Buscar

Fungos e sua Importancia economica

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

INTRODUÇÃO
Os fungos são seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou pluricelulares, eucariotas (com um núcleo celular), heterótrofos. 
Segundo Keong-Chung e Bennet, “os fungos são um grupo de organismos eucariotas não móveis com parede celular definida, sem clorofila, que se reproduzem através de esporos”. 
São classificados em um reino separado das plantas, animais e bactérias. Uma grande diferença é o fato de as células deles terem paredes celulares que contêm quitina e glucanas, ao contrário das células vegetais, que contêm celulose. 
A área da biologia dedicada ao estudo dos fungos é a micologia, muitas vezes vista como um ramo da botânica, apesar de os estudos genéticos terem mostrado que os fungos estão mais próximos dos animais do que das plantas. 
Especialistas afirmam que cerca de 1,5 milhão de espécies de fungos habitam o planeta Terra, como os cogumelos, as leveduras, os bolores, os mofos, sendo utilizados para diversos fins: culinária, medicina, produtos domésticos. Por outro lado, muitos fungos são considerados parasitas e transmitem doenças aos animais, ao homem e as plantas.
CARACTERISTICAS GERAIS
Os fungos são organismos eucariontes, unicelulares (leveduriformes) ou multicelulares (filamentosos), haploides (homo ou heterocarióticos), com parede celular contendo quitina e a-glucano. Não apresentam plastos ou pigmentos fotossintéticos. 
O ciclo de vida dos fungos compreende duas fases. Uma somática, caracterizada por atividades alimentares, e outra reprodutiva, onde os fungos podem realizar reprodução sexuada ou assexuada. A maioria dos fungos tem como necessidades nutricionais, os elementos C, O, H, N, P, K, Mg, S, B, Mn, Cu, Mo, Fe e Zn. 
Muitas espécies não necessitam de luz para seu desenvolvimento, outras necessitam para formar suas estruturas de reprodução, podendo ser consideradas fotográficas (que buscam a luz). 
A temperatura ideal para o crescimento dos fungos fica entre 0 e 35 ºC, mas o ótimo para a maioria fica entre 20 e 30 ºC e a umidade ideal fica em torno da saturação. Os fungos tiveram seu grupo reconhecido como um reino a partir da descrição de cinco reinos por Whittaker em 1969. Esses organismos foram alocados em reinos com base na morfologia e no modo de nutrição dos seres vivos, sendo criado, então, o Reino Fungi. 
 Em 1990, Carl Woese propôs o agrupamento dos cinco reinos estabelecidos por Whittaker em três domínios: Archaea, Eubacteria e Eukaria, onde 5 o Reino Fungi faz parte do domínio Eukaria, que reúne todos os eucariontes. A Micologia é, portanto, a área da Biologia destinada ao estudo dos fungos.
 Os fungos são considerados seres cosmopolitas, pois estão presentes em qualquer parte do planeta. Sendo amplamente distribuídos pela natureza, são encontrados na água, no ar atmosférico, no solo, sobre os animais e vegetais vivos, na matéria orgânica em decomposição, nos produtos alimentícios e industriais. 
O Reino Fungi é dividido em sete filos (Chytridiomycota, Neocallimastigomycota, Blastocladiomycota, Microsporídia, Glomeromycota, Ascomycota e Basidiomycota) e um grupo (os fungos anamórficos). Este grupo não possui valor taxonômico, sendo seus membros relacionados aos filos Ascomycota e Basidiomycota.
HABITAT 
Os fungos possuem uma extrema capacidade de reprodução, desde que o habitat possua as condições adequadas para o seu desenvolvimento, que basicamente são a alta umidade presença de matéria orgânica, a temperatura e o pH ideal.
 A maioria deles se desenvolve no solo, como os saprófagos, que juntamente com as bactérias saprófagas fazem o importante papel de decompositores de matéria orgânica. 
Outro habitat em comum são os vegetais, neles se encontram os fungos parasitas das plantas, caracterizados por possuírem hifas especializadas que entram na folha com o uso dos estomas e direcionam pequenas ramificações chamadas haustórios para penetrar nas células na busca de nutrientes como açúcares para sua alimentação. 
Na água também é encontrado a presença ativa dos fungos, nela habita um dos seres mais primitivo do planeta, os quitrídeos. Os fungos predadores, assim conhecidos por habitarem hospedeiros animais ainda vivos e deles se alimentarem, com isso até mesmo o homem se torna um habitat ideal para a reprodução dos fungos.
 Além de pequenos animais, os fungos garantem sua estadia no corpo humano, tanto como externamente, como internamente. As populares micoses são doenças provocadas por fungos, com capacidade de atingir a pele em qualquer parte do corpo, as unhas e o couro cabeludo. Existem fungos que parasitam o interior do corpo, como a candidíase oral 6 (os sapinhos), que afetam a mucosa da boca e doenças mais graves como a histoplasmose que ataca os pulmões.
ESTRUTURA 
As estruturas dos fungos são encarnadas pelas hifas, os micro-organismos podem em meios de cultivo reservado formar colônias de duas variedades: leveduriformes e as filamentosas. As colônias leveduriformes seguem em suas características, pastosas ou cremosas, formadas por microrganismos unicelulares que realizam as funções vegetativas e reprodutivas, esses habitats filamentosos podem ser algodonosos, aveludados ou pulverulentos, que são formados fundamentalmente por componentes multiplicadores em forma de tubos, as hifas. 
Ao aglomerado de hifas, se dá o nome de micélio, que se desenvolve na parte interna do substrato, exerce também a função como um componente de sustentação e de absorção dos nutrientes que é denominado como micélio vegetativo. O micélio que se lança na superfície e multiplica acima do meio de cultivo é o micélio aéreo, ele se diverge para sustentar os corpos de frutificação ou propágulos, que integra ao micélio reprodutivo. 
Os propágulos ou órgãos de espargimento dos fungos são coordenados segundo sua origem, em internos e externos, assexuados e sexuados. Apesar de que o micélio vegetativo não tenha especialmente funções de reprodução e, que algumas partes de hifas podem se desvincular do micélio vegetativo e efetivar as funções de propagação, uma vez que as células fúngicas são independentes. 
Estes componentes são nomeados de taloconídios e se assemelha aos blastoconídios, também denominados de gêmulas, que são usuais nas leveduras e se emanam por brotamento da célula-mãe. Às vezes, os blastoconídios mantêm-se ligados à célula-mãe, elaborando cadeias, as pseudohifas, cujo conjunto é o pseudomicélio. 
Os artroconídios são produzidos por fragmentação das hifas em segmentos retangulares. São achados nos fungos do gênero Geotrichum, em Coccidioides immitis e em dermatófitos. Os clamidoconídios têm como função de resistência, bem similar a dos esporos bacterianos. São células, na maioria das vezes arredondadas, de volume expandido, com paredes duplas e espessas, nas quais se fortalece o citoplasma. 7 Sua localização no micélio pode ser apical ou intercalar. 
Eles se estabelecem em diversas condições ambientais, como a falta de nutrientes, de água e temperaturas que não são a favor do desenvolvimento fúngico. Entre outras estruturas de resistência que devem ser citadas, são os esclerócios ou esclerotos, que são corpúsculos rígidos e parenquimatosos, que são constituídos pelo conjunto de hifas e que se conserva em estado de dormência, até o surgimento de condições adequadas para seu estado de germinação. São detectados em espécies de fungos das divisões Ascomycota, Basidiomycotae Deuteromycota. 
Resumindo, são divididos em três: 
Unicelular: representado pelo grupo das leveduras, sendo composto por células arredondadas, ovoides ou rapidamente alongadas. O micélio unicelular se reproduz grande parte das vezes por brotamento ou gemulação, porém, ele pode também se procriar por cissiparidade ou por processos intermediários; 
Filamentoso: se define por bolores e pode apontar septos ou não, sendo intitulado, nesse último caso de cenocítico. O micélio cenocítico se caracteriza com a subdivisão ZYGOMYCOTINA;
 Pseudofilamentoso: o micélio unicelular de leveduras da variedade, CANDIDA, em certas condições, ele de reproduz por brotamentos
consequentes formando um micélio que se aproxima ao micélio dos bolores.
EVOLUÇÃO
 Os fungos talvez evoluíram a partir de antecessores protistas que viviam em ambiente aquático e que possuíam flagelos em seus ciclos de vida. A partir desse grupo antecessor, as formas básicas típicas dos fungos que teriam surgido são: parede celular de quitina, hifas, reprodução por meio de esporos e alimentação por absorção de nutrientes do meio. 
Essas formas estão presentes nos quatros grupos que hoje se considera como pertencentes ao Reino Fungi, que seria monofilético. Logo no começo da evolução dos fungos, duas linhas evolutivas teriam se caracterizado: a que deu origem ao bando Chytridiomycota e a que deu origem aos outros três bandos de fungos: o Zygomycota, o Ascomycota e o Basidiomycota. 
Os fungos do bando Chytridiomycota (quitridiomicetos ou quitrídios) mantiveram duas condições de seus ancestrais: são predominantemente aquáticos e foram zoósporos no ciclo de vida, que propiciam a dispersão da espécie em ambiente aquático. Apenas um subgrupo dentre os quitridiomicetos obtém celulose além de quitina na parede celular. Todos os demais grupos de fungos possuem apenas quitina. 
Existe considerável adulteração na morfologia e na ecologia dos quitridiomicetos. Há espécies unicelulares, mas a maior parte forma hifas cenocíticas. Uns de água doce, outros são marinhos; alguns parasitas de plantas e dípteros, outros vivem decompondo plantes e animais. O grupo dos quitridiomicetos não será enfatizado. 
Na raça que deu origem aos demais bandos, teria ocorrido a perda do flagelo. Todos os Zygomycota (zigomicetos), Ascomycota (ascomicetos) e Basidiomycota (basidiomicetos) não possuem esporos flagelados em seus ciclos de vida. Os esporos são sempre imóveis e transportados pelo vento, o que propicia a dispersão da espécie em ambiente aéreo. A imensa parte desses fungos vive em ambientes terrestres úmidos. A distinção entre esses três bandos se faz principalmente com base no tipo de esporo que se forma na fase sexuada do ciclo de vida: zigósporo, ascóporo e basidiósporo. 
CLASSIFICAÇÃO
Em 1969, os fungos tiveram seu grupo reconhecido como um reino a partir da descrição de cinco reinos por Whittaker. Esses organismos foram alocados com base na morfologia e no modo de nutrição dos seres vivos, sendo criado daí, o Reino Fungi. 
Nos anos 90 o agrupamento dos cinco reinos estabelecidos por Whittake foram propostos, por Carl Woese, em três domínios, sendo esses: a Archea, Eubacteria e Eukaria. Com o Reino Fungi fazendo parte do domínio Eukaria, o qual reúne todos os eucariontes. Reino Fungi pode ser dividido em 7 filos, sendo eles: Chytridiomycota, Neocallimastigomycota, Blastocladiomycota, MicrosporÌdia, Glomeromycota, Ascomycota e Basidiomycota. 
E tendo também, o grupo dos fungos anamórficos que não possui valor taxonômico, sendo seus membros relacionados aos filos Ascomycota e Basidiomycota. A taxonomia dos fungos é baseada, de forma tradicional, em caracteres citológicos e morfológicos. 
Apesar de sua classificação não ser algo fácil, devido a sua existência de mais de 54 milhões de anos os fungos são classificados em: Filo Cythridiomycota: dado como provável ancestral dos fungos, vivem no meio aquático e em solos úmidos próximos a represas, lagos e rios, e em algum estágio de vida apresentam flagelos. 
Tem como principal característica a formação de zoósporo flagelado, estrutura de propagação no meio aquático, aonde o flagelo auxilia em sua movimentação. São denominados de mastigomicetos (mastix = flagelo; mycetos = fungo), ou critidiomicetos, podem ser unicelulares ou filamentosos, não possuem quitina em sua parede celular, constituída apenas por celulose e glicanos (polissacarídeos).
 Muitos dos cientístas classificam esses fungos como pertencentes ao mesmo grupo das algas pardas e diatomáceas, devido ao armazenamento de uma substância de reserva, que os fungos realizam de forma semelhantes a essas algas. 
Vivem da absorção da matéria orgânica que decompõem e, muitas vezes, parasitam protozoários, algas, outros fungos, plantas e animais. Algumas dessas espécies causam um prejuízo considerável em plantas de cultivo, por exemplo, na alfafa e no milho. Ex: Chytriomyces sp. 
Filo Neocallimastigomycota: encontram-se no sistema digestivo dos grandes mamíferos herbívoros e possivelmente em outros ambientes anaeróbicos terrestres e aquáticos. Trata-se de zoósperos não flagelados. Ex: Neocallimastix sp.
 Filo Blastocladiomycota: esse grupo apresenta reprodução assexuada com zoóspero de um único flagelo, e sexuada através da fusão de planogametas. São habitantes restringidos de água e solo e parasitos de insetos. Ex: Allomyces sp. e Coelomomyces sp. 
Filo Microsporídia: são eucariontes que não apresentam mitocôndrias e têm o flagelo desconhecido. São parasitas obrigatórios de animais, comumente atacam peixes e insetos. Teve sua inclusão ao Reino Fungi após estudos filogenéticos. 
Filo Glomeromycota (Glomeromicetos): são de suma importância para a ecologia e representados por fungos de micorrizas arbusculares, participam de uma associação mutualista com raízes. Onde a planta, através da fotossíntese, fornece energia e carbono para a sobrevivência e multiplicação do fungo, enquanto este absorve nutrientes, minerais e água do solo os transferindo para as raízes da planta. 
Cerca de 80% das plantas vasculares existente no mundo formam parcerias com esses tipos de fungos, que são de suma importância para o devido crescimento das plantas, a formação de florestas, logo, na preservação da vida. 
A este grupo foi incluído os representantes do antigo Filo Zygomycota, que tem como características principais as hifas cenocíticas e a formação de zigosporângio, que se reproduzem de forma sexuada; e esporângio, de forma assexuada. Sendo essas estruturas formadoras de propágulos para dispersão. 
Filo Ascomycota: são chamados de Ascomicetos e abrangem a metade de todas as espécies descritas de fungo. Esses organismos formam ascos, quais são hifas em forma de saco, justificando seu nome. Um dos ascomicetos mais conhecido é o levedo (Saccharomyces cerevisae), também conhecido como fermento de padaria, muito utilizado na produção de bebidas alcoólicas, álcool e pão. Outros de seus exemplos são Neurospora crassa, utilizado em pesquisas genéticas, de algumas das espécies de Penicillium produz-se a penicilina e certos queijos; e Aspergillus flavus que parasitam plantas. 
O ascomiceto Claviceps purpúrea ataca cereais, causa ergotismo quando há ingestão de alimentos que por ele foram contaminados, um envenenamento que provoca alucinações, convulsões, espasmos nervosos e morte. A substância responsável por ocasionar esse quadro é chamada ergotina e é utilizada em alguns medicamentos por causar vasoconstrição e contração muscular.
 A ergotina também é utilizada na produção do LSD, uma droga bastante perigosa. Nos ascomicetos temos algumas espécies que vivem associadas às algas ou cianobactérias, formando líquens. Filo Basidiomycota: seus representantes são considerados cosmopolistas e sapófritos. Produzem estruturas reprodutoras sexuadas, denominadas basídios (produtores de esporos meióticos, os basidiósperos). Também pode ser encontrada 11 a produção assexuada. 
O basídio é formado de um basidiocarpo, constituído por píleo (chapéu do cogumelo), lamela (estrutura pregueada abaixo do píleo, onde se encontram os basídios) e estirpe (que sustenta o píleo). Cogumelo, orelha-de-pau e também os causadores de doenças em plantas, as ferrugens e os carvões, são incluídos nesse grupo. 
Fungos Anamórficos: formam o grupo de fungos onde é predominante a reprodução assexuada e formam conídios como estrutura de propagação. Esse grupo está relacionado a gêneros do grupo dos Filos Ascomycota e Basídiomycota por comparação de sequências gênicas. São julgados como cosmopolitas saprófitos e parasitas de animais e plantas. Os conídios podem ter diferentes tamanhos, formas e cores, podendo possuir ou não a superfície texturizada, ornamento ou septo.
Esses são formados por células conidiogênicas, presentes em conidióforos, que são prolongamentos das hifas modificadas, que têm função reprodutiva.
REPRODUÇÃO 
Os esporos são as estruturas reprodutivas dos fungos, constituindo a unidade propagativa da espécie, cuja função é semelhante à de uma semente, mas difere desta, pois não contém um embrião pré-formado. Os esporos são produzidos em ramificações especializadas ou tecidos do talo ou hifa chamados esporóforos. Os esporos podem ser assexuais e sexuais. A fase associada com os esporos assexuais e micélio estéril são conhecidos como estágio ou fase imperfeita do fungo, enquanto aquela associada com a produção de zigoto e chamada estágio ou fase perfeita. Os esporos sexuais são resultantes da união de núcleos compatíveis, seguido de meiose e mitose. Os órgãos sexuais do fungo são chamados de gametângios. O gametângio feminino é denominado oogônio ou ascogônio, enquanto o gametângio masculino é denominado anterídio. As células sexuais ou núcleos que se fundem na reprodução sexual são chamados gametas. Algumas espécies de fungos produzem os gametângios no mesmo talo e são ditos hermafroditas. Outras formam talos com sexos agregados e são chamados heterotálicos, ou seja, os sexos são agregados em dois indivíduos diferentes, não podendo cada talo, ou seja, cada indivíduo reproduzir-se sexualmente sem o outro. 12 Nos fungos mais inferiores, em algumas espécies, todo talo transforma-se na estrutura reprodutiva, sendo chamadas holocárpicas. Os fungos podem apresentar reprodução assexuada, sexuada e também um mecanismo de recombinação gênica, denominado parassexualidade. 
Reprodução assexuada: pode ocorrer pela fragmentação do micélio (cada fragmento origina novo organismo) ou pela produção de esporos assexuais. Neste tipo de reprodução não ocorre fusão de núcleos, somente ocorrendo mitoses sucessivas;
Reprodução sexuada: ocorre entre dois esporos móveis ou não, em que três processos se sucedem: plasmogamia, cariogamia, meiose; 
Parassexualidade: ocorrência de plasmogamia entre duas hifas geneticamente diferentes, formando pela presença de dois núcleos geneticamente diferentes na mesma célula. Esta situação de heterocariose termina quando ocorre a união destes núcleos originando uma célula ou hifa diploide, a qual se perpetua por mitose.O ciclo parassexual pode ou não ser acompanhado de um ciclo sexual. 
A parassexualidade constitui um importante mecanismo de variação genética para aqueles fungos que não apresentam reprodução sexual ou a apresentam raramente. Embora os ciclos de vida dos fungos dos distintos grupos variem amplamente, a grande maioria passa por uma série de etapas que são bastante similares. 
Desta forma a maioria dos fungos tem um estágio de esporo que contém um núcleo haploide, que possui uma série de cromossomos. Nos Deuteromicetos, é encontrado somente o ciclo assexual, com a seguinte sequência: esporo haploide ―> micélio haploide ―> esporo haploide. O ciclo assexual é o mais comum entre os fungos, pois podem ser repetidas várias vezes durante a estação de crescimento, enquanto o ciclo sexual ocorre somente uma vez
Importâncias e malefícios dos fungos para outros organismos 
Importância: Os fungos desempenham o papel de decompositores na natureza, com cadáveres e resíduos de seres vivos. Uma parte dos sais resultantes é destinada para a sua nutrição, a fim de absorver somente uma parte para a sua nutrição, a outra fica no ambiente. É dessa forma que os fungos colaboram para a renovação e reciclagem de materiais no solo e na água, exercendo um papel bastante importante para o desenvolvimento sustentável.
Presentes em rochas, seres vivos, materiais em processo de decomposição, papelão, parede, sapatos e roupas, os fungos desempenham um papel importante na economia. O interesse comercial nesses organismos vem aumentando consideravelmente nos últimos tempos.
Com os estudos cada vez mais avançados, empresas e investidores enxergam no fungo uma forma de aumentar a sua renda. Isso porque, eles são utilizados em diversos setores, do gastronômico ao farmacêutico. Estima-se que cerca de duzentos tipos de cogumelos são usados na alimentação humana. Como exemplo, temos o champignon, utilizado em strogonoffs, e o shimeji em receitas provenientes da cultura oriental.
