Buscar

Material (previdenciário) SALÁRIO DE BENEFÍCIO

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

SALÁRIO DE BENEFÍCIO (SB)
É a base de cálculo para os benefícios do RGPS.
Até a aprovação da Lei 9.876/99, o valor era baseado só nos últimos 36 salários de contribuição do segurado. Após, passou a ser calculado por um período mais extenso. Sendo a partir dessa base é que serão calculados os efetivos valores mensais de alguns benefícios previdenciários.
Foi, então, a partir da Lei 9.876/99 que se alterou a Lei 8.213/99, passando o salário de benefício a consistir:
I – Para a aposentadoria por idade e tempo de contribuição – na média aritmética simples dos 80% maiores salários de contribuição de todo o período contributivo, multiplicado pelo fator previdenciário. 
O fator previdenciário é obrigatório para a aposentadoria por tempo de contribuição e facultativo na por idade.
II – para a aposentadoria por invalidez, especial, auxílio doença e auxílio acidente – a média aritmética simples dos 80% maiores salários de todo o período contributivo. 
Obs. A MP 664/2014 estabeleceu que o auxílio doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos doze salários de contribuição, inclusive nos casos de remuneração variável, ou, não alcançando o número de doze, a média simples dos salários de contribuição (ou seja, se menos de doze, média simples).
Ex. soma-se, por exemplo, dez salários de contribuição e se faz a média aritmética simples. 
Obs. Lembrando que, para as aposentadorias por tempo de contribuição dever-se-á calcular os 80% dessas contribuições, sendo o resultado, obrigatoriamente, multiplicado pelo fator previdenciário ou, facultativamente, na aposentadoria por idade.
*O salário de benefício do auxílio doença ou da aposentadoria por invalidez passou a seguir a regra geral da média aritmética dos 80% maiores salários de contribuição, independentemente dos números de meses contribuídos. 
Contudo, a regra de contagem com base nos 80% maiores salários de contribuição não é absoluta. Pois, a Lei 9.876/99 definiu que somente entrarão na base de calculo as contribuições efetuadas a partir da competência de julho de 1994. Desse modo, o legislador visou a facilitação dos cálculos de correção dos salários de contribuição para efeito de salários de benefício. Isso, pois foi a partir dessa data que entrou o pano “Real”, tendo sido desprezadas todas as competências anteriores a esse período.
*Não será utilizado o salário benefício como base de cálculo para os benefícios previdenciários para:
I – o salário-família – pois, o seu valor é uma quota única por filho menor de 14 anos ou inválido, de qualquer idade.
II – salário-maternidade – a Segurada empregada, por exemplo, recebe, como benefício, o valor da última remuneração recebia. 
Obs. Os Segurados Especiais – que não contribuem facultativamente como contribuintes individuais não efetuam seus recolhimentos mensais com base no salário de contribuição. De modo que terão um salário mínimo como benefício de aposentadoria. 
Obs. O valor do salário de benefício não poderá ser inferior ao salário mínimo, nem superior ao limite máximo do salário de contribuição na data do início do benefício. De modo, que não haverá impedimento para que aqueles benefícios que não substituam a remuneração sejam pagos com valores inferiores ao salário mínimo, como ocorre com o salário-família e o auxílio-acidente. 
Obs. Quanto à Pensão por Morte e o Auxílio Reclusão, como veremos adiante, a legislação previdenciária não os vinculou à forma de cálculo daqueles benefícios acima estudados.
*Os Segurados Especiais – que não contribuem facultativamente como contribuintes individuais não efetuam seus recolhimentos mensais com base no salário de contribuição. De modo que terão um salário mínimo como benefício de aposentadoria. 
Obs. O valor do salário de benefício não poderá ser inferior ao salário mínimo, nem superior ao limite máximo do salário de contribuição na data do início do benefício. De modo, que não haverá impedimento para que aqueles benefícios que não substituam a remuneração sejam pagos com valores inferiores ao salário mínimo, como ocorre com o salário-família e o auxílio-acidente. 
A súmula 65/2012 da TNU (Turma Nacional de unificação dos JEC’s Federais) dispõe que: "Os benefícios de auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez concedidos no período de 28/3/2005 a 20/7/2005 devem ser calculados nos termos da Lei n. 8.213/1991, em sua redação anterior à vigência da Medida Provisória n. 242/2005."
Os ganhos habituais do Segurado Empregado, na forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuições, serão considerados para os cálculos do salário de benefício, exceto o 13º salário. 
Artigo 201, §11, afirma que os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciária e consequente repercussão em benefícios. 
Súmula 60 da TNU – “O décimo terceiro salário não integra o salário de contribuição para fins de cálculo de benefício, independentemente da data do benefício previdenciário”.
Benefícios por incapacidade – se o segurado tiver recebido benefícios por incapacidade (aposentadoria por invalides ou auxílio doença), o salário de benefício utilizado no cálculo do benefício recebido será considerado como salário de contribuição, para a concessão de novos benefícios. 
Ou seja, aquele período entre a saída da atividade e o retorno, ainda que em novo emprego, em que o segurado recebeu esteve recebendo benefício, será contado como tempo de contribuição. Devendo ser lembrado que tais períodos não poderão ser contados para efeito de carência (art. 155, II, IN/45/2010/INSS), pois há contribuição, mas tão somente tempo de contribuição. 
Auxílio acidente – os segurados que recebam este benefício terão seus valores somados ao seu salário de contribuição mensal para os fins do cálculo do salário de benefício (SB). Isso, quando para os fins de calcular qualquer aposentadoria. Havendo essa ocorrência em razão de o auxílio acidente ser um benefício de caráter indenizatório, pagos em decorrência de o acidente ter d Salário de benefício e atividades concomitantes – Calcula-se com base na soma dos salários de contribuição mensal das atividades exercidas pelo trabalhador na data de seu requerimento ou óbito. Nas seguintes regras:
I – à medida que o segurado satisfizer, de acordo com cada atividade, as condições para a obtenção do benefício requerido. Quando o salário de benefício será calculado com base na soma dos respectivos salários de contribuição;
II – Não ocorrendo a condição de cima. Quando o salário de benefício corresponderá à soma das seguintes parcelas:
O salário de benefício calculado com base nos salários de contribuição das atividades em relação às quais são atendidas as condições do benefício requerido;
Um percentual da média do salário de contribuição de cada uma das demais atividades, equivalente à relação entre o número de meses completos de contribuições e os do período de carência do benefício requerido.
