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Resenha do livro: A entrevista clínica utilizando o DSM-IV.

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CENTRO UNIVERSITÁRIO TIRADENTES – UNIT
PSICOLOGIA
LAVÍNIA GUIMARÃES
RESENHA DE CITAÇÃO DIRETA
MACEIÓ-AL
2017
LAVÍNIA GUIMARÃES
RESENHA DE CITAÇÃO DIRETA
Resenha apresentada ao curso de psicologia, sob orientaç
ão do prof. 
Dalnei
 
Minuzzi
, como um dos 
pré requisitos
 pa
ra avaliação da disciplina de Psicopatologia I
.
MACEIÓ-AL
2017
OTHMER, E.; OTHMER, S. A entrevista clínica utilizando o DSM – IV – TR. PortoAlegre: Artmed, 2002. Cap.1 (Prólogo: Estrutura), p. 30 – 35.
 No primeiro capítulo do livro psicopatologia de Othmer & Othmer é apresentado dois estilos empregados pelos profissionais de saúde mental: o primeiro é aquele que está orientado para o insight denominado psicodinâmico, e aquele fundamentado na investigação dos sintomas classificado como descritivo. “A entrevista orientada para o insight tem origem no conceito de que conflitos profundos, freqüentemente com origem na infância tenta desvendar esses conflitos e trazê-los à consciência do paciente. Os métodos são os seguintes: interpretar as associações livres e os sonhos; detectar as ansiedades do paciente; confrontá-la com sua conduta interpessoal com o terapeuta e em relação às demais pessoas; identificar as defesas e analisar a resistência do paciente em discutir os seus conflitos. O terapeuta conduz a entrevista como duplo propósito de diagnosticar e tratar.” (p. 30) “A entrevista orientada para os sintomas tem origem no conceito de que as doenças psiquiátricas se manifestam por meio de um conjunto característico de sinais, sintomas e comportamentos, a meta da entrevista é classificar as queixas e as disfunções do paciente de acordo com a categoria diagnósticas definidas (pelos critérios do DSM – IV –TR). O método apoiado na investigação dos sintomas consiste em observar o comportamento do paciente e em motivá-lo a descrever seus problemas detalhadamente.” (p. 30) 
 O transtorno é manifestado de maneira diferente de um paciente para o outro, assim como os mecanismos que ele vai lidar com a situação e as respostas ao tratamento. No capítulo I do livro também ressalta que a co-morbidade dos transtornos de personalidade e o impacto das doenças em geral, do estresse e dos conflitos interpessoais complicam a adaptação e o prognóstico. Para não deixar de levar em conta esses fatores, o entrevistador que toma por base a investigação dos sintomas inclui, em um diagnóstico multiaxial, os problemas de retardo mental e os transtornos de personalidade, os problemas médicos em geral, os problemas psicossociais e ambientais e o funcionamento defensivo. Ambas as abordagens de entrevista são compatíveis e podem ser utilizadas conjuntamente de maneira eficaz. Com o relato de caso de Geórgia, podemos notar como o entrevistador utiliza cada abordagem de entrevista separadamente. A primeira etapa é fenomenológica da avaliação de Geórgia é direta e fácil. Ela tinha ideias persecutórias no passado. Às vezes, essas eram acompanhadas de sintomas vegetativos de depressão e de humor disfórico, mas jamais de alucinações. Desde que o neuroléptico foi descontinuado, quando ficou desempregada, ela recaiu e os delírios de perseguição voltaram. O quadro clínico de Geórgia preenchia os critérios para o diagnóstico de transtorno delirante (DSM-IV-TR 297.1). O caso de Geórgia demonstra para qual diagnóstico aponta seus sintomas e que prevê o retorno desses sintomas caso haja interrupção da medicação. Como também um demonstra que ela tem um superego forte e punitivo, que vai castigá-la quando ela errar, intencionalmente ou não. Uma interpretação psicodinâmica pode explicar o conteúdo do seu delírio, embora não possa, na ausência de neuroléptico, modificar a sua tendência a construir estas ideias em torno de acontecimentos estressantes e fatos do cotidiano. A ênfase na fenomenologia exige novo enfoque nas técnicas de entrevista, combinando um método orientado para o objetivo diagnóstico, de acordo com o DSM-IV-TR, com a avaliação dos sinais e sintomas em uma entrevista de psicodiagnóstico. À medida que vão aparecendo, no decorrer de toda a consulta, o paciente é avaliado em quatro dimensões: comunicação, que se refere à relação entre o entrevistador e seu paciente, ambos os tipos de entrevista diagnóstica enfatizam a importância de estabelecer, avaliar e manter a comunicação. O entrevistador avalia o funcionamento psicológico e psicossocial durante a entrevista e reconhece sua importância; diagnóstico, quanto mais o terapeuta conhece a respeito das capacidades e fraquezas do paciente, bem como de seu sofrimento, tanto mais habilitado estará para fornecer um diagnóstico adequado e preciso. Quanto mais experiente for e mais souber a respeito da doença, dos motivos desencadeantes e dos meios de adaptação, tanto mais habilitado estará para avaliá-los.

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