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Direito Internacional Público 4 período

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AULA 01 - Direito Internacional Público
Bibliografia: Valério de Oliveira Mazzuoli, Malcolm N. Show,ThimHeeman e Ricardo Seintemfus. 
Fontes do Direito Internacional Público
Presentes no Art. 38 Estatuto da Corte Internacional de Justiça – Carta Constitutiva da Organização das Nações Unidas. Não há hierarquia entre as fontes, mas os juízes dão prioridade aos tratados, pois é a vontade dos Estados e ele juntamente com as ONG’s são a origem do Direito Internacional Público, além de serem expressos certos e rígidos não submetido a subjetividade do julgador. 
	Fontes Primárias
	Fontes Secundarias ou Meios Auxiliares
	Tratados Internacional
	Jurisprudências
	Costume Internacional
	Doutrina
	Princípios Gerais do Direito
	
Exceções a não hierarquia Carta da ONU / Jus Cogens
Carta da ONU
Jus Cogens Tratados 
Estão acima dos tratados por vontade dos Estados por força do art. 103 da carta da ONU. 
Jus Cogens: normas imperativas de direito internacional, ou seja, são aquelas que não aceitam derrogações (afastamento/ flexibilização das normas.) Essas normas imperam, desrespeitada o pais responde internacionalmente. 
Conselho de Segurança faz resoluções cogentes, obrigatórias diferente dos demais conselhos. Esse conselho é dividido por membros permanentes e provisórios, os permanentes possuem poder de veto. 
Ex. de Jus Cogens é a declaração dos direitos humanos que é obrigatória. Apesar das declarações não serem vinculantes ou cogentes a dos direitos humanos e dos homens tem força vinculatória. 
Ex. Pacto da Sunservania: Os pactos devem ser cumpridos. 
Tratados Internacionais
Nomenclatura: tomar cuidado pois algumas nomenclaturas são mais utilizadas, como ex. carta que será constituição de algo, concordata quando o tratado internacional envolver matéria religiosa, declaração para referenciar declarar algum direitos. Os demais são utilizadas para outas atribuições. 
Conceito: Art. 2 da Constituição de Viena: Tratado é um acordo constitucional constituído entre Estados sobre a forma escrita e regido sobre o direito internacional, quer consubstanciado em um único instrumento quer em dois ou mais instrumentos relacionados e qualquer que seja sua designação especifica. 
Elementos Essenciais: Acordo Internacional, celebrado deforma escrita, e a mudança:que tende ser celebrados por Estados ou Organizações Internacionais. Porem esses tratados com organizações só podem ser concluídos com relação a sua finalidade. A ONU atualmente pode celebrar tratados sobre qualquer matéria pois está envolvida sobre tudo. E, deve ser regido pelo direito internacional e por fim, celebrado por instrumento único ou em dois ou mais instrumentos conexos. 
Forma: Não há forma especifica, desde que escrito e que tenha a intenção de criar relações jurídicas entre as partes.
Classificação 
Quanto ao número partes
Tratados bilaterais: concluídos por 2 Estado 
Tratados Multilaterais: concluídos por mais de 2 Estado 
Quanto ao tipo de procedimento utilizado para sua conclusão 
Unifásico: exigência tão somente da assinatura.
Bifásico: exigência de assinatura e ratificação.
Quanto à possibilidade de adesão
Abertos: permitem adesão posteriormente de Estado: vem expressa no tratado.
Fechados: não permite adesão posteriormente de Estado 
 Se for omisso ele depende do entendimento da função do tratado.
Quanto à natureza jurídica
Tratados Leis: tem a intenção de criar regras do direito internacional, vai ser lei e nortear condutas. 
Tratados Contrato: é um acordo entre as partes, cria uma obrigação entre as partes que são resolvidas de imediato.
Quanto a execução no tempo
Tratados Transitórios: criado e extinto com o cumprimento da obrigação. Ex. Brasil e Acre. 
Tratados permanentes: criado e se estendem no tempo. Ex. acordos comercias e políticas aduaneiras. 
Criação dos Tratados 
6.1 Fases 
a) 1. Formação do texto e assinatura: fase de negociação, com reunião dos estados e debates até o texto que todos concordam. É uma fase internacional, pois é feita em âmbito internacional. 
b) 2. Aprovação parlamentar: após assinatura, o texto é tratado ao congresso, e esse avalia se é permitido e fazer reservas ou não. É aprovação do texto do tratado. Essa é uma fase nacional.
c) 3. Ratificação ou adesão do texto: após o congresso, é a ratificação ou não do presidente, pois é privativo deste, ao tratado. É a explicitação ao mundo que haverá ou não adesão. Esta fase é internacional.
d) Promulgação e publicação: explicitação em âmbito interno, para ciência do povo da validade do contrato. Esta fase é nacional.
