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RESUMOS RAÍZES DO BRASIL SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA CAPÍTULO 6 O autor de princípio atesta o quanto nós, brasileiros, possuímos uma profunda dificuldade em pensar além de nós mesmos, caracterizando uma sociedade extremamente individualista. Em decorrência desse fato, nós deparamos com atividades que não exigem muito esforço crítico, sendo apenas peças, em fator disso temos poucos que se dizem ou são intelectuais, e a esses cabe apenas reproduzir doutrinas muitas vezes contrárias, mas que dispõem de palavras bonitas. Devido tão pouco interesse, nós deparamos com atividades profissionais que não exercidas por vontade ao cargo, ou por amor a profissão, mas sim como meros acidentes que tem em seu fim sua própria realização, que muitas vezes é apenas financeira - nesse ponto traz a questão que em outros povos vemos uma profissão levada quase que como religião. Em seguida, o autor traz a noção que nós brasileiros, não somos homens de nossa profissão, mas sim apenas almejamos alcançar cargos altos de forma rápida, tal situação leva a reflexão que exercemos diversos postos sem exercer nenhum. Associado a tal fato, o autor traz a ideia de que quase nenhuma outra terra (salvo os EUA) caiu na praga do bacharelismo, onde, cada vez mais formam-se nas faculdades, mas pouco exercerão sua profissão que consta no diploma. Talvez, essa situação, pelo autor, seja um ranço colonial do país. Ainda nesse âmbito observa-se o quanto as profissões liberais foram vangloriadas no Brasil e em diversos países da América, principalmente pelo fato social e econômico. Por conseguinte o autor revela a crítica que a posição de ser bacharel, doutor, possuir um emprego público, condiz exatamente com o pensando do que é sabedoria para o povo brasileiro: é aquilo que não faz pensar, que é imóvel, que não muda, não flexiona, não produz inquietação. Ser sábio no Brasil é possuir estabilidade, é se contentar com uma frase lapidar ou com uma palavra escrita, é não pensar criticamente, é dispensável trabalho mental, isso seria a verdade essência de sabedoria para o brasileiro. Mediante a essa visão, Sérgio defende a ideia que por tal fator de sabedoria o Brasil se encaixou bem na escola positivista, visto que a mesma aplicava a imutabilidade0 e inflexibilidade porém qualquer pessoa de bom senso deveria se opor a isso. Associado a tal fato, o autor declara que o Brasil passa ainda por uma adolescência social e política, vendo que os positivistas são apenas um exemplo da raça extremamente imatura nesse sentido. O Brasil, assim como os positivistas, trouxe para si um sistema complexo e acabado de preceitos, sem nem mesmos identificar como se encaixaria aqui, ou como seria aplicado nem mesmo exercendo as mudanças cabíveis. Em decorrência o autor traz a simplória ideia de que a democracia no Brasil não passa de um mero mal entendido, ao ponto, para adequar os moldes do Velho Mundo onde mais lhe era conveniente a elite brasileira implementou a democracia onde lhe era favorável. Em seguida, observamos um mundo brasileiro onde não houve participação popular na maioria das lutas, ou pelo, não houve participação intelectual popular nas mesmas, se vê como exemplo a proclamação da república que para muitos brasileiros foi ato de surpresa. Segue falando de como a literatura brasileiro se ateu apenas a falar sobre o que já sabíamos: pessimismo, morrer de amores. Ela poderia ter sido mais forte, mais crítica, tendo poucos representantes nisso. Entretanto defende que essa ideia só confirma o pensamento da época (ou até hoje) do quanto somos indiferentes a nossa conjuntura social. Devido tal fato ainda observamos a ideia de que nos dedicamos aos livros, ao Rebeca Araújo estudo do mundo ficcional, procurando algo mais belo e mais doce que a realidade, esquecendo daquilo que nos rodeia e nos constrói socialmente, esquecemos da vida. Damos título de intelectual aquele que diz que lê, mas o autor questiona como essa leitura é importante se não é aplicada a sociedade? Qual o sentido de viver apenas no plano fictício? Associado a tal fato vemos como nossa sociedade ainda é associada mentalmente a uma missão nitidamente conservadora e imperial, tal fato pode ser visto em: ideia de que talento nasce apenas com a pessoa, sendo portador apenas de um dom; a ideia de que palavras robustas indicam intelectualidade. Segue afirmando que, como muitos locais no mundo, ainda temos ideias parciais que são ditas como obrigatórias, nesse sentido discorre sobre a idealização que uma alfabetização em massa solucionaria todos os problemas do Brasil, dizendo a seguinte afirmação é falsa, visto que estaríamos dando uma arma de fogo nas mãos de um cego. Sérgio continua afirmando que é ilusão daqueles que acham que os pensamentos coloniais estão diminuindo, mas atesta que nossa sensibilidade sobre eles está diminuindo. Ante esse raciocínio, o autor acrescenta que o Brasil possuiu e ainda possui uma ideia que devemos crescer de fora para dentro, devemos procurar aprovação nos outros invés de fortalecer nossas raízes, assim nascemos uma nação com vergonha da nossa história. Rebeca Araújo
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