Buscar

Prova Imagens - Roberto César (MONITOR)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Roberto César de Carvalho Filho – S6 
Universidade Federal do Ceará 
Faculdade de Medicina 
Departamento de Medicina Clínica 
Monitoria de Pneumologia e Cirurgia Torácica 
1- Sobre a radiografia de tórax mostrada: 
a) Indique qual incidência foi utilizada. 
b) Quais parâmetros são usados para avaliar a qualidade da radiografia? 
 
Respostas 
1- a) PA. 
 b) Dose de radiação, grau de inspiração e alinhamento. 
2- Sobre os padrões respiratórios, responda: 
a) Quais os tipos de respiração mostrados? 
b) Indique uma causa para cada padrão respiratório. 
 
Respostas 
2- a) A: Dispneia. 
 B: Respiração de Cheyne-Stokes. 
 C: Respiração de Biot. 
 D: Respiração de Kussmaul. 
 b) A: Exercício físico intenso. 
 B: AVC, TCE. 
 C: Coma, meningite, hematoma extradural. 
 D: Cetoacidose diabética. 
3- Paciente, 22 anos, alcoolista crônico, com história de tosse seca 
persistente e febre vespertina há 3 semanas, procura o ambulatório de 
pneumologia, onde solicitam a radiografia de tórax e encontram a 
imagem mostrada. 
a) Descreva a alteração presente no exame. 
b) Como você confirmaria o diagnóstico? 
Respostas 
3- a) Cavitação bem delimitada, de paredes espessadas, sem nível 
hidroaéreo, em ápice pulmonar direito. 
 b) Baciloscopia direta do escarro, sendo a coleta feita no momento 
da consulta e na manhã seguinte. 
Cavitação da TB Carcinoma cavitado 
• Cavitação bem definida, de paredes 
regulares e espessas. 
• Cavitação de paredes irregulares, 
espessas e nodulares. 
4- Paciente, feminino, 11 anos, com história de paralisia “por trabalho 
de parto prolongado” (segundo a mãe) deu entrada no HIAS com tosse 
produtiva, dor torácica ventilatório dependente e febre baixa (38,5ºC). 
Iniciou antibioticoterapia sem sucesso. Baseado no exame: 
a) Descreva a alteração presente no exame. 
b) Cite um microorganismo causador da alteração. 
Respostas 
4- a) Cavitação com nível hidroaéreo em porção superior do lobo 
inferior esquerdo. 
 b) S. pneumoniae, K. pneumoniae, H. influenzae, anaeróbios... 
5- Paciente, masculino, 73 anos, tabagista pesado de longa data, dá 
entrada na emergência com tosse seca persistente e dispneia aos 
pequenos esforços. Relata piora da secreção, que tornou-se amarelada. 
O resultado de sua espirometria está mostrado a seguir. 
a) Cite uma hipótese diagnóstica. 
b) Qual o laudo da espirometria? 
Respostas 
5- a) DPOC, bronquiectasia. 
 b) Distúrbio ventilatório obstrutivo grave com CVF reduzida, sem 
resposta ao broncodilatador. 
 1. Observar o valor medido índice de Tiffeneau (VEF1/CVF). Se VEF1/CVF for 
menor que 70%, caracteriza distúrbio obstrutivo; 
 2. Se distúrbio obstrutivo, olhe para o valor de VEF1 para caracterizar se o 
distúrbio é leve, moderado ou grave; 
 3. Se distúrbio restritivo ou VEF1/CVF normal, olhe para o valor de VEF1 para 
caracterizar se o distúrbio é leve, moderado ou grave; 
 4. Se houver prova brondilatadora, observar se há ou não positividade a ela. Se 
houver aumento de 10% a 12% ou de 200mL, considera-se resposta positiva ao 
BD. 
Respostas 
5- a) DPOC, bronquiectasia. 
 b) Distúrbio ventilatório obstrutivo grave com CVF reduzida, sem 
resposta ao broncodilatador. 
 1. Observar o valor medido índice de Tiffeneau (VEF1/CVF). Se VEF1/CVF for 
menor que 70%, caracteriza distúrbio obstrutivo; 
 2. Se distúrbio obstrutivo, olhe para o valor de VEF1 para caracterizar se o 
distúrbio é leve, moderado ou grave; 
 3. Se distúrbio restritivo ou VEF1/CVF normal, olhe para o valor de VEF1 para 
caracterizar se o distúrbio é leve, moderado ou grave; 
 4. Se houver prova brondilatadora, observar se há ou não positividade a ela. Se 
houver aumento de 10% a 12% ou de 200mL, considera-se resposta positiva ao 
BD. 
Distúrbio Restritivo Obstrutivo Obstrutivo 
%CVF %VEF1 %VEF1/CVF 
Leve 60-80 60-80 60-80 
Moderado 51-59 41-59 41-59 
Grave < 50 < 40 < 40 
6- Paciente, ex-tabagista, vem apresentando dispneia progressiva, tosse 
seca e episódios de cianose. Baseado no exame: 
a) Indique um achado de imagem que pode ser visto nesse exame. 
b) Qual janela está sendo mostrada à TC? 
Respostas 
6- a) Áreas de enfisema. 
 b) Janela pulmonar. 
7- Paciente, masculino, 55 anos, etilista e tabagista (parou há um ano, 
mas fumava cerca de 50 maços/ano), com história de tosse, 
expectoração mucoide e episódios de hemoptise há 2 meses. Relata 
febre não mensurada. Ao exame, apresentava-se emagrecido (perda de 
mais de 10kg em 2 meses), com estado geral comprometido. 
Sobre o caso citado, pede-se: 
a) Qual sua hipótese diagnóstica? 
b) Cite dois diagnósticos diferenciais. 
c) Como faria a investigação desse paciente? 
Respostas 
7- a) TB. 
 b) Pneumonia, Ca de pulmão. 
 c) Baciloscopia direta do escarro. 
8- Com relação ao caso da questão anterior, foi feita baciloscopia do 
escarro, porém esta foi negativa. Pergunta-se: 
a) Caso não tivesse escarro, como seria feita a baciloscopia? 
b) Como deve ser feita a baciloscopia normalmente? 
c) O diagnóstico de TB já poderia ser descartado? 
d) Quais são os possíveis resultados do PPD? 
Respostas 
8- a) Induzir o escarro com solução salina de NaCl a 3%. 
 b) Colher o material no momento da consulta e na manhã seguinte. 
 c) Não. 
 d) Não reator (0-4mm), reator fraco (5-9mm) e reator forte 
(>10mm). 
9- Ainda com relação ao mesmo caso, confirmou-se o diagnóstico de 
TB pulmonar. Sendo assim: 
a) Como você faria o tratamento desse paciente? 
b) Se o paciente tivesse cirrose (devido ao etilismo), o que você faria? 
c) Existe alguma diferença do tratamento do paciente comum para o 
tratamento do diabético? E do nefropata? E da gestante? 
d) Após um mês de tratamento, o paciente volta ao ambulatório dizendo 
que sua urina ficou laranja. Qual a conduta? 
e) Cite dois efeitos colaterais de cada um dos medicamentos que fazem 
parte do esquema básico para o tratamento da TB. 
Respostas 
9- a) Vide tabela 1. 
 b) Vide tabela 2. 
 c) Vide quadro 3. 
 d) Orientar o paciente dizendo que isso é um efeito colateral da 
rifampicina. 
 e) Todas as drogas: hepatotoxicidade, náuseas e vômitos; 
 Rifampicina: urina de cor laranja, trombocitopenia, anemia 
hemolítica. 
 Isoniazida: neuropatia periférica, prurido cutâneo, psicose, 
encefalopatia tóxica. 
 Pirazinamida: hiperuricemia, rabdomiólise, gota. 
 Etambutol: neurite óptica, escotomas, neuropatia periférica. 
Respostas 
Tabela 1 – Esquema básico para o tratamento da tuberculose no adulto, no adolescente 
e na criança acima de 10 anos. 
Esquema Drogas Posologia Duração 
2RHZE 
(Fase intensiva) 
R = rifampicina 
H = isoniazida 
Z = pirazinamida 
E = etambutol 
4 comprimidos/dia 
(Para peso > 50kg) 
2 meses 
4RH 
(Fase de manutenção 
R = rifampicina 
H = isoniazida 
4 comprimidos/dia 
(para peso > 50kg) 
4 meses 
Respostas 
Tabela 2 – Esquema para o tratamento da tuberculose no paciente hepatopata 
Condição pré-tratamento Esquema Duração 
Doença hepática (sem cirrose) e transaminases 
com aumento > 3 vezes 
Rifampicina 
Isoniazida 
Etambutol 
9 meses 
Doença hepática (sem cirrose) e transaminases 
com aumento < 3 vezes 
Esquema básico 6 meses 
Cirrose hepática Rifampicina 
Etambutol 
Quinolona respiratória ou 
cicloserina 
12 meses a 
18 meses 
Doença hepática crônica sem evidência de 
atividade e com transaminases < 3 vezes 
Esquema básico 6 meses 
Doença hepática crônica com evidência clínica 
de atividade ou com transaminases > 3 vezes 
2RHSE/6HE, 2RHE/6HE,
2HSE/10HE ou 3SEO/9EO 
8 ou 12 
meses 
Respostas 
 Gestação: 
 Realizar o esquema básico normalmente; 
 Associar piridoxina para reduzir o risco de convulsão no RN (efeito 
colateral da isoniazida). 
 Nefropatia: 
 Realizar controle da função renal; 
 Não usar etambutol com clearance de creatinina < 30mL/min 
 Diabetes: 
 Prolongar o tratamento para 9 meses; 
 Substituir o hipoglicemiante oral por insulina. 
10- MVM, 14 anos, feminina, refere há 18 dias sonolência, cefaléia, 
febre baixa e anorexia. Hoje apresentou quadro de desmaio com 
liberação esfincteriana, sendo trazida ao PS, onde foram constatados ao 
exame neurológico rigidez de nuca e paralisia do IV par craniano 
esquerdo. 
a) Qual a sua hipótese diagnóstica? 
b) Que exames você solicitaria? 
c) Como faria o tratamento dessa paciente? 
Respostas 
10- a) Meningite tuberculosa. 
 b) Pesquisa de BAAR no líquor, pesquisa de ácido tubérculo-
esteárico no líquor. 
 c) Vide tabela 4. 
Tabela 4 – Esquema para o tratamento da meningoencefalite tuberculosa no adulto, no 
adolescente e na criança acima de 10 anos. 
Esquema Drogas Posologia Duração 
2RHZE 
(Fase intensiva) 
R = rifampicina 
H = isoniazida 
Z = pirazinamida 
E = etambutol 
4 comprimidos/dia 
(Para peso > 50kg) 
2 meses 
7RH 
(Fase de manutenção 
R = rifampicina 
H = isoniazida 
4 comprimidos/dia 
(para peso > 50kg) 
7 meses 
11- Paciente, masculino, 68 anos, portador de HAS e DM, dá entrada na 
emergência do HGF com dispneia, tosse com expectoração (relata que o 
escarro tinha um aspecto ferruginoso) com leve dor abdominal que piora com a 
inspiração. Nega febre. FC = 64bpm, FR = 22irpm, PA = 110x70 mmHg. AP: 
crepitações em base pulmonar esquerda. Foi solicitado rx de tórax (mostrado 
acima). 
a) Qual o achado no exame de imagem? 
b) Cite o provável agente causador. 
c) Você internaria esse paciente? 
Respostas 
11- a) Broncograma aéreo em base pulmonar esquerda. 
 b) Streptococcus pneumoniae. 
 c) Depende do resultado da ureia. Se ureia > 50mg/dL, o paciente 
teria critérios para internação. Se ureia < 50mg/dL, o tratamento 
seria ambulatorial. 
 
*Obs.: Lembrar do escore CURB-65! 
 - Confusão mental 
 - Ureia > 50mg/dL 
 - Respiração > 30irpm 
 - Blood pressure (PA): PAs < 90mmHg e/ou PAd < 60mmHg. 
 - 65 = idade. 
 Se escore = 0 ou 1 (apenas a idade pontua): ambulatorial. Se escore 
= 1: internamento. Se escore = 2: UTI (lembrar de usar também os 
critérios de Ewig!). 
12- Paciente, masculino, 32 anos, deu entrada na emergência do HGF 
com dispneia, tosse produtiva com expectoração amarelada e febre há 3 
dias. Ao exame: FC = 100bpm, FR = 32irpm, PA = 80x50mmHg, T = 
38ºC. AP: Apresentava crepitações em bases pulmonares, 
bilateralmente. Foi solicitado radiografia de tórax (mostrada acima). 
Sobre esse paciente: 
a) Qual o achado no exame de imagem? 
b) Cite um provável agente causador. 
c) Esse paciente apresenta critérios para internação na UTI? 
Respostas 
12- a) Opacidade bilateral (mais extensa na metade inferior do pulmão 
esquerdo) e cavitações em ápice de lobo inferior à direita e à 
esquerda. 
 b) Staphylococcus aureus. 
 c) Sim, pois apresenta CURB-65 > 2 e 2 critérios menores de Ewig 
(PA e acometimento bilateral na radiografia de tórax). 
*Obs.: Critérios de Ewig: 
 Critérios maiores: 
 - Choque séptico; 
 - Necessidade de ventilação mecânica. 
 Critérios menores: 
 - Acometimento de dois ou mais lobos pulmonares; 
 - PAs < 90mmHg e/ou PAd < 60mmHg; 
 - PaO2/FiO2 < 250 
 
 Se houver a presença de, pelo menos, 1 critério maior ou 2 critérios 
menores, deve-se internar o paciente na UTI! 
13- Paciente, 28 anos, com história de tratamento para TB há 6 anos, 
procurou o serviço de Pneumologia com queixa de dispneia, tosse 
produtiva com expectoração amarelada e hemoptise. Foram solicitados 
radiografia de tórax e TCAR (imagens mostradas acima). Sobre o caso 
relatado: 
a) Qual o achado na TCAR? 
b) Qual a hipótese diagnóstica? 
c) Cite os agentes mais comuns para essa patologia. 
d) Qual o tratamento? 
Respostas 
13- a) Brônquios aglomerados com paredes espessadas à direita. 
 b) Bronquiectasia. 
 c) Fase inicial: Haemophilus influenzae e Streptococcus 
pneumoniae; 
 Fase crônica: Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa. 
 d) Hemófilos e estrepto: amoxicilina-clavulanato, macrolídeos 
(azitromicina, eritromicina) ou quinolona respiratória 
(levofloxacina). 
 S. aureus: oxacilina (se resistente, usar vancomicina!). 
 Pseudomonas: cefepime, ceftazidima, piperacilina-tazobactam, 
meropenem, imipenem. 
Radiografia mostrando opacidades lineares paralelas (“em trilho de trem”), 
características da bronquiectasia. 
TCAR mostrando brônquio de diâmetro maior do que a artéria adjacente (= “sinal 
do anel”), característico da bronquiectasia.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais