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INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ ANTONIO ADILSON RAMOS DANIEL DA SILVA SCHNEIDER FABIO RAMOS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA LABORATÓRIO DE SENSORES INDUSTRIAIS CURITIBA 2013 ANTONIO ADILSON RAMOS DANIEL DA SILVA SCHNEIDER FABIO RAMOS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA LABORATÓRIO DE SENSORES INDUSTRIAIS Trabalho apresentado à disciplina de Elementos de Automação do curso Técnico em Eletromecânica. Orientador: Professor Wilerson Sturm CURITIBA 2013 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA No Século XX houve uma explosão tecnológica com surgimento da era moderna e utilização dos semicondutores, cada vez mais avançados, assim como os computadores, mostraram-se altamente viáveis para a automação de atividades industriais, com objetivo de aumentar a produção e a qualidade diminuindo o fator humano (CAPELLI, 2008). A automação utiliza-se principalmente da informática e dos sensores que são dispositivos projetados para detectarem algum evento no processo e emitirem um sinal de resposta a este evento. Não devem ser confundidos com transdutores, que são dispositivos que convertem uma grandeza física em outra (STURM, 2004). De acordo com o tipo de sinal entregue na saída, os sensores são classificados em analógicos ou digitais. Existem diversos tipos de sensores industriais, cada qual com sua aplicação, dentre eles foram estudados os sensores de pressão, os capacitivos, indutivos, difusos e RGB. Um dos sensores de pressão avaliados foi o esfigmomanômetro do tipo aneróide, em que o ar é utilizado como o fluido manométrico que irá deformar o sensor elástico do instrumento e causar o deslocamento do ponteiro sobre a escala, indicando a pressão arterial (INMETRO,2005b). No esfigmomanômetro de coluna de líquido manométrico, a pressão é indicada em função do deslocamento de uma coluna de líquido manométrico num tubo transparente graduado (INMETRO, 2005b). Na maioria dos casos o líquido utilizado é o mercúrio e a unidade é dada em milímetros de mercúrio (mmHg). O sensor capacitivo baseia-se na geração de um campo elétrico, desenvolvido por um oscilador controlado por capacitor (THOMAZINI e ALBUQUERQUE, 2005). O lado sensível de um sensor capacitivo é formado por dois eletrodos metálicos dispostos concentricamente que se equivalem a um capacitor. As superfícies dos eletrodos são conectadas em uma ramificação de alimentação de um oscilador de alta frequência sintonizado de tal maneira que não oscilem quando a superfície está livre. Quando um objeto se aproxima da face ativa do sensor, ele entra no campo elétrico sob a superfície do eletrodo e causa uma mudança na capacitância do conjunto, ocorrendo uma oscilação com uma amplitude tal que seja detectada por um circuito e convertida em um comando de chaveamento. O sensor indutivo baseia-se no princípio de geração de um campo eletromagnético de alta frequência, que é desenvolvido por uma bobina ressonante instalada na face sensora (THOMAZINI e ALBUQUERQUE, 2005). A bobina faz parte de um circuito oscilador, que em condição normal (desacionada), gera um sinal senoidal. Quando um metal aproxima-se do campo, este por correntes de superfície, absorve a energia do campo, diminuindo a amplitude do sinal gerado no oscilador. Esta diminuição do valor original aciona o estágio de saída. Os sensores de proximidade indutivos são equipamentos eletrônicos capazes de detectar a aproximação de peças, componentes, elementos de máquinas, em substituição às tradicionais chaves fim de curso. A detecção ocorre sem que haja o contato físico entre o acionador e o sensor, aumentando a vida útil do sensor por não possuir peças móveis sujeitas a desgastes mecânicos. O sensor difuso tem o transmissor e o receptor montados na mesma unidade. Sendo que o acionamento da saída ocorre quando o objeto a ser detectado entra na região de sensibilidade e reflete para o receptor o feixe de luz emitido pelo transmissor (STURM, 2004). É um tipo de sensor que possui o emissor de luz e o receptor lado a lado e no mesmo corpo (invólucro). O emissor emite um feixe de luz, se algum objeto entra na frente deste feixe a luz é refletida na superfície do material do objeto e volta para o receptor do sensor, fazendo assim a detecção que é convertida em comutação de contatos NA ou NF ou transistor para corrente alternada ou corrente contínua. O sensor RGB (RGB é a abreviatura do sistema de cores aditivas formado por Vermelho (Red), Verde (Green) e Azul (Blue). Baseado no princípio fotoelétrico, consiste de um transmissor constituído de 3 LED’s nas cores vermelha, verde e azul e um receptor a fototransistor. O fototransistor é um transistor cujo encapsulamento permite a incidência de luz sobre a junção base- coletor. A corrente gerada pela luz na junção é amplificada pelo transistor, como se fosse uma corrente de base convencional. A corrente de coletor do fototransistor é, portanto, proporcional a intensidade luminosa incidente sobre o componente. OBJETIVOS Executar testes em bancada didática, estudando os princípios físicos de funcionamento de sensores, analisando as grandezas elétricas geradas e avaliando a histerese e linearidade do processo. MATERIAIS Em laboratório foi utilizada bancada didática Bit 9 de sensores industriais, a qual continha os seguintes componentes: Sensor de pressão; Sensor capacitivo digital; Sensor indutivo digital; Sensor difuso digital; Sensor RGB; Sensor capacitivo analógico; Sensor indutivo analógico. METODOLOGIA Após a montagem da bancada com suas respectivas ligações de alimentação e de sinal de saída dos sensores, iniciamos as leituras dos sinais elétricos emitidos pelos sensores, sendo cinco o número de repetições em cada bateria de testes. Para o sensor de pressão, a bancada era dotada de um esfigmomanômetro, o qual foi acionado no mínimo cinco vezes para cinco pressões diferentes e seus resultados anotados. Os sensores capacitivos e indutivos foram testados utilizando uma moeda de um real, no mínimo cinco vezes, tendo seus resultados anotados. O sensor RGB foi analisado submetendo-o ás cores vermelho, azul e verde, tendo seus resultados registrados. RESULTADOS A linearidade do sensor é dada pelas variações iguais entre a grandeza física medida e o sinal entregue na saída do sensor. Portanto temos sensores lineares e não lineares. Evidentemente o sensor ideal é o linear, mas caso não seja, uma forma de determinar a gravidade dessa não linearidade é medir o máximo erro de sinal da saída e dividir pela faixa de valores possíveis, sendo expressa na forma percentual. SENSOR DE PRESSÃO PRESSÃO (mmHg) TENSÃO (V) 20 0,37 40 1,13 60 1,83 80 2,43 100 3,21 120 4 160 5,02 180 5,75 200 6,22 220 7,03 300 9,98 Com os quais foi construído o seguinte gráfico: Gráfico Pressão X Tensão do sensor de pressão. Avaliando o gráfico podemos dizer que o sensor de pressão não é linear. SENSORES ANALÓGICOS Podem assumir qualquer valor no seu sinal de saída ao longo do tempo, desde que esteja dentro da sua faixa de operação. SENSOR CAPACITIVO ANALÓGICO DISTÂNCIA TENSÃO 0mm 0,00V 48mm 1,50V 60mm 2,00V 145mm 3,00V 210mm 3,22V SENSOR INDUTIVO ANALÓGICO DISTÂNCIA TENSÃO 0mm 9,87V 4,5mm 7,40V 9mm 4,94V 13,5mm 2,47V 18mm 0,00V Percebe-se pelos dados coletados que os sensores analógicos não são lineares. SENSORES DIGITAIS Podem assumir apenas dois valores no seu sinal de saída ao longo do tempo (zero ou um). Para avaliar a histerese, que é a diferença entre a distância onde o sensor é ativado quando o objeto se aproxima dele e a distância na qual é desativado quando o objeto se afasta, realizamos leituras e obtivemos os seguintes dados: SENSOR CAPACITIVO DIGITAL ATIVADO DESATIVADO 25mm 27mm 26mm 33mm 23mm 27mm 20mm 24mm 20mm 27mm SENSOR INDUTIVO DIGITAL ATIVADO DESATIVADO 6mm 9mm 7mm 8mm 8mm 9mm 9mm 10mm 8mm 9mm SENSOR DIFUSO DIGITAL ATIVADO DESATIVADO 189mm 197mm 186mm 201mm 184mm 196mm 182mm 192mm 180mm 190mm Temos, através dos dados obtidos, que os sensores digitais são lineares. SENSOR RGB Para cada cor houve uma queda de tensão, indicando a presença de um evento, como demonstrado na tabela abaixo: SENSOR RGB VERMELHO AZUL VERDE ATIVADO DESATIVADO ATIVADO DESATIVADO ATIVADO DESATIVADO 1,05V 1,86V 0,75V 1,43V 1,66V 3,20V 1,30V 0,93V 1,84V 1,25V 0,71V 1,72V 1,36V 0,77V 1,75V 1,40V 0,80V 1,60V CONSIDERAÇÕES FINAIS A interação entre teoria e prática é fundamental para a formação integral do técnico e essa aula experimental nos aproximou um pouco mais do ambiente industrial. Aprendemos que os sensores industriais acusam uma mudança de estado, entregando um sinal em sua saída, o qual é tratado pelo transdutor, para que possa ser mensurado por equipamentos eletrônicos. Entendemos ainda que os sensores são classificados como proporcionais ou analógicos e discretos ou digitais. Sendo que os analógicos podem entregar um sinal de saída que varia entre vários valores dentro de uma faixa operacional e os sensores digitais entregam apenas dois valores na saída, por exemplo 0 ou 1, ou alto/baixo. Avaliamos a histerese nos sensores industriais e percebemos que o sensor indutivo digital é o que apresenta menor histerese e que o difuso digital apresenta uma maior histerese. Quanto a linearidade, percebemos que os sensores digitais são os que apresentam melhor linearidade e que os sensores analógicos apresentam pior linearidade, condição não favorável quando se deseja um sinal preciso. Enfim, essa prática nos permitiu tomar conhecimento da aplicação de alguns sensores industriais, seus comportamentos e será muito útil, principalmente para identificarmos eventuais problemas em máquinas ou linhas automatizadas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAPELLI, A. Automação Industrial – 2ª edição. São Paulo. Editora Érica, 2008. THOMAZINI, Daniel, e ALBUQUERQUE, Pedro Urbano. Sensores Industriais: Fundamentos e Aplicações. Editora Érica, São Paulo, 2005. STURM, Wilerson. Sensores Industriais: Conceitos teóricos a aplicações práticas. 1ª edição. Rio de Janeiro. Editora Papel Virtual, 2004. INMETRO.http://www.inmetro.gov.br/legislacao/detalhe.asp?seq_classe=1&seq_ato=966. Acesso em 25 de novembro de 2013. .
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