6.2 Elementos Essenciais para a criação do Estado 
- Capacidade dos contratantes
- Habilitação legal pela carta de plenos poderes 
 - Mutuo consentimento dos Estados 
- Objeto do tratado deve ser licito e materialmente possível 
AULA 02
6.3 Carta de plenos poderes
Conceito: é a documentação emitida pelas autoridades competentes do Estado em questão, garantindo o status de plenipotenciário para o indivíduo representante desse Estado. Documentação necessária para a pessoa agir em nome do Estado. Se a carta não for apresentada o tratado é invalido, salvo se o Estado fazer ratificação posterior. 
Pessoas que não necessitam: devido ao cargo ocupado. 
Chefes de Estado e de governo;
Ministro de relações exteriores; 
Chefes de missões diplomáticas;
Representantes acreditados junto a conferências internacionais ou organização internacional.
6.4 Consentimento: os Estados só são obrigados por aquilo que consentem, pois o estados são soberanos.
a- Feita em conferência internacional: o tratado necessita de 2/3 dos Estados presentes para ser aprovado. 
b-Quando não é feita em competência internacional: é necessária a assinatura dos Estados para prova de consentimento. Sem assinatura o consentimento será provado através da troca, intercambio de documentos do tratado, como texto, ratificação... 
6.4.1 Ratificação
Conceito: é um ato unilateral com que o sujeito de direito internacional signatário de um tratado exprime definitivamente no plano internacional sua vontade de obrigar-se. Ratificou, está obrigado, pois deu ciência ao mundo. Além de manter o controle do presidente. 
Competência: única do presidente. 
Referendo: competência do congresso. 
6.4.2. Tratados Equivalentes a Emendas Constitucionais
Art. 5º § 3º da Constituição Federal: aqueles que vertem sobre tratados sobre direitos humanos aprovados em dois turnos nas duas casas por maioria 3/5 [...] Ex. Convenção internacional sobre direitos das pessoas com deficiência. 
6.5 Reservas aos Tratados
Conceito: é uma declaração unilateral como quer que seja expressa redigida ou denominada feita por um Estado ao assinar, ratificar ou aprovar, por meio a qual tal Estado tenciona excluir ou modificar o efeito jurídico de determinadas disposições do tratado, em sua aplicação ao mesmo estado. O estado buscar afastar o que ele não concorda. 
Cabível em tratados bilaterais?Não, pois ai isso não haveria a quem cumprir. E também quando a reserva diz respeito à parte fundamental do tratado. Ex. Convenção para idade mínima para trabalho de crianças em indústrias. 
Expressamente proibidas: quando o tratado trazer expressamente que não admite reservas, também cabíveis reservas sobre parcelas do contrato. Se não for expressa subentende cabível reserva. 
6.6 Emendas e Modificações: é possível desde que as partes consintam. 
Duplicidade de Regimes Jurídicos: o tratado original tem vigor aqueles que não o modificam, e o tratado modificado tem vigor para aqueles que o consentiram. 
6.7 Entrada em vigor
a- contemporânea ao consentimento: após a elaboração
b- vacatio legis: tem dois significados, primeiro um lapso/prazo temporal, ou um quórum mínimo de aceitação e ratificações do tratado. É possível aplicação provisória antes da vacatio desde que expressamente no tratado, ou se
o estados consentirem. Se o Estado resolver revogar o tratado pela sua soberania, ele pode. 
6.8 Aplicação Provisória 
Estado que muda de idéia
Reserva ao art. 25 da convenção de Viena sobre direito tratados de 1969: afastou a incidência desse artigo que tratava sobre a aplicação provisória pois necessita da passagem pelo congresso. 
Registros e publicidade dos tratados 
Art. 102 da Carta da ONU: dever de publicação, divulgação e registro dos tratados elaborados pelo secretariado da ONU.Se não for assim feito, não tem valor o tratado, afastando os tratados secretos. 
Efeitos: ex nunc: daqui pra frente, pois buscam regular ações futuras. A exceção é se o tratado dispor o contrário. 
 Tratados e Estados Terceiros: aqueles estados estranhos a terceiros.
Deveres: aceitação expressa,clausula expressa que prevê a aplicação sobre estados terceiros e ainda a aceitação desses estados terceiros sobre essa clausula.
Direitos:é possível, e o silêncio é anuência dos estados terceiros. 
Extinção
Vontade comum das partes: clausulas, dispositivos dentro dos tratados. 
Causas alheias à vontade das partes: circunstancias mudaram. 
Vontade unilateral de uma partes ou Denúncia:Nomeada como Denúncia, onde um Estado apenas sai do tratado. 
