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FASE PRODUTIVA-REPARATIVA DA INFLAMAÇÃO É a finalização da Inflamação. Caracterizada pela proliferação local de vasos e células, é a tentativa do organismo de reparar as alterações causadas pela agressão e pela fase exsudativa. Ocorre um aumento na quantidade dos elementos teciduais, principalmente células, resultado das fases anteriores. O objetivo é destruir o agente agressor e reparar o tecido agredido. Relacionada à característica de hipermetria da Inflamação, ou seja, exprime os aumentos de quantidade dos elementos celulares. Essa hipermetria da reação inflamatória visa reparar o tecido injuriado. Pode ser traduzida pela formação de novos vasos sanguíneos, se necessário (angiogênese) e pela substituição do parênquima por células exatamente iguais às destruídas ou por fibras (fibrose). Os participantes são parede vascular, células do vaso sanguíneo (inflamatórias), mastócitos, fibroblastos e macrófagos residentes no tecido conjuntivo, proteoglicana, fibras colágenas e elásticas e membrana basal. REGENERAÇÃO INFLAMAÇÃO CICATRIZAÇÃO Leucócitos e mediadores químicos diminuem para deposição de um novo tecido. Ocorre a reabsorção dos líquidos pelos vasos linfáticos. Ocorre a apoptose dos leucócitos. Regeneração: reposição pelo mesmo tecido. Cicatrização: reposição por tecido conjuntivo. REPARO, REGENERAÇÃO E CICATRIZAÇÃO Reparo: A reparação pode ser entendida como: "Processo de reposição do tecido destruído observado após a extinção dos agentes flogísticos". O processo de reparação só consegue se estabilizar e atingir o seu mais alto grau quando ocorre a eliminação do agente inflamatório e de pus, caso ocorra. O tecido inflamado e que foi destruído vem sendo resposto durante toda a Inflamação, traduzido pela Fase Produtivo-Reparativa. Diz-se que há reparação completa quando houver restituição da morfostase e homeostase tecidual, iniciado já na Fase Irritativa da Inflamação. A reparação pode acontecer sob dois tipos, dependendo do estado de destruição do tecido e dos graus de transformação sofridos por este durante a inflamação. São eles: 1. Regeneração: reposição de tecido idêntico ao perdido. 2. Cicatrização: substituição do tecido perdido por tecido conjuntivo fibroso. HIPERMETRIA Após a total eliminação do agente agressivo, com a diminuição da intensidade dos fenômenos exsudativos e irritativos, a fibroplasia e angioplasia começam a aparecer, dependendo de Fatores de Crescimento liberados por fagócitos e linfócitos T. É caracterizada pelas transformações que ocorrem no tecido de cicatrização, sendo estas devido à diminuição progressiva da vascularização e aumento da quantidade de fibroblastos e a reorientação das fibras de colágeno. Traduzida pela formação de vasos sanguíneos (angiogênese) e pela substituição do parênquima (a parte funcional do órgão) por fibras (fibrose). Geralmente é característica da Inflamação Crônica. Predomínio de células mononucleares (linfócitos, macrófagos, plasmócitos) e a proliferação de fibroblastos e de vasos. A neoformação vascular é dependente da presença, no foco inflamatório, de fatores de crescimento. Ex.: polipeptídios capazes de estimular a proliferação de vários tipos de células e estimular a proliferação do endotélio vascular. Entre eles, destacam-se: a) Fator de Crescimento Epidérmico: capaz de estimular a proliferação de células epiteliais e fibroblastos. b) Fator de Crescimento Derivado de Plaquetas: estimula a proliferação de células endoteliais, células musculares lisas e vários tipos de células tumorais. São armazenados nos grânulos das plaquetas e liberados quando as plaquetas são ativadas. Além de estimular a proliferação de endotélio, eles também estimulam a migração e proliferação de fibroblastos, células da cicatrização e regeneração. Todos estes fatores estimuladores e inibidores de crescimento se formam e interagem nos focos inflamatórios e são responsáveis pela neoformação vascular e fibrose, que acompanham as inflamações crônicas. Do seu balanço dependerá a extensão, progressão ou término da reação. Fatores de Crescimento Celular: Os Fatores de Crescimento Celular são moléculas biologicamente ativas, que regulam direta e externamente o ciclo celular. Essas proteínas atuam em nível de membrana celular, provocando uma cascata bioquímica que leva a sua ação direta no núcleo da célula, promovendo a transcrição gênica. Diversas células epidermais e epiteliais produzem essas moléculas, tais como os macrófagos, fibroblastos e queratinócitos, que além de produzirem os fatores também são ativadas por eles para crescimento tecidual. Geralmente, os Fatores de Crescimento controlam a divisão celular. Além de atuar no controle da proliferação celular, atuam também nos processos de crescimento, migração, diferenciação e sobrevivência saudável da célula, auxiliando na manutenção de seus tamanhos apropriados enquanto proliferam. Possuem amplo espectro mitogênico estimulando células de origem meso, endo e ectodermal, incluindo fibroblastos, queratinócitos, macrófagos e células endoteliais, além de estimularem a proliferação e diferenciação de uma variedade de outras células. Os fatores de crescimento fibroblásticos possuem importante função no processo de reparo, principalmente estimulando a angiogênese. Em suma, os Fatores de Crescimento atuam em vários processos fisiológicos, destacando-se no processo de cicatrização, promovendo a proliferação do colágeno e dos fibroblastos com consequente reepitelização sempre após cessada a agressão.
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