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Prof. Dr. José Alves Dantas � Estimativa contábil é uma previsão quanto ao valor de um item, que considera as melhores evidências disponíveis, incluindo fatores objetivos e subjetivos, quando não exista forma precisa de apuração, e requer julgamento na determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações contábeis. � O auditor deve ter conhecimentos suficientes sobre os controles, procedimentos e métodos utilizados pela entidade no estabelecimento de estimativas. � Exemplos: provisão para desfecho de litígio; provisão para créditos de liquidação duvidosa; provisão para obsolescência de estoques; método de depreciação ou vida útil dos bens; obrigações por garantia; valor justo de um imobilizado destinado à venda; valor justo de um instrumento financeiro. 2 � O auditor deve obter evidências suficientes para identificar partes relacionadas na fase de planejamento, possibilitando detectar, no decorrer dos trabalhos, quaisquer transações relevantes que as envolvam. � As transações relevantes com partes relacionadas devem ser examinadas, obtendo-se informações sobre a finalidade, a natureza e a extensão das transações, com especial atenção àquelas que pareçam anormais ou envolvam partes relacionadas não identificadas quando do planejamento. � Deve se atentar se estão sendo observados os preceitos do CPC 05, que disciplina o processo de divulgação de transações com partes relacionadas. 3 � O auditor deve adotar procedimentos para identificar passivos não registrados e contingências ativas ou passivas relacionadas a litígios, pedidos de indenização ou questões tributárias, e assegurar-se de sua adequada contabilização e/ou divulgação nas demonstrações contábeis. 4 � Quando identificados eventos ou condições que podem gerar dúvidas significantes sobre a habilidade da entidade em continuar suas atividades operacionais normais, o auditor deve: � Revisar os planos da administração para futuras ações baseadas na avaliação da continuidade. � Solicitar documentação escrita da administração relacionada aos seus planos para futuras ações. � Obter evidências de auditoria apropriadas e suficientes para confirmar ou dissipar se há ou não uma incerteza material. 5 � Exemplos de eventos que podem levantar dúvidas significativas quanto ao pressuposto de continuidade operacional: � Patrimônio líquido negativo; � Fluxos de caixa operacionais negativos; � Atraso ou suspensão de dividendos; � Incapacidade de pagar credores nas datas de vencimento; � Intenções da administração de liquidar a entidade ou interromper suas operações; � Perda de mercado importante. 6 � Se o auditor concluir que há evidências de riscos na continuidade normal das atividades da entidade, deve avaliar os possíveis efeitos nas demonstrações, especialmente quanto à realização dos ativos. 7 � É salutar e até recomendável que o auditor independente utilize, em seus exames, os trabalhos desenvolvidos pela auditoria interna. � Nesse caso, a responsabilidade do auditor independente não será modificada, ou seja, ele é responsável por confirmar as informações relevantes que considerar em seus julgamentos. 8 � Ao utilizar-se de trabalhos executados por outros especialistas legalmente habilitados, o auditor independente deve obter evidência suficiente de que tais trabalhos são adequados para fins de sua auditoria, assumindo responsabilidades pela sua utilização. 9 � Não émais permitida a divisão de responsabilidade. � O auditor do grupo (que audita a entidade que consolida ou que aplica o método da equivalência patrimonial na avaliação dos investimentos) assume total responsabilidade sobre os trabalhos tanto na investidora como em cada um dos seus componentes. 10 � O auditor deve solicitar representações dos membros da administrações responsáveis pela elaboração das demonstrações financeiras. � São importantes fontes de evidência de auditoria, mas não são evidências apropriadas e suficientes por si só. � Não substitui procedimentos necessários de auditoria aplicados pelo auditor. � Atestam que a administração e a governança da entidade cumpriram com suas responsabilidades. � Ao não recebê-las, o auditor tem uma limitação no alcance de seu trabalho para o qual não existe procedimento alternativo. 11
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