa o local do ultimo ato de execução. Mas existe 3 exceções Crimes permanentes ou continuados Como nesse caso pode existir vários locais do crime, aplica-se a regra da PREVENÇÃO. (O juízo onde se deu o primeiro andamento) Crimes de iniciativa privada Nesses casos o ofendido tem a possibilidade de escolha entre Domicilio do réu Local do crime Crimes dolosos contra a vida Nesses casos compete aos tribunais do júri (estaduais ou federais) até mesmo dos cometidos por militar sobre civil. (exc. forças armadas) 2.incompetência do juiz O juiz pode declara incompetente pra julgar a matéria em 3 hipóteses Juízo incompetente Ocorre quando a denuncia ou queixa crime é ajuizada no foro errado, seja pelo critério territorial (juízo errado) ou em razão da matéria (justiça estadual ou federal). Nesses casos ocorre o juiz remete os autos para o juízo competente Ou quando afetam o principio da imparcialidade do juiz Suspeição – o juiz é suspeito quando o réu For amigo intimo ou inimigo capital For ele seu cônjuge ascendente / descendente For sócio, acionista ou adm. de sociedade interessada no processo For ele, seu cônjuge, ou parente, consanguíneo, ou afim, até o terceiro grau. se tiver aconselhado qualquer das partes; For credor ou devedor, tutor ou curador. Impedimento – O juiz será impedido quando: Tiver funcionado em alguma função do processo seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral até o terceiro grau. Ele próprio houver desempenhado qualquer função no processo Tiver funcionado como juiz de outra instância Ele próprio ou seu cônjuge ou parente for parte ou diretamente interessado 3. Tribunal do Júri O tribunal do Júri é competente para julgar os crimes dolosos contra a vida, e os crimes conexos ele é composto por 2 fazes Primeira fase Nessa fase ocorre um julgamento prévio que é feito por apenas um JUIZ togado, que decidirá se ele ira mandar o acusado para a segunda fase. O juiz verifica se há elementos suficientes para enviar o acusado a júri ocorre o seguinte cronograma: 1. O juiz recebe a denuncia 2. Logo após manda citar o acusado 3. Com a citação o réu apresenta uma resposta d 4. O juiz devolve os autos para o MP (conhecida como replica) que é a resposta da acusação diante a defesa 5. Após isso é marcado uma audiência onde é ouvida as provas os depoimentos e testemunhas 6.com isso o juiz deverá decidir o que deve ser feito. Ao final das 6 etapas o juiz deve dar uma resposta que será Pronunciar – o juiz reconhece que deve ser mandado a júri pois localizou indíciossuficientes de autoria e prova da materialidade. Impronunciar – quando falta indícios de autoria e prova da materialidade o juiz manda arquivar, *mas se for houver nova prova é será desarquivado Desclassificação – nesse caso o juiz reconhece que não é crime de compet. Do júri. E remete os autos para o juizado competente Absolvição sumaria – aqui fica comprovado que o réu não tem culpa. Nesse caso faz coisa julgada material, não cabendo depois desarquivamento. Se após isso tudo o juiz ainda tiver duvidas ele deve seguir uma das 2 correntes doutrinarias: In dúbio pro societate – é a posição majoritária, que diz que na duvida deve ser Pronunciado In dúbio pro reo – é a posição minoritária, que diz que na duvida deve haver impronuncia Segunda fase Existe um prazo entre a primeira fase e a segunda, caracterizada por3 momentos : 1.o prazo para que sejam feitas as manifestações das partes e o arrolamento das testemunhas que podem ser no Maximo 5. 2.Após isso volta o processo para o juiz que faz uma espécie de relatório que marca a data do PLENÁRIO. 3.O plenário onde se concentram os 25 jurados e sorteiam 7 que serão chamados conselho de sentença. Após esses momentos, iniciam as audiências onde é julgado o mérito da causa, ouvido as testemunhas e vistos as provas. Os quesitos são feitos por intermediário do juiz, ou seja, o réu não pode falar diretamente com os jurados e nem eles podem se comunicar entre eles, devendo perguntar ao juiz e ele faz perguntas às partes. Na audiência ocorre um pequeno cronograma. 1. É aberto um prazo para o promotor falar. 1h 30min. 2. Ai logo em seguida outro prazo para o réu se defender. 1h 30 min. 3. Réplica da acusação. 1h 4. Treplica da defesa 1h Em seguida os jurados, o juiz, o promotor e um oficial de justiça, vão para a sala secreta, e lá serão tomadas as decisões dos jurados, que é contado os votos dos 7 jurados, com isso a maioria dos votos decidirá se o réu é condenado ou inocentado. *os recursos do Tribunal do júri serão julgados pelo TJ ou TRF. Não cabendo modificações na decisão podendo no Maximo ser designada novo plenário se desrespeitado algum principio essencial. *os agravantes e atenuantes serão julgados pelo juiz togado *ocorre desaforamento se não houver segurança no local, se não for julgado 6 meses depois da pronuncia 4.inquérito policial É um procedimento, destinado a colheita de provas (elementos de informação), existe 4 características: É escrito Inquisitivo - sem contraditório e nem ampla defesa Sigiloso – EXC, juiz, MP, advogado. É dispensável – mas deve possuir provas licitas O procedimento de colheita de provas tem os seguintes prazos: Regra Geral Acusado preso 10 Dias Improrrogáveis Acusado solto 30 Dias Prorrogáveis Lei de drogas Acusado preso 30 dias Acusado solto 90 dias *Com requerimento do delegado o juiz pode dobrar Se nele possuir vícios, gera as consequências: Diminuição probatória Relaxamento da prisão Após o delegado apresentar o RELATÓRIO que da fim ao procedimento, o promotor pode: Denúncia Pedir arquivamento Solicitar novas provas Após recebida a denuncia o juiz pode Receber Rejeitar Após recebido o pedido, o juiz pode Concordar e arquivar Discordar e remeter os autos ao procurador geral Nesse caso o juiz é obrigado a concordar, e devolver o inquérito 5.Condições da ação: Peticionar todo mundo pode, mas para possuir validade devem existir os requisitos: Legitimidade – promotor ou ofendido Possibilidade jurídica do pedido = se a conduta é realmente tipificada Interesse de agir – enquanto existir a possibilidade de punir ainda existe o interesse Justa causa – é um lastro mínimo de prova que deve fornecer à acusação (materialidade e indícios mínimos de autoria) Princípios Princípio da ação penal PUBLICA Princípios da ação penal PRIVADA Legalidade ou Obrigatoriedade: Se houver indícios suficientes de autoria e prova da materialidade O promotor não escolhe se que ou não promover a ação penal. Divisibilidade: Se houver vários envolvidos. O promotor não é obrigado a entrar com uma ação contra todos acusados, podendo deixar de abrir ação contra um deles pedindo mais investigação para um dos réus. Oportunidade: Para iniciar a ação a vitima deverá representar. Á vitima decide se haverá ou não ação penal Indivisibilidade: Se houver vários envolvidos. Se promovida a ação, todos os envolvidos terão que estar na ação, não podendo acusar um e outro não. Indisponibilidade ou Indesistibilidade: Após iniciada a ação. O promotor não pode DESISTIR da ação penal. (ele pode pedir absolvição, mas o juiz pode julgar culpado). Oficialidade Na ação penal publica A acusação é promovida por órgãos oficiais. (o único que pode fazer a acusação é o ministério publico) Disponibilidade: Após iniciada a ação A vitima se quiser pode desistir de prosseguir com ação. Oficiosidade: Na ação penal publica Os órgãos de acusação devem agir de oficio, não precisam ser provocados. 6.Medidas assecuratórias / Cautelares; São medidas que buscam durante a persecução penal (inquérito e ação) proteger: Sujeito – prisão cautelar Só pode ser preso provisoriamente Em flagrante – que só perdura até ser comunicado ao juiz. Preventivo – quando o indiciado pode atrapalhar nas investigações Temporária – por pedido do MP, ou querelante e só decisão do juiz. Provas – busca e apreensão. são medidas feitas para proteger as provas, determinadas pelo juiz a pedido do MP. Ou querelante. Bens ou reais – quando a indícios de proveniência ilícita dos bens existem 3 tipos: Sequestro – toma o bem por decisão judicial Hipoteca legal– registra no registro de imv, que é hipotecado Arresto – sequestro definitivo *das medidas cautelares reais, só serão restituídas somente em caso de inocência do réu.
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