Qualidade e Competitividade

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09/08/2014 
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GESTÃO DA QUALIDADE E DA COMPETITIVIDADE 
HISTÓRICO E CONCEITOS DA QUALIDADE 
O campo da Gestão da Qualidade e da Competitividade é uma área 
em contínua mutação e melhoria. Daí a constante utilização de 
denominações tais como: 
Grupo de Melhorias Contínua, Planejamento e Programação, 
Gestão Estratégica, Capacitação e Retenção de Talentos, Gestão de 
Melhorias, Plano de Sugestão, etc. 
Os antigos paradigmas de gerir organizações, que se baseavam em 
princípios de restrições e controle total das ações dos funcionários , 
não se aplicam mais. 
No atual cenário, a dicotomia é buscar desenvolver técnicas de 
controle e direção que privilegiam a proatividade dos funcionários. 
A gerência atual deve ser elemento criador, difusor e capaz de 
aprimorar os processos produtivos. 
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 Revendo a história é possível identificar conceitos de 
qualidade já no início da humanidade: 
 
_ A busca de materiais mais resistentes pelo homem primitivo; 
_A procura de diferentes métodos de cultivo e colheita às 
margens do Rio Nilo; 
_Os detalhes que marcaram as edificações da antiga Roma; 
A pintura e a música são símbolos de qualidade Renacentista. 
 
 
“A perfeição não deve ser um ato, mas deve ser um hábito,” – 
Aristóteles – 350 a.C. 
 
 
 
 
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• Século XVI 
 A Revolução Mercantil possibilitou a integração de várias 
sociedades através do intercâmbio de produtos. 
 
 O artesão era a unidade produtiva e cada sociedade tinha o 
seu artesão, com seus produtos e seus atributos específicos. 
 
 As trocas propiciadas pelo mercantilismo entre as diversas 
sociedades, possibilitou o conhecimento de novos produtos, 
com novas funcionalidades e feitos com matérias prima 
diferentes, aguçando a curiosidade e interesse dos usuários. 
 
 A qualidade passa a ser associada a valores percebidos pelo 
cliente. 
 
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• Produto 
 É um conjunto de atributos tangíveis e intangíveis que 
proporciona benefícios reais,percebidos ou simbólicos, com a 
finalidade de satisfazer as necessidades e expectativas do 
cliente ou usuário. 
 
 
• Século XIX – Revolução Industrial. 
 Os maquinários propiciam a produção em série, trazendo um 
princípio de padronização e uniformidade aos processos e 
produtos. 
 
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• Século XX 
 Preocupações com a qualidade passam a ser sistematizadas e 
a fazer parte das normas ou objetivos da unidade produtiva. 
 
- Frederik Winslow Taylor (1856-1918), norte americano, 
engenheiro mecânico é considerado o “Pai da Produtividade” 
por criar métodos para o estudo de tempos e movimentos nas 
ações produtivas. “Foco na eficiência e eficácia operacional.” 
 A proposta básica de Taylor buscava o racionamento da 
produção com o objetivo de alcançar maiores índices de 
produtividade e a motivação econômica do trabalhador. 
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• Século XX 
 “Prosperidade para o empregado significa, além de salários mais 
altos do que os recebidos habitualmente pelos obreiros de 
sua classe, o aproveitamento dos homens de modo mais 
eficiente. Habituá-los a desempenhar os tipos de trabalhos 
mais elevados,para os quais tenham aptidões naturais e 
atribuindo-lhes, sempre que possível, esses gêneros de 
trabalho.” 
Frederik Winslow Taylor .Princípios de Administração Científica . EUA-1901. 
 
Principais contribuições de Taylor: 
 Estudos de tempos e movimentos. 
 Análise Científica dos Processos Produtivos. 
 
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• 1940 - Segunda Guerra Mundial. 
 Motivou a industrias bélicas norte-americanas, que 
precisavam produzir mais e com maior eficácia, a buscarem 
novas técnicas de controle da produção da qualidade. Os 
estudos de Walter Shewhart, matemático, estatístico e criador 
dos gráficos de controle, foram de vital importância nas 
técnicas estatísticas e nos conceitos de confiabilidade, muito 
aplicados e aprimorados neste período. 
 
• 1950 – Após Segunda Guerra Mundial. 
 As grandes potências, França, Inglaterra, Japão e Alemanha, 
com seus parques industriais destruídos, recebem os modelos 
de gestão dos Estados Unidos, que aproveitam para expandir 
suas corporações para todo o mundo. 
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 Alguns dos profissionais norte-americanos, responsáveis pela 
concepção e aplicação dos modelos e técnicas, são 
convocados a participarem da expansão do modelo americano 
ao resto do mundo, inclusive o Plano Marshall no Japão. São 
eles: 
 
- William Edwards Deming (1900 – 1993) nasceu na Romênia, é 
considerado o “filósofo do movimento da qualidade”. 
 Já na década de 30, Demind defendia que as atividades 
produtivas deviam ser baseadas em fatos e dados e nunca em 
intuições ou simples questionamentos de experiências. 
 O controle de Qualidade foi apresentado pela primeira vez no 
Japão por Deming em 1950 – Marco zero da história da 
qualidade no Japão. 
 
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• 1951 – Premio da Qualidade. 
 O Japão cria o Prêmio da Qualidade, com nome de Prêmio 
Deming. 
 As posições de Deming podem ser analisadas a partir de três 
crenças básicas: Constância de fidelidade; Melhoria constante; 
Conhecimento profundo; 
 
 Principais Contribuições de Deming: 
 
 Utilização do PDCA – P (Plan – Planejar), D (Do – Fazer), C 
(Check – Verificar), A (Action – Agir corretamente). 
 Quatorze pontos da Qualidade; 
 Sete Doenças Mortais de um Organização. 
 
 
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- Joseph Juran (1904 – 2008) nasceu nos EUA, graduou-se em 
Engenharia e Direito, e é uma referência nas técnica e processo 
na busca da qualidade. 
 Para Juran, os principais componentes no processo da qualidade 
são: a alta gerência; o treinamento de todos os funcionários 
para melhorar a qualidade; a melhoria rápida da qualidade 
(mesmo que considerado revolucionária). 
 
 Principais contribuições de Juran: 
 
 Trilogia da Qualidade (Planejamento; Melhoria; Controle). 
 Estudo de Custos do processo. 
 
Com as práticas e teorias da qualidade, a recuperação do Japão é 
fantástica e empresas, muitas japonesas, se destacam como a 
Toyota com o programa TPS – Toyota Production System. 10 
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- Kaoru Ishikawa e Masaaki Imai (1915 – 1989) Tokyo. Dois 
japoneses que se destacam na criação de métodos para a 
gestão e controle da qualidade. 
 Ishikawa, dicípulo de Deming, lançou a idéia das Sete 
Ferramentas para Controle Estatístico da Qualidade, Diagramas 
de Causa Efeito e Círculos de Controle de Qualidade (CGQ). 
- Armand Feigenbaum (1922 – 1993) norte americano, doutorado 
em Ciências, foi diretor da General Eletric – GE e presidente da 
American Society for Qulidy Control – ASQC. 
 Criou o conceito de Total Quality Management – TQM. 
 
 Principais contribuições de Feigenbaum: 
 Sistematizou o método de controle Total da Qualidade; 
 Propôs a criação do sistema da qualidade, comrepresentantes 
da alta gerência. 
 
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 HISTÓRICO E CONCEITOS DA QUALIDADE - NO OCIDENTE 
 Meados dos anos 80, várias ações, por iniciativas 
governamental ou empresarial são lançadas no Ocidente, com 
objetivo de recuperar o espaço perdido pela expansão da 
economia japonesa, advindos dos sistemas de qualidade 
aplicados: 
 
• Metodologia Malcolm (1987). 
 O então presidente dos EUA, Ronald Reagan, assinou o decreto 
para Melhoria Nacional da Qualidade Malcolm Baldrige, que 
estabelecia metodologias de gestão da qualidade nas 
organizações norte-americans. 
 