III – Quando se tratar de benefício por tempo de contribuição, o percentual da alínea “b” do item anterior será o resultante da relação entre o número de anos de contribuição e o número de anos exigido para a concessão do benefício.
Conclui-se que, os salários decorrentes das atividades concomitantes influenciam o valor do salário de benefício considerando-se os períodos em que há exercício de cada uma das atividades. 
Quanto mais alto o fator previdenciário, melhor será para o segurado. De modo que possui um impacto importante no valor do benefício.
FATOR PREVIDENCIÁRIO
Fórmula do Fator Previdenciário (Lei 9.876/99).
F= Tc x a x [1+(Id + Tc x a)]
 Es 100
f= fator previdenciário
a = 0,31
T.C.= 30 anos (tempo de contribuição)
I.D. = 46 anos (idade no momento da aposentadoria)
E.S. = 24 anos (expectativa de sobre vida)
 Ex- Aposentadoria por tempo de contribuição:
Aposentadoria da mulher – mínimo de 30 anos de contribuição – que aposenta com
46 anos. Se pega os 360 (30 x 12) salários de contribuição, atualizá-los (critério legal – INPV), unem-se os 80% dos maiores salários de contribuição, que é igual a 288 salários de contribuição. Será a partir deste número que será realizada uma média aritmética. Ou seja, se dividirá os 288 s.c./288= (supostamente 1000) média aritmética. O valor que resultar daqui, a média aritmética, será multiplicado pelo fator previdenciário (supostamente 1,0), quando encontraremos o valor do salário de benefício.
Na EC 20/98 o poder público quer estabelecer uma idade mínima para a aposentação. O que foi conseguido no regime próprio, contudo no RGPS não foi conseguido isso. Em sendo assim, houve a ideia de fator previdenciário onde o segurado pode pedir a aposentadoria cedo, mas vai ganhar menos.
Ou seja, o fator previdenciário é um coeficiente atuarial que leva em consideração três variáveis (tempo de contribuição, idade de aposentadoria e expectativa de sobre vida), incide obrigatoriamente na aposentadoria por tempo de contribuição e facultativamente na aposentadoria por idade. Sendo uma espécie de substitutivo da ausência da aprovação da idade mínima para aposentar para o RGPS.
APOSENTADORIA ESPECIAL
Aqui não tem fator previdenciário, de modo que não vai interessar a idade de aposentadoria e nem a expectativa de sobre vida.
Ex. mulher que aposenta com 15 anos. Terá 180 salários de contribuições que deverão ser atualizados, quando se fará a média aritmética (80% dos maiores salários de contribuição). Quando se chegará ao valor do salário de benefício. Daí se buscará achar o RMI que, neste caso, também será de 100%, igual ao da aposentadoria por tempo de contribuição. Acabando por aqui, pois neste caso não há o fator previdenciário.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
Se fará a média aritmética (80% dos maiores salários de contribuição). Quando se chegará ao valor do salário de benefício. Daí se buscará achar o RMI que, neste caso, também será de 100%, igual ao da aposentadoria por tempo de contribuição. Acabando por aqui, pois neste caso não há o fator previdenciário.
AUXÍLIO DOENÇA 
80% dos maiores salários de contribuição;
F. P. – para as aposentadorias por tempo de contribuição e, talvez, nas aposentadorias por idade.
RMI (renda mensal inicial) 
É o primeiro benefício concedido, os seguintes se chamam de benefícios. 
Agora, para encontrarmos a Renda Mensal Inicial (RMI), aplicaremos um percentual sobre o salário de benefício (na aposentadoria por tempo de contribuição o percentual a ser aplicado é de 100%). Ou seja, será 100% do valor do salário de benefício, quando encontraremos o RMI. 
A partir daqui, aplica-se um percentual sobre o salário de benefício.
Percentuais sobre os salários de benefício (Renda Mensal Inicial – RMI):
Tempo de Contribuição – 100% do Salário de Benefício (SB);
Especial – 100% do Salário de Benefício (SB);
Invalidez – 100% do Salário de Benefício (SB); 
Auxílio doença – 91% do Salário de Benefício (SB);
Auxílio acidente (lembrando que é um benefício indenizatório, a pessoa pode continuar trabalhando. – 50% do Salário de Benefício (SB) (este que pode ser menor que o salário mínimo, pois não substitui o rendimento do trabalhador).
APOSENTADORIA POR IDADE
Aqui se joga o fator previdenciário na fórmula, de modo que, se for maior que 1,0, será utilizado e se, menos que 1,0 não se utilizará o fator previdenciário. Ou seja, só se utilizará o fator previdenciário se for benéfico ao segurado.
De resto, se fará do mesmo modo que nas demais vistas anteriormente.
Só que o percentual sobre o salário de benefício para esta modalidade de aposentadoria será de 70% + 1% para cada grupo de 12 contribuições até o total de 100%.
192 contribuições;
60 anos de idade;
10 anos de expectativa de sobre vida;
Qual o percentual mínimo da aposentadoria por idade?
85%, pois o número mínimo para aposentar será de 180 contribuições. E, a divisão desse valor por 12 dará 85.
Para os filiados as pessoas que se filiaram até 28 de novembro de 1999, o período a ser utilizado será contado a partir de julho de 1994, implantação do plano real. 
Todos os salários de contribuição utilizados para cálculos de benefícios deverão ser atualizados – INPC (art. 201, §3º, CF/**).
Revisão – é rever a RMI, por ter o INSS calculado errado.
Reajuste – é do benefício já concedido.
*Os demais benefícios não fazem estes tipos de cálculo. 
BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL (EM ESPÉCIE)
Pagos aos Segurados:
Aposentadorias – por invalidez, por idade, por tempo de contribuição e especial;
Salários – Família e Maternidade;
Auxílios: Doença e Acidente.
Pagos aos Dependentes:
Pensão por morte e
Auxílio-Reclusão.
APOSENTADORIAS
Aposentadoria Por Invalidez:
Devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio doença, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para exercício que lhe garanta a subsistência, sendo-lhe paga enquanto permanecer nessa condição.
Súmula 47. TNU JEF’s: “uma vez reconhecida a incapacidade parcial para o trabalho, o juiz deve analisar as condições pessoais e sociais do segurado para a concessão de aposentadoria por invalidez”.
