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REVISAÇO 1 PARA AV I CIVIL IV

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DIREITO CIVIL IV
REVISAÇO 1 PARA AV1
sábado, 2 de março de 2013
Fonte : http://direitonoassunto.blogspot.com.br/2013/03/direito-civil-iv.html
Direito Civil IV 
Direito Civil IV
Profa. Therezinha
No direito civil a responsabilidade é patrimonial (se a pessoa não tem bens, não receberemos).
Matéria do semestre começa no art. 1196 e vai até o 1510 CC
ESTUDAR art. 1225 CC (12 direitos reais) – MUITO IMPORTANTE – HÁ LIMITE (EXISTEM OS 12 DIREITOS REAIS PREVISTOS E NENHUM MAIS)
Direitos Reais – Direito das Coisas (erga omnes → contra todos)
→ Conceito => visa regulamentar as relações entre o homem e as coisas, realizando normas de aquisição, uso, conservação dos bens que possuem interesse econômico. Os direitos reais compreendem os bens materiais (móveis e imóveis) e os imateriais (direitos autorais que é uma modalidade especial de propriedade). 
→ Classificação
Clássica => tem no Direito Romano. Estuda a propriedade.
Científica => Estuda o direito de propriedade de forma mais ampla que a clássica (sendo que compreende a escola anterior).
Legal => regulada pela lei (vide art. 1225 CC).
→ Diferença entre reais (erga omnes / poder imediato => exigível de pronto sem intermediário / o titular do direito é o sujeito ativo (somente o proprietário – aquele que tem o bem registrado em seu nome – poderá propor a ação judicial / POSSUEM LIMITE (vide art. 1225 CC) / supõem o uso direto da coisa, desde que ela esteja a sua disposição / objeto é um bem (móvel ou imóvel)) X obrigacionais (pessoal → oponível somente contra os envolvidos no contrato (contratante e contratado) / relação entre pessoas e contratos / a ação judicial será proposta face ao indivíduo que figura no contrato / objeto é uma prestação/obrigação (dar, fazer ou não fazer, etc.) / ILIMITADOS (conforme o definido no contrato) / poder mediato => necessita sempre de um intermediário que é aquele que vai cumprir a obrigação).
→ direito de preferência => nos direitos reais é restrito. É privilégio do credor em receber uma dívida com garantia real. No caso de inadimplemento, o credor tem preferência sobre o bem.
→ modos de aquisição da posse (art. 1204 CC) => no Direito Civil a posse de bem móvel se dá com a tradição – entrega do bem – (art. 1227 CC) e do imóvel através de seu registro no cartório específico.
Obs.: A posse pode ser adquirida pela própria pessoa ou por representante legal (tutor, curador, pais) ou por procurador com poderes especiais (procuração pública com finalidade específica para tal fim – mandado).
Obs2: Por terceiro sem procuração deverá ocorrer a ratificação posterior.
Obs3: Quem adquire a posse de imóvel presume-se adquirir as coisas móveis pertencentes ao imóvel (ex: mobília) – a não ser que disposto em contrário no contrato.
Obs4: A posse transmite-se aos herdeiros do possuidor com as mesmas características (vale também para o usucapião).
Obs5: Permissão, tolerância, detenção (caseiro => presta um serviço e cumpre ordens) não resulta posse. Atos violentos, clandestinos também não induzem posse.
→ originária (independe de transmissão e nem de anuência de antigo possuidor. Ex: ocupação de bens móveis e imóveis quando não pertencem a pessoa alguma. Ex2: Servidão. Ex3: Compra a vista de um bem novo – na planta) e derivada (é bilateral. Requer a existência de uma posse anterior que será transmitida por meio de um título jurídico. Ex: contrato de compra e venda. Ex2: dação em pagamento).
→ perda da posse (art. 1223 e 1224 CC) => por abandono (o possuidor intencionalmente se afasta do bem); tradição (é uma perda por transferência); perda da própria coisa; desuso (ex: servidão – se ficar 10 anos consecutivos sem usar a servidão põe fim a posse do direito – art. 1389 CC)
→ efeitos da posse (art. 1210 a 1222 CC) => são consequências jurídicas produzidas pela posse conforme a lei civil (ex: registro).
→ ações dos direitos reais => direito ao uso dos INTERDITOS, ou seja, direito de propor ações possessórias quando for ameaçado, molestado, esbulhado para impedir as agressões ao direito de posse e propriedade) 
Manutenção de posse (art. 1210 CC / art. 926 a 931 CPC) => manter-se na posse de imóvel em que já reside (aplicada quando há turbação – rompimento de uma cerca, embaraços no imóvel). O possuidor terá direito a indenização pelos danos sofridos e multa pela repetição da turbação. Obs.: se o turbador agir de má-fé (construir, plantar) não terá direito a indenização. Se esta turbação for contra pessoa jurídica de direito público deverá haver obrigatoriamente uma audiência preliminar;
Reintegração de posse => recuperar a posse (não estou nele e quero voltar) Movida pelo esbulhado. É ação promovida para recuperar a posse perdida em razão de violência, clandestinidade, abuso de confiança Há esbulho, ou seja, alguém está no imóvel ou com o móvel (MAIS DIFÍCIL DE SER APLICADA) de forma ilícita, ilegal. Ex: o comodatário que não devolve a casa após o vencimento do contrato. Poderá, na ação judicial, requerer indenização por danos causados;
Interdito proibitório (art. 1210 CC) => Proteção preventiva da posse quando ocorrer a ameaça de turbação (MAIS COMUM) e esbulho. Pode ocorrer o pedido de condenação em danos ou multa (em caso de invasão, por exemplo, cobra-se uma multa – não se pode cobrar por antecipação, só quando ocorrer o evento);
Nunciação de obra nova => ação movida contra uma construção de prédio novo vizinho / obra nova vizinha que está provocando dano em um bem ou prejudicando sua natureza, substância (moradia), servidão e/ou semelhantes. Obs.: só caberá ação de nunciação de obra nova quando o prédio estiver em construção. Seu principal objetivo é o embargo (no caso, paralisação) da obra. Poderá haver indenização e multa diária.
Ação de dano infecto => prevenir dano provocado por obra velha ou já pronta. Quando um prédio vizinho está prestes a arruinar. É medida preventiva em que o possuidor do imóvel tenha receio que esta ruína lhe causará prejuízo. O dono do prédio velho (arruinado) deverá prestar caução (garantia) para pagamento de indenização (caso ocorra caia um muro sobre um carro, por exemplo, já terei caução do valor do veículo).
Ação de imissão na posse => aquisição da posse por via judicial. Quem adquire o imóvel pede o mandado de imissão na posse;
Embargos de terceiro (art. 1046 CPC) => Não sendo parte na ação judicial e venha sofrer turbação, esbulho, penhora, arresto, poderá interpor embargos de terceiro para defender a posse e, para o credor com garantia real, impedir a venda judicial do bem.
→ Percepção dos frutos
→ Propriedade
→ conceito
→ elementos constitutivos
→ características
→ objeto
Obs.: servidão => permissão de passagem pelo terreno de outrem, se o seu não possuí acesso a uma via pública, por exemplo.
São Paulo, 27 de fevereiro de 2013.
1) Propriedade (art. 1228 CC)
Noções Gerais => período romano, a propriedade individual foi sobrepondo a propriedade coletiva. No mundo capitalista, o proprietário tem de forma absoluta a propriedade. O nosso direito de propriedade tem origem no direito romano.
Conceito => a propriedade é o mais amplo direito sobre a coisa. É relação fundamental do direito das coisas. Abrange todas as categorias dos direitos reais. Designa o que pertence a pessoa. É direito que a pessoa tem, dentro dos limites da lei, podendo usar, dispor de um bem, podendo reivindicá-lo de quem injustamente a detenha.
Elementos Constitutivos => usar e dispor (incluindo a venda). Pode se concentrar numa única pessoa (mesma pessoa usa e o vende). Quando se usa o imóvel, não a alteração na substância do mesmo. Dispor: alienar, vender, direito de transferir de forma gratuita ou onerosa, hipotecar, penhorar, conceder servidão, direito de reivindicá-lo de quem injustamente o detenha.