Sua utilização não para por aí. Alguns fungos produzem toxinas poderosas, que vêm sendo objeto da pesquisa farmacêutica. O mercado já conta com alguns antibióticos e medicamentos produzidos com fungos. Foi em 1920. que os cientistas descobriram as propriedades farmacêuticas de alguns tipos de fungo. 
Tendo como maior exemplo a penicilina é um antibiótico natural derivado do bolor produzido pelo fungo Penicillium chrysogenum (ou P. notatum). Ela foi descoberta pelo médico e bacteriologista escocês Alexander Fleming e está disponível como fármaco desde 1941, sendo o primeiro antibiótico a ser utilizado com sucesso no mundo todo.
Malefícios: 
Os fungos ocorrem em todos os ambientes do planeta, sendo que em determinadas áreas as condições do ambiente são muito favoráveis para a rápida proliferação deles. Isso porque possuem uma estrutura que permite que cresçam rapidamente no solo, em plantas, em alimentos, em papel e até em vidros. 
 Os considerados parasitas infectam animais, incluindo humanos, e plantas. Aos animais, em geral, podem causar de leve coceira à morte; às plantas acarretam doenças como o apodrecimento de troncos. No entanto, eles também proporcionam associações vantajosas, como no caso das micorrizas. 
As doenças provenientes dos fungos estão geralmente relacionadas à infecção de pele, alergias respiratórias e infecções alimentares. Os alimentos armazenados são um campo excelente para a proliferação de fungos, os chamados bolores ou mofos podem ocasionar, diretamente, vários problemas aos produtos armazenados.
 Quando desenvolvem-se em sementes podem torná-las inviáveis, bem como afetar na qualidade do produto, havendo a descoloração, produção de aromas desagradáveis e desidratação (o arroz, a manteiga de cacau e o café são exemplos).
 Os fungos podem diminuir o valor nutritivo das proteínas por realizarem nelas uma reação de decomposição ou alteração por água. Além disso, produzem toxinas em produtos como o amendoim e o arroz. E ainda ajudam a abrir caminho para outros agentes de deterioração.
 Esses agentes podem prejudicar também na qualidade das bebidas, como o café e o vinho, ocasionando perdas econômicas pelo aumento da acidez. Outro problema é a produção de toxinas prejudiciais à saúde.
IMPORTÂNCIA AMBIENTAL
 As micorrizas são extremamente importantes nos ecossistemas e natureza por formarem associações mutualísticas do tipo micorrizo (com raízes). Lembra-se que 80% das plantas formam associações desse tipo. Assim sendo, muitas árvores não podem sobreviver sem estas associações, associados a bactérias, atuam no ambiente como reguladores naturais na população de outros organismos. 
Os são essenciais para a manutenção dos ecossistemas, sendo decompositores da matéria orgânica e responsáveis pela aprimoramento de nutrientes liberando assim o CO2 para a atmosfera que pode ser usado na fotossíntese. 
Os fungos são importantes para manutenção da vida no planeta se considerarmos que em uma floresta, por exemplo, ocorre grande deposição de material vegetal como troncos, galhos e folhas. A lignina, celulose e hemicelulose são moléculas persistentes na natureza e estão presentes no tecido dos vegetais. Sem a atuação dos fungos não seria possível a reciclagem desse material. Isso porque a lignina, um dos constituintes da parede celular dos vegetais, apresenta grande estabilidade química e por essa razão apresenta considerável resistência no meio ambiente. Os fungos basidiomicetos lignocelulolíticos, ao que parece, são os únicos organismos que possuem enzimas capazes de desestabilizar as moléculas de lignina e assim, reciclar essa matéria orgânica disponibilizando os produtos da degradação para ação de outros microrganismos e o crescimento de outras plantas
e eventualmente de animais. Portanto, as atividades dos fungos na natureza são tão necessárias para a continuidade da existência do planeta, quanto são aquelas desempenhadas pelos organismos produtores.
CURIOSIDADES 
O maior fungo do mundo: encontrado em 2000 em uma floresta dos Estados Unidos da América (EUA) por pesquisadores. Este megafungo tem cerca de 2300 anos, sendo da espécie Armillaria ostoyae tinha suas hifas emaranhadas (micélio) espalhadas por uma área correspondente a 45 estádios de futebol. E devido a sua cor amarelada recebeu o apelido de “cogumelo-mel”;
Refrigerantes: são produtos fúngicos, porque a maioria tem ácido cítrico, produzido por um fungo, o Aspergillus lividus, que é usado industrialmente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Desde os tempos antigos os fungos estão efetivamente presentes no cotidiano da humanidade, tais organismos são considerados cosmopolitas, pois podem ser encontrados em qualquer parte do planeta. 
Hoje sabemos que os fungos podem ser utilizados nos mais diversos propósitos, entre eles o mais antigo é o seu uso como alimento nas indústrias alimentícias, que por sua vez obteve-se n possibilidades de explorar seus comportamentos e criando formas de usá-los em indústrias farmacêuticas, biocombustão, entre outras áreas de exploração. 
Além de ser abundante no meio ambiente, são de suma importância do ponto de vista ecológico e econômico. Junto com as bactérias assumem a responsabilidade de reciclar nutrientes, ou seja, são decompositores primários de matéria orgânica. 
Esse trabalho já vem sendo feito pelos fungos há aproximadamente 2 bilhões de anos, eles contribuem com a liberação de elementos essenciais, como o potássio, cálcio, ferro, magnésio, fósforo, enxofre e etc.
 Alguns malefícios são apontados devido ao seu efetivo trabalho de decomposição, que seria o apodrecimento de frutas e madeiras com um significativo valor econômico. Na área da agricultura a participação dos fungos pode ser abortada tanto como benéfica tanto como maléfica. 
Um exemplo claro de benefícios é a produção e o cultivo de árvores, aplicando-os no controle de pragas, podendo também vir a ser a própria praga das lavouras.
 Desta forma, os fungos são agentes responsáveis em grande parte pela decomposição das substâncias orgânicas e de certa forma também afetam aos homens de modo direto, causando a destruição dos alimentos, tecidos, e outras fontes de consumo manufaturados.
REFERENCIAS
INSTITUTO DE BOTÂNICA – IBt . disponivel em:
http://www.biodiversidade.pgibt.ibot.sp.gov.br/Web/pdf/Fungos_Ricardo_Silva_e_Glauciane_Coelho.pdf Acessado em : 30 de junho de 2017
Fungos e sua importância econômica. disponivel em: 
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/ciencias/fungos-o-que-sao-e-qual-e-a-importancia-dos-fungos.htm Acessado em : 01 de julho de 2017
FONSECA, A. Biologia. São Paulo: Ed. IBEP, ano indeterminado. Acessado em : 01 de julho de 2017
Fungos. disponivel em: http://www.montana.com.br/Guia-da-Madeira/Tratamento/Agentes-Biodeterioradores/Fungos Acessado em: 02 de julho. 2017.
Produção da penicilina. disponivel em :
http://www.news-medical.net/health/Penicillin-Production-(Portuguese).aspx
Acessado em : 02 de julho de 2017
Reino Fungi: reprodução dos fungos. Disponível em: . Acesso em: 30 de junho. 2017. 
GUILLAUMIN, A. et al. O mundo das plantas: 3º volume (p. 28-79). 477 ed. Lisboa/Cacém ― São Paulo, 1971. v. 3. GUILLAUMIN, A. et al. 
O mundo das plantas: 4º volume (p. 06-41). 458 ed. Lisboa/Cacém ― São Paulo, 1971. v. 4. 
MORAES, A. M.; PAES, R. A.; HOLANDA, V. L. Micologia. In:______. Conceitos e Métodos para a Formação de Profissionais em Laboratórios de Saúde. Brasil, 2016. v. 4. 399-496 p. Disponível em: . Acesso em: 01 julho. 2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
CAMPUS JI-PARANÁ
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
Eliane Pereira Gomes
Graciêla Gomes Castro
Fungos e importância econômica
Ji-Paraná
2017
Eliane Pereira Gomes
Graciêla Gomes Castro
Fungos e importância econômica 
Trabalho desenvolvido como pré-requisito de obtenção de nota para o 1° período da graduação de Engenharia Ambiental na disciplina de Biologia Ambiental sob orientação do professor Igor Fotopoulos.
Ji_Paraná
2017

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais