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TRABALHO EM GRUPO

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
PEDAGOGIA
ELYANA FRANCISCA PEREIRA VICENTE
ISABEL CRISTINA CERESINI BERTINI PENHA
 THAIS APARECIDA KNACK DA SILVA
 
 
 
 
 
 
 
CONTRIBUIÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA PARA A EDUCAÇÃO
 	
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
   
 
  
 
Cachoeiro de Itapemirim 
2016 
ELYANA FRANCISCA PEREIRA VICENTE
ISABEL CRISTINA CERESINI BERTINI PENHA
 THAIS APARECIDA KNACK DA SILVA
CONTRIBUIÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA PARA A EDUCAÇÃO
 
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas Organização e Didática nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental; Avaliação da Aprendizagem e Ação Docente; Ensino Ciências Naturais e Saúde Infantil; Educação de Jovens e Adultos; Prática Pedagógica Interdisciplinar; Ensinar e Aprender na Educação de Jovens; Estágio Curricular Obrigatório I; Educação Infantil; Seminário Interdisciplinar VI.
Prof. Tatiana Mota Santos Jardim; Patrícia Alzira Proscênio; Bruna Donato Reche; Andrea Zompero; Maurílio Bergamo; Taísa Grasiela G.L. Gonçalves; Vilze Vidote Costa; Okçana Battini; Marcia Bastos; Jackeline R.G. Guerreiro.
Cachoeiro de Itapemirim
2016
INTRODUÇÃO
A dengue é dita uma doença tropical, pois se alastra em maior proporção em países tropicais devido ao clima quente e úmido por isso, nesses países há uma maior necessidade de estudo de prevenção desta epidemia (FERREIRA, 2003) na população através de políticas de saúde mais adequadas para cada região. Além do clima, as condições socioambientais destes países também são favoráveis à proliferação do vetor transmissor da dengue. Estudos têm provado que o clima tem uma influência significante na distribuição do mosquito da dengue. O mosquito transmissor vive e aparece em ambientes com más condições de saneamento, interferindo juntamente com o clima outro fator básico para a fácil disseminação do agente vetor da dengue.
Atualmente existem duas formas de medidas de controle e profilaxia da dengue, sendo elas a mecânica e a química. No controle mecânico são realizadas ações práticas sem a inserção de produto ou material químico, eliminando os focos somente com a retirada dos materiais potencialmente com larvas ou mosquitos. Esse controle pode ocorrer através de visita dirigida às residências, por profissionais treinados; arrastões; mutirões de limpeza e delimitação de foco. Estas atividades agregam a finalidade de realizar atividades de controle e limpeza, com o objetivo de diminuir os focos de dengue. 
O controle químico, por sua vez, consiste na aplicação de produtos químicos, que podem variar de baixa a alta concentração nos locais de possível criação do vetor e, em suas proximidades, com doses já previamente determinadas. 
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. aspectos epidemiológicos da dengue
O vírus da dengue é um arbovírus do gênero Flavivírus e são conhecidos com quatro sorotipos denominados 1, 2, 3 e 4. Seus vetores hospedeiros são mosquitos do gênero Aedes. Nas Américas, a espécie Aedes aegypti é a responsável pela transmissão da dengue. 
A transmissão se faz pela picada da fêmea do Aedes aegypti,através do ciclo mosquito- homem - Aedes aegypti - homem. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento. A transmissão ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do homem, denominado de período de “viremia”. Este período começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o sexto dia da doença (FORATTINI, 2002).
A infecção por dengue causa uma doença cujo espectro inclui desde infecções imperceptíveis até quadros de hemorragia, podendo evoluir para o óbito. A Dengue em seu estágio normal (chamada dengue clássica) tem seu o quadro clínico é muito variável. A primeira manifestação é a febre alta (39° a 40°), de início rápido, seguida de cefaléia, mialgia, prostração, anorexia, náuseas, vômitos e prurido cutâneo. Alguns aspectos clínicos dependem, com frequência, da idade do paciente (LOZOVEI, 2001).
Para a confirmação da doença se faz necessária a devida comprovação laboratorial fazendo o isolamento do agente ou pelo emprego de métodos sorológicos. 
2.2. A dengue no brasil
