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Resumo de CMPOA (2ª prova): Listeria monocytogenes G+ Não formador de esporo Anaeróbio facultativo Móveis (flagelos peritríquios), expressa em 25ºC, movimento de tombamento Intracelular facultativo pH ótimo entre 4,5 – 9,4 aW ótima 0,97, mas se multiplica até 0.92 temperatura: -0,4 a 44ºC (psicotrófico) [] de NaCl de 10% Epidemiologia: se encontra amplamente disseminada, habtat primário é o solo e a água, animais e o homem são reservatórios e assintomáticos, forma biofilmes Alimentos associados: prontos para consumo, estocados sob refrigeração, com vida de prateleira longa (carnes, embutidos, produtos lácteos) Sorotipos divididos pelos antígenos O e H – sorotipo Ab : maior responsável por casos de Listeriose, maior virulência, melhor adaptação em alimentos, maior distribuição no ambiente e melhor sobrevivência em humanos Mecanismo de patogenicidade: após entrar no organismo hospedeiro pela via oral, atinge o trato intestinal aderindo, liberando internalina e invadindo a mucosa. Em seguida, a célula bacteriana é fagocitada por macrófagos. Após a lise da membrana fagocítica pelas Listeriolisina O e Fosfolipases, é liberada no citoplasma da célula do hospedeiro, onde se multiplica rapidamente. Ocorre também a polimerização de filamentos de actina da célula do hospedeiro formando longas caudas em uma das extremidades da célula bacteriana. Esses filamentos causam o deslocamento da bactéria no citoplasma, permitindo a invasão das células adjacentes, dando início a um novo ciclo de infecção. Se multiplica em intestino e linfonodos, disseminada pelo sangue até fígado e baço, invade placenta e tecido nervoso. Forma não invasiva: sem população alvo específica Sintomas: gastroenterite febril, dores (vomito em poucos casos) Forma invasiva: acomete imunocomprometidos, crianças idosos e gestantes Sinais clínicos: gestante – gripe; feto – aborto, parto prematuro e meningite quando infectado no parto; demais grupos – meningite, encefalite, septicemia, e endocardite. Dose infecciosa: não estabelecida Alta mortalidade (50%), principal causa de DTAs Período de incubação: não invasiva = 20h, invasiva = até 90 dias Contaminação na indústria: fezes contaminam as carcaças e equipamentos durante o abate , formação de biofilmes, contaminação cruzada Medidas de controle: Na indústria – prevenir a entrada do Mo, controle integrado de pragas, controle da MP, limpeza e sanitização de equipamentos, evitar contaminação cruzada. No comércio – separar crus de alimentos prontos para consumo, higiene e sanitização, controle da Tº de armazenamento (<4ºC), manter acima de 50ºC alimentos protos para servir, monitorar data de validade Na residência – manter o refrigerador limpo, lavar bem os vegetais, evitar manter alimentos por mais de 3 dias no refrigerador, evitar consumo de POA crus ou mal cozidos, evitar contaminação cruzada. *Formação de Biofilmes: - grupo de cel. Bacterianas aderidas à uma superfície, cercadas pro uma matriz predominantemente polissacarídica - são resistentes a sanitizantes e radiações UV - 1º etapa: ocorre transporte passivo de materiais orgânicos, inorgânicos e cel. Microbianas suspensos em meio aquoso -2º etapa: ocorre deposição de materiais orgânicos e inorgânicos suspensos no meio aquoso sobre a superfície formando um filme condicionante – ADSORÇÃO -3º etapa: adesão inicial microbiana – adesão reversível -4º etapa: ocorre multiplicação dos MO, produção de exopolissacaródeo e adesão de colonizadores secundários – adesão irreversível -5º etapa: a densidade e a complexidade aumenta, tornam-se altamente hidratados e com alta atividade metabólica – Maturação do biofilme -6º etapa: ocorre liberação de células bacterianas, levando a contaminação de alimentos e de outras superfícies, ocorrendo a formação de novos biofilmes – Dispersão do biofilme - importância na indústria: transferência de cel. Bacterianas para os alimentos, resistência