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RESUMO 
POLITICAS DE SAUDE NO BRASIL: UM SECULO DE LUTA PELO DIREITO A SAUDE 
Com o início do século XX, criaram-se muitas expectativas sobre um Brasil progressista, porém, logo de início, deparou-se na verdade com um sistema de saúde falho, epidemias de Malária, Tuberculose, Febre Ama rela, Varíola e Cólera, assolavam cidades como Rio de Janeiro e São Paulo e a população pobre só dispunha de atendimento filantrópico nos hospitais de caridade mantidos pela igreja. O sanitarista Osvaldo Cruz deu início ao projeto de saneamento no Rio de Janeiro, com o aval do governador Rodrigues Alves. Em 1900 fundou o Instituto Soroterápico Nacional no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro e coordenou as campanhas de vacinação e combate aos focos de insetos transmissores de febre amarela. Em São Paulo, Emílio Ribas dirigiu as obras d e saneamento na cidade de Santos. Em 1918 a gripe espanhola chega ao Brasil, causando altos índices de mortalidade.
O Brasil foi palco de muitas revoltas populares, neste cenário em 1923, diante da insatisfação popular são criadas as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPS) com a apresentação da lei pelo deputado Elo y Chaves que regulamenta as Caixas financiadas fazendo com que o Estado atue diretamente na assistência médica da população. Foi a primeira vez que o Estado interferiu para criar um mecanismo destinado a garantir ao trabalhador algum tipo de assistência. No entanto, com as CAPS, o direito era desigual. Mais tarde, entraria em vigor o projeto de governo que substitui os CAP’s pelos IAP’s, na tentativa de unir a classe trabalhadora. 
Nos anos 30, Getúlio declara a criação do ministério do trabalho (1937) e sistema previdenciário de trabalhadores marítimos, com desconto de pensão mínima no salário para a aposentadoria. Porém, quem não conseguia pagar, não tinha direito. Getúlio, entretanto desviava as verbas da previdência para investir na industrialização, exportação da borracha e em novas doenças descobertas na época. 
Durante os anos 40 ocorreu a constituição do Estado Novo, com revoltas para tirar Getúlio do poder. No período da 2ª Guerra Mundial ocorreu à criação do Serviço Especi al de Saúde Pública (Sesp), com a finalidade de disponibilizar assistência aos trabalhadores que empenhavam seu serviço na obtenção de recursos para serem utilizados na guerra, por causa dos índices de malária e febre amarela, principalmente na Amazônia e na região do Vale do Rio Doce. O Brasil passou a adotar um modelo de saúde norte-americano, baseado em grandes hospitais onde havia médicos de todas as especialidades e grande quantidade de equipamentos “modernos” (para a classe alta).
Já nos anos 50, Getúlio ganha as eleições pelo “voto popular”, ainda de modo indireto. Há o lançamento da 1º emissora de TV brasileira (TV Tupi), a criação da Petrobrás e do Ministério da Saúde, com a justificativa de que este crescera tanto que exigia uma estrutura própria. O Ministério da Saúde implantaria clínicas e sanatórios especializados para doenças graves como a tuberculose, lepra e hospício para “loucos”. Neste período alguns doutores já defendiam a ideia de saúde pública para todos, mas o governo os ignorava. Ainda nos anos 50, Juscelino Kubitschek é eleito à “força”. Têm-se a implantação da indústria automobilística e a construção de Brasília. A classe operária já s e reunia contra os IAPS, que construíam os hospitais. Surge então uma nova ideia: a medicina de grupo, onde as empresas tinham como finalidade prestar serviços médicos aos empregados das empresas que os contratam, onde os empregados com boa assistência faltariam menos.
Anos 60, época conhecida como Ditadura Militar, é um período de pessoas sendo torturadas, censura da mídia, populações de classe média ficando pobres, mortalidade infantil em alta e saúde pública comprometida. Aqui há a criação do INPS, com a unificação dos IAPS e sistema previdenciário.
No final dos anos 60 e início de 70 o cenário qu e se tem é o dinheiro da previdência sendo investido em grandes obras visando o crescimento financeiro do país, afastando -se da saúde. O INPS construindo grandes hospitais particulares, s em que houvesse uma fiscalização orçamentária efetiva, o que desagradava à população contribuinte. Mas já o governo estendia a previdência aos trabalhadores rurais.
Terminando os anos 70 as comunidades, estudante s e sanitaristas reúnem-se para reivindicar a criação de saúde pública gratuita ( muito esquecida nesse período), creches, centros de saúde e melhor atendimento social. As epidemias de meningite tomam conta e o governo censura a mídia de comunicar. Entretanto o Movimento Popular da Saúde segue se espalhando pelo país. Neste período já se falava em experiências inovadoras embasadas na assistência primária (promoção e prevenção da saúde). O Governo implanta então o INPS, INAMPS e SIMPAS.
 Mesmo nos anos 80 o Brasil ainda vivi a época d e epidemias como meningites e poliomielites, e a população continuava lutando e sofrendo com a ditadura mi litar (revoltas para derrubá-la ). Os IAPS tornam-se falido e o movimento popular da saúde foi ganhando forças pelo Brasil inteiro. Então, em 1986 na 8ª Conferencia Nacional de Saúde se uniram movimentos sociais, trabalhadores da saúde e gestores na busca de um Sistema Único de Saúde, público e de qualidade para todos, controlado pela sociedade, pelos conselhos de saúde, tendo como princípios a universalidade, a integralidade, a equidade e a participação social, assim a saúde passa a ser um direito e não um favor, privilégio ou caridade, é universal para todos , ricos ou pobres, integral da vacina ao transplante.
Já em 2006 foi criado o Pacto pela Vida, onde foram firmados compromissos em torno das medidas que resultem em melhorias da situação de saúde da população brasileira. A partir dele, definem-se prioridades e metas a serem alcançadas nos municípios, regiões, estados e país. O Pacto em Defesa do SUS firma-se em torno de ações que contribuam para aproximar a sociedade brasileira do SUS, seguindo algumas diretrizes.
REFERÊNCIA: 
História da saúde pública no Brasil - Um século de luta pelo direito a saúde, direção de Renato Tapajós, 2006. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=VvvH4bd3JQE. Um filme realizado por iniciativa da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, do Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).

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