Características => absoluta; erga omnes (oponível contra todos); é o mais completo dos direitos reais; deve observar as regras do zoneamento urbano, as limitações do interesse público e o direito de propriedade dos outros titulares (art. 1228 CC); odomínio é exclusivo. A mesma coisa não pertence, simultaneamente, a mais de uma pessoa. Ex: o casal e os condôminos tem direito a parcela respectiva sobre a coisa, porém não poderá mais de um ente, simultaneamente, ter a propriedade de todo o bem, ou seja, marido não pode ser proprietário de 100% do imóvel e a esposa de 100% também. Deverá o marido ter 50% e a esposa igual porcentagem. Perpétua => somente com a transmissão perderá a propriedade.
Objeto
Bens Corpóreos: móveis (fácil individualização) ou imóveis (fácil localização)
→ Imóveis
horizontal (confronto com os vizinhos);
vertical (abrange subsolo e espaço aéreo (teto) – art. 1229 CC). Tem direito o proprietário de colocar uma antena, pode impedir de colocar um poste se atrapalhar a sua propriedade, não pode impedir um avião de sobrevoar ou perfurações do solo para serviços de utilidade pública (metro, esgoto), devendo haver indenização (1286 CC).
Obs.: o proprietário deve observar a liberdade de construir em terrenos urbanos, atentando as regras do poder público, pois em certos lugares não poderão haver construções de certas edificações.
Obs.: subsolos => minas, jazidas, energia hidráulica, arqueologia => tudo isso incorpora o patrimônio da união (1230 CC / exceção do § único do mesmo art. 1230 => permite exploração do subsolo mediante lei específica – na prática é do governo) – logo minas e jazidas não compõem propriedade. Pode, no entanto, originar direito a indenização, temporária ou permanente, do Estado para com o proprietário do solo que estiver acima daquilo que se for explorar.
Obs.: Tudo que incorpora o solo (frutos, benfeitorias) são acessórios que pertencem ao proprietário (1232 CC).
Bens Incorpóreos: direitos autorais, propriedade artística, literária (vide art. 5º CF).
2) Formas de aquisição da propriedade => 1238 CC => forma mais comum => paga, transferir e registrar.
A – Usucapião => noções gerais: é uma das formas de aquisição da propriedade. O termo usucapião significa a aquisição pelo uso (uso no sentido de posse), mas não se extende para qualquer uso/posse. Esta deve ser prolongada, demonstrando a importância do tempo nesta forma de aquisição. A posse prolongada é requisito fundamental, embora não seja o único para esta forma. Usucapir é adquirir a propriedade pela posse continuada durante certo tempo. Usucapião só ocorrerá em terras particulares (não ocorre em terras públicas). Para decretar, entra com uma ação em juízo pedindo que o juiz declare por sentença a propriedade daquele que está em posse. Ao adquirir a propriedade nesta modalidade não posso dispor dele.
B – Usucapião extraordinário => 1238 CC => 15 anos na posse do imóvel, de forma mansa e pacífica (sem oposição nesse período), cuidando dele como se seu fosse. Aplica-se a áreas urbana com mais de 250m². O prazo pode ser reduzido para 10 anos quando o possuidor tenha estabelecido moradia habitual e/ou tenha feito obras/benfeitorias de caráter produtivo. Obs.: no CC anterior (1916) este prazo era de 20 anos.
C – Usucapião rural => 1239 CC => também chamado de pro-labore. Valoriza a posse e o trabalho (atividade trabalhista do possuidor sobre a gleba de terra o qual está fixado). Prazo de 5 anos por área de até 50 hectares. O possuidor não poderá ter outro imóvel, nem urbano e nem rural.
D – Usucapião urbano => 1240 CC => o lapso temporal é de 5 anos, sem qualquer oposição, com área urbana até 250m², utilizando para sua moradia ou de sua família. O possuidor não poderá possuir outra área (outro imóvel) seja urbano ou rural. O herdeiro continua a posse de seu antecessor. O direito poderá ser reconhecido na ação de usucapião tanto ao homem quanto a mulher (que vivam maritalmente independente do estado civil). A limitação quantitativa do reconhecimento do usucapião urbano (habitação) é uma vez só, não podendo o titular vender e requerer o usucapião de outra área.
E – Usucapião urbano especial (familiar residencial) => 1240-A CC (inserido pela lei 12424/2011) => exercer por 2 anos ininterruptos; sem oposição; com exclusividade; imóvel urbano até 250m²; cuja propriedade é dividida com cônjuge, ex-cônjuge, companheiro, ex-companheiro, que o imóvel seja utilizado pela família para moradia; que o possuidor não seja proprietário de outro imóvel rural ou urbano. O direito a este usucapião será reconhecido uma única vez. O possuidor fará ação judicial de usucapião e requererá ao juiz o reconhecimento do usucapião, a declaração judicial (sentença) servirá como título para registro no cartório de registro de imóveis (CRI).
F – Usucapião com justo título => 1242 CC => Aquele que tem de forma contínua, incontestadamente, sem oposição, boa fé, por um período de 10 anos, poderá adquirir a propriedade por meio da ação de usucapião. O prazo poderá ser reduzido para 5 anos quando o imóvel for adquirido de forma onerosa ou se o possuidor estabeleceu sua moradia e/ou realizou investimentos de cunho social. Ex: o possuidor tem um contrato de compra e venda, o que não é suficiente para o registro no CRI. Preenchido os requisitos, poderá pleitear a ação – na compra de um imóvel com instrumento particular em que não consigo registrar o imóvel em escritura pública porque quem te vendeu, morreu. Neste caso entrarei com ação de usucapião para sanear o problema. 
→ Aquisição pelo registro
→ Aquisição por acessão
Obs.: má-fé pode gerar negativa do direito de usucapião. Mesmo que seja de posse mansa, pacífica, sem oposição, pagando impostos, etc.
Obs.: o reconhecimento do usucapião se dá por meio de ação judicial (ação de usucapião). Será declarada pelo juiz por meio de sentença. Nesta ação, devem ser citados todos os confrontantes (vizinhos) – súmula 391 STF.
Obs.: Após a aquisição de propriedade por usucapião, apesar disto ficar averbado no imóvel, posso adquirir outros imóveis, desde que não por esta modalidade. Ex: adquiri a propriedade por usucapião, foi averbada na matrícula. Após isso, não posso ter outro imóvel por usucapião, porém posso comprar normalmente.
São Paulo, 06 de março de 2013.
1) Usucapião de coisa móvel (1260 a 1262) => a principal finalidade é a aquisição da propriedade. Os princípios e finalidades são os mesmos do usucapião de coisa imóvel. 
→ Ordinário (1260) => deve possuir a coisa se sua fosse. A posse deve ser contínua, incontestada, mansa por 3 anos e de boa-fé. Deve existir um título (documento).
→ Extraordinário (1261) => deve possuir a posse do bem móvel por 5 anos, de forma contínua, incontestada, não necessitando de boa-fé e nem de título (Obs.: aplica-se nesses casos os arts. 1243 e 1244 CC).
O proprietário da coisa móvel pode utilizar da ação reivindicatória para haver seu bem, mas a parte contrária pode utilizar, como defesa, o usucapião. Caso esteja consumado o prazo do usucapião (1260 e 1261 CC), o antigo proprietário perde o direito a ação reivindicatória.
Obs.: Geralmente, a prova testemunhal é suficiente, mas o juiz pode pedir perícia. O juiz declara por sentença e esta servirá como título para registro no órgão competente.
Obs.: Se não houver local específico para o registro do bem móvel, faz-se este no cartório de títulos e documentos.
Obs.: Não haverá enriquecimento sem causa, pois a aquisição da coisa se deu em virtude da inércia (abandono) do antigo titular (DONO).
2) Aquisição pelo registro (1245) => é a forma mais comum (usual) de aquisição de coisa imóvel e móvel. A lei 6.015/73 reza sobre o registro público.
Usucapião é forma de aquisição de propriedade e deverá ser levada a sentença ao CRI (Cartório de Registro de imóveis) para dar segurança ao proprietário.
A propriedade se transfere entre vivos mediante o registro do título no CRI.
O registro no CRI só se anula com ação judicial própria (ação anulatória de registro).
Desde a prenotação (protocolo) inicia-se a validade do registro do imóvel. 
Se o CRI averiguar dúvidas sobre o registro, ele devolve a documentação e “faz a suscitação de dúvida” para que o futuro regularize. Se o teor do registro não dizer a verdade,pode o proprietário reclamar perante o CRI.
