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TUBERCULOSE PULMONAR FUNDAMENTOS EM CARDIOLOGIA E PNEUMOLOGIA A UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI DAS MISSÕES - URI Discente: Giordana Weber História No Brasil, a TB foi introduzida com a vinda de jesuítas e colonos durante a colonização. Parte deles eram tuberculosos e vieram para o novo continente visando as qualidades climáticas tropicais, pois acreditavam que seria favorável ao processo de cura da doença. Tuberculose Segundo o último relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), a tuberculose é a doença infecciosa que mais mata jovens e adultos, ultrapassando o HIV/Aids. No Brasil são notificados aproximadamente 70 mil novos casos por ano, e ocorrem 4,6 mil mortes em decorrência da doença. Um dado que chama atenção é que, diariamente, morrem 13 brasileiros em média por tuberculose. Com isso, o país ocupa o 17º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. Formas de Tuberculose Duas formas representam uma ameaça particular para os seres humanos: M. tuberculosis (tuberculose humana); M. tuberculosis bovis (tuberculose bovina). As mico bactérias são bactérias aeróbicas alongadas, em forma de bastonete, que não produzem esporos. Etiologia O agente etiológico causador da TB, o Mycobacterium tuberculosis (MT) foi identificado em 1882, pelo pesquisador e bacteriologista alemão Robert Koch (1843-1910) É uma bactéria aeróbia estrita, em forma de bacilo, álcool-ácido-resistente (BAAR) Apenas 10% dos indivíduos expostos ao bacilo desenvolverão sintomas de tuberculose pulmonar. Nos 90% restantes, a bactéria é controlada pelo sistema imunológico, ficando inativa. Transmissão A TB pulmonar é transmitida no contato interpessoal: a inalação de aerossóis expelidos por indivíduos bacilíferos constitui a principal fonte de infecção, principalmente durante a tosse, a fala ou o espirro, que os liberam no ar, sob a forma de gotículas infectantes. A transmissão da tuberculose pulmonar pode ocorrer a partir de quatro principais fatores: Extensão da doença: uma pessoa tem mais chances de transmitir a bactéria para outra se os danos pulmonares forem muito extensos. Liberação das secreções respiratórias no ambiente por meio da fala, tosse ou espirro; Condições do ambiente: locais com pouca luz e mal ventilados são ideais para a proliferação da bactéria no ar e favorecem o contágio; Tempo e intensidade de exposição do indivíduo sadio com uma pessoa infectada. Sinais e Sintomas tosse persistente, produtiva ou não, com muco e, eventualmente, com sangue; febre vespertina; sudorese noturna; perda de apetite e emagrecimento. Já a TB extrapulmonar pode afetar qualquer órgão do organismo humano, apresentando manifestações clínicas multiformes, dependendo da origem étnica, da idade, da presença ou da ausência de doença subjacente, do genótipo do MT e do status imunológico. Na TB extrapulmonar, os sintomas variam, de acordo com os órgãos atingidos, podendo acometer, dentre outros, os rins, os ossos e as meninges, em função das quais se expressará clinicamente Fatores de Risco Infecção por HIV/AIDS; Diabetes; Insuficiência renal crônica; Câncer; Quimioterapia; Medicamentos usados para evitar a rejeição do organismo transplantado; Medicamentos prescritos para tratar artrite reumatoide, doença de Crohn psoríase; Desnutrição; Ter pouca idade ou idade avançada. Tuberculose Primária A tuberculose primária é uma forma da doença que se desenvolve em indivíduos previamente não expostos. Inicia-se em consequência da inalação de gotículas que contem o bacilo da tuberculose. A maioria das pessoas com tuberculose primária desenvolve infecção latente INALAÇÃO DE BACILOS DA TUBERCULOSE Tuberculose primária Resposta de hipersensibilidade mediada por células. Resposta inflamatória granulomatosa Complexo de Ghon Lesão dormente curada Em casos raros, a tuberculose pode provocar erosão de um vaso sanguíneo, dando origem a disseminação hematogênica. A tuberculose miliar descreve as minúsculas lesões, que resultam desse tipo de disseminação, podendo acometer praticamente qualquer órgão, sobretudo o cérebro, as meninges, o fígado, o rim e a medula óssea. Tuberculose Secundária A tuberculose secundária representa a reinfecção a partir de núcleos de gotículas inalados ou reativação de uma lesão primária cicatrizada. Os indivíduos com tuberculose secundária apresentam comumente febre baixa, sudorese noturna, fadiga fácil, anorexia, e perda de peso. Tosse seca Posteriormente produtiva, com escarro purulento e, algumas vezes, raiado de sangue Com o avanço da doença, ocorrem dispneia e ortopneia. Diagnóstico O diagnóstico de tuberculose começa com um exame físico, no qual o médico examinará os nódulos linfáticos do paciente em busca de sinais de inchaço e utilizará um estetoscópio para ouvir atentamente aos sons pulmonares produzidos durante a respiração. Exame de Sangue Este teste pode ser usado para diagnosticar tanto a tuberculose ativa quanto a tuberculose latente. Para realiza-lo, é utilizada uma tecnologia bastante sofisticada que mede a reação do sistema imunológico do organismo à presença da bactéria causadora da doença. Exames de Imagem Radiografia do tórax e a tomografia computadorizada. Esses testes podem mostrar a presença de manchas brancas ou outras alterações nos pulmões causadas pela tuberculose. Exame de Escarro Feito geralmente após os exames de imagem, o exame de escarro costuma ser recomendado especialmente depois que a radiografia ou a tomografia do tórax deram resultado positivo para tuberculose. Nesses casos, o médico recolhe uma amostra do escarro, que é o muco presente na tosse, e a envia para análise laboratorial. Tratamento pelo SUS A Tuberculose tem cura e o tratamento é gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Inclusive, a vacina BCG – administrada logo após o nascimento, previne contra as formas graves da doença na infância, mas não impede o adoecimento em outras fases da vida. Para êxito no tratamento, é importante que o paciente tome os medicamentos de forma regular (todos os dias) e no tempo previsto (mínimo de 06 meses). O abandono do tratamento é um dos principais desafios para o controle da tuberculose. Trata-se de uma situação grave e pode levar o doente à morte; além de manter a transmissão da doença e ocasionar o aparecimento de bactérias mais resistentes. Por outro lado, a pessoa em uso correto dos medicamentos não transmite a doença após 15 dias de tratamento, aproximadamente. Tratamento Fisioterapêutico A Fisioterapia Respiratória é a especialidade cuja evolução tem sido mais significativa pela ampla atuação desde as Unidades de Terapia Intensiva, quanto no atendimento de outros pacientes como pré e pós-operatórios e portadores de doenças respiratórias. O fisioterapeuta tem um papel primordial, atuando na prevenção das crises e durante estas, promovendo a desobstrução brônquica e a reexpansão pulmonar, otimizando a função pulmonar. A fisioterapia respiratória é utilizada para aplicar ao paciente uma reeducação respiratória, bem como as manobras de higiene brônquica evitando assim as crises. Compressão torácica Técnica utilizada para favorecer a expectoração, manualmente assistida consiste em realizar o movimento do reflexo de tosse com o auxilio do fisioterapeuta. Tem por objetivo aumento da pressão abdominal, direcionando uma compressão na região torácica ou próxima a região epigástrica, assim favorecendo a expectoração. Percussão torácica manual Manobra desobstrutiva associada a drenagem postural, porém esta técnica para alguns autores causa micro atelectasias e podem precipitar o broncoespasmo. Esta técnica é realizada com as mãos, esta deve estar em concha e se realiza apenas na expiração, sobre a zona que apresenta acúmulo de secreção com o tempo de realização de 3 a 5 minutos. Vibração torácica É a realização de uma contração isométrica dos músculos do fisioterapeuta que geram a vibração. Deve ser realizada na região de acumulo de secreção e na fase expiratória antecedida por uma inspiração profunda. Ela promove o deslocamento de secreções. Também podemos utilizar a vibração associada com a compressão, a então vibrocompressão. Objetivo é aumentar os índices de deslocamento de secreção. Ginga Manobra indicada para desobstrução brônquica e aumento da mobilidade do tórax e oxigenação pulmonar realizada no ato expiratório. Com as duas mãos espalmadas na região lateral do tórax, abaixo da axila, durante cada expiração o fisioterapeuta comprime para dentro e para baixo o tórax, deve ser realizada em toda extensão do gradil costal. Compressão descompressão torácica súbita Técnica que promove a desobstrução brônquica, favorecimento da expectoração e variação do fluxo expiratório. Realiza-se com o apoio das mãos e antebraço do fisioterapeuta na região inferior do tórax durante vários ciclos respiratórios, pedindo sempre ao paciente uma inspiração profunda para que no final da mesma bruscamente liberar as mãos próximo ao final dela. Prevenção Luz solar e ventilação contribuem para prevenir a tuberculose. A vacina BCG protege a criança contra as formas graves da doença. Importante: a melhor forma de evitar a transmissão da doença é fazer o tratamento de forma regular. Após 15 dias de uso dos medicamentos, a maioria dos pacientes com tuberculose não transmite mais a doença. Medidas de saúde pública - Diagnóstico precoce Em menos de duas semanas de tratamento adequado, o paciente já não transmite mais o bacilo. A melhoria das condições de vida Saneamento Habitação Manter hábitos de higiene adequados Alimentação adequada Pessoas que vivem em condições precárias, em aglomerados e má condição alimentar estão mais suscetíveis a contrair e desenvolver tuberculose. Referências Biblioteca Virtual em Saúde. Tuberculose. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/html/ptdicas/dica_tuberculose.php?Section=3&SubSection=1>. Acesso em: 10/05/2017 Passei Direto. Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/6502497/tuberculose-tratamento-fisioterapêutico>. Acesso em: 10/05/2017 INTER FISIO. Tuberculose Prevenção e Cura Disponível em: <http://interfisio.com.br/?artigo&ID=192&url=Tuberculose---Prevencao-e-Cura>. Acesso em 15 de Abril 2017. Saúde Minas Gerais. Tuberculose. Disponível em: http://saude.mg.gov.br/component/gmg/page/1568-tuberculose>Acesso e: 10/05/2017 PORTH, CAROL MATTSON. et al.; Fisiopatologia.v 1 ex 2, p 695-698, 2010. PORTAL DE SAUDE. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/tuberculose> Acesso e: 10/05/2017 Obrigada pela Atenção!
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