Ex: um segurado com 20 anos de idade que perde um braço terá muito mais condições de que aquele que ocorrer o mesmo, porém aos 65 anos de idade.
Para os casos de doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao RGPS não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, a não ser quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
Súmula 53 TNU – JEF’s – “não há direito a auxílio doença ou aposentadoria por invalidez quando a incapacidade para o trabalho é preexistente ao reingresso do segurado no RGPS”.
Aqui, ocorre o fato de o segurado ter perdido essa qualidade e, dentro desse período se torna incapacitado, depois disso retornar a adquiri-la. Quando já se encontra incapacitado.
A carência é de 12 contribuições mensais. Contudo, esse prazo será dispensado nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa, doença profissional ou do trabalho e de doenças e afecções especificadas na lista elaborada pelos ministérios da saúde e Previdência social.
A aposentadoria por invalidez para os Segurados Especiais independe de carência, desde que comprovem o exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, mesmo que de forma descontínua, num período igual ao número de meses correspondente à carência do benefício requerido.
RMI
Lembrar que a renda inicial de benefício da aposentadoria por invalidez, concedida por transformação de auxílio doença, será de 100% do SB que serviu de base para o cálculo da renda mensal inicial do auxílio doença. Logo, se em gozo de auxílio doença o valor da aposentadoria por invalidez será igual ao do auxílio doença. 
Auxílio Acidente + SC, quando a aposentadoria por invalidez for precedida de Auxílio Acidente. Ou seja, soma-se Auxílio Acidente com o Salário de Contribuição atualiza, média aritmética simples dos 80% maiores....
Momento do início do pagamento será:
Quando Segurado empregado: a contar do 31º dia do afastamento da atividade ou da a partir da entrada do requerimento, se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 45 dias. 
Quando Segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e facultativo: a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento, se entre as duas datas decorrerem mais de 30 dias.
MP 664/2014: o início do pagamento pelo INSS passou a ser após os primeiros 30 dias, visto que agora o empregador deve pagá-lo. Pois, antes o empregador pagava até o 15º dia do afastamento. 
Acréscimo de 25% (“grande invalidez”) ao aposentado por invalidez que necessite de auxílio permanente de outra pessoa – este acréscimo não vai para os dependentes, se houver, após a morte do segurado.
Obrigatoriedade – o Segurado aposentado por invalidez estará obrigado a
qualquer tempo independentemente de sua idade e sob pena de suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da Previdência Social, a realizar-se bienalmente, a processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e a tratamento realizado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, por serem estes dois facultativos (art. 46, P.único, do RPS).
Contudo, estarão isentos dos exames periciais os segurados inválidos que tiverem completados 60 anos de idade (Art. 101,da Lei 8.213/91, com alteração dada pela Lei 10.063/14) .
Essa exceção acima não ocorrerá quando o exame tem as seguintes finalidade:
Necessidade do acréscimo de 25%;
Verificar a recuperação da capacidade de trabalho mediante solicitação do segurado;
Subsidiar autoridade judiciária para a concessão da curatela.
Necessidade de afastamento de todas as atividades para a concessão da aposentadoria por invalidez.
Se retornar voluntariamente terá sua aposentadoria automaticamente cancelada e os valores recebidos indevidamente deverão ser devolvidos para a Autarquia Previdenciária (INSS).
Se comprovada por perícia médica a recuperação e a capacidade para o trabalho do aposentado por invalidez.
I – Quando a recuperação ocorrer dentro de 05 anos contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que antecedeu, sem interrupção, o benefício cessará:
De imediato, para o segurado empregado que tiver direito de retornar à função que desempenhava na empresa, quando se aposentou pela legislação trabalhista;
Após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio doença ou da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados.
II – Quando a recuperação for parcial ou ocorrer após os cinco anos de afastamento ou, ainda, quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à inatividade.
No seu valor integral, durante seis meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade;
Com redução de 50%, no período seguinte de seis meses;
Com redução de 75%, também por igual período de seis meses, ao término do qual cessará definitivamente.
Aposentadoria por tempo de contribuição (estrita)
É o benefício devido a todos os segurados que tiverem contribuído:
se homem durante 35 anos;
se mulher durante 30 anos.
*A EXCEÇÃO É O SEGURADO ESPECIAL que não contribua como contribuinte individual. Assim, essa modalidade de segurado, o S.E. que recolhe sobre a comercialização da produção rural, não terá direito a esta modalidade de aposentadoria.
Obs. O professor que comprove tempo de exercício efetivo da atividade, exclusivamente, no ensino infantil, médio ou fundamental fará jus a menos cinco anos de contribuição. Logo, poderá aposentar com contribuições, se homem de 30 anos e se mulher com 25 anos.
Súmula 726/2003 STF: “Para efeito de aposentadoria especial de professores, não se computa o tempo de serviço prestado fora de sala de aula”.
Ocorre que a lei 11.301/06 alterou a validade daquele entendimento do STF, dizendo que, para fins de aposentadoria por tempo de contribuição, “são consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico”. 
PGR (ADI 3772/DF): A PGR ingressou com ADI por entender que a Constituição não prevê o direito de redução de cinco anos para as atividades de direção e coordenação. 
A mencionada ADI foi julgada parcialmente procedente, dando uma interpretação de que os diretores e coordenadores pedagógicos têm direito à redução de 5 anos, desde que estes cargos sejam exercidos por professores. Afastando, assim, a ideia de redução de 05 (cinco) anos para diretores e coordenadores administradores que jamais tenha exercido a docência.
Não haverá direito à redução dos 5 anos, aquela professora que exerceu a docência durante 20 anos de acordo com o que requer e, após, exerce mais cinco anos no ensino superior. Tendo ele, que exercer mais cinco anos para obter a aposentadoria por tempo de contribuição.
Crítica: os especialistas em direito previdenciário dizem que o tempo de contribuição não gera risco social, de modo que pugnam pelo fim deste benefício.
Carência será de 180 contribuições mensais, o SB será contado a partir das 80% maiores salários de contribuição, obrigatoriamente multiplicado pelo fator previdenciário e o RMB será sobre 100% do valor do SB.
Será devida (igual à aposentadoria por idade):
I – Ao segurado empregado e doméstico:
A partir da data do desligamento do empregado, quando requerida até 90 dias depois dela;
A partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após o prazo de 90 dias;
II – para os demais segurados:
A partir da data da entrada do requerimento.
Aposentadoria por tempo de contribuição 85/95 Progressiva (opcional)
Com essa nova regra, os números 89/95 significam uma espécie de pontos a serem atingidos em relação à soma da idade mais o tempo de contribuição para que possam se aposentar integralmente. De modo, que o número de pontos é igual à idade da pessoa mais o tempo de contribuição com o INSS. 
Exemplo:
Uma mulher de 53 anos que tiver trabalhado por 32 anos já pode receber aposentadoria integral. O mesmo vale para um homem de 59 que tiver trabalhado por 36 anos. 
Obs. Esses números serão gradualmente aumentados até 2026, quando chegarão a 90 pontos para as mulheres e 100 para os homens. 
O acima dito não significa que a pessoa só irá aposentar por tempo de contribuição somente quando atingir os 85 ou 95 pontos. Pois, paralelamente, continuam a viger as mesmas para a aposentadoria por tempo de contribuição descritas na Constituição de 1988. Devendo, para tanto, os segurados da Previdência Social obterem 30 anos de contribuição, no caso das mulheres, e 35 anos, no caso dos homens. Modalidade que não afastará o fator previdenciário, contrariamente da nova regra 85/95, que afasta a incidência do fator previdenciário nos cálculos dessa modalidade de aposentadoria, o que se pode convencionar de uma exceção à obrigatoriedade do fator previdenciário na aposentadoria por tempo de contribuição, por ser obrigatório. 
Lembrando que para a regra do 85/95 será exigido, como condição para aposentar, o tempo mínimo de contribuição, de 30 anos para mulheres e de 35 para homens.
Sendo assim, essa nova regra é uma opção de cálculo que permite afastar a aplicação do Fator Previdenciário, caso a pessoa deseje se aposentar antes de completar a soma de “pontos” necessários, ela poderá se aposentar, mas com aplicação do fator previdenciário e, portanto, potencial redução no valor do benefício. Qual a idade mínima para se aposentar pela Regra 85/95? Pelas regras de hoje, não existe idade mínima para aposentadoria por tempo de contribuição no INSS. 
Até 30 de dezembro 2018, para se aposentar por tempo de contribuição, sem incidência do fator previdenciário, o segurado terá de somar 85 pontos, se mulher, e 95 pontos, se homem. A partir de 31 de dezembro de 2018, para afastar o uso do fator, a soma da idade e do tempo de contribuição terá de ser 86, se mulher, e 96, se homem. A lei limita esse escalonamento a 2026, quando a soma para as mulheres deverá ser de 90 pontos e para os homens, 100 – conforme a tabela abaixo:
	
	Mulher
	Homem
	Até 30 de dezembro de 2018
	85
	95
	De 31 de dez/18 a 30 de dez/20
	86
	96
	De 31 de dez/20 a 30 de dez/22
	87
	97
	De 31 de dez/22 a 30 de dez/24
	88
	98
	De 31 de dez/24 a 30 de dez/26
	89
	99
	De 31 de dez/2026 em diante
	90
	100
 
PARA OS PROFESSORES
No caso do professor e da professora que comprovarem exclusivamente o tempo de efetivo exercício de magistério na educação
infantil e no ensino fundamental e médio, eles ganham 5 pontos na soma da idade com o tempo de contribuição. Então, se um professor tem 90 pontos, será considerado que ele atingiu 95. Ou seja, o professor que exerce atividade de magistério, de forma exclusiva, em estabelecimento de educação básica, que inclui a educação infantil, ensino fundamental e médio, em estabelecimento reconhecido pelas autoridades competentes, tem direito a aposentadoria por tempo de contribuição com um redutor de 05 (cinco) anos.
As regras tratadas são válidas somente para quem faz contribuição para o Regime Geral de Previdência Social, cujos benefícios são administrados pelo INSS. Para que o professor, ou professora, tenha direito a aposentadoria é preciso cumprir as seguintes regras:
Com aplicação do fator previdenciário no cálculo da renda mensal:
para o professor: 30 anos de contribuição, sem idade mínima, porém é aplicado o fator previdenciário com um avanço de 5 anos na tabela.
 para a professora: 25 anos de contribuição, sem idade mínima, porém é aplicado o fator previdenciário com avanço de 5 anos na tabela.
Com a regra estabelecida pela Medica Provisória 676 – opção para cálculo da renda mensal inicial sem a aplicação do fator previdenciário. Esta regra vale para requerimento apresentados a partir do dia 18.06.2015:
 para o professor: ter 30 anos de contribuição que somada a idade e o bônus de 5 anos resulte no número 95. Da seguinte forma: 30+60+5=95, sendo que o tempo de contribuição não pode ser menor que 30, mas quanto maior menor será a idade exigida para atingir o número 95.
para a professora: ter 25 anos de contribuição que somada a idade e o bônus de 5 anos resulte no número 85. Da seguinte forma: 25+55+5=85, sendo que o tempo de contribuição não pode ser menor que 25, mas quanto maior menor será a idade exigida para atingir o número 85.
É importante salientar que o INSS exige comprovação da atividade como professor. Para mais detalhes observe as regras descritas na Instrução Normativa nº 077/PRES/INSS de 21 de janeiro de 2015. 
Aposentadoria por idade 
Devida ao Segurado que completar, quando:
Homem urbano – 65 / Homem rural – 60. 
Mulher urbana – 60 / Mulher rural – 55. 
*Não confundir a do professor com a do rural. A do professor será – 5 (menos cinco) anos no tempo de contribuição, enquanto no rural é na idade.
Para efeito da redução dos 05 (cinco) anos: o trabalhador rural deverá comprovar o efetivo exercício dessa atividade, mesmo que descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses necessários para o atingimento da carência desse benefício, ou seja, 180 meses. Podendo ser computados os tempos nas atividades não vedadas a ele (vereador, dirigente sindical, atividade artística...).
Aposentadoria híbrida do rural – ocorre quando o rural não conseguir comprovar os 180 de atividade rural anterior ao requerimento, mas satisfaça as condições para a aposentadoria por idade, utilizando o tempo de atividade exercida em outra modalidade de segurado, fará jus ao benefício ao completar 65 anos se homem e aos 60 anos se mulher.
Nestes casos, para o cálculo do valor do benefício dos períodos em que trabalhou como segurado especial será considerado o valor de um salário mínimo como salário de contribuição.