3) Aquisição por acessão (1248) => é a aderência de um bem a outro, possibilitando que o bem ingresse no patrimônio do proprietário. São dois bens separados e estes tornam-se um só, atribuindo a propriedade destes a uma pessoa. Ex: juntar as matrículas de 4 casas para demoli-las e construir um prédio. Unifico as matrículas por acessão no CRI. Não é necessária ação judicial bastando o procedimento no CRI.
Transformações decorrentes da natureza
4) Aluvião => é o acréscimo lento de terra em uma das margens de um rio. Beneficia o proprietário da margem na qual ocorreu o acréscimo prejudicando o proprietário da outra margem. O prejudicado não terá direito a indenização por parte do beneficiado. O acréscimo de terras formado ao longo da margem pertencerá ao dono desta (margem). Esta retificação faz-se no CRI através do processo de retificação de área.
Obs.: se área acrescida não for na margem, mas sim no meio do rio, o dono será aquele cuja terra esteja mais próxima a sua área. Se estiver no meio será dividida por ambos os proprietários.
5) Avulsão => é o desprendimento veloz (rápido) de terras acumuladas na outra parte. O dono (que recebeu as terras avulsionadas) adquirirá a propriedade se indenizar o outro (se não pagar, não poderá adquirir a posse destas terras). O prazo para o proprietário que perdeu o desprendimento de terras é de um ano, caso contrário, não terá direito a indenização. 
6) Abandono alveo (1252) => o leito do rio de limites seca, tornando possível a discussão da ampliação da propriedade. Deve ser feita a retificação de área. Ex: o rio seca e os proprietários das margens (anteriores a seca) discutem de quem é a propriedade daquele leito seco.
Transformações artificias
7) Por plantações ou construções => depende análise da boa-fé (plantação foi feita para subsistência; havia conhecimento de propriedade anterior ao início da plantação). É forma de aquisição artificial.
8) Propriedade resolúvel (1359)
Propriedade => é direito real e dá ao proprietário a faculdade de usar, alienar, dispor da coisa, além do direito de reavê-la de quem injustamente a detenha ou possua. Em regra, é perpétua.
Resolúvel => nesta modalidade, as próprias partes estabelecem as condições resolutivas no próprio título constitutivo (contrato). Foge a regra da perpetuidade, uma vez que no momento de sua constituição já se tem a causa de encerramento. 
Ex: contrato de compra e venda com pacto de retrovenda. Neste caso, o vendedor reserva para si o direito de readquirir a coisa vendida dentro de determinado prazo mediante o pagamento do preço e reembolso das despesas contratuais. 
Ex: Na venda feita a estranho por condômino de sua cota ideal, de coisa comum indivisível, os demais condôminos tem direito de preferência e poderão (havendo interesse, é claro), dentro do prazo de 180 dias, requerer a cota parte vendida resolvendo a propriedade (“desfazendo a compra”) vendida a estranho. A notificação feita ao condômino deve permitir que este se manifeste em até 30 dias (não respeitando-se este prazo também anula-se o negócio).
9) Propriedade Fiduciária (1361 e ss)
Alienação fiduciária => é o contrato de venda através de financiamento em que o próprio bem financiado é destinado a garantia da quitação (do financiamento). De acordo com art. 1361 CC, considera-se fiduciária a propriedade de coisa móvel em que se o devedor não pagar, devido a garantia, o credor irá pleitear a resolução desta propriedade. A lei 9.514/97 regula a alienação fiduciária de bens imóveis.
Obs.: o registro do contrato celebrado por instrumento público ou particular serve como título devendo ser registrado nas repartições competentes. Com a constituição da propriedade fiduciária, o adquirente torna-se possuidor direto da coisa.
Propriedade fiduciária sobre imóveis é negócio jurídico de disposição condicional.
Contrato da alienação fiduciária conterá:
a) o total da dívida;
b) vencimento (prazo, tempo) do pagamento;
c) juros;
d) descrição da coisa com todos os seus elementos indispensáveis.
→ Obrigações do devedor / depositário: poderá usar a coisa, segundo a sua destinação (imóvel comércio; imóvel residencial para moradia, etc.), as suas responsabilidades e riscos, sendo obrigado a guardar a coisa, devolver ao credor se a dívida não for paga no vencimento.
→ Ocorrência de furto => o devedor fiduciário deve provar a inexistência de culpa sua.
Ao credor fiduciário (banco), a lei autoriza a execução, a busca e apreensão. Caso não encontre o bem (objeto) alienado fiduciariamente, a ação de busca e apreensão poderá ser convertida em ação de depósito em que o devedor fiduciário ficará obrigado a depositar judicialmente a coisa alienada. 
Se o devedor não depositar, a ação de depósito poderá ser convertida em indenização, apurando-se o valor devido ao credor fiduciário.
Havendo seguro no caso acima, devo acioná-lo, resgatar o dinheiro e pagar ao banco. Seguradora e banco não se comunicam neste caso. O banco me acionará do mesmo jeito.
→ Alienação fiduciária e prisão civil => não há prisão civil por depositário infiel (guarda o bem consigo) (vide súmula vinculante 25 do STF modificou está pretensão. In verbis: “é ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja sua modalidade de depósito”). Foi abolida em 2010. 
→ Vencimento de dívida e não pagamento => o credor pode vender judicialmente a coisa a terceiros e aplicar o valor arrecadado no pagamento do saldo devedor. Se o valor da coisa não quitar o saldo integralmente, o devedor continuará obrigado pelo restante da dívida.
É nula a cláusula que autoriza o credor fiduciário (banco) a ficar com a coisa alienada em garantia no caso de não pagamento da dívida no vencimento. O devedor poderá pagar pela coisa de forma integral com a anuência do credor fiduciário. Caso o credor se recuse a receber, entra-se com ação de consignação em pagamento, faz-se o depósito judicial e cita-se o credor para que o receba e, consequentemente, seja extinta a dívida. 
→ Sub rogação de terceiro => o terceiro interessado, que pagar a dívida, sub rogará no contrato da alienação fiduciária. Deve haver anuência do credor.
São Paulo, 13 de março de 2013.
1) Da Superfície (1369 CC)
→ Conceito => é direito real (inscrito no 1225 CC) autônomo de construir ou plantar em terreno alheio por prazo determinado.
A superfície poderá ser instituída em terreno (propriedade rural ou urbana).
O proprietário do terreno concede a outrem o direito de construir ou de plantar em seu terreno, mediante escritura pública devidamente registrada no CRI.
A escritura pública é da substância do ato, ou seja, se não for de forma pública (CRI) outra forma não terá validade (vide art. 104 CC).
Obs.: o uso de superfície não autoriza obra no subsolo, EXCETO se for objeto da concessão, ou seja, o contrato de superfície só permite o uso do subsolo se este fizer parte ou for necessário para utilização da superfície (construção de tubulações para uso de imóvel na superfície, por exemplo)
A superfície concede ao superficiário a propriedade resolúvel, pois quando decorrer o tempo do contrato/escritura pública, o direito de superfície estará resolvida (contrato por tempo certo).
→ Objeto => construções edilícias (edifícios) ou plantações (superfície agrária). 
→ Natureza jurídica => direito real imobiliário (solo é imóvel e está incluso no 1225 CC)
→ Formas => gratuita ou onerosa.
Obs.: o superficiário, em regra, responderá pelos encargos e tributos que incidirem sobre o imóvel (art. 1371 CC), exceto se houver cláusula em contrário (vide STJ)
→ Transferência => o direito de superfície pode ser transferido a terceiro, por morte do superficiário aos seus herdeiros ou a outrem fora da relação jurídica inicial desde que no limite inicial da concessão. Ex: João é superficiário por 2 anos, em um contrato de uso de 5 anos, e resolver conceder seu direito a outrem. Esta nova concessão deve ser por no máximo 3 anos para não ultrapassar o prazoinicial. O dono da propriedade (concedente) não poderá estipular qualquer pagamento pela transferência.
→ Alienação do imóvel (1373 CC) => o superficiário tem direito de preferência quando o imóvel o qual foi realizado escritura pública de superfície for alienado. Pode o superficiário renunciar a este direito. O prazo de resposta do superficiário a proposta é de 30 dias e por escrito.
Se a alienação da superfície for realizada pelo superficiário será dado o direito de preferência para o proprietário.
→ Causa de rescisão => Antes do término do prazo da concessão do direito de superfície, se o superficiário der destinação diversa daquela que foi concedida poderá causar a rescisão.
→ Extinção => transcorrido o tempo da concessão o proprietário voltará a ter propriedade plena sobre o terreno, construção ou plantação, independente de indenização, exceto se as partes tiverem estipulado de forma contrária.