A introdução do mosquito Aedes aegypti no Brasil aconteceu através dos navios negreiros. Porém, somente anos depois se começou a combater a dengue. Anteriormente, o foco era voltado para o combate a Febre Amarela, que em 1902, levou a morte de centenas de pessoas no país. Após esta epidemia, foi realizado um trabalho envolvendo cerca de 2.500 guardas sanitários, mas não obtiveram sucesso na erradicação do mosquito. Somente na era Vargas, houve uma luta nacional pela erradicação do Aedes aegypti. Obtendo sucesso o Brasil foi certificado como livre do mosquito causador da dengue (COSTA, 2001). Após a reintrodução da dengue no país, os métodos tradicionais utilizados não foram eficazes para o controle das doenças transmitidas por vetores, pois não houve uma participação efetiva do poder público em conjunto com a sociedade, além de o vetor estar com grande capacidade de adaptação aos ambientes urbanos (BRASIL, 2005). Mais uma vez esse fato vem comprovar que além das condições climáticas, os motivos sócio-políticos contribuíram para a disseminação mais rápida da doença no país.
Durante o ano de 2016, após muitos estudos decorrentes da situação alarmante no país em relação à dengue, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou em julho a liberação da primeira vacina contra a dengue no Brasil. Chamada de Dengvaxia e produzida pelo laboratório francês da Sanofi Pasteur a custo de R$ 132,76 e R$ 138,53. Essa vacina poderá ser aplicada em pacientes de 9 anos a 45 anos, que deverão tomar três doses subcutâneas com intervalo de seis meses entre elas. 
2.3. DENGUE NO ESPÍRITO SANTO
A incidência de infecção pelo vírus da zika e pela dengue está caindo no Espírito Santo. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SESA), entre dias 12 e 18 de junho, foram apenas 2 notificações de zika. Quanto aos registros de dengue das últimas quatro semanas, 96% das cidades capixabas aparecem com baixa incidência. Isso se deve ao esforço que o Estado vem fazendo para combater a doença. Entre 3 de janeiro e 18 de junho de 2016, foram notificados 48.712 casos de dengue no Espírito Santo. Destes, 563 são suspeitos da forma grave, 19 são mortes confirmadas e 18 são mortes sob investigação.
	O Programa Estadual de Controle da Dengue (PECD) da Secretaria de Estado da Saúde registrou no ano de 2015, 46.798 casos de dengue, e em 2016, até a 13ª semana, 35.440 casos de dengue, o que equivale a uma incidência de 1.204,57/100.000 habitantes em 2015 e 901,08/100.000 habitantes em 2016. Verifica-se um aumento de 717,15%, comparado ao mesmo período de 2015, quando foram registrados 4.337 casos até a semana epidemiológica. Num aspecto mais detalhado, podemos também observar o quantitativo de casos notificados na região Sul do Espírito Santo. A região apresenta o maior município do Sul (Cachoeiro de Itapemirim). 
2.4. EDUCAÇÃO EM SAÚDE
A implementação da saúde nas escolas se tornou obrigatória através do artigo 7º da lei 5.692 de 1971, e que por essa lei as ações de saúde eram estabelecidas por meio dos programas de saúde nas escolas de Ensino Fundamental e Médio, com o objetivo de estimular o conhecimento e a prática da saúde básica e da higiene. Na época, os programas de saúde tinham um forte caráter higienista, diferenciando dos objetivos primordiais da educação em saúde.
A transversalidade na educação pode ser entendida como uma maneira de elaborar e executar o currículo em que a disposição tradicional da dispersão curricular por disciplinas é substituída por uma dispersão de saberes e competências que atravessa interceptando todo o currículo.
Em relação ao ensinar saúde, os atuais documentos de ensino, demonstram que o foco acaba sendo o tratamento de conceitos que fundamentaram a proposta clássica de inserção
dos programas de saúde, limitados à disciplina de ciências naturais. Além disso, mostram o quão insuficiente é o ensino de saúde como forma de garantir uma abordagem de conteúdos relativos aos procedimentos e atitudes necessários à promoção da saúde.
As experiências mostram que transmitir informações a respeito do funcionamento do corpo e das características das doenças, bem como de um elenco de hábitos de higiene, não é suficiente para que os alunos desenvolvam atitudes de vida saudável.
3. OBJETIVOS
3.1. OBJETIVO GERAL
Elaboração de plano de aula orientado para a Educação em Saúde, com foco na dengue.
3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Levantar as possíveis causas para o crescimento da Dengue no entorno da comunidade escolar.
Apontar possíveis associações entre a Dengue e os problemas de saúde pública.
Indicar medidas profiláticas adequadas que devem ser tomadas para o combate a Dengue.
4. METODOLOGIA
A área de estudo está localizada no município de Cachoeiro de Itapemirim, interior da porção sul do estado do Espírito Santo no qual será realizado um projeto para uma turma de 4º ano do Ensino Fundamental I. A escola escolhida será a EMEI “Nossa Senhora das Graças”, localizada no bairro Aeroporto. A escola está localizada na periferia da cidade e atende aproximadamente cerca de 400 alunos nos turnos matutino e vespertino.
O Plano de Aula está organizado da seguinte maneira:
Tema: “Dengue: Esse mosquito não vai me pegar! ”
Público Alvo: Alunos do turno matutino do 4º ano do Ensino Fundamental I
Tempo: 2 horas
Objetivo:
Enfatizar a importância de conservar o ambiente para evitar a dengue.
Objetivos específicos:
Elencar situações na qual a dengue é um perigo;
Associar a realidade escolar e do aluno com as possíveis causas do aparecimento da dengue;
Apontar as medidas mais adequadas que seriam eficientes para eliminar os casos de dengue, levando em consideração a realidade escolar do aluno.
Referencial Teórico
A dengue é um dos principais problemas de saúde pública, matando cerca de 20 mil pessoas em todo o mundo. No Brasil, ela é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti fêmea, portadora do vírus dessa doença. Dentre seus principais sintomas estão: dor no corpo, manchas avermelhadas pelo corpo, dor atrás dos olhos e febre alta. 
Para combatê-la é necessário evitar água parada, uma vez que o mosquito se reproduz nesses locais. A conscientização da população é de suma importância, pois não basta apenas uma pessoa combater os focos de transmissão, todos devem fazer a sua parte. Deste modo, o ensino das características, transmissão, sintomas, tratamento e prevenção da doença são necessários para que os alunos sejam disseminadores do conhecimento e transformem as comunidades onde vivem.
Metodologia
Iniciar a aula com a reprodução do zumbido de um pernilongo para que tentem adivinhar que som é esse. A professora deve neste momento iniciar o tema da aula com o barulho do zumbido e fornecendo dicas aos alunos. Após, em roda de conversa, mostrar a gravura de um mosquito e conversar   sobre eles, principalmente o mosquito da dengue, como eles se reproduzem, as doenças que transmitem como evitar a contaminação e demais informações. Será apresentado o teatro de fantoches. As crianças receberão sacos pequenos de TNT que serão transformados em fantoches de mosquito da dengue e agente de saúde.
Após o momento será assistida a animação “Anima dengue”, da Fundação Oswaldo Cruz, seguida da discussão sobre as formas de prevenção da doença.
Posteriormente, os alunos receberão orientação sobre uma atividade onde terão que localizar e desenhar possíveis focos de transmissão do Aedes aegypti contidos na sala (previamente preparados pela professora antes do início da aula). E a seguir deverão registrar em forma de texto, quantos focos foram encontrados e descrever quais foram esses focos e quais as medidas a serem tomadas para evitar e eliminar esses focos. Ao final da aula as crianças levarão para casa os textos informativos e os fantoches confeccionados. 
Recursos
Serão utilizados na aula os seguintes materiais:
Gravuras de pneus com água, garrafas, lixo, mosquito da dengue.
Computador com caixa de som
Painel para teatro de fantoches
Fantoches para teatro
Sacos de TNT coloridos e pretos
Material de pintura
Papel e tesoura
Avaliação
Os alunos serão avaliados no decorrer das aulas pela participação e interesse pelo conteúdo, assim como pelo comportamento, respeito e cooperação com os demais colegas através da confecção das atividades propostas. Conceitualmente serão avaliados através dos seguintes instrumentos: avaliação diagnóstica escrita, mapa conceitual e produção de desenho.
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
