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Aula de conceitos básicos em Parasitologia

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INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA 
 
Wendell Marcelo de Souza Perinotto 
Maio/2017 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO 
DA BAHIA 
MEDICINA VETERINÁRIA 
CCA 425 - PARASITOLOGIA VETERINÁRIA 
ENFERMIDADES PARASITÁRIAS 
IMUNOLOGIA EPIDEMIOLOGIA 
TAXONOMIA 
MORFOLOGIA BIOLOGIA 
PARASITOLOGIA 
TRATAMENTO PROFILAXIA 
CCA – 425: PARASITOLOGIA VETERINÁRIA 
ETIMOLOGIA 
Parasitos 
Para= ao lado, junto de + sítos= alimento 
Parasitismo: uma relação íntima e duradoura em que uma 
das espécies, o parasito, usa a outra, o hospedeiro, como 
hábitat, do qual obtém nutrientes. 
INTRODUÇÃO 
 Relacionamento entre os seres vivos 
 - Relação parasito-hospedeiro 
 
• Inter-específicas 
» Positivas ou Harmônicas 
 
 
 
» Negativas ou Desarmônicas 
IMPORTÂNCIA 
Associações Positivas 
 
• Comensalismo – associação entre duas 
espécies, onde uma obtém vantagens 
sem causar prejuízos para a outra; 
http://meioambiente.culturamix.com/ 
Associações Negativas 
• Parasitismo 
– Unilateralidade de 
benefícios; 
 
– Hospedeiro passa a 
constituir o meio ecológico 
onde vive o parasita; 
 
– Ocorre dependência 
metabólica de grau 
variável; 
Necator americanus 
http://microwikiwau.wikispaces.com/Necator+americanus 
Parasitismo 
Principais grupos de parasitos 
• Artrópodes; 
• Helmintos; 
• Protozoários. 
 
Artrópodes 
Dipteros 
Aedes aegypti 
Ácaros 
Sarcoptes scabiei 
Phthiraptera 
Pediculus humanus 
Fonte: http://diagnosticparasitology.blogspot.com.br/ 
Helmintos 
Cestódeos: 
Taenia sp. 
Nematódeos 
Ascaris sp. 
Trematódeos 
Fasciola hepatica 
Fonte: http://diagnosticparasitology.blogspot.com.br/ 
Protozoários 
Trichomonas foetus 
Leishmania sp. 
Plasmodium falciparum 
Fonte: Pinheiro et al, UFMG 
Regras Internacionais de Nomenclatura 
Zoológica 
• visa impedir confusões na designação científica dos 
animais uniformizando-a. 
• Tem como ponto de partida a 10a edição do Systema 
Naturae de Carl von Linné (Linnaeus), 1758. 
• Nomes latinos ou latinizados: 
- grupos superiores são uninominais; 
- binominais para espécies; 
- trinominais para sub-espécies e variedades (var.); 
- Radicais dos gêneros mais as desinências: 
- Oidea; 
- Idae; 
- Inae. 
Itálico ou 
sublinhado 
 Quando uma espécie é reclassificada, o nome e data 
do seu autor são escritos entre parênteses e a seguir, 
o nome do autor que propôs a nova classificação, com 
a respectiva data. 
Regras Internacionais de Nomenclatura 
Zoológica 
• Rhipicephalus (Boophilus) microplus (Canestrini, 1888) 
Murrel; Barker, 2003 
Regras Internacionais de Nomenclatura 
Zoológica 
Lei da prioridade; 
 
Homenagens (homem = i; mulher = ae) 
- Oswaldo Cruz; 
- Joana; Maria. 
Classificação dos parasitos 
 Segundo o local do parasitismo 
 
• Endoparasitos: 
Permanecem no interior do 
organismo hospedeiro. Ex.: 
helmintos. 
 
Toxocara canis 
• Ectoparasitos: 
Permanecem na superfície 
corpórea do hospedeiro, na 
pele, pêlos e cavidades 
naturais. Ex: piolhos 
 
Pediculus sp. 
• Periódicos ou provisórios: 
somente são parasitos em uma 
fase do desenvolvimento, na 
qual espoliam continuamente o 
hospedeiro. Ex.: pulgas, 
Dermatobia . 
 Segundo o tempo de duração do parasitismo 
Dermatobia hominis- Berne Demodex canis. 
• Permanentes: passam a 
vida, em todos os seus 
estágios, espoliando o 
hospedeiro. Ex.: ácaros do 
gênero Demodex, piolhos. 
Classificação dos parasitos 
•Temporários ou intermitentes - realizam somente parte de seu 
desenvolvimento no hospedeiro ou se utilizam dele 
periodicamente para alimentação ou abrigo. Ex.: insetos 
hematófagos. 
 Segundo o tempo de duração do parasitismo 
Aedes aegypti 
Classificação dos parasitos 
Triatoma infestans 
• Obrigatórios: parasitos incapazes de viver fora do 
hospedeiro. Ex.: Toxoplasma gondii, Plasmodium sp. 
Classificação dos parasitos 
 Quanto a necessidade de uma vida parasitária 
Cisto de Toxoplasma gondii Plasmodium falciparum 
 