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 HISTÓRICO E CONCEITOS DA QUALIDADE - NO OCIDENTE 
• Normas ISSO 9000 (1980). 
 
 A primeira versão da série ISO9000 foi elaborada pelo Techical 
Committee 176 – TC-176, e lançada em 1987 com o objetivo de 
padronizar métodos e procedimentos relacionados à garantia 
de qualidade na gestão de processos. 
 A última versão é a ISO 9000/2000 que é composta de normas 
que estabelecem as diretrizes de gestão da qualidade, 
garantindo a conformidade de um processo e o atendimento 
das expectativas dos clientes. 
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 HISTÓRICO E CONCEITOS DA QUALIDADE 
Período Visão Foco Base do 
Desempe-
nho 
Técnica 
Prioritária – 
Base 
Conceitual 
Metodologia Personalidade 
1900/ 
1960 
Visão Setorial e 
Regional na 
Produção 
Produtividade Eficiência Inspeção Administração 
Científica 
Frederick 
Taylor 
Henri Ford 
1961/ 
1990 
Visão Organizacional 
Global no Negócio 
Qualidade 
(não-
conformidade) 
Eficácia Controle 
Estatístico e 
Garantia da 
Qualidade 
Total Qualy 
Management 
(TQM) 
W. Shewhart 
E. Deming 
J. Juran 
K. Yshikawa 
A. 
Feigenbaaum 
A partir 
de 1991 
Visão Global 
Ambiental, Social e 
interdisciplinar 
Qualidade 
Seis Sigma 
Excelência 
Efetividade Gerencia-
mento 
Estratégico e 
Garantia da 
Qualidade 
Seis Sigma 
 
Robert Galvin 
Bill Smith 
Jack Welck 
Marcus V. Rodrigues – Qualitymark (2010) 
Sistematização da Evolução do Conceito de Qualidade 
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Sistematização da Evolução do Conceito de Qualidade 
Eficácia = ‘fazer a “coisa” certa’; ações nos mais variados processos onde 
se almeje a eficácia aceitável, resultante da relação entre metas 
alcançadas sobre metas pretendidas. Extensão na qual as atividades 
planejadas são realizadas e os resultados pretendidos alcançados. 
 
Eficiência = fazer certo a “coisa”, ações nos mais variados processos onde 
se almeje uma eficiência aceitável, resultante da qualidade da força de 
trabalho ou racionalização de recursos e medida pela relação entre 
quantidades produzidas sobre recursos empregados, sendo a 
contrapartida, a quebra da expectativa no que é esperado da habilidade 
com foco no desempenho e produtividade, que apontam para a 
conformidade do produto ou serviço. Relação entre o resultado 
alcançado e os recursos usados. 
 
Efetividade = ‘fazer a “coisa” que tem que ser feita’; ações que causam 
efeitos, impacto ou transformação de uma realidade que se modificou ou 
de metas previamente estabelecidas. 
 
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 HISTÓRICO E CONCEITOS DA QUALIDADE 
O termo qualidade vem do latim Qualitas, e é utilizado em diversas 
situações. Algumas definições dos gurus da qualidade: 
“Qualidade é a capacidade de satisfazer desejos.” Deming 
“Qualidade é a adequação ao uso” Juran 
“Qualidade é satisfazer ao cliente, interno ou externo, atendendo ou 
excedendo suas expectativas, através da melhoria contínua do 
processo.” Ishikawa 
“Qualidade é ir ao encontro das necessidades do cliente.” Crosby 
“Qualidade é um conjunto de características do produto ou serviço 
em uso, as quais satisfazem as expectativas do cliente.” Feigenbam 
“Qualidade é minimizar as perdas causadas pelo produto, não apenas 
ao cliente, mas a sociedade, a longo prazo.” Taguchi 
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