A questão da saúde deve ser sempre interpretada como aquisição de saberes aos alunos e que devem estar atreladas à realidade local. Considerando que em uma escola que está localizada na periferia de uma das maiores cidades do centro sul do estado do Espírito Santo, e que em boa parte das ocasiões nem todas as necessidades básicas são atendidas, torna-se evidente que podem ser tomados como temas inúmeros questões sociais. 
O objetivo maior da elaboração deste plano de aula é questionar que a dengue está intrinsecamente relacionada aos hábitos da população e falta de acesso ao saneamento básico por meio de dinâmicas e atividades lúdicas que permitam que os alunos busquem a reflexão de medidas adequadas para que estes problemas sejam sanados.
6.BIBLIOGRAFIA
BRASIL – Ministério da Saúde. Investigação de surto de Síndrome Neurológica Pós-Histórico de Dengue em municípios do estado de Rondônia: Nov/2004 -Fev/2005. Nota Técnica. Brasília, 2005. 
COSTA, M. A. R. A Ocorrência do Aedes aegypti na Região Noroeste do Paraná: um estudo sobre a epidemia da dengue em Paranavaí – 1999, na perspectiva da Geografia Médica. 2001. 214 p. Dissertação (Mestrado em Institucional em Geografia). Universidade Estadual Paulista - Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí, Presidente Prudente. 
FORATTINI, O.P. Culicidologia Médica. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, Vol 2, 860p. 2002.
LOZOVEI, AL. 2001. Culicídeos (Mosquitos). In: MARCONDES, CB. Entomologia Médica e Veterinária, Editora Atheneu, São Paulo.
SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO- SESA. Boletim Epidemiológiconº01-2016, semana 13-2016.
TEIXEIRA, M.G.L.C. Dengue e Espaços Intra-Urbanos: Dinâmica de Circulação Viral e Efetividade de Ações de Combate Vetorial. 2000. 189 p. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva). Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia, Salvador. 
7. ANEXO
O MOSQUITÃO – DRAMATIZAÇÃO (para o teatro de fantoches)
Narrador: Era uma vez uma cidadezinha bonita, tranquila, cheia de gente feliz! As casinhas eram tranquilas, a floresta era tranquila, as ruas eram tranquilas, tudo estava em ordem e em seu lugar! Até que um dia.…
Entra em cena uma mãe, trazendo o filhinho pelo braço. (Fazer uma fachada escrito HOSPITAL no cenário):
- Alguém me ajude! Meu filhinho está muito mal!
O médico aparece:
- Calma senhora! O que ele está sentindo?
- Está com febre, dor de cabeça, vômitos, dor de barriga, dor no corpo todo, chorando sem parar!
- Venha, vamos ajudá-lo!
De repente, entram no hospital algumas mães, todas com os filhos chorando muito.
Narrador: O que está acontecendo? Essa cidade era tão tranquila!
Entra o mosquito da dengue, batendo as asas e dizendo assim:
__ Era tranquila! Porque agora não é mais! Eu cheguei e vou picar todo mundo! Vou picar a cidade inteirinha até todo mundo ficar doente.
(Narrador) - Nossa! Quem será esse? 
(Mosquitão) - Não, eles não sabem!
(Narrador) - Crianças, quem é esse mesmo? Como é o nome dele?
Entram agentes de saúde.
- Ah, achamos você! Vamos acabar com você seu mosquitão!
(Mosquitão) - Duvido! Eu sei nascer de novo, sabia? Posso nascer de novo ali naquele pneu jogado no cantinho do seu quintal,
naquelas garrafinhas ali que acumularam água da chuva e você nem ligou! Posso nascer de novo ali naquelas latinhas cheias de água gostosa e limpinha! Vai ser difícil você acabar comigo!
- Vamos! Vamos pegar o mosquito!
O mosquitão sai correndo.
_Gente, calma! Não é assim! Vamos convocar a cidade inteira para ajudar! Unidos, iremos conseguir!
Saem. Enquanto toca uma música, entra a população e vão pregando panfletos, virando garrafas e latas, colocando terra em plantas com água etc.
O mosquitão entra feliz, gritando:
- Quanta gente para eu picar! Estou com uma fome!
- Mas... O que vocês estão fazendo? Onde estão as minhas latinhas com água? Os meus pneuzinhos? Onde estão as plantinhas com água? E agora? Onde vou colocar os meus ovinhos? Eu vou picar todos vocês por causa disso!
Os agentes de saúde correm atrás do mosquitão e ele sai correndo e gritando:
- Pensando bem, eu vou embora daqui! Essa cidade está muito limpinha, nem tem água parada! Que cidade horrível! 
E assim, a cidadezinha voltou a ser tranquila! E os moradores aprenderam a sua lição: Que não deveriam juntar lixo nos quintais onde pudesse se acumular água parada e deveriam sempre se preocupar com isso, caso contrário, o mosquitão voltaria!
Autor do Texto: Adaptação de Liza Freitas.

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