Buscar

Questões corrigidas

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

BÁRBARA SANTOS 
 
VALDIRENE MOTA 
 
 
 
 
 
 
PSICOLOGIA INSTITUCIONAL 
 
 
 
 
 
 
TURMA: N1 – 6° PERÍODO 
PROFESSOR: MAURICIO 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
JUNHO 2016 
 
 
 
 
 Este trabalho foi realizado com o objeto de obter nota complementar na matéria de 
Psicologia Institucional, ministrada pelo professor Mauricio. As questões escolhidas foram a 
de número 1, 6 e 8. 
 Para justificar a questão 1 foram usados os textos A Constituição Histórica da Doença 
Mental, autoria de Leonôra Maria Niquet Gonçalves e Sexualidade e poder de Foucault. A 
questão 2 foi embasada no texto A psicologia institucional de Bleger. Na questão três usamos 
os artigos a Reforma Psiquiátrica e o louco infrator: Novas Ideias e Velhas práticas, autoria 
de Ulysses Rodrigues de castro e A Pena de Castração Química em face dos princípios 
Constitucionais da Dignidade da Pessoa Humana e da Vedação de Penas Cruéis, desenvolvido 
por Daniele Aparecida Costa. 
 
 
1) “Nunca a psicologia poderá dizer a verdade sobre a loucura, já que está detém a 
verdade da psicologia” (Focault,1984) 
 
Resposta correta: A loucura tem seu cerne na construção social da ciência do século XVII. 
 
 Segundo Foucault no seu livro “Doença Mental e Psicologia” (1968), foi uma época 
relativamente recente que o Ocidente concedeu a loucura um status de doença mental. A 
virada do século XVIII para o século XIX é caracterizada como o momento privilegiado 
durante o qual se constitui a doença mental, ou a psiquiatria, como especialidade da medicina. 
O ponto de partida foi o estudo da histeria com Freud no final do século XIX. Para Foucault o 
supersaber possibilitou um estudo cientifico sobre a loucura que permitiu uma criação de uma 
psicologia. Segundo Foucalt no Texto Sexualidade e Poder o mecanismo de repressão já é a 
própria anulação do sujeito, pois tem um viés de exclusão e o inconsciente se constitui através 
destes mecanismos de proibição. 
 
6) Lapassade, ao pensar a atuação do psicólogo na área da Psicologia Institucional, 
afirma que, uma vez numa equipe (multidisciplinar) de uma instituição concreta, o 
psicólogo estará sempre muito distante daquela posição privilegiada de assessor ou 
consultor, para garantir a especificidade em sua intervenção, pois tudo que pode 
compreender ou analisar das relações instituídas estará sendo crivado pelo lugar que 
ocupa como: 
 
Resposta correta: Agente Institucional 
 
 De acordo com Bleger o Psicólogo institucional projeta sua tarefa em função do 
diagnóstico, sua tarefa não será a de resolver os problemas da instituição nem exercer as ações 
decididas pelo grupo. De acordo com Bleger (1984) o psicólogo deve agir fundamentalmente 
como assessor ou consultor (Agente Institucional= fazer parte de um grupo no qual ele opera) 
em instituições públicas ou privadas que tem frequentemente problemas de desajuste social, 
emocional e administrativo que travam a sua ação e eficiência. Somente desse lugar de agente 
institucional (assessor), o psicólogo poderá projetar sua tarefa em função de seu próprio 
diagnóstico e não em função do que lhe quiser determinar a direção e outros técnicos. 
 
 
8) Os defensores dos Direitos Humanos criticam, no âmbito do Direito Penal brasileiro, 
a seguinte decisão jurídica aplicada ao louco infrator: 
 
Resposta correta: Castração química 
 Para começarmos a falar sobre o tema, precisamos esclarecer a definição de Direitos 
Humanos: Direitos Humanos são os direitos e liberdades básicas de todos os seres humanos. 
Seu conceito também está ligado com a ideia de liberdade de pensamento, e de expressão, e a 
igualdade perante a lei. A ONU proclamou a declaração de Direitos Humanos, que é 
respeitada mundialmente, e afirma que todos os seres humanos nascem livres e iguais em 
dignidade e em direitos, dotados de razão e de consciência. 
 O método da castração química originou-se nos Estados Unidos, sendo a Califórnia o 
primeiro estado a utilizá-la, seguindo-se por Geórgia, Montana, Oregon e Wisconsin. Há 
estados como Flórida, Iowa e Louisian a que, além de aplicarem o método químico, também 
fazem uso da modalidade cirúrgica voluntária, onde há remoção dos testículos. 
(Salomão, 2011) 
 A Suécia, Noruega, Alemanha, Dinamarca e Polônia também se encontram no rol 
dos países adotantes da prática. Em todos os casos, a aplicação do método deve ser 
realizada com o consentimento do paciente. (Pitanga, 2008) 
 Segundo Magno (2007), pesquisas indicam que a reincidência de crimes sexuais 
contra crianças e adolescentes caem de 75% para 2% após a aplicação do hormônio 
feminino. Esse número tem justificado em alguns países a aplicação da castração 
química. 
 Aguiar (2007), explica que a castração pode ser física ou química. A primeira consiste 
na simples retirada dos órgãos reprodutores (no homem, o pênis e os testículos). Tem a 
característica marcante de ser irreversível, ou seja, o castrado fica permanentemente 
incapacitado. Já a castração química consiste na aplicação de hormônios femininos (o 
mais usado é o acetato de medroxiprogesterona) que diminuem drasticamente o 
nível de testosterona. Nesse caso, os efeitos se mantêm enquanto durar o tratamento. 
 A loucura é segundo a psicologia uma condição da mente humana caracterizada por 
pensamentos considerados anormais pela sociedade. É resultado de doença mental, quando 
não é classificada como a própria doença. Pode assim dizer que louco é um individuo cujo 
comportamento ou raciocínio denota alterações patológicas das faculdades mentais. Uma vez 
que a loucura retira do sujeito sua capacidade de responder por seus atos, tornando 
inimputável, o conceito de inimputabilidade, para o Direito Penal brasileiro é definido no seu 
art.26, quando o individuo , ao tempo da ação ou omissão criminosa, era incapaz de entender 
o caráter ilícito do fato ou de se determinar de acordo com tal entendimento (Brasil, Decreto 
lei nº 2.848, 1940 ). 
 Partindo do principio da Psicologia e do direito penal podemos concluir, que esse 
sujeito é perante a lei inimputável, ou seja não responde por si, não poderia de forma alguma 
ser aplicada esse tipo de punição. 
 Alguns textos mostram que parte da sociedade clama pela punição dos criminosos 
sexuais, principalmente os pedófilos. É compreensível a repugnância e o medo que este delito 
provoca, mas precisa ser analisado e compreendido que a pedofilia é uma doença, relacionada 
no Código Internacional de Doenças, estando relacionada como transtorno específico da 
personalidade, e a técnica não curaria o sujeito. Seria apenas uma medida punitiva a um 
sujeito inimputável. Segundo, Costa (2011) o que poderia ocorrer é a contenção da libido por 
um período em que esteja submetido ao tratamento, que logo teria que acabar, uma vez 
que não são toleradas penas de caráter perpétuo em nosso ordenamento jurídico, 
retornando, mais cedo ou mais tarde, a cometer os mesmos delitos ou até mesmo 
piores, pois o nível de testosterona ao fim do tratamento pode retornar em níveis muito 
superiores aos iniciais, aumentando, desta forma as fantasias e o numero de crimes. Desta 
forma, mesmo sob a ótica da sociedade, deixando de lado o bem-estar do indivíduo, a pena 
em si não seria satisfatória em longo prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas 
 
FOUCAULT, Michel. Sexualidade e Poder. Em Ética, Sexualidade, Política: Coleção 
Ditos& Escritos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006, 2 ed. 
 
GUIRADO, Marlene. A Psicologia Institucional de Bleger. Em Psicologia
Institucional. São 
Paulo. EPU, 2004, 2 ed. 
 
COSTA, Daniele Aparecida. A Pena de Castração Química em face dos princípios 
Constitucionais da Dignidade da Pessoa Humana e da Vedação de Penas Cruéis. 
http://docplayer.com.br/7053973-A-pena-de-castracao-quimica-em-face-dos-principios-
constitucion ais-da-dignidade-da-pessoa-humana-e-da-vedacao-de-penas-crueis.html. 
Acessado em 15-06-2016. 
 
CASTRO, Ulysses Rodrigues de. Novas Ideias e Velhas práticas. 
http://www.observasmjc.uff.br/psm/uploads/Reforma_psiqui%C3%A1trica_e_o_louco_infrat
or_novas_id%C3%A9ias_e_velhas_pr%C3%A1ticas.pdf. Acessado em 15-06-16. 
 
GONÇALVES, Leonôra Maria Niquet. A Constituição Histórica da Doença Mental. 
http://www.maiaprime.com.br/o-que-e-transtorno-mental/?gclid=Cj0KEQjwnIm7BRDS42Kx 
LS8-6YBEiQAfDWP6MmhgfnqadNe8ogyQb8ZK05QwSh9CEB_oxyrFuvdRqoaAjgP8 P8 
HAQ. Acessado em 15-06-16.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes