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Tutela Provisória - Leandro Leão | Atualização e Prática | Damásio Educacional

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Atualização e Prática
Tutelas Provisórias
Prof. Leandro Leão
Atualização e Prática
Características comuns das 
Tutelas Provisórias
-Conserva sua eficácia na pendência ou suspensão do 
processo, podendo ser revogada ou modificada a qualquer 
tempo (296)
-Juiz poderá conceder as medidas que considerar 
adequadas para efetivação das tutelas provisórias (297)
- Decisão do juiz que conde, nega, modifica ou revoga a 
tutela provisória deverá ser motivado o convencimento de 
modo CLARO e PRECISO. (298)
-Competência: juízo competente para o julgamento do 
pedido principal (299). Na pendência de recurso e ações de 
competência originária, será do próprio tribunal 
competência.
- NÃO HÁ PREVISÃO DE TUTELA PROVISÓRIA DE OFÍCIO
Atualização e Prática
Características comuns das 
Tutelas Provisórias
-Conserva sua eficácia na pendência ou suspensão do 
processo, podendo ser revogada ou modificada a qualquer 
tempo (296)
-Juiz poderá conceder as medidas que considerar 
adequadas para efetivação das tutelas provisórias (297)
- Decisão do juiz que conde, nega, modifica ou revoga a 
tutela provisória deverá ser motivado o convencimento de 
modo CLARO e PRECISO. (298)
-Competência: juízo competente para o julgamento do 
pedido principal (299). Na pendência de recurso e ações de 
competência originária, será do próprio tribunal 
competência.
- NÃO HÁ PREVISÃO DE TUTELA PROVISÓRIA DE OFÍCIO
Atualização e PráticaTutelas Provisórias de Urgência
-Magistrado poderá exigir caução real ou fidejussória
(podendo ser dispensada se a parte for hipossuficiente).
-Pode ser concedida liminarmente ou após justificação
prévia.
-Tutela de Urgência Cautelar pode ser efetivada por meio
de arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de
protesto contra alienação fiduciária de bem e qualquer
medida idônea para asseguração do direito.
-Responsabilidade é objetiva da parte que requerer a tutela
de urgência e causar dano à outra.
-Fungibilidade: o juiz poderá conceder uma diferente da
pleiteada.
Atualização e PráticaTutela Antecipada Antecedente
-Não realizado o aditamento o processo será extinto 
sem resolução de mérito
-Juiz entendendo que não há elementos para concessão
da TA determina a emenda da inicial em 5 dias;
-Concedida a TA e não havendo interposição de recurso 
pela parte contrária, torna-se estável (efeitos da 
decisão projetam-se e continuam sendo preservados) –
art. 304.
-Qualquer das partes poderá demandar a outra, no 
prazo de até 2 anos, no intuito de rever, reformar ou 
invalidar a tutela antecipada estabilizada.
Atualização e PráticaTutela Cautelar Antecedente
-Efetivada a cautelar o pedido principal deve ser formulado
no prazo de 30 (trinta) dias nos mesmos autos (308)
- O pedido principal pode ser formulado conjuntamente
com o pedido cautelar.
- Cessa a eficácia da medida concedida se o pedido
principal não for deduzido no prazo legal, medida não for
efetivada em 30 dias ou juiz julgar improcedente o pedido
principal. Não pode ser renovado o pedido, salvo por novo
fundamento (309 e parágrafo único)
- O julgamento da ação cautelar não repercute no
ajuizamento da ação principal, salvo se for reconhecida
decadência ou prescrição do direito do requerente. (310)
Atualização e Prática
Bloco 2
PARTE GERAL PARTE ESPECIAL
Livro I- Das Normas Processuais 
Civis 
Livro I- Do Processo de 
Conhecimento e do Cumprimento 
de Sentença 
Livro II- Da Função Jurisdicional Livro II – Do Processo de Execução 
Livro III- Dos Sujeitos do 
Processo 
Livro III- Dos Processos nos 
Tribunais e dos Meios de 
Impugnação das Decisões Judiciais 
Livro IV- Dos Atos Processuais 
Livro V – Da Tutela Provisória LIVRO COMPLEMENTAR
Disposições Finais e Transitórias 
Livro VI- Da Formação, Suspensão e 
da extinção do Processo 
Atualização e Prática
PROCESSO CIVIL. DIREITO DE PREFERÊNCIA.
