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Resumo ASPECTOS recentes DA DINAMICA POPULACIONAL PARAIBANA

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Isto é, o ritmo de crescimento de uma população depende dos nascimentos, das mortes e do movimento de entrada e de saída de pessoas em uma determinada área, isto é da migração, Entende-se que o estudo das principais variáveis demográficas (fecundidade, natalidade, mortalidade e mobilidade) só pode ser realizado no contexto do processo de transformações sociais e econômicas, na medida em que existe uma inter-relação entre a dinâmica demográfica e a socioeconômica.
Evolução histórica da população paraibana
A relação entre os brancos colonizadores e os povos indígenas caracterizou-se fundamentalmente pelo conflito, levando-se em consideração que a relação desses dois grupos com o território obedecia a lógicas diferentes: enquanto para os índios o território era o lugar da vida, isto é da produção de valores de uso que garantiam a sobrevivência, para o branco colonizador o território era um lugar de exploração, tendo em vista a produção de um excedente colonial. A expressão maior desse processo foi a chamada “guerra dos bárbaros”, que resultou em grande carnificina dos indígenas.
O século XIX apresentou um ritmo de crescimento ainda maior da massa demográfica paraibana. Com efeito, a população que era de 30.305 habitantes, no ano de 1774, aumentou 12 vezes mais, segundo os dados do censo de 1872, passando para 376.226 habitantes. Esse crescimento só não foi maior em virtude da ocorrência de secas e de pestes. Grandes secas assolaram o sertão paraibano durante esse período.
Este aumento substancial da população do Agreste paraibano pode ser explicado pelas condições naturais favoráveis que influenciava o aumento da imigração sertaneja, pelo aumento do cultivo do algodão nessa área e pelo fim das rivalidades com os índios cariris, possibilitando a ocupação dessa porção do Estado. Analisando-se a evolução da participação da população paraibana no total da população brasileira, permite-se identificar quatro períodos distintos, a saber:
Primeiro período de declínio (1872-1900): Ao final das três décadas em foco, essa participação cai, praticamente, um ponto percentual. A população brasileira cresceu 75%, enquanto que a paraibana aumentou apenas 33% , em primeiro lugar, a produção agrícola estadual entra em crise, para isso concorreu, de um lado, o fechamento do mercado externo ao açúcar brasileiro em resposta à expansão do açúcar de beterraba europeu e, o boom da borracha tornou a Amazônia um polo de atração para as populações dos estados nordestinos. a venda de escravos para os cafezais paulistas e fluminenses, com efeitos nocivos sobre o produto agrícola paraibano. Em quinto lugar, nesse período, verifica-se o incremento dos fluxos imigratórios externos que se dirigiam principalmente para a região produtora do café.
Período de aumento da participação (1900-1940):só resta a hipótese de uma forte redução da emigração estadual como explicação para a elevação da taxa de crescimento da população, uma vez que a imigração foi insignificante. Alguns fatores de ordem econômica podem ter contribuído para aumentar a “capacidade estadual de retenção” de população, como se verá a seguir: i) com o declínio do ciclo da borracha diminui o poder de atração da região Norte sobre os fluxos migratórios procedentes do Nordeste . apontar a existência de mão de obra disponível em áreas mais próximas (Bahia, Minas e Espírito Santo) e as deficiências dos meios de comunicação; internamente, assiste-se a um revigoramento da atividade agrícola, destacando-se, em particular, o da cana-de- açúcar e o do algodão, o crescimento do valor nominal das exportações nesse período está bem acima do nível de variação de preços no período . Verifica-se, também, no Estado, o crescimento das atividades urbanas e do aumento das unidades industriais, sobretudo daquelas ligadas ao aos ramos de alimentos e têxtil (TARGINO, 2011), o dinamismo das atividades de beneficiamento e comercialização do algodão foi um fator decisivo no crescimento urbano e na demanda de trabalhadores, isso apesar da presença das fábricas e usinas terem um efeito destruidor sobre as pequenas unidades de beneficiamento.
Fecundidade e natalidade
A taxa de fecundidade indica o desempenho reprodutivo que uma mulher ou um grupo de mulheres teria ao fim de seu período reprodutivo. Tal como ocorreu no Brasil e no Nordeste, observa-se também na Paraíba, uma redução do número de filhos tidos por mulher na comparação das duas décadas. No entanto, em nível estadual, a redução foi menor do que a registrada em nível regional e nacional.
Mortalidade
O trabalhador sofre, também, as consequências do desgaste sofrido pelo consumo de sua força de trabalho no processo produtivo. Neste sentido, a mortalidade é função do “consumo” da força de trabalho. As condições de vida precárias da população e a intensidade da exploração da força de trabalho no estado da Paraíba são refletidas em uma esperança de vida ao nascer abaixo da média regional e da brasileira.
Universidade Federal da Paraíba
João pessoa , 15/03/2014
Disciplina : História Economia Geral – Manhã
ASPECTOS RECENTES DA DINAMICA POPULACIONAL PARAIBANA
Aluno: Douglas Barbosa Fernandes , Matricula 11319585

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