Denúncia
 Conceito: é um ato unilateral pelo qual um participe em dado tratado exprime firmemente sua vontade de deixar de ser parte do compromisso internacional. É a vontade unilateral do estado, para expor a vontade dele em afastar o tratado. A denúncia deve ser enviada ao secretariado da ONU. 
 Tratado continua a valer para os demais?Bilateral é extinguido, se for multilateral não se altera para os demais. 
 É cabível denúncia de apenas uma parte do tratado?Não, pois só cabe denuncia integral do tratado. 
 Tem de ser expressa?Sim,deve vir expressa, caso o tratado seja omissoficara a depender da natureza e da intenção das partes. 
Segundo a doutrina que acha que a soberania do estado está sendo violada, por outro lado outra corrente da doutrina acha que o estado já exerce sua soberania no momento que assina o contrato. 	
 Quando é possível a denúncia?Primeiro, há caso de tratado que prevê prazo na clausula, e no segundo caso a partir do momento que o tratado entra em vigor já a possibilidade de renúncia, porem há um prazo de 6 a 12 meses para ter efeito a denúncia. 
Competência para a Denuncia
 Pode o presidente por si só denunciar um tratado, ou necessita de aprovação do Congresso Nacional?
 Uma doutrina entende que pela analogia seria necessário passar pelo congresso, e por outro lado outra corrente da doutrina entende que ele por sua autonomia e poder não necessitaria de aprovação de congresso. 
ADIN 1.625/DF Ministro Mauricio Corrêa. Impetrada para discutir a questão da competência e ainda não tem resolução. 
AULA 03
Costume 
Conceito: É o costume regulado pelas relações internacionais. O princípio não precisa ser antigo, pode surgir da noite para o dia, presentes os requisitos, vira costume. 
Art. 38, § 1, b, ECIJ: Estatuto da Corte Internacional de Justiça. Prova de pratica reiterada com aceite internacional. 
Crítica: feita pelos internacionalistas, não é a prova da pratica, é a própria pratica. 
Elementos Formadores(requisitoscomutativos). Art. 38. 
Elemento material ou objetivos: “Inverate Consetudo”é a pratica reiterada de ações que formam o costume. 
Elemento psicológico ou subjetivo“ opinio Juris”: é a crença de que aquela pratica é a crença de que é direito, acreditando que aquela ação é sim uma norma jurídica internacional. 
Processo de formação 
Clássico – Clóvis Bevilague
Relação nova: sem disciplina
Princípios gerais do direito: norteiam a solução
Solução satisfatório: se não satisfazer não tem reiteração
Mesma solução passa a ser utilizada como se posse direito: solução utilizada em mais situações caracterizando a reiteração. 
Contemporâneo: resoluções votadas dentro das assembleias gerais das organizações internacionais, que pela sua reiteração acabam virando costumes, não tem força vinculante, mas os Estados acabam seguindo-as.
Extensão Geográfico: existem costumes que valem a todos e aqueles regionais e locais. 
Costume Universal: vale para toda a sociedade nacional. Ex. Princípio da boa-fé e pacto da Sunservania. 
Costume Particular 
Local: apenas com dois países. Ex. Costume entre Brasil e Argentina.
Regional: incide sobre uma região. Ex. Costume só da América Latina. 
Todos os sujeitos de DIP tem de participar da formação de costume?Não, pois a situações que só dizem respeito a determinados Estados. 
Hierarquia entre costumes e tratados: Não existe hierarquia, apesar disso, as cortes dão preferência para os Tratados pois tem maior seriedade, assinados e tem maior aderência. 
Hierarquia entre costumes
Gerais x Regionais: regionais são mais específicos prevalecem. 
Gerais x Locais: locais são mais específicos e prevalecem. 
Jus Cogens x Qualquer outro: jus cogens está acima de qualquer coisa, é ináfastavel, prevalecem acima de tudo. 
Prova do costume: Aquele que alega, deve provar a pratica do costume.
Precedentes
Resoluções de OIS 
Atos unilaterais entre Estados
Decisões de tribunais permanentes
Questão dos novos Estados: A duas vertentes 1ª Os costumes se aplicam a todos, e 2ª Não, pois eles não participarão da sua criação. A essa discussão, porem se cair em prova responda que sim, deveria ser aplicado. 
Teoria do “Objeto persistente”: diz que se um estado que se opôs desde a criação do costume, para esse estado o costume não terá validade. Para uma vertente doutrinaria essa teoria não é válida, pois o costume se aplica a todos. Para a Lei de Direito Internacional o costume vale para todos, mas onde fica a questão da soberania e a hierarquia das fontes? 
Aplicação direta na ordem interna:não, pois ele tem tamanha força que se aplica de forma direta. 