STJ – para esta aposentadoria por idade híbrida, o tempo de atividade rural deve contar como carência, ainda que inexistam contribuições previdenciárias no período em que exerceu suas atividades como trabalhador rural.
Súmula 46 TNU, 15/03/2012 “o exercício de atividade urbana intercalada não impede a concessão de benefício previdenciário de trabalhador rural, condição que deve ser analisada no caso concreto”.
Assim, não poderá a Autarquia previdenciária, caso comprovado por meio de pesquisas, deixar de aposentar o segurado como rural, pelo fato de ter este trabalhado como urbano por um ou dois meses.
Súmula 54 TNU, 07/05/2012, “para a concessão de aposentadoria por idade de trabalhador rural, o tempo de exercício de atividade equivalente à carência deve ser aferido no período imediatamente anterior ao requerimento administrativo ou à data do implemento da idade mínima”.
A apuração do SB será calculado pela média aritmética dos 80% maiores salários de contribuição, com a utilização facultativa do fator previdenciário.
A averbação de tempo de serviço rural não contributivo não permite majorar o coeficiente de 1% para cada grupo de 12 contribuições até o total de 100%, pois o tempo rural não contributivo não acrescenta esse percentual a cada grupo de doze meses.
Será devida:
I – Ao segurado empregado e doméstico:
A partir da data do desligamento do empregado, quando requerida até 90 dias depois dela;
A partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após o prazo de 90 dias;
II – para os demais segurados:
A partir da data da entrada do requerimento.
APOSENTADORIA ESPECIAL:
Será devida ao Segurado Empregado, Trabalhador Avulso e Contribuinte Individual (neste ultimo caso, somente quando cooperado filiado à cooperativa de produção ou de trabalho), que tenham trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeitos a condições especiais que prejudiquem à saúde ou integridade física.
A concessão dessa aposentadoria especial dependerá da comprovação da exposição, durante 15, 20 ou 25 anos do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente exercido com exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos e biológicos ou à associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.
Há posicionamento dos JEF’S no sentido de que “o segurado contribuinte individual pode obter recolhimento de atividade especial para fins previdenciários, desde que consiga comprovar exposição a agentes --nocivos à saúde ou à integridade física” (Súmula 62 TNU/2012). 
É importante que se realize o entendimento, de que essa súmula está em concordância com o artigo 57, da Lei 8.213/91, que não exclui de qualquer segurado o direito à aposentadoria especial, desde que comprove efetiva exposição a agente nocivo.
Contagem de tempo:
A legislação conta como tempo permanente de exposição a agentes nocivos as férias, os afastamentos por incapacidade, o período de percepção de salário-maternidade, desde a data do afastamento, como se o segurado estivesse exercendo atividade considerada especial.
O Segurado deverá comprovar a efetiva exposição aos agentes nocivos:
Físicos: os ruídos, as vibrações, o ar comprimido, o calor, a umidade, a eletricidade, as pressões anormais, as radiações ionizantes, as radiações não ionizantes;
Químicos: os manifestados por: névoas, neblinas, poeiras, fumos, vapores, de substâncias nocivas presentes no ambiente de trabalho, absorvidos pela respiração, bem como aqueles que forem passíveis de absorção por outras vias; 
Biológicos: microorganismos como bactérias, fungos, parasitas, bacilos, vírus e ricketesias, dentre outros.
Ou agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do benefício.
Súmula 49/TNU: “Para reconhecimento de condição especial de trabalho antes de 29/4/1995, a exposição a agentes nocivos à saúde ou à integridade física não precisa ocorrer de forma permanente.”
EPI e EPC (equipamentos de proteção individual e coletivo):
Nos casos em que a empresa forneça equipamentos que eliminem, minimizem ou controlem a exposição agentes nocivos, não será devida a aposentadoria especial. Devendo esta informação constar no PPP (perfil profissiográfico previdenciário). 
Sobre esse assunto: Súmula 9/TNU: O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado.
STF: Decidiu que o direito à aposentadoria especial pressupõe a efetiva exposição do trabalhador a agente nocivo a sua saúde, de modo que, se o Equipamento de Proteção
Individual (EPI) for realmente capaz de neutralizar a nocividade, não haverá respaldo à concessão constitucional de aposentadoria especial.
Ainda sobre esse assunto, decidiu o STF que na hipótese de ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador no âmbito do PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP), de que o EPI é eficaz não descaracteriza o tempo de serviço especial para a aposentadoria.
Súmula TNU/68: O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade especial do segurado.
PROIBIÇÃO DE CONTINUAR OU RETORNAR À ATIVIDADE APÓS A APOSENTADORIA:
O Segurado que retornar ao exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação do serviço ou categoria de segurado, será imediatamente notificado da cessação do pagamento de sua aposentadoria especial.
O artigo 253, da IN/2010, do INSS/PRES, dispõe que os valores indevidamente recebidos por segurado aposentado especial que retornou ao trabalho em contato com agente nocivo deverão ser devolvidos ao INSS.
CARÊNCIA: 180 contribuições mensais e o salário de benefício é calculado sem a utilização do fator previdenciário. Sendo a renda mensal de benefício de 100% do salário de benefício.
Data de início do benefício: é fixada da esma forma que a aposentadoria por idade: 
Será devida (igual à aposentadoria por idade):
I – Ao segurado empregado e doméstico:
A partir da data do desligamento do empregado, quando requerida até 90 dias depois dela;
A partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando for requerida após o prazo de 90 dias;
II – para os demais segurados:
A partir da data da entrada do requerimento.
OBS. A aposentadoria especial cessa somente com a morte do segurado.
CONVERSÃO DE TEMPO ENTRE ATIVIDADES ESPECIAL:
Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais, sem completar o tempo mínimo exigido em qualquer delas. 
	TEMPO A CONVERTER
	MULTIPLICADORES
	
	PARA 15
	PARA 20
	PARA 25
	DE 15 ANOS
	-
	1,33
	1,67
	DE 20 ANOS
	0,75
	-
	1,25
	DE 25 ANOS
	0,60
	0,80
	-
CONVERSÃO DE TEMPO DE ATIVIDADE ESPECIAL PARA COMUM.