→ Desapropriação da superfície => ocorrendo esta, a indenização caberá ao proprietário e ao superficiário no direito correspondente ao valor de cada um. Ex: o Estado desapropria minha terra e a uma concessão de superfície. O governo pagará indenização a mim e eu, após receber, devo indenizar o superficiário proporcional ao que foi investido e ao tempo restante até o fim da concessão (normalmente o valor é acertado por perícia e de forma judicial).
2) Modos de Aquisição da Propriedade Mobiliária (1260 CC) => a tradição é a modalidade mais importante de aquisição da propriedade móvel. Sempre será aplicado o Código Civil, mas em última análise, poderá ser aplicado o CDC para sua regulamentação.
3) Tradição (1267 CC) => é a modalidade de transferência de bens móveis. Apenas o contrato não transfere a propriedade. Realizado o contrato (negócio jurídico) e não entregue a coisa, deverá o comprador propor ação de obrigação de dar ou ação de obrigação de entregar contra o vendedor. Com a entrega da coisa torna-se público passando de direito das obrigações (direito pessoal) para direito real.
→ Modalidades da tradição
a) Real: é quando ocorre a efetiva entrega da coisa do vendedor ao comprador. A entrega do bem poderá ser realizada por meio de procuradores devidamente constituídos;
b) Simbólica: é representativa. Ex: entrega da chave de um veículo (sem que o veículo seja entregue junto com este, pois neste caso fosse entregue a chave e o veículo seria real);
c) Constituto possessório (ficta): o vendedor continua na posse do imóvel, mas altera o proprietário. Ex: vendo o imóvel (com documentação correta – escritura pública registrada no CRI, inclusive), mas permaneço na posse deste mesmo imóvel. Agora serei locatário. Não ocorreu tradição de fato, mas sim fictícia ou ficta. Não há um contrato de constituto possessório, mas sim uma sequência: contrato de venda → contrato de locação → consequentemente estará feito um constituto possessório.
Obs.: ninguém pode transferir mais direitos do que possui (art. 1261 CC). 
EXCESSÃO: Se a coisa for oferecida a venda em leilão, aplica-se o CDC (em tal situação)
Obs. 2: O que é nulo não pode produzir efeito. Se o contrato for nulo, não ocorre a transferência.
4) Ocupação (1263 CC) => ocorre com as coisas que nunca tiveram dono e que este a abandonou. Ex: semoventes (animais).
5) Achado do tesouro (1264 e ss CC) => é coisa de valor encontrada em bem móvel ou imóvel, oculto ou não. Não há no tesouro relação jurídica com o titular.
a) Refere-se a coisas preciosas. Tesouro encontrado, casualmente, em prédio alheio (que não seja da minha titularidade) deverá ser dividido entre o descobridor e o proprietário do imóvel. Esta regra vale para o locatário, comodatário, o depositário e o arrendatário. 
b) Se a pessoa foi contratada para achar o tesouro, neste caso, a relação é negocial e não haverá divisão do achado (tesouro).
c) Achado o tesouro em bem público, divide-se entre o descobridor e a Administração Pública.
d) Encontrado o tesouro em prédio de condomínio, a metade ficará com o descobridor e a outra metade será repartida entre os condôminos (se o descobridor for condômino, ele terá, além da parcela a que ele cabe como descobridor, cabe uma parcela por ser ele condômino).
Obs.: o ato de encontrar o tesouro deve ser voluntário, a coisa deve estar enterrada ou oculta (sem dono).
6) Da especificação (art. 1269 CC) => não há problema quando alguém trabalhar com material seu. Caso este material seja de outra pessoa e é confeccionado o produto sem autorização da pessoa, deverá ocorrer a indenização. Em qualquer caso, o valor da indenização refere-se ao valor da matéria-prima (não utilizada). Se for possível restituir a forma anterior (desmanchar o anel de ouro), será desmanchado e devolvido o material ao proprietário. Sempre será observada a má ou boa-fé das partes.
7) Confusão (1272 CC) → de coisas líquidas ou gases. Ex: na junção de vinhos de mesma espécie que será estabelecido o condomínio entre os proprietários.
Comistão → de coisas secas. Ex: sacas de café.
Adjunção → ocorre a justaposição de uma coisa sobre a outra. Ex: solda de uma turbina de hidroelétrica (a solda juntar-se-á a peça que a recebeu). O proprietário da peça e o dos materiais da solda serão condôminos sobre a peça. 
Obs.: todos formam condomínios.
Obs.: sempre analisar a boa-fé. 
8) Perda da propriedade (1275 CC)
a) alienação ou venda;
b) renúncia;
c) abandono;
d) desapropriação;
e) perecimento;
9) Direito de vizinhança (1277 CC) => na vizinhança deve imperar o princípio da boa-fé, solidariedade, função social ao exercício da propriedade. A lei limita o domínio dos prédios contíguos (emendados – a única que separa os vizinhos é uma única parede) para evitar conflitos.
Direito de vizinhança são limitações impostas por normas jurídicas à propriedade individual para conciliar interesses.
→ Formas do Direito de vizinhança
a) servidão (1282 CC) (passagem): limitação legal (lei determina que se uma pessoa não tem acesso a via pública, a que possui é OBRIGADA a conceder servidão ao que não tem);
b) restrições de limites entre prédios. Ex: tapagem para construção;
→ Uso normal e anormal da propriedade
Princípio Geral => proíbe o indivíduo a um comportamento que venha a exceder o uso normal de um direito causando prejuízo a alguém (186 CC). 
Exemplos de uso anormal: a indústria com fumaças danosas, boates que tiram o sossego. Nestes casos, o vizinho tem direito de cessar estes danos.
Uso exagerado da propriedade pode resultar proibição. Ex: comércio barulhento em bairro residencial.
→ Limitações legais => árvores → se o tronco se encontra na divisão entre vizinhos. Caso a árvore pertença a um vizinho e seus frutos caírem no chão (solo) do outro, estes pertencerão ao dono daquele solo.
→ Passagem forçada (1285) => é direito do proprietário do prédio (terreno, casa) que não tenha passagem para via pública em adquiri-la. Para tanto é necessário:
a) Que o imóvel seja realmente sem saída para via pública, para um rio ou porto;
b) O dono do terreno (da casa, etc.) não pode causar o encravamento deve ser natural. Não pode ser provocada pelo dono do terreno.
c) O dono do terreno (prédio) que concederá a passagem poderá ser indenizado.
d) Somente o proprietário do terreno poderá exercer o direito de passagem forçada.
Obs.: a passagem forçada é onerosa (não gratuita). Fixado o valor da indenização poderá ser fruto de ação judicial. Caso fique sem utilizá-la por 10 anos, perderá o direito desta passagem forçada. 
São Paulo, 20 de março de 2013.
10) Condomínio (1314 e ss CC)
→ Conceito: é quando a mesma coisa pertence a mais de uma pessoa, cabendo a cada um deles direitos iguais sobre o bem. Condomínio é quando se configura a comunhão, quando determinado direito pertence a várias pessoas (podem ser apenas duas) ao mesmo tempo. O nosso CC no art. 1314 determina que todos os condôminos tem utilidade econômica sobre a coisa, podendo reivindicar de terceiro a coisa toda. No uso interno, as relações internas, há limitação para o condômino.CONDOMÍNIO é negócio jurídico.
→ Classificação
Convencional (1315) ou voluntário => é quando resulta de acordo de vontade (contrato) das partes (consortes), quando adquirem e utilizam o bem comum. Se o acordo entre os condôminos estabelecer partes diferentes, deverá estar expresso, caso contrário, os condôminos terão partes iguais;
Incidente => é quando vem em razão de causas alheias a sua vontade. O condômino não escolhe (não é voluntário). Ex: condomínio entre herdeiros;
Legal => quando o condomínio decorre da lei (a própria lei impõe). É necessário entre a partes, inevitável, forçado. Ex: muro que divide propriedade vizinha;
Universal => quando compreende o bem total (com todos os seus acessórios) inclusive seus frutos e rendimentos. Ex: fazenda COM a plantação de café;
Particular => restringe a determinada coisa. Ex: parede. Difere do muro (legal), pois sou condômino com o vizinho obrigatoriamente, porém só com ele e não com os demais moradores;
→ Direitos e deveres dos condôminos => estão coligados a quota-parte ideal (percentual) do condômino. Calcula-se as vantagens e ônus. O direito do condômino extende à coisa toda. A quota-parte dá direito ao condômino de praticar os atos de propriedade (em relação a sua quota – se alguém utilizar o hall social para vender uma coisa, cabe ao condomínio, se for o caso, reclamar). Quanto à coisa comum, tudo será decidido por deliberação da maioria dos condôminos.
Direitos => usar conforme o seu destino, atendendo os interesses do condomínio;
Deveres.
a) Na proporção de sua quota-parte. Pagar todas as despesas (limpeza, segurança, manutenção, agrimensor);
b) Cada condômino responde pelos frutos que percebeu (recebeu) da coisa bem como responde pelos danos que causar (1319 CC);
c) O condômino pode vender a sua quota-parte desde que respeite o direito preferencial dos demais condôminos. Este direito deverá ser comunicado ao outro condômino, por escrito, para que, em 30 dias, este responda se deseja ou não a compra da parte condominial, tendo 180 dias para depósito do valor acordado na venda. Deve este direito ser exercido de forma escrita. Não pode haver venda da parte a um estranho.
Caso haja vários condôminos, aquele que tem benfeitoria terá preferência na compra do imóvel.
Venda do proprietário a estranho é resolúvel, pois só será definitiva 180 dias após o conhecimento pelo condômino.
Obs.: Se for possível a divisão da coisa em condomínio, o condômino poderá vendê- la sem dar preferência. Ex: fazenda de 30 hectares com três condôminos. Posso sugerir a divisão da terra em três fazendas menores. Se aceita, cada um terá uma fazenda de 10 hectares e poderá dispor dela como bem lhe aprouver.
→ Alienação de quota parte (1314 e 1420 CC) => cada condômino (consorte) pode, em condomínio indivisível, gravar, alienar, penhorar, hipotecar a sua quota-parte. Só não poderá fazê-lo (hipóteses citadas anteriormente) em relação ao condomínio em todo sem o consentimento dos demais condôminos.
→ Dívida contraída por um condômino em prol do condomínio => o condômino que contraiu dívida responderá sozinho perante o credor, mas terá contra os demais condôminos o direito de regresso (1318 CC).
Obs.: Se a dívida foi contraída por todos os condôminos, todos responderão na medida de seus quinhões (1317 CC).
→ Renúncia do Condomínio (1316 CC) => o condômino pode renunciar a sua quota-parte para eximir-se do pagamento de dívida. Quem pagar a dívida adquire a quota-parte ideal daquele que renunciou. Se nenhum condômino pagar a dívida daquele que renunciou, a quota-parte deste será dividida entre os demais.
→ Condomínio e locação => o condômino tem preferência ao contrato de locação frente a um terceiro. Se houver uma locação, todos os condôminos deverão concordar. No mínimo, a maioria (o ideal é que todos concordem) dos condôminos devem anuir com a locação.
Obs.: Se um dos condôminos tem 50 % da propriedade e são 5 condôminos (cada um dos outros 4 teria 12,5%). O com a metade da propriedade só precisaria que mais anua (concorde) para que ele possa locar.
→ Extinção do condomínio (1320 CC) => há casos em que o condomínio tem duração indefinida, mas, a qualquer tempo, a coisa comum pode ser dividida e cada condômino pagará as despesas na proporção de seu quinhão.
→ Indivisão do condomínio => poderá ser deliberada pelos condôminos por até 5 anos. 
→ Doador e testador => poderá estabelecer o prazo de 5 anos para indivisão da coisa que está doada. Se for combinado prazo superior a 5 anos, este será reduzido até o limite (5 anos). Pode ser prorrogado por mais 5 anos (segundo a jurisprudência → o que não impede que a prorrogação seja feita indefinidamente desde que ninguém impugne a indivisibilidade), porém não poderá ser definido inicialmente prazo superior 5 anos.
Se houver graves razões (ex: tentativa de homicídio de um condômino por outro), o juiz poderá determinar a divisão e extinção do condomínio em prazo menor do que 5 anos. 
A AÇÃO DIVISÓRIA DE CONDOMÍNIO É IMPRESCRITÍVEL. Pode ser proposta a ação de divisão de condomínio a qualquer tempo (mesmo que tenha se passado 30 anos, por exemplo). 
→ Divisão do condomínio 
Amigável => será por escritura pública, feita em cartório, e todos os condôminos (consortes), MAIORES e CAPAZES devem participar;
Judicial => quando houver INCAPAZ, só será admitida esta modalidade. Se os condôminos são maiores e capazes, porém não há acordo, será judicial.
→ Condomínio Especiais
Necessário (1327 CC) => é condomínio por meação (paredes, muros, cercas, valas → pertence a ambos os proprietários vizinhos) que tem estado permanente de indivisão, por ser de uso comum dos vizinhos. É protegido pela lei. Ambos devem contribuir com a despesa, caso contrário, o vizinho poderá requerer judicialmente que o outro ajude a construir o muro, por exemplo, ou que lhe ressarça as despesas. A ação judicial poderá ser pelo rito sumário. Poderá ser proposta no Juizado Especial Civil se cabível (causa dentro dos limites do juizado). Os valores e necessidades dos vizinhos poderão ser resolvidos por meio de peritos (que definiram o valor e a necessidade da obra). O vizinho inerte (aquele que nada fez e/ou contribuiu) não poderá utilizar o muro sem que antes pague a metade das despesas. 
Muro requintado (luxuoso) => o vizinho que construí-lo só poderá cobrar a metade de um muro normal;
Edilício (lei 4591/64 – Lei do Condomínio e Incorporações) (1331 a 1358 CC)
São Paulo, 27 de março de 2013.
Penhor e Hipoteca (1419 a 1450 CC)
Considerações gerais sobre penhor e hipoteca;
Nas dívidas, uma garantia real (penhor e hipoteca) que permite ao credor discutir uma coisa certa do patrimônio do devedor para o cumprimento de uma obrigação. Bem dado em garantia fica sujeito por vínculo real, a dívida constituída. Nestes casos, o credor é denominado credor privilegiado, pois ele tem garantia real e, em caso de recuperação judicial, falência, insolvência, tem o credor o privilégio de ter acesso a coisa que recebeu em garantia.
Capacidade;
Aquele que tem capacidade para alienar (1420), ou seja, proprietários do bem, pessoa maior e capaz, aqueles que tem capacidade para os atos da vida civil podem realizar contratos de penhor e hipoteca.
Ex: marido tem capacidade para os atos da vida civil, ou seja, ele é maior e capaz. No entanto, a legitimidade do marido só se completa com a assinatura da esposa (outorga uxória).
Obs.: é nulo o contrato de penhor e hipoteca (constituição de garantia real) por quem não é proprietário do bem ou que não tenha capacidade ou legitimidade para assinar os contratos (art. 1647 CC).
Bens pertencente a mais de uma pessoa;
O bem ou a coisa comum a duas ou mais pessoas não pode ser ofertado em hipoteca na sua totalidade sem a autorização de todos os proprietários. Cada proprietário pode dar a sua cota parte em hipoteca.
Obs.: o pagamento de uma parcela ou de outras quaisquer deixando inadimplemento não exime a garantia. O bem dado em penhor ou hipoteca garante a dívida toda.
Direito de preferência– 1422.
O credor pignoratício (de penhor) e o credor hipotecário tem direito de preferência em executar (propor ação de execução) sobre coisa empenhada e penhorada, e tem preferência sobre os demais credores.
Exceção: Dívidas decorrentes de outras leis como as dívidas trabalhistas (estas tem prioridade sobre as citadas acima).
Contratos devem constar
a) O valor do crédito;
b) O prazo para pagamento;
c) Os juros que houver
d) O bem ofertado em garantia e suas dívidas características (especificações)
→ Caso os contratos não tenham os itens elencados, o contrato será ineficaz. 
Vencimento antecipado da dívida.
Caso o bem dado em garantia seja levado a execução esteja depreciado, deteriorado ou desfigurado e o devedor intimado não complementar, o credor poderá pedir o reforço de penhor ou da hipoteca.
A decretação da insolvência ou da recuperação e falência do devedor poderá ensejar o vencimento antecipado do contrato de penhor e hipoteca.
Se houver cláusula contratual dizendo que as prestações da dívida do penhor e da hipoteca se não forem pagas na data do vencimento. O atraso das prestações enseja o vencimento antecipado de todas as demais prestações vencido antecipadamente o contrato.