Princípios Gerais De Direito
Art. 38, § 1, c ECIJAplica-se quando haver lacuna na norma ou ineficácia de lei. Ex. Princípio da Boa-fé e Pacto da sunservania. 
Meios Auxiliares 
JurisprudênciaArt. 38, §, d ECIJ: 
Prima-se pelas da CIJ: maior força jurisprudencial...
Decisões de quais tribunais 
Tribunais internacionais permanente
Tribunais ad hoc e arbitrais: criados tribunais para casos específicos. Ex. Crimes da Alemanha. Tribunais com lista de árbitros internacionais que fazem jurisprudência pelas decisões de contendas internacionais. 
Tribunais de determinadas de determinadas OIS.Ex. ONU, TIP. 
DoutrinaArt. 3, § 1, D, ECIJ
Entendimento moderno
Doutrina, trabalhos e estudos
Ex. Comissão de Direito Internacional da ONU, Projetos da Harvard Research relatórios do Instituto de Direitos Internacional. 
AULA 04 - Analogia e Equidade
1. Analogia: aplicação de uma norma jurídica para solucionar outro caso semelhante. 	
2. Equidade: aplicação de ideias e princípios de justiça para resolução do caso. Para ser utilizada necessita de expressa autorização das partes. 
Essas teorias existem mas pela insegurança dos estados não são utilizadas. 
Organizações Internacionais
1.Conceito: Existiram após a 1ª Guerra Mundial com a Sociedade das Nações, hoje elas tratam de todos os assuntos, podem ser gerais ou especificas. É uma associação voluntaria dos sujeitos de direito internacional, criada mediante tratado internacional e com finalidades predeterminadas, regidas pelo direito internacional dotada de personalidade jurídica distinta da de seus membros que se realiza em um organismo próprio e estável dotado de autonomia e especividade possuindo ordenamento jurídico interno, e órgãos auxiliares por meio dos quais realiza os propósitos comuns de seus membros mediante os poderes próprios que lhe são atribuídos por estes. 
2.Personalidade jurídica: derivada pois deriva da personalidade jurídica originaria dos Estados. As organizações não tem soberania, somente os Estados. 
3. Poder para celebrar tratados: ius tratum, deve vir expresso no tratado constitutivo
da organização esse poder. 
4.Caracetirsticas: criação por estados, criação por tratado internacional, associação livre de estados, capacidade civil e personalidade jurídica própria, desvinculadas do estado, composta por ordens permanentes, órgãos que possuem vontade própria e agem em favor dos interesses da organização e gozam de privilégios e imunidades necessárias ao exercício de suas funções. 
5.Classificação 
5.1. Finalidade
a- gerais: ONU, trata de qualquer assunto mundial.
b-específicos: OMS, trata somente da saúde. 
5.2 Independência
a- independentes: ONU, AOEA, atuam por vontade própria.
b–dependentes: OMS, atua vinculada a ONU.
5.3 Participação dos Estados
a – abertosilimitadas: ONU, aceitam qualquer Estado. 
b – abertos limitadas: OEA, MERCOSUL, há certos requisitos para os Estados. 
c–fechadas:UNIÃO DE CAIXAS POSTAIS, não aceitam membros, somente aqueles que participaram do ato constitutivo, não aceitam ingresso de estados posterior. 
5.4 Base Territorial
a- globais: ONU. 
b- regionais: OEA, MERCOSUL. 
6 Processo Decisório
Sistema da unanimidade: só se aprova resoluções se todos concordarem. Segundo a doutrina é o melhor sistema pois tem maior recepção do Estado pelo princípio da efetividade. 
Sistema da dissidência: a resolução passa mesmo com votos contrários, entretanto só se aplica aqueles que concordaram com ela e não será aplica aos demais. 
Sistema do voto ponderado: alguns países terão mais direito de votos que outros, não há igualdade.
Sistema da maioria simples e maioria qualificada: aprovação da resolução sesimples: 50% + 1 e qualificada 2/3. 
Sistema misto(maioria qualitativa e quantitativa.): quantitativa: maioria de número, e qualitativa: alguns estados necessariamente devem aprovar. Ex. Conselho da ONU. Alguns estados membros permanentes tem poder de veto. 
Sede de organização: o estado que possui território sede parte de seu território a organização por um tratado unilateral que também discute privilégios e imunidades dos estados também denominado como acordo de sedes que trata da sessão de território. 
Classificação dos membros
- originários: aqueles que participaram da criação, assinaram o ato constitutivo desde o início. 
- admitidos: aqueles que entraram posteriormente.
- afiliados: aqueles não definidos como estado, que são aceitos mas não tem poder de voto dentro da organização. 
Uma organização internacional pode fazer parte de outra, pois tem personalidade jurídica e poder de fazer tratados, porém não podem criar outras organizações pois isto só cabe aos Estados.

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