	TEMPO A CONVERTER
	MULTIPLICADORES
	TEMPO MÍNIMO EXIGIDO
	
	MULHER
(PARA 30)
	HOMEM
(PARA 35)
	
	DE 15 ANOS
	2,00
	2,33
	3 Anos
	DE 20 ANOS
	1,50
	1,75
	4 Anos
	DE 25 ANOS
	1,20
	1,40
	5 Anos
CONVERSÃO DE TEMPO DE ATIVIDADE COMUM PARA ESPECIAL.
A legislação previdenciária não permite este tipo de conversão. Podendo, entretanto, o segurado converter o tempo de exercício em atividade especial para comum, requisitando esta modalidade de aposentadoria.
TEMPOS MÍNIMOS PARA ADMITIR A CONVERSÃO
	TEMPO A CONVERTER
	TEMPO MÍNIMO EXIGIDO
	DE 15 ANOS
	3 ANOS
	DE 20 ANOS
	4 ANOS
	DE 25 ANOS
	5 ANOS
SALÁRIOS
Salário-família
É o benefício devido ao Segurados Empregados e Trabalhadores Avulsos de baixa renda, na proporção do respectivo número de filhos ou equiparados, menores de 14 anos ou inválidos, de qualquer idade.
De baixa renda será aquele trabalhador que receba remuneração igual ou menor que R$ 1.089,72 (Portaria interministerial MPS/MF 13, 09/01/2015). Valor, em regra, atualizado anualmente. 
O Doméstico também fará jus a este benefício, quando da regulamentação da EC 72/2013. Visto que tal Emenda estende esse benefício a essa modalidade de segurado.
Aos filhos e equiparados, quando inválidos, o pagamento do benefício deverá ser precedido de exame médico-pericial a cargo da Previdência Social.
*Os Segurados Empregados e Trabalhadores Avulsos, quando aposentados por invalidez, os por idade e os demais aposentados, a partir de 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher, terão direito ao salário-família, que será pago juntamente com a aposentadoria. 
Cota do salário-família – consiste num valor fixo pago mensalmente ao segurado por cada filho que atenda às exigências legais, na seguinte conformidade:
R$ 37,18 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 725,02;
R$ 26,20 para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 725,02 e igualou inferior a R$ 1.089,72.
Para fins de apuração da faixa salarial do segurado, considera-se remuneração mensal o valor total do respectivo salário de contribuição, ainda que resultante da soma dos valores recebidos em diversos vínculos (Portaria interministerial MPS/MF, art. 4º, §1º). Logo, se a soma ultrapassa o valor considerado como de baixa renda, o segurado não terá direito ao benefício.
O 13º e o 1/3 adicional constitucional de férias não serão considerados para fins de percepção do salário-família.
O salário-família será pago juntamente com a sua remuneração mensal pela empresa. Devendo a empresa compensar-se junto ao INSS. 
Contudo, ainda que a Lei verse sobre compensação, na verdade o que há é um reembolso por parte do INSS em relação aos valores versados aos segurados, pelas empresas, relativos aos salários-família.
Caberá ao INSS o pagamento do salário família aos empregados e trabalhadores avulsos aposentados por invalidez ou em gozo de auxílio doença.
Ainda será pago pelo INSS quando do mês de afastamento das atividades do segurado e, pela empresa, no mês de retorno do segurado.
Ainda que trabalhem na mesma empresa, pai e mãe terão direito ao salário família. Mesmo que possuam filhos em comum, cada genitor perceberá o salário correspondente ao número de filhos.
Carência – não há.
Devendo ser pago a partir da apresentação da certidão de nascimento do filho ou da documentação relativa ao equiparado. Estando, este último, obrigado à apresentação de documento de vacinação até completar sete anos, bem como comprovação semestral de frequência escolar.
Os filhos deverão estar matriculados regularmente na escola e com a carteirinha de vacinação em dia.
O Direito ao salário-família cessa automaticamente:
Pela morte do filho ou equiparado, a contar do mês seguinte ao óbito;
Quando esses completarem 14 anos, salvo na qualidade de inválido;
Pela recuperação da capacidade;
Pelo desemprego do segurado.
SALÁRIO MATERNIDADE
É benefício devido à Segurada, durante 120 dias, com início 28 dias antes e término 91 dias depois do parto. Ainda que ocorra o parto antecipado, esse benefício será devido por 120 dias. 
São 28 dias antes mais o dia do parto e os 91 dias depois do parto, totalizando os 120 dias. 
Em casos excepcionais, os períodos de repouso anteriores e posteriores ao parto podem ser aumentados de mais duas semanas, mediante atestado médico específico. Podendo, a segurada, obter 4 semanas adicionais de descanso.
A carência:
Para as Seguradas Contribuintes individuais, especial e facultativa será o equivalente a 10 contribuições mensais.
Nos casos de partos antecipados, o período de carência será reduzido em número equivalente ...
A Segurada Especial deverá comprovar o exercício de atividade rural nos últimos 10 meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício, ainda que de forma descontínua.
Aborto não criminoso: se ocorrer antes da 23ª semana de gestação, comprovado por laudo médico, a Segurada terá direito ao salário-maternidade correspondente a duas semanas (art. 93, §5º, RPS, aprovado pelo Decreto 3.048/99).
Será pago:
No caso de Segurada Empregada: pela empresa com reembolso do INSS, por meio de dedução das demais contribuições previdenciárias;
As demais seguradas serão pagas pelo INSS.
Isso foi definido pela Lei 10.710/2003. Visto que, antes, era o INSS o encarregado de pagar o benefício a todas as modalidades de seguradas.
A Lei 12.470/2011 alterou a forma de pagamento do salário maternidade da empregada ou avulsa contratada pelo MEI, imputando a responsabilidade pela quitação do benefício à Previdência Social.
Renda mensal do Salário maternidade não é calculada com base no salário de benefício. Dependendo, a forma de cálculo, da
categoria a qual a segurada pertence:
Empregadas: será o valor da remuneração, podendo ultrapassar o teto do INSS, sendo, contudo, limitada ao valor do teto do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Importante dizer que, para os casos de a segurada ter remuneração que supere esse teto, será a empresa a ter que completar o valor do benefício.
Trabalhadoras avulsas: sua última remuneração integral equivalente a um mês de trabalho, não sujeito ao limite máximo do salário de contribuição, exceto ao limite imposto aos Ministros do STF. Ou seja, vai se limitar ao teto do judiciário.
Empregada doméstica: valor correspondente a seu último salário de contribuição, sujeito ao limite do maior salário de contribuição. 
Nos casos em que a segurada doméstica possua menos de 12 salários de contribuição nos 15 meses anteriores ao parto, seu benefício corresponderá a 1/12 do montante correspondente à soma dos meses de contribuição.
Adoção e Guarda Judicial
Ao segurado ou segurada que adotar ou obtiver a Guarda Judicial para fins de adoção de criança, de qualquer idade – criança é a pessoa menor de 12 anos de idade (art. 2º ECRIAD), será devido o salário maternidade pelo período de 120 dias (Art. 71-A, 8.213/91).
Adoção
Art. 71-A.  Ao segurado ou segurada da Previdência Social que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança é devido salário-maternidade pelo período de 120 (cento e vinte) dias. (Redação dada pela Lei nº 12.873, de 2013)
Homens e mulheres que adotarem terão direito ao salário maternidade. O que não se cumula, visto que a ideia inicial é a de o benefício ser concedido somente às mulheres. Contudo, para os casos do artigo 71 A, os homens também terão direito ao salário maternidade pelo período de 120 dias.
Falecimento
Outrossim, para os casos de falecimento da segurada ou do segurado que fizer jus ao recebimento do salário maternidade, o benefício será pago por todo o período ou pelo tempo restante a que teria direito, ao cônjuge ou companheiro sobrevivente que tenha a qualidade de segurado, exceto no caso do falecimento do filho ou de abandono, observadas as normas aplicáveis ao salario maternidade.
Falecimento da criança antes do prazo final 
No caso de falecimento de segurado ou segurada, deve ser requerido até o último dia do prazo previsto para o término do salário maternidade originário, devendo ser pago diretamente pela Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término do salário maternidade originário e será calculado sobre:
I – a remuneração integral, para o empregado e trabalhador avulso;
II – o último salário de contribuição, para o empregado doméstico;
III – 1/12 da soma dos 12 últimos salários de contribuição, apurados em um período não superior a 15 meses, para o contribuinte individual, facultativo e desempregado; e
IV – o valor do salário mínimo, para o segurado especial.
AUXÍLIO DOENÇA (arts. 59 a 64, 8.213/91 e 71 a 80 Dec. 3048/99).
Beneficiários: qualquer segurado;
Requisitos: deve estar incapaz temporariamente, podendo vir de doença ou de um acidente. A questão da doença pré-existente serve para o presente benefício. Ou seja, o segurado se houver doença ou lesão pré-existente, o segurado não terá direito ao benefício, exceto se houve o agravamento ou progressão da doença ou lesão. Pois, doença e incapacidade são diferentes. 
Carência: igual ao da aposentadoria por invalidez. Ou seja, a cobrança ou não da carência dependerá do evento causador da incapacidade.
Acidente (qualquer acidente) e/ou por doença profissional ou do trabalho (art. 19, 20, 21, 8.213/91), doenças graves (portaria interministerial nº 1998/ acrescido do Art. 151, 8.213/91 mais a hepatopatia grave) – nestes casos não haverá carência.
Se não for nenhuma das situações acima (outras situações), a carência do auxílio doença será de 12 meses.
RMI: 91% do salário de benefício.
Início do benefício: 
Empregados – a partir do 16º dia do afastamento das atividades, pois os primeiros 15 dias quem paga é a empresa. 
Ou, se entre o afastamento e o pedido decorrerem mais de trinta dias, receberá do requerimento.
Demais segurados: a partir da data da incapacidade (determinada pelo perito) ou a partir da data do requerimento se o benefício foi solicitado após 30 dias do afastamento.
Término do benefício: 
a) com a morte do segurado. No caso de haver dependentes, transforma-se em pensão por morte;
b) quando o segurado retorna ao trabalho recuperado;
c) quando sua saúde piora e o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez. 
Obs. Está previsto na lei, ainda que não aconteça. A previdência pode, de ofício, processar o benefício. Ou seja, restando sabedora da situação penosa do beneficiário a própria previdência inicia o processo para conceder o benefício ao segurado. 
Obs. As aposentadorias por tempo de contribuição, a especial e a por idade Art. 3º da lei 10.666/2003. Mas a aposentadoria por invalidez e o auxílio doença necessitam da qualidade de segurado.
AUXÍLIO ACIDENTE (art. 86, 8.213/91 e art, 104, Dec. 3048/99).
É espécie de benefício de caráter indenizatório, devido uma redução da incapacidade do segurado.
Beneficiários – Empregados, trabalhadores avulsos e os segurados especiais.
Requisitos básicos – qualquer acidente (não precisa ser acidente de trabalho) que tenha deixado sequelas que levaram a uma redução da capacidade do segurado.
Qualidade de segurado – será necessária essa qualidade. Logo, não se paga a quem não esteja em exercício de uma atividade. Em sendo assim, se o segurado estiver no período de graça o INSS não paga este auxílio. Contudo, o judiciário não pensa da mesma forma, quando será possível o seu pagamento durante o período de graça.
Carência – não possui carência.
RMI – 50% do salário de Benefício.
Término do benefício – com a morte, não instituindo pensão por morte, pois é indenizatório e personalíssimo. Também, com a concessão de qualquer das aposentadorias do RGPS.
*A partir da lei 9528/97 quando foi proibida a cumulação do auxílio acidente com qualquer aposentadoria. Contudo, os valores recebidos como auxílio acidente serão considerados como auxílio acidente de contribuição para o cálculo da aposentadoria.
PAGOS AOS DEPENDENTES:
1) Pensão por morte (arts. 74 a 79, lei 8.213/91 e arts. 105 a 115, dec. 3048/99):
Quem recebe: os dependentes de quaisquer segurados.
Carência: este benefício não possui carência. Contudo, a qualidade de segurado é muito importante (contribuindo ou em período de graça).
Valor da pensão por morte: vai depender se o segurado estava:
Aposentado – o benefício será no valor de 100% da aposentadoria.
Não aposentado – o benefício será realizado como se no dia em que o segurado morreu, ele havia aposentado como aposentadoria por invalidez. Quando o benefício será de 100% do valor encontrado.
Início do pagamento: a família terá até 30 dias da data do óbito. E, após este prazo, o dependente receberá da data do requerimento.
Obs. Para os casos de morte presumida, na data da decisão judicial que concede o benefício.
Término do benefício: Aqui, antes de tudo, deve-se levar em consideração o final do direito, extinção em relação às cotas de cada dependente, que ocorrerá quando terminarem as condições para o recebimento de cada dependente.
Assim, o benefício só cessará quando cessar todas as cotas de todos os beneficiários. 
Quando era possível acumular a aposentadoria e o auxílio acidente, este último não será contado para fins de benefício.
A presidente da República editou a Medida Provisória 664/2014 com a finalidade de diminuir as despesas públicas trazendo algumas mudanças na concessão da pensão por morte paga pelo INSS, sendo que a referida MP foi convertida na Lei nº 13.135/2015.
As principais mudanças que a nova lei trouxe são:
Perderá o direito de receber a pensão por morte:
para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 (vinte e um) anos
de idade, salvo se for inválido ou com deficiência;
para filho ou irmão inválido, pela cessação da invalidez;
para filho ou irmão que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave, pelo afastamento da deficiência, nos termos do regulamento; (entra em vigor somente após 2 anos da publicação da lei)
para cônjuge ou companheiro (aqui temos a principal mudança):
se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação das alíneas b e c;
se o segurado não cumprir carência de 18 (dezoito) contribuições mensais ou o casamento/união estável tiverem sido iniciados em menos de 2 (dois) anos antes do óbito do segurado, receberá 4 meses de benefício;
se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável:
Idade do dependente-cônjuge/companheiro (a) na data do falecimento do segurado. Período que receberá pensão:
menos de 21 (vinte e um) anos de idade-3 anos
entre 21 (vinte e um) e 26 (vinte e seis) anos de idade-6 anos
entre 27 (vinte e sete) e 29 (vinte e nove) anos de idade-10 anos
entre 30 (trinta) e 40 (quarenta) anos de idade-15 anos
entre 41 (quarenta e um) e 43 (quarenta e três) anos de idade-20 anos
com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade-Vitalícia
Quanto aos benefícios que foram concedidos na vigência da MP 664/2014 e foram limitados a 50%, no meu entender, cabe ação judicial contra o INSS para que seja concedido 100%, visto que tal alteração não foi convertida em lei, logo, tal regra não teria validade. Por isso, os dependentes que tiveram sua pensão por morte limitada a 50% do salário de benefício mais 10% por dependente devem consultar um advogado previdenciário para que seja estudada a possibilidade da propositura de medidas para alterar o valor da pensão por morte.
Portanto, essas são as principais mudanças após a Lei nº 13.135/2015 que alteram além da pensão por morte dos segurados do INSS outras regras sobre o auxílio-doença que serão objeto de outro artigo, qualquer dúvida sempre é bom consultar uma agência do INSS ou um advogado especializado em direito previdenciário.
PS: A carência do item 2 que foi citada acima só deve ser observada quando o benefício for para o dependente cônjuge ou companheiro (a) não se aplicando para os demais que não possuem carência para obter pensão por morte.
O benefício continuará vitalício para cônjuges com 44 anos de idade ou mais. Para cônjuges com idade inferior a essa, o tempo de duração da pensão será escalonado (veja tabela). Há exceção para cônjuges inválidos, que terão direito à pensão vitalícia.
2) Auxílio reclusão (art. 80, da lei 8.213/91 e arts. 116 a 119, do decr. 3048/99):
Quem recebe: os dependentes de segurado baixa renda que tenha sido preso (R$ 1.089,72).
Carência: A pessoa sob medida de segurança e o menor internado, se eles forem de baixa renda os seus dependentes terão direito ao auxílio.
Se o segurado estiver recebendo algum tipo de benefício, a família não terá o direito ao auxílio reclusão. Contudo, se o preso trabalha na prisão a família poderá continuar a receber o auxílio reclusão.
Início do pagamento do benefício: se pede até 30 dias do recolhimento à prisão será da data da prisão. Caso ultrapasse este prazo será da data do requerimento.
Carência: pelo menos 24 contribuições mensais. Até o último dia de fevereiro, bastava um pagamento para dar direito ao benefício. Agora, é preciso ter no mínimo esse tempo como segurado, que não precisa ser contínuo.
A regra vale também para segurados individuais (autônomos e trabalhadores sem registro na carteira) e facultativos (donas de casa e estudantes), que antes deveriam ter pelo menos dez contribuições para solicitar o auxílio-reclusão.
Período de Graça - Caso o segurado esteja desempregado quando for preso, ou tenha parado de pagar o INSS por algum outro motivo, sua família poderá requisitar o benefício desde que ele ainda esteja na qualidade de segurado, que varia de 12 a 36 meses – o prazo aumenta em um ano se ele tiver dado entrada no seguro-desemprego, e em mais 12 meses se tiver contribuído com a Previdência por pelo menos dez anos (120 contribuições mensais).
Valor Mensal – Baseia-se na média de 80% dos maiores salários de contribuição do segurado pagos desde julho de 1994. Aquele que for encarcerado a partir de agora terá direito a apenas 50% desse valor, mais 10% por dependente. 
Para ter direito ao auxílio-reclusão:
o último salário de contribuição deve ser inferior a R$ 1.089,72, independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas. 
o cônjuge deve estar há pelo menos dois anos em uma união estável, ou casado, antes de o segurado ser preso. 
os filhos nascidos durante o período de encarceramento terão direito ao benefício a partir da data do nascimento.
Período de duração do benefício:
A escala vai de três anos, para quem tem expectativa maior que 55 anos, até expectativa de 35 anos, com direito ao benefício até o momento que o segurado estiver preso. “Uma pessoa acima de 44 anos (35 anos de expectativa) tem direito ao auxílio, durante todo o período de reclusão e até um ano depois do cumprimento da pena do cônjuge”.
Quando terminarem todas as cotas dentro dos períodos acima estipulados. Lembrar que, quando da morte do segurado, o auxílio será transformado em pensão por morte.
Para que os dependentes deem continuidade ao benefício, é necessária a comprovação da condição do preso no INSS, a cada três meses. Em caso de morte do segurado na cadeia, o auxílio é convertido para pensão.
Suspensão: 
Será suspenso quando o segurado sai da prisão, seja qual for a situação, fuga por exemplo.
Obs. Terá direito ao auxílio em decorrência de regimes de prisão fechado e semiaberto. E não há a necessidade de trânsito em julgado para a obtenção do benefício.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais