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MEMBRANAS BIOLÓGICAS Introdução Estrutura que delimita células, núcleos e organelas citoplasmáticas. Constituídas basicamente de lipídios e proteínas. Espessura de 70 a 100 Ao Estrutura complexa – depois do DNA “Compartimentação” Permeabilidade seletiva – controla o fluxo de metabólitos nos dois sentido - transporte passivo e ativo. Manutenção do meio interno Controla o fluxo de informações do ambiente celular para a célula. Estabelece um gradiente entrópico (S) entre o exterior (alto) e o interior da célula (baixo). Condiciona o meio interno, tornando-o favorável a várias reações químicas. Permite que a célula assuma funções especializadas Lisossomos - digestão de vários compostos – as enzimas hidrolíticas tem pH ótimo 5,0 Núcleo – divisão celular Mitocôndrias – produção de energia Cloroplastos – fotossíntese e produção de energia Isto é compartimentação? O dente é considerado um compartimento? Existem sub-compartimentos no dente? Composição Lipídios – estrutural – poucos tipos em abundância Fosfolipídios Fosfatidilcolina Fosfatidiletanolamina Fosfatidilserina Fosfatidilinositol Fosfatidilglicerol-difosfatidilglicerol (bactérias e membrana interna de mitocôndrias) Proteínas – funcional – muitos tipos e pouca abundância Proteínas globulares – em forma de novelo Glicoproteínas – proteína conjugada com carboidratos Carboidratos Cadeias laterais de oligossacarídeos ligados covalentemente a proteínas e lipídios da própria membrana Modelos de membranas Davson & Danielli Robertson Singer & Nilcholson Mosaico fluído Bicamada lipídica com inserção de proteínas Inserção Completa Parcial em ambos os lados Davson & Danielli Robertson Singer & Nilcholson Estruturas de membranas Canais ou poros Tamanho do raio do transiente hidratado Gradiente de concentração Controla o fluxo de corrente elétrica pela membrana Tipos Canais de carga positiva Canais de carga negativa Canais sofisticados – mecanismos de portão Canais desprovidos de carga elétrica Tipos de Canais iônicos: De repouso (ou retificadores ou passivos)- permanecem abertos => potencial de repouso da membrana Regulados (ou ativos) - Estímulos elétricos, químicos ou mecânicos => potencial de ação Canais iônicos Zonas de difusão facilitadas ZDF para lipídios – formadas por lipoproteínas ZDF para polissacarídeos – formadas por glicoproteinas ZDF para hormônios esteróides ZDF de participantes do processo imunológicos Receptores Receptores de membrana Insulina, glucagon, hormônios protéicos, adrenalina, acetilcolina, etc. Receptores do citosol Hormônios lipídicos – andróginos, estróginos, corticosteróides. Camodulina – receptor de cálcio Substâncias que ocupam receptores Atropina – receptores muscarínicos da acetilcolina, bloqueando sua ação Tetradotoxina – obstrui mecanicamente o canal de sódio, bloqueando o potencial de ação Operadores Utiliza energia da hidrólise de ATP Realiza transporte contra gradiente de concentração Princípio operacional: Permeabilidade Propriedade da membrana que permite passar mais ou menos íon e moléculas (centímetros por segundo). Classificação das membranas pela permeabilidade. Permeável – passa soluto e solvente. Semipermeável – passa apenas solvente. Impermeável – não passa soluto e solvente “as membranas biológicas não são estritamente semi-permeáveis a todos os líquidos biológicos” Membrana capilar – permeáveis a soluções de pequenas moléculas (NaCl, uréia, sacarose) e semi-permeáveis a soluções de macromoléculas. Membrana celular – permeáveis a soluções de uréia e semi-permeáveis a soluções de NaCl, CaCl2 e manitol. Transporte através de membranas Passivo Movimento espontâneo de moléculas a favor de seu gradiente de concentração, ou no caso de íons, a favor de seu gradiente eletroquímico. “de onde tem mais energia ou matéria, vai para onde tem menos” Exemplos: Entrada de sódio e saída e potássio da célula Tipos Difusão Osmose Equilíbrio de Gibbs-Donnan Ativo Movimento que ocorre quando moléculas se deslocam contra seu gradiente de concentração ou, no caso de íons, contra seu gradiente eletroquímico. “é possível com a realização de trabalho, reverter o curso natural de um processo” Requer sempre energia metabólica para vencer o potencial desfavorável. Transporte ativo primário Acoplamento direto a uma reação produtora de energia Realizado por operadores – análogo a uma bomba mecânica Usa energia da hidrólise de ATP, que serve de substrato para a enzima ATPase Bomba de Na+-K+, bomba de Ca++ Bomba de Na+-K+ Importância Concentração constante de sódio e potássio nos dois lados da membrana Equilíbrio osmótico Estrutura 2 subunidades α catalítica (PM = 95.000), sítios de ligação para Na+, K+ e ouabaína. 2 subunidades β glicoprotéica (PM = 40.000) Mecanismos Representação Equação vetorial 3Na+(int.) + 2K+(ext.) + ATP + H2O <====> 3Na+(ext.) + 2K+(int.) + ADP + Pi + H+ 1) ATP + Na+(int.) + ATPase (a) <====> Na+-ATPase(a)~Pi + ADP 2) Na+-ATPase(a)~Pi <====> Na+-ATPase(b)~Pi 3) Na+-ATPase(b)~Pi + K+ <====> ATPase(a) + Pi + Na+(ext.) + K+(int.) Transporte ativo secundário Realizado por transportadores Usa energia liberada devido ao deslocamento espontâneo de um outro soluto ao longo do seu gradiente de concentração. Sistema de co-transporte de Na+ Transporte de açucares e aminoácidos Sistema de anti-transporte Na+ Troca de Na+ - Ca++ nas células musculares cardíacas Difusão É o movimento espontâneo de partículas de um soluto ou de um solvente de uma região de maior concentração para outra de menor concentração ou para íons, de maior potencial eletroquímico para outro de menor potencial eletroquímico. No caso de um gás, de maior para o lado de menor pressão. É influenciada: Temperatura Massa molecular Densidade e viscosidade do meio Concentração Natureza da espécie química Ilustração dos três tipos de direção de fluxo em uma difusão. Difusão do oxigênio nos alvéolos Esquema de difusão facilitada Osmose Movimento efetivo de solvente de uma região em que a concentração de soluto é baixa para outra em que a concentração de soluto e alta, quando estas estão separadas por uma membrana semi-permeável. É um tipo especial de difusão Concentração do soluto Tipo de membrana Pressão osmótica É pressão com que o solvente é transferido para o compartimento onde sua concentração é menor. “É a pressão no sentido inverso ao da osmose ou no mínimo com a mesma intensidade daquele que o solvente faz para atravessar a membrana semipermeável”. É a pressão que se opõe a pressão hidrostática. Importância biológica da pressão osmótica Obtenção da pressão osmótica Osmômetro Ponto crioscópico Pressão de vapor da água Propriedades coloidais Propriedades osmótica da solução Teórica – uso de equações Criscópico Coloidal Capacidade osmótica da solução Unidades de pressão osmótica mmHg Atm Osmol (Osm) e sub-múltiplos Osm = osmol/l x fator de Van´t Hoff Classificação das soluções pela osmolaridade Isosmolar Hiposmolar Hiperosmolar Potencial osmótico Capacidade que uma solução e/ou compartimento tem de ganhar solvente de outra solução e/ou compartimento quando separado por uma membrana semi-permeável. Tonicidade Capacidade que uma solução e/ou compartimento tem de ganhar solvente de outra solução e/ou compartimento quando separado por uma membrana qualquer. Razões “as membranas biológicas não são estritamente semi-permeáveis a todos os líquidos biológicos” Membrana capilar – permeáveis a soluções de pequenas moléculas (NaCl, uréia, sacarose) e semi-permeáveis a soluções de macromoléculas. Membrana celular – permeáveis a soluções de uréia e semi-permeáveis a soluções de NaCl, CaCl2 e manitol. Classificação das soluções pela tonicidade Isotônica Hipotônica Hipertônica Análise de sistemas-situações A: Comp. I: sol. de NaCl 0,3 Osm Comp. II: sol. de Glicose 0,3 Osm M: SP B: Comp. I: sol. de NaCl 0,3 Osm Comp. II: sol. de glicose 0,4 Osm M: SP C: Comp. I: sol. de NaCl 0,3 Osm Comp. II: sol. de Glicose 0,3 Osm M: P D: Comp. I: sol. de NaCl 0,5 Osm Comp. II: sol. de glicose 0,2 Osm M: P E: Comp. I: sol. de NaCl 0,3 Osm Comp. II: sol. de uréia 0,3 Osm M: P a uréia F: Comp. I: sol. de NaCl 0,3 Osm Comp. II: sol. de glicose 0,3 Osm + sol. de uréia 0,3 Osm M: I a glicose e ao NaCl. Equilíbrio de Gibbs-Donnan Potencial de membranas (biopotenciais) Diferença de potencial químico – gradiente de concentração (C) Potencial de membrana Diferença de potencial químico – (EC) Diferença de potencial elétrico - EE EC => EE Trabalho elétrico realizado pela espécie química iônica ao se difundir para o outro lado da membrana Trabalho elétrico nos sistemas biológicos Potencial de equilíbrio (Peq) Efluxo – passagem de K+ de I p/ II Influxo – passagem de K+ de II p/I Análise T = 0 (zero) M - despolarizada Efluxo – máximo Influxo – 0 (zero), se a concentração é 0 (zero) no lado II da membrana Fluxo efetivo = efluxo T subseqüente a 0 (zero) M – começa a se polarizar, começa aparecer uma V Efluxo – vai diminuindo Influxo – vai aumentando Fluxo efetivo – vai diminuindo até chegar a 0 (zero) Potencial da membrana biológica PM ou PR = - 90 mV Ions Intracelular Extracelular Na+ 12 mEq/L 140 mEq/L K+ 140 mEq/ 4 mEq/L Cl- 4 mEq/L 103 mEq/L Ca++ 1 mEq/L 5 mEq/L Influência dos íons Íon cloro (Cl-) Peq = - 90 mV Íon potássio (K+) Peq = -95 mV Íons sódio (Na+) Peq = + 65 mV Potencial de Membrana ou de Repouso Origem – distribuição assimétrica dos HPO4=, Na+, K+, Ca++ e Cl- Condição de estado estacionário A geração do PM envolve uma parte infinitesimal mínima das concentrações dos íons envolvidos em sua geração Etapas: Entrada passiva dos Na+ (C E E) na célula Retirada ativa dos Na+ e introdução também ativa dos K+ da célula Volta passiva dos K+ para o lado externo da membrana, conferindo-lhe carga positiva. No lado interno, os íons fosfato e proteinato confere-lhe carga negativa O Cl- acompanha os Na+ diminuindo o V em alguns mV – deixa o interior mais negativo. A célula fica polarizada Potencial de ação É uma alteração rápida do potencial de membrana, seguida pela restauração do potencial de repouso da mesma. Células excitáveis – nervosa, muscular e cardíaca Surge a partir de estímulo – altera a permeabilidade da membrana em relação ao controle de fluxo de Na+ e K+. Substâncias químicas Ácidas Básicas Soluções salinas de concentração elevada Acetilcolina é muito importante nas terminações nervosas (sinapses – nervo-nervo e nervo-fibra muscular) Noradrenalina – fibras cardíacas e outras e outras fibras lisas Mecânico – esmagamento, “beliscão”, etc. Elétrico – corrente elétrica apropriada. Células nervosas e músculos esqueléticos É deflagrado de forma continua. Didaticamente, é dividido em 4 fases: Fase 1: Repouso PM inalterado, com valor estável de – 90 mV. Fase 2: Despolarização Um estímulo faz com que a membrana se torne rapidamente permeável ao Na+ que atravessa a membrana (C e E) invertendo a carga elétrica em seu interior para + 45 mV, ou seja o potencial passa de – 90 para + 45 mV. Fase 3: Repolarização Atingido o potencial de + 45 mV, os canais de sódio fecham e os canais de potássio abrem, ocorrendo um enorme fluxo de K+ para o exterior (C e E) fazendo assim com que o potencial volte a ser de – 90 mV (PR). Fase 4: Ação da Bomba Na+|K+ Restauração das concentrações iônicas o mais normais possível de Na+ e K+ em ambos os lados da membrana. Célula cardíaca A despolarização rápida e inicial ocorre da mesma forma da anterior. Didaticamente, é dividido em 5 fases: Fase 0: PM inalterado, com valor estável de – 90 mV. Fase 1: Um estímulo faz com que a membrana se torne rapidamente permeável ao Na+ que atravessa a membrana (C e E) invertendo a carga elétrica em seu interior para + 45 mV, ou seja o potencial passa de – 90 para + 45 mV. Fase 2: Atingido o potencial de + 45 mV, os canais de sódio são bloqueados de imediato ocorrendo uma rápida repolarização precoce (E = 0). É uma fase de curta duração Fase 3: O PA permanece em um certo platô por um certo tempo onde ocorre a entrada de Ca++ por um canal distinto, que é lento. Outro fator que contribui para o platô é o retardamento na saída de K+ devido ao canal que também é lento. Fase 4: Os canais lentos de K+ são abertos, ocorrendo um fluxo progressivo do íon para fora da célula, estabelecendo novamente o PM. Fase 5: Restauração das concentrações iônicas pela Bomba N+|K+ para os valores mais normais possível de Na+ e K+ em ambos os lados da membrana. Potencial de ação no músculo liso Os potenciais de ação exibem despolarizações e repolarizações mais lentos do que na musculatura esquelética. As células não tem canais rápidos de sódio. A despolarização é lenta e a repolarização é causada pelo fechamento dos canais lentos de Na+|Ca++ e a abertura simultânea dos canais de K+. Lei do tudo ou nada Um estímulo tem que ser suficiente para que a quantidade de Na+ que entre consiga fazer com que o interior da célula atinja um valor mínimo de – 59 mV. Alcançado o “limiar da célula” o potencial de ação vai se desenvolver até + 45 mV Período refratário Absoluto É o período em que o novo potencial de ação não pode ocorrer em fibra excitável, enquanto a membrana estiver despolarizada pelo potencial de ação anterior, isso ocorre, pois os canais de sódio voltagem dependente ou cálcio ou ambos ainda estão abertos pelo potencial de ação, independente da força do estimulo. Relativo Ocorre logo após o período refratário absoluto e durante este período um estimulo mais forte que o normal pode excitar a fibra, isso ocorre por dois motivos: Muitos canais ainda não reverteram seu estado de inatividade. Os canais de potássio estão totalmente abertos causando o fluxo excessivo de cargas para fora da fibra opondo-se ao estimulo . Propagação do potencial de ação: Ocorre através de correntes locais que despolarizam a membrana adjacente, indo para os dois lados da membrana esse processo é conhecido como impulso nervoso ou muscular. Condução saltatória: nas fibras mielínicas de nodo a nodo. Os íons não podem fluir através da bainha de mielina, mas fluem com facilidade através dos nodos, portanto os potenciais de ação que fluem de nodo a nodo possuem uma velocidade maior e menos gasto de energia do que em fibras amielínicas. Fibras mielínicas velocidade de 100m/s. Fibras amielínicas velocidade de 0,25m/s. Propagação do potencial de ação Sinapses Sistema Nervoso Definição São estruturas altamente especializadas, que fazem a transmissão de um impulso nervoso entre neurônios e entre neurônios e músculos. O impulso pode ser integrado, bloqueado e modificado Existem dois tipos de sinapses, sinapse química a grande maioria, e as elétricas. Química Acontece quando o potencial de ação, ou seja, impulso é transmitido através mensageiro químico, ou seja, neurotransmissores, que se liga a um receptor (proteína), na membrana pós-sináptica, o impulso é transmitido em uma única direção, podendo ser bloqueado e em comparação com sinapse elétricas é muito mais lenta. Quase todas sinapses do SNC são químicas. EX: neurotransmissores – Histamina e Acetilcolina Bioquímica da sinapse As pequenas vesículas contem transmissores químicos, denominados neurotransmissores. O pequeno espaçamento entre a sinapse e a célula a qual é conectado (pós-sináptica) é conhecido como gap sináptico, ou fenda sináptica Célula pós-sináptica Célula pré-sináptica Ilustração - sinapse Neurônio pré-sináptico Neurônios pós-sináptico Os canais iônicos podem ser modulados, permitindo o cérebro se adaptar a diferentes situações. A plasticidade sináptica é a capacidade das sinapses sofrerem essas adaptações. Como todas as células do corpo, os neurônios ficam contidos num ambiente líquido contendo uma certa concentração de íons, que podem entrar ou sair através dos canais iônicos. Disparo de um neurônio Numa sinapse, dependendo da carga do íon, o fluxo resulta em aumentar (excitação) ou diminuir (inibição) o potencial de membrana; O dendrite de um neurônio recebe íons de várias sinapses e o resultado elétrico da concentração desses íons consiste no que se chama de potencial de membrana; Esse potencial de membrana gera eventualmente um pulso elétrico de disparo, denominado potencial de ação; A ativação de um neurônio ocorre apenas quando seu potencial de membrana é maior do que um valor limiar (threshold); O potencial de ação é gerado no corpo celular, na região denominada de axon hillock, e percorre o axônio até a sua extremidade, que coincide com a sinapse, para atuar no neurônio pós-sinaptico. K+� Na+� +++++ � Interior do ax�nio� Exterior do ax�nio� potencial de repouso� dire��o da onda� K+� Na+� +++++ � +++++ � K+� Na+� (a) propaga��o da onda no ax�nio� (b) uma onda seguida de outra� Ves�cula sin�ptica� neurotransmissor� membrana pos-sin�ptica� sinapse� fenda sin�ptica� acetilcolina� ves�cula ativada� C�lula pre-sin�ptica� C�lula p�s-sin�ptica� membrana� fenda sin�ptica�
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