A desapropriação do bem ofertado em hipoteca é causa de vencimento antecipado do contrato. O valor da desapropriação será depositado para o credor hipotecário a fim de pagar o restante da dívida. 
Obs.: vencida a dívida e não paga, o credor deverá propor a ação judicial competente para receber o valor devido. O credor não pode ficar com o bem para pagamento da dívida.
Obs.: Os sucessores (herdeiros) do devedor devem realizar o pagamento INTEGRAL da dívida. Não podem realizar pagamento parcial.
Penhor (1431 CC)
→ Conceito => é direito real de garantia (1225 CC) que consiste na transferência efetiva de uma coisa móvel passível de alienação/transferência que é realizada pelo devedor ou por terceiro ao credor com a finalidade de garantir o pagamento da dívida (art. 1431 CC);
→ Sujeitos do penhor: credor pignoratício e devedor pignoratício;
→ Características:
a) é direito real de garantia. Porque há uma vinculação do bem empenhado com o pagamento do débito, pressupondo uma garantia;
b) é direito acessório: a dívida é a obrigação principal, pois pagando-se ela integralmente, desaparece o penhor (sendo este portanto acessório). O penhor pode ser feito na mesma data da dívida ou em peça separada. Se a dívida estiver prescrita, o penhor será extinto.
c) é contrato real: exige a entrega da coisa empenhada ao credor. Este ficará na posse do objeto dado em penhor a exceção de penhor sobre safra futura ou animais (semoventes) ou ainda agrícola, pecuário ou produtivo comercial onde não há entrega (nestes casos a tradição é dispensada). Nestes casos o devedor deve guardar e conservar a coisa.
d) formal: o contrato de penhor é solene, podendo ser realizado por instrumento particular ou por instrumento público. Se feito na forma particular deve ser levado ao cartório de títulos e documentos para registro e publicidade.
→ Direitos do credor pignoratício;
a) Ter a posse do bem empenhado (objeto dado em penhor);
b) O credor poderá reter a coisa até que o devedor pague integralmente a dívida;
c) O credor poderá promover a execução judicial para receber a dívida;
d) A venda amigável da coisa empenhada poderá ser realizada desde que haja cláusula no contrato autorizando o devedor a outorgar este direito ao credor. O devedor deverá outorgar procuração (extra-judicia) para o credor para que este possa vender a coisa empenhada de forma amigável.
→ Obrigações do credor pignoratício;
a) Como depositário o credor não pode usar a coisa. Ele tem apenas a posse jurídica devendo zelar e conservar a coisa;
b) Se o credor tiver culpa na perda ou deterioração da coisa, o credor deverá indenizar o devedor que é o proprietário da coisa. Poderá ocorrer a compensação desta indenização.
c) O credor deverá defender a posse da coisa como se sua fosse. Caso ocorra esbulho, turbação, ameaça para atingir a coisa empenhada, o credor deverá informar ao devedor. O credor deverá restituir a coisa com o pagamento integral da dívida.
→ Extinção do penhor.
a) Com o pagamento integral da dívida extingue-se a obrigação;
b) Com o desaparecimento da coisa. Neste caso se houver seguro da coisa, o credor também poderá acionar o seguro;
c) Quando ocorrer a adjudicação da coisa, ou seja, a coisa é dada em pagamento ao credor em processo judicial.
Obs.: a extinção do penhor será averbada em cartório.
Hipoteca (1473 CC)
→ Conceito => é direito real de garantia sobre coisa imóvel.;
→ Objeto => pode ser bem imóvel ou direito sobre tal bem;
→ Características jurídicas;
a) direito real de garantia;
b) é acessório;
c) indivisível;
d) pública e especial, por quê o contrato de hipoteca deverá ser registrado no CRI;
→ Requisitos da hipoteca;
Subjetivos;
Objetivos;
Formais → hipoteca convencional
→ hipoteca legal
→ hipoteca judicial
SFH e hipoteca
Resgate da hipoteca
Prorrogação da hipoteca
Garantia da hipoteca
São Paulo, 03 de abril de 2013.
Administração de Condomínio (1347 a 1356 CC) 
1) Representação pelo síndico => a administração do condomínio é exercida por um síndico, com mandato de 2 anos, permitida a reeleição (1347 CC) (a lei não proíbe a livre reeleição – mais de 1 reeleição). 
O síndico poderá ser condômino, pessoa estranha ao condomínio, pessoa física, pessoa jurídica
→ Competência do síndico
Representar ativa (na condição de autor) e passiva (na condição de réu) o condomínio judicial e extrajudicialmente;
A remuneração do síndico (se houver) deve ter previsão na convenção cuja a votação de ocorrer em assembleia;
O síndico representa a coletividade do condomínio. Age em nome alheio, nos limites da convenção com fiscalização da assembleia;
Os atos praticados são de interesse comum do condomínio. Em caso de ato do síndico que seja lesivo ao interesse coletivo ou somente de interesse dele mesmo, cabe representação ao conselho consultivo;
Nas ações judiciais contra o condomínio, o síndico é citado e será o representante do mesmo;
Dos atos do síndico caberá recurso para a assembleia convocada pelo condômino par este fim. O recurso em certa situação poderá ser encaminhado para o conselho consultivo. 
→ Da obrigação de prestar contas do síndico (1348 CC) → ver também artigos 914 a 919 CPC
Como o síndico administra bens e valores alheios, deve prestar contas ao condomínio ou a qualquer condômino quando requerido. A prestação de contas deverá ser realizada em assembleia, pelo menos 1 vez ao ano e no final do mandato, sempre perante a assembleia.
→ Subsíndico => é eleito pela assembleia. Tem a função de auxiliar o síndico e substituí-lo quando necessário.
→ Representante para prática de determinado ato => em assembleia e por indicação do síndico, poderá ocorrer a constituição de outra pessoa para representar o síndico, quando necessário. Esta pessoa receberá os poderes inerentes (ex: para cuidar de uma obra, poderá ser nomeado um condômino engenheiro).
→ Destituição de síndico (1349) (deve haver uma assembleia especial para destituir o síndico: Motivos para tal → falta de prestação de contas, entre outras) => a destituição do síndico pode ocorrer em assembleia especialmente convocada para este fim, pelo voto da maioria absoluta dos condôminos, podendo a destituição ocorrer nas seguintes hipóteses, entre outras:
Prática de irregularidades de acordo com as normas do condomínio;
Falta de prestação de contas;
Administração não conveniente de acordo com os interesses do condomínio (de forma global);
Obs.: não é qualquer irregularidade que causa a destituição. Pequenos deslizes que não revelam má-fé, não destituem síndico. A falta de prestação de contas é ponto importante e não necessita de análise da má-fé, visto que a simples falta da prestação de contas enseja pedido de destituição.
→ Conselho consultivo (1356 CC) (composto por 3 membros eleitos pelos condôminos para auxiliaro síndico) => é órgão de fiscalização e assessoramento ao síndico. Constituído por 3 condôminos, com mandatos que não excedem 2 anos, podendo ser reeleitos (nos mesmos moldes do síndico).
→ Assembleia Geral Ordinária (1350 CC) (síndico deve prestar contas, ao menos 1 vez ao ano, aos condomínios neste tipo de assembleia) => ocorre anualmente. Convocada pelo síndico conforme determina a convenção. A assembleia ordinária (AGO) discute:
As matérias inscritas na pauta, na ordem do dia;
A aprovar, por maioria dos presentes, o orçamento das despesas, contribuição dos condôminos, prestação de contas, eleição de síndico, alterar regimento interno.
Obs.: as decisões de assembleias tomadas pelo quórum que a convenção determinar, obrigam TODOS os condôminos presentes e ausentes (que não compareceram na assembleia).
→ Assembleia Geral Extraordinária (1355 CC) => pode ser convocada, a assembleia extraordinária (AGE), pelo síndico ou por ¼ de representação dos condôminos, sempre visando interesses gerais. A convenção do condomínio e o regimento interno só podem ser alterados em AGE pela aprovação de 2/3 dos condôminos. Para alterar a destinação do edifício ou da unidade imobiliária (de comercial para residencial ou vice-versa) é necessária UNANIMIDADE dos condôminos (art. 1351 CC).
→ Observações sobre à assembleia:
a) Assembleia é órgão máximo do condomínio, podendo modificar a própria convenção;
b) A assembleia fica sujeita à lei, podendo ser controlada pelo Judiciário;
c) A convocação de todos os condôminos é obrigatória sob pena de nulidade. 
→ Extinção Condomínio => o condomínio edilício incide sobre o solo. É constituído para ser perpétuo. Não pode ser extinto pelo condôminos nem de forma judicial.
Poderá ser extinto por:
Destruição do imóvel, demolição voluntária, condenação do edifício, desapropriação pelo poder público, confusão (um condômino adquire todas as unidades).
→ Convenção de condomínio => “contrato” entre os condôminos definindo as regras do condomínio (nem o juiz pode interromper – desde que seja legal)
→ Regimento interno => normas internas de conduta (o que pode e o que não pode ser feito) → deve ser discutida em assembleia.
São Paulo, 17 de abril de 2013.
Continuação → hipoteca
1) Requisitos da hipoteca (1473 CC)
→ Subjetivos
“pessoa, sujeito”;
Figura entre os direitos reais;
capacidade de alienar (“vender”) - art. 1225 – gravando o imóvel;
Pode ser constituída a hipoteca pelo proprietário do imóvel ou por procurador constituído com poderes específicos para tal. Caso isso não ocorra, será nula a hipoteca.
→ Objetivos (1473 CC)
o objeto do instrumento de hipoteca devem ser imóveis ou “alienáveis”. Ex: navio, avião, gasoduto, minas, estrada de ferro (estas últimas também podem).
→ Formais
Convencional => tem origem no acordo entre as partes (acordo de vontade). É realizada por meio de contrato escrito que deverá ser levado a registro em cartório. As partes devem ser capazes, o objeto lícito e a forma determinada na lei (escrita e levada a registro). Deverá conter 2 testemunhas que assinaram. Após o cumprimento dos requisitos, deverá a hipoteca ser registrada na matrícula do imóvel ou perante a repartição competente do objeto (ex: se navio, Capitania dos Portos; avião, ANAC e assim por diante).
Legal (1489) => Decorre da lei. Ex: há lei autorizando o imóvel a ser levado a praça e arrematado. O rematante pede a constituição de hipoteca para garantir que esta será parcelada e cumprida a autorização legal. Como dito, esta hipoteca é autorizada pela lei e também deve ser levada a registro perante o órgão competente, no caso de imóveis, o CRI.
Judicial => decorre de decisão judicial. É realizada dentro do processo (endo-processual). Terá duração igual a do processo (ex: se o processo durar 40 anos, ela durará também 40 anos). Pode ser finalizada com a expedição da ordem judicial com o trânsito em julgado da ação (carta de sentença, mandado judicial serão expedidos para o devido registro da hipoteca perante o órgão competente). Deverá ser registrada para os efeitos contra terceiros (erga omnes).
Obs.: 1 – somente com o registro da hipoteca é que nasce o direito real, sem este será apenas um contrato comum (não garantirá direito de preferência, por exemplo).
2 – O proprietário do imóvel, alienado em hipoteca, poderá realizar mais de uma hipoteca (1475 CC). Esta segunda poderá ser com o mesmo credor ou outro. Terá o direito de preferência sobre o objeto hipotecado aquele que primeiro registrar sua hipoteca perante o órgão competente. 
→ Hipoteca e SFH (Sistema Financeiro de Habitação) => a regra geral (1473 e ss CC) não atinge a hipoteca do SFH (lei 8004/1990). Esta lei não veda a alienação de imóvel hipotecado, mas estabelece a interveniência do credor hipotecário e a assunção (assumir) pelo novo adquirente do saldo devedor da venda.
2) Efeitos da hipoteca 
→ em relação ao devedor
constituída a hipoteca, o devedor sofre limitações no direito de propriedade do bem (não influi na posse direta – morar);
o devedor continua na posse direta do bem hipotecado. Pode constituir outra hipoteca, mas não pode constituir outro direito real diverso (ex: vender);
o devedor não pode degradar o imóvel (demoli-lo, por exemplo);
O proprietário do bem não poderá alienar o imóvel, exceto para fazer outras hipotecas (1475 CC);
Penhora/preferência: caso vença a dívida sem o pagamento do devedor. O credor promove a execução hipotecária cuja penhora terá preferência sobre o bem hipotecado.
→ em relação ao credor
Vencida a dívida e não paga, o credor promove a execução hipotecária e o bem hipotecado será levado a hasta pública para arrematação e pagamento desta;
Se o bem for insuficiente para pagar a dívida, poderá, o credor hipotecário, penhorar outros bens do devedor para saldar a dívida;
O credor pode pedir a adjudicação do bem hipotecado (“pego” o imóvel para mim e o vendo. Caso falte, continuo com a ação para que o devedor complemente. Caso sobre, cubro a minha dívida e deposito o restante na conta do devedor). 
Se o bem hipotecado for penhorado por outro credor, este não poderá levá-lo à praça (levá-lo a leilão, por exemplo) sem a citação dos outros credores (art. 1521 CC).
→ em relação ao terceiro
depois de registrada a hipoteca, ela será oponível contra todos (erga omnes);
Observações Gerais:
O direito real de hipoteca produz efeito a partir do registro do título no órgão competente. Se o devedor pagar a dívida, a garantia hipotecária não é utilizada;
Em certos casos, o credor poderá propor a execução antes do vencimento da dívida, mas somente nos casos expressos em lei.
3) Direito a remição (1499 CC)
→ Conceito => é o resgate da hipoteca. A liberação do bem hipotecado mediante o pagamento da dívida hipotecária ao credor.
→ exercício da remição => O direito de remição poderá ser exercido pelo devedor, pelo credor e pelo terceiro adquirente.
remição pelo devedor => poderá, dentro do processo de execução, a qualquer momento (ou depois da primeira praça e antes da arrematação ou antes da assinatura do auto de arrematação ou antes de publicada a decisão de adjudicação, o devedor poderá remir (pagar) a dívida). O devedor deverá oferecer preço igual ao da arrematação ou do maior lance oferecido. Cônjuges, ascendentes, descendentes também podem remir a dívida (art. 1482 CC). Isto se dará por petição nos autos com autorização judicial e posterior juntada do comprovante do pagamento da dívida;
remição pelo credor da segunda hipoteca (art. 1478 CC) => o credor da segunda hipoteca poderá pagar a dívida da primeira, se vencida sem o pagamento pelo devedor. Este credor citado sub-roga-se nos direitos do primeiro e passará a ter preferência; 
remição pelo adquirente do imóvel (art. 1481 CC) => poderá, no prazo de 30 dias, exercer o direito remir a dívida.
→ Perempção da hipoteca => o contrato hipotecário deve mencionar o prazo para o vencimento da hipoteca. Em hipoteca convencional, pode ser prorrogado o prazo até 30 anos, não podendo ultrapassar.A prorrogação deverá ser feita com novo título a pedido das partes. Atingido o prazo máximo, dá-se a perempção e, se desejado, deverá ser feito novo instrumento e levá-lo a registro em órgão competente. A perempção só ocorre na hipoteca convencional. Nas demais (legal e judicial), duram enquanto perdurar a situação jurídica. Havendo duas hipotecas sobre o mesmo bem, conta-se o prazo a partir da primeira.
→ pré-fixação do valor do imóvel hipotecado para fins de arrematação, adjudicação e remição (1484 CC) => as partes podem, na escritura de hipoteca, fixar o valor de avaliação do imóvel. Não obsta a nova avaliação se os interessados estiverem de acordo.
→ Hipoteca e falência => presume-se fraude de forma absoluta (é nula) a hipoteca realizada no período suspeito de falência. A hipoteca de dívida nova, para garantir o débito, não será considerada fraudulenta. Fraude será considerada para dívidas anteriores, velhas se constituída hipoteca.
→ Hipoteca e loteamento => se o imóvel hipotecado for loteado ou instituído condomínio, desde que não diminua o seu valor (sem desvalorização do imóvel), poderá a hipoteca ser registrada (gravada) em cada unidade autônoma do loteamento/condomínio.
→ Extinção da hipoteca
cédula hipotecária
execução hipotecária
São Paulo, 08 de maio de 2013. 
Extinção da hipoteca (1499)
a) Pagamento → o pagamento da dívida extingue a hipoteca com a extinção da obrigação principal.
b) Perecimento da coisa → normalmente o banco tem seguro.
Obs.: Com o perecimento (perda da coisa), geralmente haverá um seguro cujo valor será destinado para pagamento ao credor.
c) Resolução da propriedade → resolve-se a dívida.
d) Renúncia do credor → não recebimento da dívida.
e) Remição → perdão.
f) Arrematação
g) Adjudicação → o credor fica com o imóvel para pagar a dívida se ela for menor que o valor do imóvel e devolve o “troco” para o devedor. Se o valor do móvel for menor que a dívida, a execução continua para recebimento do saldo.
Obs.: desapropriação: se ocorrer a desapropriação do imóvel, o valor da indenização será destinado ao credor.
2) Cédula Hipotecária
É título de crédito que facilita a circulação do crédito, geralmente é destinado ao sistema financeiro de habitação (SFH).
Cédula hipotecária rural – trata de financiamento rural.
Cédula de crédito hipotecário industrial – é destinado a indústria.
Obs.: a emissão de cédula hipotecária deverá ser autorizada pelo credor e também pelo devedor (1486 CC).
3) Execução de dívida hipotecária
475-N – Títulos judicias
585 – Títulos extra-judiciais
A execução de cédula hipotecária efetua-se sob a forma de execução de título extrajudicial contra o devedor (585, 583 e 646 CPC)
Procedimentos: o devedor será citado para pagar a dívida sob pena de penhora do imóvel hipotecado cujo imóvel será de preferência nesta execução hipotecária.
A mulher ou marido do devedor(a) deverá ser citado no processo de execução (art. 10 do CPC).
Se houver outros credores hipotecários, estes serão intimados da praça do imóvel com 10 dias de antecedência no mínimo.
4) Usufruto (1390)
Conceito: usufruto é o direito de usar uma coisa pertencente a outro e de perceber os frutos dessa coisa.
O usufrutuário tem direito de usar a coisa alheia e o dever de conservar a coisa. É temporário. Extingue-se com a morte do usufrutuário levando o nuproprietário a ter o domínio da coisa.
Características:
a) Usufruição
b) Direito real sobre a coisa alheia
c) Sequela – é o direito de perseguir a coisa de quem a detenha
d) Erga Omnes – direito de contrapor a qualquer pessoa.
e) Temporário – extingue-se com a morte do usufrutuário.
f) Pode ser constituído em favor da pessoa jurídico, extinguindo em 30 anos.
→ não é perpétuo;
→ é inalienável, mas pode ser cedido/penhorado;
→ o benefício do usufruto é só do usufrutuário. Não se transmite aos herdeiros;
→ o usufruto pode ser impenhorável. Dependerá da situação e dos fatos, mas a penhora poderá recair sobre os direitos do nuproprietário;
Modos de constituição
a) Por determinação legal – é estabelecido pela lei em favor de certas pessoas. Ex: usufrutos dos pais sobre bens dos filhos menores.
b) Convenção – por ato de vontade, resulta de contrato ou testamento. Se for usufruto de imóveis deverá haver o registro no CRI.
São Paulo, 15 de maio de 2013.
Espécies de usufruto
Quanto a origem
- Legal;
- Convencional.
Quanto a duração
- Temporário => tem tempo certo, determinado;
- Vitalício => enquanto o usufrutuário viver.
Quanto ao seu objeto
- Próprio (comum) => a coisa é entregue ao nuproprietário;
- Impróprio (bens de consumo) => art. 1392.
Quanto a extensão
- Universal => recai sobre tudo (a universalidade dos bens). Pode também ser sobre a universalidade dos bens do usufrutuário;
- Pleno => compreende os bens e suas utilidades;
- Particular => incide sobre determinado bem;
- Restrito => restringe-se ao uso da coisa.
Peculiaridades do usufruto
Usufruto de título de crédito (1395) => o usufrutuário tem direito de perceber os frutos e rendimentos.
Usufruto animal => as crias pertencerão ao usufrutuário;
Extinção do usufruto
a) deve ser cancelado no CRI;
b) Com a morte do usufrutuário, extingue o usufruto;
c) Renúncia do usufruto, extingue o usufruto;
d) Com a extinção da pessoa jurídica, se o usufruto foi constituído em favor dela, este será extinto;
e) Pela destruição da coisa também extingue-se o usufruto;
f) Pelo não uso pode haver extinção do usufrutuário.
Obs.: A renúncia deverá ser feita pela via pública 
Grupo 06 – Moradia
Raphael
Raul
Marcos
Adriana
Elisângela → pra.elisangela@iaconquista.com.br
São Paulo, 22 de maio de 2013.
Ações Possessórias – art. 920 CPC
O código de processo civil menciona 4 ações: esbulho, reintegração, turbação e o interdito proibitório.
→ Peculiaridades das ações possessórias
Obs.: Os danos materiais e os lucros cessantes devem ser devidamente provados no curso da ação. 
Obs.: Em sentença transitada em julgado, caso o agressor cometer nova ofensa, não há necessidade de nova ação possessória. Pede-se o revigoramento do mandado podendo ser cobrada a multa que o juiz aplicou na sentença.
Princípio da fungibilidade => nem sempre é fácil distinguir o esbulho da turbação, por isso é aceito o princípio da fungibilidade. Com a fungibilidade, o juiz pode julgar uma ação como se fosse a outra.
Cumulação da demanda => a cumulação de pedidos nas ações possessórias é permitida pela nossa legislação desde que preenchidos os requisitos necessários.
Podem ser cumulados:
a) Pedido de reintegração de posse ou manutenção de posse;
b) Condenação em perdas e danos (podendo ser moral, material, lucros cessantes);
c) Condenação em multa, caso o réu venha a reincidir/repetir os atos contrariando as decisões judiciais; 
d) O desfazimento (destruição) de construções ou plantações indesejadas/não autorizadas.
Obs.: os pedidos não são automáticos, o autor deve formular um a um em sua petição inicial.
Natureza Jurídica => as ações possessórias tem natureza dúplice. O réu, em sua contestação poderá formular pedidos contra o autor => RECONVENÇÃO.
Ações Possessórias e domínio => súmula 487 STF => o juiz julgará em favor de quem for o dono (quem tem o domínio/propriedade) nas ações possessórias. Válida para as ações de reintegração e manutenção de posse.
→ Procedimento das ações possessórias => nas ações possessórias deve ser observado o tempo que transcorreu desde a agressão a posse (esbulho ou turbação). 
Especial e ordinário => Se o esbulho ou turbação ocorrer em menos de ano e dia (antes do prazo fatal) o procedimento será especial. Caso contrário, será ordinário. Ex: 10 JAN 2013 ocorreu esbulho – 10 JAN 2014 acaba (prescreve) o prazo para o rito especial. As ações possessórias até 60 SM poderão ser propostas pelo procedimento sumário.
Liminar e caução => antes de apreciar a liminar, o juiz poderá designar audiência de justificativa (da liminar). O juiz ao conceder a liminarpoderá requerer caução para resguardar as perdas e danos futuras do réu.
Procedimento especial => tem como peculiaridade a liminar de imediato e a audiência de justificativa.
Legitimidade ativa e passiva => a ação possessória é proposta contra o possuidor que tenha sido esbulhado, ameaçado, turbado na sua posse. No caso de morte do possuidor, o direito é transferido aos herdeiros e sucessores. O espólio pode propor a ação possessória. Caso haja vários herdeiros, qualquer deles pode propor ou ofertar defesa contra estas ações. Na invasão realizada por incapaz, a ação será proposta contra o representante deste (não havendo representante, o juiz nomeará representante dativo ou o MP o representará.
Réu – pessoa jurídica => o réu pode ser pessoa jurídica quando a invasão é em nome dela. Pode, a empresa jurídica de direito público, ser réu numa ação possessória desde que a invasão se dê em nome dela (respondendo pelos atos de seus prepostos). Caberá liminar contra elas. Concessão de liminar: Se o réu for empresa privada não é necessária audiência de justificativa para concessão de liminar (estando os documentos do autor em ordem). Também caberá liminar no caso de pessoa jurídica de direito público, porém é obrigatória a audiência de justificativa (nas ações de manutenção e reintegração não cabe liminar sem antes ser ouvido o representante da pessoa jurídica).
→ Vários réus na ação possessória => a ação pode ser proposta contra todos que ocupam a área. Caso sejam qualificados somente alguns dos invasores, a sentença terá efeito somente sobre eles. A citação será feita por edital quando o número de réus for grande.
Obs.: quando se fala de imóvel => a ação deve ser proposta no foro do imóvel (art. 95 CPC). A competência é absoluta independente do rito em que tramita a ação.
Postado por Bruno às 11:51 
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