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Teoria Geral da Execução - Gilberto Bruschi | Atualização e Prática | Damásio Educacional

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Atualização e Prática
Teoria geral da execução
Prof. Gilberto Gomes Bruschi
Advogado. Mestre e doutor pela PUC/SP
E-mail: bruschi@bruschiadvogados.com.br
E-mail Damásio: gbruschi@damasio.edu.br
Facebook fan page: www.facebook.com/profgilbertobruschi
Twitter: @gilbertobruschi
Facebook: Gilberto Bruschi II
Princípios da execução
1. Princípio da patrimonialidade.
A execução incidirá sobre o patrimônio e nunca sobre
a pessoa do executado (salvo na execução de alimentos).
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens
presentes e futuros para o cumprimento de suas
obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Princípios da execução
2. Princípio da satisfatividade.
Art. 831. A penhora deverá recair sobre tantos bens
quantos bastem para o pagamento do principal
atualizado, dos juros, das custas e dos honorários
advocatícios.
Princípios da execução
3. Princípio da livre disponibilidade do processo de execução.
Art. 775. O exequente tem o direito de desistir de toda a execução ou
de apenas alguma medida executiva.
Parágrafo único. Na desistência da execução, observar-se-á o
seguinte:
I – serão extintos a impugnação e os embargos que versarem apenas
sobre questões processuais, pagando o exequente as custas
processuais e os honorários advocatícios;
II – nos demais casos, a extinção dependerá da concordância do
impugnante ou do embargante.
Princípios da execução
4. Princípio da responsabilidade.
Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos
que este sofreu, quando a sentença, transitada em
julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a
obrigação que ensejou a execução.
Princípios da execução
5. Princípio da menor gravosidade ou menor onerosidade.
Art. 805. Quando por vários meios o exequente puder
promover a execução, o juiz mandará que se faça pelo
modo menos gravoso para o executado.
Parágrafo único. Ao executado que alegar ser a medida
executiva mais gravosa incumbe indicar outros meios
mais eficazes e menos onerosos, sob pena de
manutenção dos atos executivos já determinados.
Princípios da execução
6. A execução não deve levar o executado a uma situação incompatível
com a dignidade humana.
Não pode a execução ser utilizada para causar ruína, a
fome e o desabrigo do devedor e de sua família, gerando
situações incompatíveis com a dignidade da pessoa
humana.
Ver: art. 833 e Lei 8.009/90.
Princípios
7. Princípio da utilidade.
Art. 836, caput. Não se levará a efeito a penhora quando ficar evidente que
o produto da execução dos bens encontrados será totalmente absorvido
pelo pagamento das custas da execução.
8. Princípio da especificidade.
Deve a execução propiciar ao exeqüente precisamente aquilo que ele
obteria caso a obrigação fosse cumprida espontaneamente pelo executado.
Para isso existem modalidades de execução conforme o título executivo
judicial ou extrajudicial e conforme a natureza da obrigação.
Princípios da execução
9. Princípio do título.
Toda execução se embasa em um título executivo, assim
concebido como o documento ou ato processual que
recebe da lei eficácia executiva.
Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á
sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.
Títulos executivos extrajudiciais
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I – a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II – a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III – o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV – o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública,
pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou mediador
credenciado por tribunal;
V – o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução;
VI – o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII – o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII – o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de
encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: (...) 
IX – a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos 
na forma da lei;
X – o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de 
condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em 
assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI – a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a 
valores de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela 
praticados, fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII – todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei 
atribuir força executiva.
Títulos executivos extrajudiciais
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais: (...)
§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de
título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro
não dependem de homologação para serem executados.
§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos
os requisitos de formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração
e quando o Brasil for indicado como o lugar de cumprimento da
obrigação.
Títulos executivos extrajudiciais
Novidade – previsão expressa.
Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não
impede a parte de optar pelo processo de conhecimento, a fim
de obter título executivo judicial.
Requisitos da 
obrigação
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor
não satisfaça a obrigação certa, líquida e exigível
consubstanciada em título executivo.
Parágrafo único. A necessidade de simples operações
aritméticas para apurar o crédito exequendo não retira a
liquidez da obrigação constante do título.
Condição e termo
Estão ligados ao interesse processual.
Condição: acontecimento futuro e incerto de que depende
a eficácia do negócio jurídico. Da sua ocorrência depende
o nascimento ou extinção de um direito material.
Termo: é o dia ou momento em que começa, é suspenso
ou se extingue a eficácia do negócio jurídico
(acontecimento futuro e certo).
Condição e termo -
exemplos
• Condição: verbas de sucumbência em que o vencido é
beneficiário da justiça gratuita – pode ser executada no
prazo de 5 anos, com a condição de que a situação
financeira do vencido tenha se alterado.
• Termo:
• Próprio: futuro certo e determinado – prazo de 15 dias do
art. 523, sem o qual não pode haver execução da
sentença.
• Impróprio: futuro certo e indeterminado – recebimento do
seguro de vida – art. 784, VI – termo é a morte.
Cumulação de 
execuções
• Súmula 27 do STJ: “Pode a execução fundar-se em
mais de um título extrajudicial relativos ao mesmo
negócio”.
• Art. 780. O exequente pode cumular várias
execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes,
quando o executado for o mesmo e desde que para
todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico
o procedimento.
Obrigação bilateral
• Art. 787. Se o devedor não for obrigado a satisfazer
sua prestação senão mediante a contraprestação do
credor, este deverá provar que a adimpliu ao requerer
a execução, sob pena de extinção do processo.
Partes
• Partes na execução
• Arts. 778 e 779
• Pólo ativo – art. 778.
• Pólo passivo – art. 779.
Partes na execução
Polo Ativo
Legitimação ordinária
• Comum: é do credor que como tal figura no título (778,
caput)
• • Quando há mais de um credor aplicam-se as regras civis
sobrea natureza da obrigação.
• • Ex.: solidariedade - CC 267. Cada um dos credores
solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da
prestação por inteiro.
• • Qualquer credor pode sozinho ou em conjunto propor
a execução
Outros legitimados – art. 778
§ 1º Podem promover a execução forçada ou nela prosseguir, em
sucessão ao exequente originário:
I – o Ministério Público, nos casos previstos em lei;
II – o espólio, os herdeiros ou os sucessores do credor,
sempre que, por morte deste, lhes for transmitido o
direito resultante do título executivo;
• 2 substituições sucessivas:
• a) Espólio – p/ inventariante – pode promover ou
prosseguir na execução
• b) Herdeiros – a quem tocar o crédito, após a partilha
Outros legitimados
III – o cessionário, quando o direito resultante do título
executivo lhe for transferido por ato entre vivos.
• não se aplica o CPC 109, § 1º, regra genérica,
independe da concordância do devedor.
Pode ser dispensada a anuência do devedor quando
formulado pedido de substituição do polo ativo da
execução, pois este ato processual não interfere na
existência, validade ou eficácia da obrigação.
Pode ocorrer antes da execução ajuizada ou no curso do
processo.
Há a necessidade de cientificação por parte do
cessionário ao devedor (Código Civil – art. 290).
Outros Legitimados
IV – o sub-rogado, nos casos de sub-rogação legal
ou convencional.
• Exemplo de sub-rogação:
fiador que paga a dívida do devedor, pode executá-
lo no mesmo processo (CPC/15 794, § 2º e CC 831).
Casos de sub-rogação
Legal (CC 346)
• I - do credor que paga a dívida do
devedor comum;
• II - do adquirente do imóvel
hipotecado, que paga a credor
hipotecário, bem como do terceiro
que efetiva o pagamento para não
ser privado de direito sobre imóvel;
• III - do terceiro interessado, que
paga a dívida pela qual era ou podia
ser obrigado, no todo ou em parte.
Convencional (CC 347)
• I - quando o credor recebe o
pagamento de terceiro e expressamente
lhe transfere todos os seus direitos;
• II - quando terceira pessoa empresta
ao devedor a quantia precisa para solver
a dívida, sob a condição expressa de
ficar o mutuante sub-rogado nos
direitos do credor satisfeito.
Partes na Execução
POLO PASSIVO
Devedor – regra geral – art. 779, I
Devedor é o que figura como tal no título todo aquele que a lei
material (civil, comercial, tributária, etc.) considerar.
Ex.: emitente, avalista, endossante, aceitante, fiador, etc.
Não confundir com responsabilidade patrimonial secundária
(art. 790) sócio, cônjuge, fraude...
Espólio, herdeiros e sucessores -
779, II
Falecimento do devedor: execução será promovida ou
prosseguirá contra o Espólio, ou herdeiros (após a partilha),
na proporção dos respectivos quinhões.
• Art. 796. O espólio responde pelas dívidas do falecido, mas,
feita a partilha, cada herdeiro responde por elas dentro das
forças da herança e na proporção da parte que lhe coube.
Novo devedor – art. 779, III
“III – o novo devedor que assumiu, com o
consentimento do credor, a obrigação resultante do
título executivo”.
Garantia real – art. 779, V
V – o responsável titular do bem vinculado por garantia
real ao pagamento do débito.
Fiador extrajudicial – art. 779, IV
IV – o fiador do débito constante em título extrajudicial.
No sistema do CPC/1973 constava fiador judicial, o que
deveria ter sido mantido, já que o fiador extrajudicial é um
devedor como outro qualquer, já que consta do título
executivo como tal.
• Fiador judicial é aquele que presta, no curso do processo, garantia
pessoal ao cumprimento da obrigação de uma das partes.
• O fiador judicial responde pela execução sem ser obrigado pela dívida
e a execução não depende de figurar seu nome no título executivo.
Responsável tributário –
art. 779, VI
VI – o responsável tributário, assim definido em lei.
- CTN 121, parágrafo único, II e 128 a 138.
- Lei de Execução Fiscal – 6.830/1980.
• Aquele que, sem auferir vantagem do fato gerador, tem
obrigação perante o Fisco
• inclusão de diretores/ sócio-gerente.
Competência na Execução
Processo de Execução
Competência
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será
processada perante o juízo competente, observando-se o
seguinte:
I – a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do
executado, de eleição constante do título ou, ainda, de
situação dos bens a ela sujeitos;
II – tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser
demandado no foro de qualquer deles;
III – sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado,
a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado
ou no foro de domicílio do exequente;
Competência
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será
processada perante o juízo competente, observando-se o
seguinte:
IV – havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a
execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha
do exequente;
V – a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se
praticou o ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao
título, mesmo que nele não mais resida o executado.
Atos executivos
• O Estado utiliza duas formas de sanção para manter o império da ordem
jurídica: os meios de coação e os meios de sub-rogação.
• Como meios de coação podem ser citados os seguintes exemplos:
multa diária (astreinte) e prisão.
Na verdade tais meios são sanções de caráter intimidativo e de força
indireta para assegurar as regras de direito. A Doutrina costuma
denominar de execução indireta.
• Quanto aos meios de sub-rogação, “o Estado atua como substituto do
devedor inadimplente, procurando sem a sua colaboração e até mesmo
contra a sua vontade, dar satisfação ao credor, proporcionando-lhe o
mesmo benefício que para ele representaria o cumprimento da obrigação
ou um benefício equivalente”. (HTJ)
Prof. Gilberto Gomes Bruschi
E-mail: bruschi@bruschiadvogados.com.br
Site: www.bruschiadvogados.com.br
Twitter: @gilbertobruschi
Facebook: Gilberto Bruschi II
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