CONCURSO DE CREDORES. ARRESTO.
REGISTRO ANTERIOR À PENHORA SOBRE IMÓVEL. 
PREVALÊNCIA DA DATA DO ARRESTO.RECURSO NÃO PROVIDO. 
1. Independentemente da natureza assumida, seja 
o arrestocautelar ou incidental (Código de Processo Civil, art. 
813 e ss.), seja o arresto executivo,igualmente denominado 
"pré-penhora" (CPC, art. 653), aplicam-se, sem distinção, as 
disposições relativas à penhora, a teor do que prevê o art. 821 
do CPC.
2. Tal qual a penhora, o arresto tem por efeito tornar 
inalienável o bem constrito, não suscitando dúvida sobre o 
interesse do credor diligente que, pelo fruto da alienação 
judicial do imóvel, pretende ver seu crédito assegurado. 
Atualização e Prática
3. Inexistindo título legal à preferência, a anterioridade 
do arresto há de conferir ao credor previdente, que 
primeiramente levou a efeito o ato de constrição do bem, 
primazia sobre a penhora posteriormente efetuada. 
Precedentes do STJ. 4. Agravo interno a que se nega 
provimento. 
(AgRg no AgRg no AgRg no REsp 1190055 / MG, AGRAVO 
REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO 
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL 2010/0069277-4, Rel. 
Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA TURMA, 
julgamento 11.10.2016, DJE 21.10.2016)
Atualização e Prática
PERGUNTA:
É possível o bloqueio de dinheiro on line antes da citação do 
Executado?
Atualização e Prática
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ARRESTO 
EXECUTIVO ELETRÔNICO NA HIPÓTESE 
DE NÃO LOCALIZAÇAO DO EXECUTADO.
É possível a realização de arresto on-line na hipótese em que 
o executado não tenha sido encontrado pelo oficial de justiça 
para a citação. O arresto executivo de que trata o art. 653 do 
CPC consubstancia a constrição de bens em nome do 
executado quando este não for encontrado para a citação. 
Trata-se de medida que objetiva assegurar a efetivação de 
futura penhora na execução em curso e independe da prévia 
citação do devedor. Com efeito, se houver citação, não haverá 
o arresto, realizando-se desde logo a penhora. Portanto, o 
arresto executivo visa a evitar que a tentativa frustrada de 
localização do devedor impeça o andamento regular da 
execução, sendo a citação condição apenas para sua 
conversão em penhora, e não para a constrição
Atualização e Prática
Em relação à efetivação do arresto on-line, a Lei 11.382/2006 
possibilitou a realização da penhora on-line, consistente na 
localização e apreensão, por meio eletrônico, de valores, 
pertencentes ao executado, depositados ou aplicados em 
instituições bancárias. O STJ entendeu ser possível o arresto 
prévio por meio do sistema Bacen Jud no âmbito de execução 
fiscal. A aplicação desse entendimento às execuções de títulos 
extrajudiciais reguladas pelo CPC é inevitável, tendo em vista 
os ideais de celeridade e efetividade da prestação 
jurisdicional. Nesse contexto, por analogia, é possível aplicar 
ao arresto executivo o art. 655-A do CPC, que permite a 
penhora on-line. REsp 1.370.687-MG, Rel. Min. Antonio Carlos 
Ferreira, julgado em 4/4/2013.
Atualização e PráticaAÇÃO PRETENDENDO O CANCELAMENTO 
DE PROTESTO JUDICIAL DEFERIDO EM MEDIDA CAUTELAR 
ANTERIOR. IMPROCEDÊNCIA EM FACE DA NECESSIDADE DO 
PROTESTO PARA PREVENÇÃO DE LITÍGIOS. AUSÊNCIA DE 
PREQUESTIONAMENTO. DISSÍDIO NÃO DEMONSTRADO. 
Carece de prequestionamento o recurso especial quando os temas 
insertos nos artigos apontados como violados não foram 
apreciados pela Corte de origem. Diversas as situações julgadas 
nos acórdãos confrontados, não se tem dissídio apto à 
admissibilidade do especial. A averbação, no Cartório de Registro 
de Imóveis, de protesto contra alienação de bem, está dentro do 
poder geral de cautela do juiz (art. 798, CPC) e se justifica pela 
necessidade de dar conhecimento do protesto a terceiros, 
prevenindo litígios e prejuízos para eventuais adquirentes. Recurso 
especial não conhecido
(REsp 146942 / RECURSO ESPECIAL 1997/0062259-2; Relator 
Ministro CESAR ASFOR ROCHA; QUARTA TURMA; 
data julgamento
02/04/2012, DJ 19.08.2002)
Atualização e Prática
- Lei nº 8.429/92: art. 7º, parágrafo único (Improbidade 
Administrativa);
- Lei nº 6.024/74: art. 36 (Liquidações Extrajudiciais de 
Instituições Financeiras);
- Lei nº 5.627/70: art. 2º (Empresas de Seguros);
- Lei Complementar nº 109/2001: art. 29 e (Previdência 
Complementar e Aberta);
- Lei nº 10.190/2001: art. 3º (Empresas Seguradoras de 
Capitalização)
- Código Tributário Nacional: art. 185-A.
Atualização e Prática
Bloco 3
Atualização e Prática
CPC/73 
Art. 461. § 5o Para a efetivação da tutela específica ou 
a obtenção do resultado prático equivalente, poderá o 
juiz, de ofício ou a requerimento, determinar as 
medidas necessárias, tais como a imposição de multa 
por tempo de atraso, busca e apreensão, remoção de 
pessoas e coisas, desfazimento de obras e 
impedimento de atividade nociva, se necessário com 
requisição de força policial. (Redação dada pela 
Lei nº 10.444, de 7.5.2002)
.
Atualização e Prática
Noutras palavras, se for mantida, data máxima vênia, a sui 
generis decisão contra a qual se impetra esta medida, 
poderíamos chegar à estranha situação: “A” atropela “B” 
causando-lhe, por culpa, deformidade permanente. Em ação 
criminal, além de outras penas, “A” tem suspensa sua 
habilitação por 3 anos. Em ação cível “A” é condenado a 
pagar R$ 1.000.000,00. Não podendo pagar esta indenização 
o Juiz da Vara Cível suspende a habilitação de “A” por tempo 
indeterminado. Teríamos daí a bizarra situação da pena 
restritiva de direitos do Juízo Cível ser, na prática, mais severa 
que aquela proferida pelo Juízo Criminal. 
Tese HC executado 
2183713-85.2016.8.26.0000
IMPETRANTES : Paulo Antonio Papini e outro 
PACIENTE : Milton Antonio Salerno 
Atualização e Prática
Com efeito, Excelência, a utilização indiscriminada do artigo 
139, IV, do NCPC abre as portas ao arbítrio, de modo que 
sequer na Ditadura Militar poder-se-ia imaginar. Mas não é 
só: poderia o Magistrado em seu despacho inferir: “se o 
devedor não tem condições de pagar suas dívidas, também 
não tem condições de comer fora de sua casa, logo, expeça-se 
ofício aos restaurantes próximos [num raio de Xquilómetros, 
por exemplo] com a foto do devedor, impedindo-se-lhe seja o 
mesmo servido”. O mesmo raciocínio válido para a CNH e 
Passaporte seria plenamente aplicável a estes dois últimos 
exemplos, a não ser é claro o fato de uma decisão como essa 
afetar direitos fundamentais e, também, violar o 
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana. 
Tese HC executado 
2183713-85.2016.8.26.0000
IMPETRANTES : Paulo Antonio Papini e outro 
PACIENTE : Milton Antonio Salerno 
Atualização e Prática
1) Seria lícito o estabelecimento de medida coercitiva de 
suspensão do direito de conduzir veículo automotor até que 
se pague todas as dívidas oriundas de multas de trânsito, 
inclusive, com apreensão de CNH do devedor?
2) Com base no art. 139, IV do CPC, não sendo efetuado o 
pagamento de salários a funcionários de determinada 
empresa, seria possível estabelecer a vedação de contratação 
de novos funcionários até que seja saldada tal dívida?
3) Inadimplindo um contrato de financiamento junto a 
instituição financeira, é possível, como medida coercitiva, a 
proibição de obtenção pelo devedor de novos 
financiamentos?
Indagações Reflexivas:
Atualização e Prática
Mas outras medidas coercitivas não são contrárias
necessariamente à Constituição Federal. A decisão atacada, 
por exemplo, ao contrário do que pretende fazer crer o 
impetrante, não atenta contra o direito constitucional de ir e 
vir do executado. Toda determinação judicial coercitiva ou
indutiva certamente implicará em limitação a direitos do 
devedor. E é exatamente essa a finalidade do artigo 139, 
inciso IV, do CPC. Nesse sentido, suspender a carteira de 
habilitação é medida coercitiva e limita direito do devedor, 
pois o impede dirigir. Mas argumentar que a limitação fere o 
direito de ir e vir é absolutamente equivocada. Tal ordem de 
consideração peca, dentre outras razões, por ignorar a 
realidade brasileira, em que a maioria da população não tem 
carro próprio. Estariam todos frustrados em seu direito de ir e 
vir? Evidente que não. 
Esclarecimentos Magistrada
Atualização e Prática
Seguindo o mesmo raciocínio, caberia
a indagação: seria válida a decisão que privasse um devedor
renitente, e de má-fé, do uso de seu helicóptero? Ou também
se apresentariam argumentos de ofensa ao direito de ir e vir? 
Obviamente, a repercussão que uma decisão desse tipo
causaria seria bem menor porque apenas uma minoria muito
restrita tem acesso ao helicóptero como meio de transporte. 
Se a restrição se dá em relação ao direito de dirigir um carro, 
muitos se colocam no lugar do devedor e passam assim a 
considerar a medida talvez uma pouco exagerada. 
Mas repise-se, não há exagero. A aplicação de tal medida é
excepcional e deve ser apenas implementada quando o caso
concreto revela comportamento ardiloso de quem pode
pagar e não o faz; de quem tem bens em seu patrimônio, mas 
os oculta e ostenta visíveis sinais de riqueza, todos eles
absolutamente incompatíveis com o que consta oficialmente
de seu patrimônio. Tal medida coercitiva jamais poderia ser
Atualização e Prática
aplicada aos devedores que não têm efetivamente como
pagar a dívida, pois a sua finalidade é forçar quem pode pagar
e não punir o sujeito passivo da relação obrigacional pela falta
de bens em seu patrimônio. 
Mais outro argumento pode ser registrado para corroborar o 
acerto e a adequação da decisão atacada. O devedor
renitente que sofre medida coercitiva dessa natureza não tem 
o seu direito de ir e vir violado, pois pode se locomover de 
ônibus, de metrô, de UBER, de taxi, à pé, de bicicleta etc. 
Repita-se, o direito de ir e vir não sofre absolutamente
nenhuma restrição em si. 
(...)
Ora, até mesmo a impenhorabilidade do bem de família (que
está atrelada ao direito social constitucional à moradia) pode
sofrer limitações em homenagem à natureza do crédito
contraposto. 
Atualização e Prática
Todas estas reflexões são feitas com o objetivo de contribuir
para que esse Egrégio Tribunal forme a sua convicção em
torno do tema com o maior número de elementos. 
Nesse sentido, acrescente-se que a inclusão do nome do 
devedor nos cadastros de proteção ao crédito (como SERASA) 
é unanimemente aceita pela doutrina e jurisprudência. Essa
não deixa de ser outra medida coercitiva que atenta
claramente contra direitos do devedor no caso, o mais
importante deles, que é a sua dignidade, alicerce da 
Constituição Federal de 1988. É muito constrangedor ter o 
próprio nome catalogado oficialmente como inadimplente. E 
tal medida atinge indistintamente tanto devedores de má-fé
quanto devedores de boa-fé, ou seja, devedores que nunca se 
comportaram de forma nociva, mas que não cumprem suas
obrigações por infortúnios que a vida lhes impõe. Nunca
surgiram questionamentos quanto à validade de tal medida
amplamente utilizada. (…)
Atualização e Prática
Por fim, cabe a indagação, apenas a título também de 
esclarecimento e debate sobre um tema que gerou tanta
repercussão: se tais medidas não são cabíveis, pergunta-se, 
quais seriam? A indagação decorre da nossa tradição de que a 
execução de dívida pecuniária sempre se resolveu (exceção
aos alimentos) apenas com expropriação patrimonial. Mas o 
artigo 139 diz que as medidas coercitivas são cabíveis
“mesmo nas ações que tenham por objeto prestação
pecuniária”. Entender que não cabe nenhuma outra medida
em casos flagrantes de devedores renitentes que têm
patrimônio é o mesmo que esvaziar o conteúdo da parte final 
do inciso IV do artigo 139, pois sempre a consequência seria
expropriatória. 
Com o devido respeito às opiniões contrárias, não parece ter
sido essa a finalidade o novo artigo
139. Não existem palavras
desnecessárias na lei. Se o legislador admitiu a imposição de 
medidas coercitivas nas ações que tenham por objeto
Atualização e Prática
prestação pecuniária, justo concluir que medidas não
patrimoniais podem ser tomadas em face do devedor que, de 
alguma forma, protege injustamente seu patrimônio, 
negando-se a cumprir com sua obrigação. 
Toda medida de apoio restringe direitos. (…)
Portanto, o quadro delineado indica que o executado é
devedor contumaz e não quer pagar suas dívidas não por
ausência de possibilidade, já que seu padrão de vida elevado
indica possibilidade. Na verdade, o devedor não quer pagar. 
Assim, resta evidente que os bens do devedor foram
deliberadamente ocultados para evitar a execução. 
Foram esgotadas todas as tentativas de penhora de bens. 
Foram realizadas todas as pesquisas, expedidos ofícios, 
realizada tentativa de penhora on line. As medidas
patrimoniais restaram esgotadas e frustradas e o devedor
sequer faz proposta para pagamento da dívida. 
Atualização e Prática
Foi justamente para essa situação excepcional que o Novo 
Código de Processo Civil criou as medidas coercitivas não
patrimoniais, aplicáveis também para as obrigações
pecuniárias. O espírito do legislador foi permitir que o juiz
adotasse medidas coercitivas não patrimoniais para obrigar o 
devedor, que usa de métodos desconhecidos para proteger
injustamente seu patrimônio, ao pagamento da 
dívida. Anoto, como já dito, que a medida é excepcional e 
não é destinada a qualquer devedor. Porém, quando
esgotadas as medidas patrimoniais e havendo sinais de 
riqueza, o Judiciário pode tomar medidas coercitivas não
patrimoniais para exigir o pagamento. 
Assim, a decisão atacada vem devidamente fundamentada no 
art. 139, inciso IV, do Código de Processo Civil, não havendo
que se falar em ilegalidade. 
Atualização e Prática
De se levar em conta, ainda, que, em um primeiro momento, 
a corajosa e inovadora decisão proferida pela D. Autoridade
impetrada pode deixar perplexos os mais conservadores. 
Entretanto, proferida de forma excepcional, em processo com 
particularidades próprias, como no caso em tela, não deve ser
tida como arbitrária, autoritária, teratológica ou contra legem. 
Não pode o Judiciário ficar como inerte espectador de 
deletérias condutas ímprobas praticadas em processos, que
arranham a credibilidade da Justiça. 
Parecer MP
Atualização e Prática
Aqui, como já visto, o paciente, segundo apurou a MM. Juíza
a quo, ostenta uma vida real, fora do processo, de viagens
para o exterior, guiando carros de luxo, demonstrando que
seu cotidiano é oposto à sua realidade processual, e outra no 
processo, no qual se apresenta como um pobre coitado
destituído de bens ou de condição financeira que lhe permita
satisfazer suas obrigações.
Parecer MP

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