a desinfetantes e sanitizantes e difícil remoção - como evitar: higienização adequada, resíduos de alimentos em superfícies são potencial fonte de contamincao, utilização de salitizantes na concentração, temperatura e tempo adequado, usar equipamentos de fácil higienização. Salmonella spp.: Bastonetes G+ Anaeróbios facultativos Não formadores de esporo Móveis (flagelos peritríquios) Fermentadores de glicose produzindo gás e acido Possui 2 especies : S. entérica - 6 subespecies – (+-) 2580 sorotipos S. bongai – x – (+-) 20 sorotipos PH: 7 Temp. 35-37ºC Aw: 0,94 – >0,99 Amplamente distribuída: TGI humanos, mamíferos, aves, repteis e insetos Excreção nas fezes por portadores ou infectados Transmissão por ingestao de alimentos contaminados crus ou mal cozidos e por agua contaminada Alimentos envolvidos: leite e derivados, carne de frango, ovos crus, maionese caseira, pescado, agua, vegetais Febre tifoide: só acomete humanos Por meio de alimentos contaminados com fezes humanas Pi: 15 dias Sintomas: febre alta, vômitos, dores abdominais, diarreia, septicemia, calafrios, delírio > perfuração intestinal, peritonite e choque Duração da doença: 8 semanas Mecanismo de patogenicidade: ingestao das cel. Viáveis, penetração nas cel. Epiteliais intestinais, invasão da lamina própria do intestino, cai na corrente linfática, é fagocitada por macrófagos, infecção sistêmica (septicemia), fígado, baço e vesícula Febres entéricas: Duração de 3 semanas Sintomas mais brandos que a febre tifoide: septicemia, febre, vômitos e diarreia Causada por ingestao de agua e alimentos contaminados (leite cru, vegetais, ovos) Enterocolites ou salmoneloses: Pi: 12-36h Sintomas: febre, diarreia, vômitos, cólicas A gravidade depende do sorotipo, hospedeiro, alimento e a dose ingerida Medidas de controle: controle da disseminação entre animais, eliminação de portadores, evitar consumo de alimentos crus, evitar contamincao cruzada, evitar portadores em locais de manipulação, higiene pessoal, higiene e sanificacao de equipamentos e utensílios Pq a salmonela é o principal agente? Grande N de sorotipos patogênicos, não são específicos, baixa dose infectante, resistência a antibióticos, vários reservatórios e esta amplamente distribuído. Clostridium botulinum: Bacilo G+ Anaeróbio estrito Formador de esporos Produtor de neurotoxina Distribuição; encontrado em solo, agua, verduras, frutas, fezes humanas e de animais Cepas divididas em 4 grupos de acordo com o tipo de toxina produzida Toxinas: 7 tipos (A B C D E F G), são termolábeis (80ºC por 10 min ou temp. de fervura por poucos min), dose letal 30ng São neurotóxicas, são absorvidas no TGI e se disseminam ate as terminações nervosas. Sua ação leva a paralisia flascida dos músculos, pois diminui liberação de Ach nas terminações nervosas Produção de toxinas: em anaerobiose, ph alcalino a neutro, aW=0,95 a 0,97, Tº=37ºC Botulismo alimentar: ingestão de toxina pre-formada no alimento Esporos no alimento -> germinação de esporos -> produção de toxinas Período de incubação: 12-72h (qto maior a [] de toxina no alimento, menor período de incubação) Mortalidade: 30-65% população alvo: todos Sintomas: queda das pálpebras, paralisia da musculatura, insuficiência respiratória, náuseas e vomito Tratamento: uso de soro antibotulínico e antibióticos, visando eliminar a toxina circulante e a fonte de produção. Assistência ventilatória, entubacao traqueal, lavagens gástricas. Recuperação = 1 a 12 meses Alimentos envolvidos: conservas vegetais, produtos cárneos cozidos curados ou defumados, queijos, alimentos artesanais Fatores contribuintes: processos de fermentação inadequados, subprocessamento, contaminação pos-processamento, estocagem em T inadequada. Medidas de controle: controle do Ph e do tratamento térmico, redução da Aw para <0.93, evitar presença de esporo no alimento, impedir germinação de esporos e produção de toxinas, destruir toxinas pre-formadas. Destruição de esporos em 120ºC por 30min Botulismo infantil: ingestao dos esporos, germinação no Int. e produção de toxinas. Acomete crianças menores de 1 ano, devido a microbiota intestinal pouco desenvolvida Sintomas: constipação, letargia, perda de tônus muscular, paralisia muscular Tratamento: assistência ventilatória, entubacao, uso de soro antibotulinico Alimentos envolvidos: mel e xarope de milho. Clostridium perfringens: Bacilo G+ Anaeróbio estrito Produz esporos Amplamente distribuído na natureza: solo, agua, alimentos, conteúdo intestinal do homem e animais Cepas divididas em 5 tipos (A B C D E), sendo todas produtoras da toxina Alfa que é fosfolipidica , hemolítica, termolábil (destrida em 60ºC por 10min) e sensível ao pH acido. Características da doença: esporos do ambiente geram cel. vegetativas no alimento, com condições favoráveis ocorre multiplicação intensa, então ocorre a ingestão das cel vegetativas que esporulam no intestino levando a produção de toxinas. Alimentos associados: alimentos crus e processados (carnes, vegetais, derivados lácteos) Cepas A levam a intoxicação alimentar clássica: Alimento com elevado N de cel. Viáveis que esporulam no intestino, liberando toxina. A toxina é citotóxica, se liga aos rec. nas microvilosidades interagindo com a membrana levando ao surgimento de poros, inibindo a absorção da glicose Sintomas: diarreias e dores abdominais agudas (sem febre e vomito) Período de incubação: 8 a 12h Cepas C levam a enterite necrótica: É rara (40% de letalidade) Sintomas: dores abdominais agudas, diarreia sanguinolenta, inflamação necrótica do ID Associado ao consumo de carne de porco mal cozida Tratamento: hidratação, uso de antibióticos e medidas de suporte nos casos graves com septicemia e enterite necrótica Medidas de controle: resfriamento rápido e uniforme de alimentos cozidos, manutenção do calor (acima de 60ºC) nos alimentos cozidos, ao reaquecer alimentos que a T interna seja maior que 75ºC, atenção para alimentos que sofreram tratamentos térmicos e permitiram a sobrevivência dos esporos. Campylobacter: Bacilos finos e compridos G- Moveis, se movimentam em forma de saca rolha 18 espécies São micro aerófilos (presença em pouca quantidade de O2) Termófilos (30-47º) São sensíveis ao sal, ph acido e desidratação Facilmente inativado por radicao UV ou gama Destruídos pela pasteurização e pelo aquecimento Característica da doença: Baixa dose invectante Sintomas: diarreia, febre baixa e dores abdominais Período de incubação: 2-5 dias duração da doença: 7-10dias Encontrado no TGI de vários animais, frango é o principal reservatório e é portador assintomático Transmissão por: frango e derivados, carnes, leite, agua, verduras, contamincao fecal, contato direto Medidas de controle: cozimento adequado dos alimentos, evitar contamicao cruzada, uso de agua tratada, BPFs, redução da prevalência nos rebanhos animais E. coli: Bastonetes G- Anaeróbios facultativos, fermentadores de lactose Habitat: TGI do homem e animais Mesofilos Sobrevive sob refrigeração e congelamento por longos períodos Cepas inócuas: comensais no intestino, produtoras de vit K Cepas patogênicas: intestinais ou extra intestinais Cepas classificadas de acordo com a presença dos antígenos O K H Fatores que influenciam o desenv.: temperatura mesófila, capacidade de sobreviver em alimentos ácidos (maionese, produtos fermentados), alta atividade de agua, são termosensíveis (acima de 60ºC) Medidas de prevenção: prevenção da contamincao fecal de POA, cozimento adequado, evitar consumo de alimentos crus, evitar contamincao cruzada pos processamento, reduzir a prevalência em rebanhos animiais Enteropatogênica: Principal patógeno para crianças, recém nascidos e lactentes jovens Taxa de mortalidade: menos que 30% Dose infectante: 10^6 Período de incubação: 17-72h Sintomas: diarreia, dores abdominais, vomito e febre Duração da enfermidade: 6h-3 dias Contaminação fecal-oral por agua e alimentos contaminados Mecanismo de patoganicidade: ocorre a adesão a muscosa do intestino por meio das fimbrias, destruição das microvilosidades, levando a redução da capacidade de absorção do intestino (diarreia) Enteroinvasiva: Acomete cricancas maiores e adultos Transmissão por agua e alimentos contaminados e contato interpessoal Alimentos envolvidos: salmão, frango, leite, vegetais, carne moída Mecanismo de patogenicidade: penetram nas cel. Epiteliais, multiplicam-se e invadem cel. Vizinhas, levando a necrose e diarreia sanguinolenta Enterotoxigenica: Mecanismo de patogenicidade: se aderem a mucosa do ID por meio das fimbrias e produzem toxinas, levando a diarreia aquosa As toxinas são termolabeis, termoestáveis, pode ocorrer a produção de 1 ou 2 toxinas PI: 8-44h Dose infectante: 10^6 – 10^8 Sintomas: diarreia aquosa, febre baixa, dores abdominais, náuseas Transmissão por agua e alimentos contaminados (contamincao cruzada) Causa enterite em animais jovens Enterohemorragica: Sintomas: colite hemorrágica, dores abdominais severas e diarreia sanguinolenta Pi: 3-9 dias Duração da doença: 2-9 dias Dose infectante: 10 – 10^4 cel Mecanismo de patogenicidade: ocorre adesão e colonização na superfície intestinal levando a produção de citotoxinas (verotoxinas) que inibem a síntese proteica na cel, levando a morte celular, alteram o cito esqueleto da cel. Intestinal levando a destruição das microvil.,possuem tbm hemolisinas Alimentos associados: alimentos de AO crus ou mal cozidos (carne moída, hambúrguer, leite cru, salame, verduras) PCR: Objetivo: é a obtenção de muitas copias de um trecho específico do DNA, a partir de uma fita molde. Deve-se extrair o material genético da amostra a ser estudada. Adicionar a DNA polimerase que ira catalisar a reação a partir da extencao dos primers Adicionar solução tampão, solução que contem ions diversos que otimizam as condições da reação Acrescentar MgCl2 usado como reagente para doar ions de Mg2+, que são cofatores indispensáveis para a atividade da enzima Adicionar os dNTPs - os primers são sintetizados quimicamente, define os limites alvo da emplificacao, sevem como ponto de inicio para a replicação. Permitem a copia das 2 cadeias simultaneamente nas duas direções Coloca-se então todos os componentes em um microtubo de ensaio e o coloca em um termociclador que possui como função fazer ciclos de temperaturas com tempos exatos para as seguintes reações da analise. Etapa 1: desnaturação – o termociclador ira elevar a temperatura, promovendo a separação das fitas duplas do DNA da amostra em 2 fitas simples, através da quebra das pontes de H Etapa 2: anelamento – cada fita semples serve de molde para a síntese de novas cadeiras complementares. Para isso o termociclador resfria, promovendo o anelamento dos primers as 2 fitas simplee, servindo de iniciadores para a DNA polimerase Etapa 3: extensão – o termociclador eleva a temperatura para a duplicação da fita. A enzima inicia após o final do primer, colocando os nucleotídeos livres na fita de DNA ligando-se por complementariedade, formando assim uma nova fita dupla Etapa 4: leitura – é realizado pela eletroforese em gel de agarose ou acrilamida. O tamanho dos poros permite a separação de fragmentos por peso ajustanto a concentração do gel Vantagens: capacidade de amplificar uma sequencia precisa de DNA, rápido, de baixo custo Limitações da técnica: necessidade de conhecer a sequencia de DNA especifica do MO para que possam sintetizar primers específicos, facilidade de contamincao da amostra, extencao limitada da sequencia e incorporação errônea das bases durante a replicação já que não tem função de reparo Principais usos: sequenciamento de genes e diagnostico de doenças hereditárias, identificação da impressão digital genética, diagnostico de doenças infecciosas, identificação de patógenos presentes em amostras, criação de organismos transgênicos.
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