• Facultativos: parasitas que podem alternar ciclos de vida 
livre e parasitária. Ex.: larvas de moscas da família 
Sarcophagidae, Rhabditis bovis. 
Classificação dos parasitos 
 Quanto a necessidade de uma vida parasitária 
Larvas de Sarcophagidae Larvas rabiditiformes 
• Acidental: organismo que pode 
ser tornar um parasita de um 
hospedeiro (não habitual) em 
condições especiais. Ex.: 
Dipylidium caninum parasitando 
crianças. 
 
 
Fonte: Adaptado de Celso Martins Pinto - Roteiro de Estudos de Parasitologia e Doenças Parasitárias em Medicina Veterinária, 2006 
Classificação dos parasitos 
 Quanto a necessidade de uma vida parasitária 
Classificação dos parasitos 
 Quanto a exigência nutritiva 
• Estenotrófico: nutre-
se apenas de um 
tecido. Ex: Anopheles 
darlingi 
• Euritrófico: nutre-se 
de mais de um tipo de 
tecido. Ex: Cochliomyia 
hominivorax 
Anopheles darlingi Cochliomyia hominivorax 
Fonte: http://www.doxologia.ro/lumea-crestina/crestinii-lupta-impotriva-febrei-hemoragice 
• Estenoxenos: (stenos: estreito) afetam somente uma 
espécie hospedeira (ex.: Taenia saginata) ou um grupo de 
espécies muito próximas (ex. Plasmodium em primatas). 
 
 
 
 
Classificação dos parasitos 
 Especificidade parasitária 
http://nossomeioporinteiro.wordpress.com/category/zoologia-e-
embriologia/invertebrados/grupos-mais-simples/platelmintos/ 
• Eurixenos – (eurys: largo, amplo) apresentam ampla 
variedade de hospedeiros (ex.: Toxoplasma gondii) 
 Especificidade parasitária 
http://www.simposiumvet.pt/Outrosconteudos/ConteudosSimposiumDetails?pk_cont=122&indexheade
r=4 
• Monoxeno: Parasitos exigem somente um hospedeiro, sem 
necessidade de hospedeiro intermediário. Ex.: Rhipicephalus 
microplus 
 
 
 
 
 
 
Classificação dos parasitos 
 Tipo de ciclo biológico 
www.unitins.br 
 Tipo de ciclo biológico 
• Heteroxeno: as formas evolutivas são encontradas em 
mais de um hospedeiro (hospedeiro intermediário e 
hospedeiro definitivo). Ex.: Trypanosoma cruzi 
Fonte: http://www.ecb.epm.br/~sschenkman/ 
 
• Normal: o parasita se encontra em determinado segmento, 
órgão ou tecido de seu hospedeiro e, somente assim, 
completa seu ciclo biológico. Ex: Tritrichomonas foetus – trato 
geniturinário. 
 
 
Classificação dos parasitos 
 Quanto ao hábitat 
 Quanto ao hábitat 
• Extraviado (errático): pode ocorrer em outro 
hospedeiro e fora do seu habitat natural. Ex.: Toxocara 
canis, parasita do intestino delgado de cães, parasita o 
homem como larva migrans visceral e ocular. 
Lesão ocular 
Fonte: ahttp://www.revoptom.com/handbook/IMAGES/oct02_sec5_fig7.jpg 
Classificação dos hospedeiros 
• Definitivo: é o que apresenta o parasito em fase sexual; 
Exemplo: Homem – Schistosoma mansoni; 
 
• Intermediário – é o que apresenta o parasito em fase 
assexuada. Exemplo: Biomphalaria - Schistosoma mansoni. 
•Hospedeiro: é o organismo que alberga o parasito. 
http://aprenderaaprender.webnode.com.br/album/invertebrados1/ciclo-do-schistosoma-7-jpg/ 
• Paratênico (ou de transporte) - tipo de hospedeiro 
intermediário no qual o parasita não sofre desenvolvimento, 
mas permanece encistado até que hospedeiro definitivo, o 
ingira. 
Exemplo: Toxocara canis. 
TIPOS DE VETORES 
• Vetor: é o veículo que transmite o parasito entre dois 
hospedeiros. 
 
• Vetor biológico: é quando o parasito se multiplica ouse 
desenvolve no vetor. Ex: Trypanosoma cruzi – Triatoma 
infestans. 
 
• Vetor mecânico: quando o parasito não se multiplica e nem se 
desenvolve no vetor, este simplesmente serve de transporte. Ex: 
Tunga penetrans carreando esporos de fungos. 
 
T. penetrans Tripomastigotas em barbeiro 
TIPOS DE VETORES 
• Vetor inanimado ou fômite: quando o parasito é 
transportado por objetos. Ex: agulhas, espéculos, etc. 
Espéculo Seringa e agulha 
Sobrevivência e permanência do parasita 
 Infectividade: capacidade de instalar-se no hospedeiro; 
 
 Patogenicidade: é a capacidade de um agente infeccioso 
provocar lesões no hospedeiro; 
 
 Virulência: medida pela intensidade e velocidade que o agente 
causa as lesões no hospedeiro; 
 
 Resistência: capacidade do parasito em sobreviver fora do 
organismo do hospedeiro; 
 
 Persistência: capacidade do parasito de permanecer em uma 
população de hospedeiros; 
 
 
 Dependem dos seguintes fatores relacionado agente 
etiológico: 
AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO 
• Ação expoliadora: O parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue 
do hospedeiro. Ex: Ancylostoma caninum 
• Ação tóxica: Alguns parasitos produzem enzimas ou metabólitos 
que podem lesar o hospedeiro. Ex: Anaplasma marginale 
• Ação mecânica: Alguns parasitos podem impedir o fluxo de 
alimento, bile ou absorção alimentar. Ex: Toxocara canis 
• Ação traumática: Provocada, principalmente, por formas larvárias 
de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam 
capazes de fazê-lo. Ex: larvas de Haemonchus; 
• Ação irritativa: A presença constante do parasito irrita o local 
parasitado, sem produzir lesões traumáticas. Ex: Balantidium sp. 
• Período pré-patente: tempo que decorre a partir da 
penetração/ingestão do estágio infectante do parasito no 
hospedeiro até o aparecimento de ovos, larvas ou oocistos 
(formas jovens iniciais) da geração seguinte. 
 
 
Conceitos epidemiológicos 
http://giardiasabendoeaprendendo.blogspot.com.br/2013/06/qual-e-o-ciclo-de-vida-da-giardia.html 
Exemplo: Giardia sp. 
PPP: 7 - 21 dias 
 
• Período de incubação: tempo que transcorre desde o 
contágio até a aparição dos primeiros sintomas da doença. 
2 semanas a 3 meses 
Exemplo: Leishmaniose Tegumentar Americana 
http://imunovet5.blogspot.com.br/2010/08/leishmaniose.html 
Fonte: Adaptado de Celso Martins Pinto - Roteiro de Estudos de Parasitologia e Doenças Parasitárias em Medicina Veterinária, 2006 
Conceitos epidemiológicos 
• Fonte de infecção (FI) : Organismo vertebrado onde o 
agente pode sobreviver e multiplicar-se. Modalidades de 
fontes de infecção: doentes, portadores, reservatórios. 
Tolypentis sp. Rhodnius sp. Pessoa com Doenças 
de Chagas 
•Porta de entrada (PE) : Via pela qual o parasita penetra 
no novo hospedeiro (pele, mucosas, via oral, trato gênito-
urinário). A entrada pode ser passiva ou ativa 
Lesão por Tunga penetrans Alimentos contaminados: via oral 
Fonte: Adaptado de Celso Martins Pinto - Roteiro de Estudos de Parasitologia e Doenças Parasitárias em Medicina Veterinária, 2006 
• Via de eliminação (VE): É o meio ou veículo pelo qual o 
parasita é eliminado da fonte de infecção (secreções, 
excreções, sangue, exsudatos/descargas purulentas, 
descamações epiteliais, leite, placenta). 
Fezes 
Exemplos: 
Ascaris lumbricoides, Giardia sp. 
 
 
 
• Via de transmissão (VT): É o meio ou veículo pelo qual o 
parasita alcança o novo hospedeiro (água, ar, poeiras, solo, 
fômites, alimentos, hospedeiros intermediários, vetores). 
Alimentos e água contaminados Vetor 
Fonte: Adaptado de Celso Martins Pinto - Roteiro de Estudos de Parasitologia e Doenças Parasitárias em Medicina Veterinária, 2006 
• Profilaxia: é o conjunto de medidas que visa a 
prevenção, erradicação ou controle de doenças ou fatos 
prejudiciais aos seres vivos.

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