Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MORFOLOGIA DO SOLO Luciano da Silva Souza CCA 281 – Fundamentos do Solo I Fundamentos do Solo I – 2016.I (T02) Mensagem da aula M or fo lo gi a do s ol o O solo apresenta características externas próprias (morfologiamorfologia) que precisam ser estudadas e descritas com critério, uma vez que, a partir delas, se tem uma visão integrada do visão integrada do solo na paisagemsolo na paisagem, além de que algumas delas permitem inferências inferências sobre o comportamento do solo em sobre o comportamento do solo em relarelaçção ao uso agrão ao uso agríícolacola (Santos et al., 2005). Objetivo Conceituar solo, definir morfolo- gia do solo e tecer considera- ções sobre a descrição morfoló- gica de perfis de solo. M or fo lo gi a do s ol o CONCEITO DE SOLOCONCEITO DE SOLO M or fo lo gi a do s ol o Solo Histórico ● Fino manto sobre a superfície da Terra M or fo lo gi a do s ol o ● Uma das quatro matérias básicas do Universo, juntamente com o fogo, a água e o ar. ● A concepção do solo como meio de crescimento das plantas deve ter sido a fase imediatamente seguinte. Histórico M or fo lo gi a do s ol o ● A natureza do solo assumiu um significado direto na vida do homem quando ele deixou de colher seus alimentos de forma extrativista e passou a produzi- los, mudança que ocorreu há cerca de 9.000 anos. Histórico M or fo lo gi a do s ol o Conceito de solo ● Fatores de formação do solo – é um corpo natural independente constituído de materiais minerais e orgânicos, organizados em camadas e, ou organizados em camadas e, ou horizonhorizon-- testes resultantes da aresultantes da açção de fatores de ão de fatores de formaformaççãoão, com destaque para a ação biológica e climática sobre um determina- do material de origem (rocha, sedimentos orgânicos etc.) e numa determinada condição de relevo, através do tempo. M or fo lo gi a do s ol o Conceito de solo ● Ciência do solo – é a superfície não consolidada que recobre as rochas e mantêm a vida animal e vegetal na Terra, sendo resultante da ação conjugada de agentes de intemperismo sobre os materiais preexistentes de natureza mineral e orgânica. É constituído de camadas que diferem entre si pela natureza física, química, mineralógica e biológica, que se desenvolvem no tempo, sob influência do clima e da própria atividade biológica. M or fo lo gi a do s ol o Conceito de solo M or fo lo gi a do s ol o É uma coleção de corpos naturais, constituídos por partes sólidas, líquidas e gasosas, tridimensionais, dinâmicos, formados por materiais minerais e orgânicos, que ocupa a maior parte do manto superficial das extensões continentais do nosso planeta, contém matéria viva e pode ser vegetado na natureza onde ocorre e, eventualmente, ter sido modificados por interferências antrópicas (SANTOS et al., 2013). Conceito de solo e aplicação ● Engenharia de minas – detrito que cobre as rochas ou minerais a serem explorados; portanto, deve ser eliminado. M or fo lo gi a do s ol o ● Engenharia civil – será o material que irá ser escavado, compactado etc. ● Agricultura – importância relaciona- da com sua capacidade produtiva. Funções do solo M or fo lo gi a do s ol o Meio para o Meio para o crescimento das crescimento das plantasplantas Suprimento e Suprimento e purificapurificaçção de ão de áágua na naturezagua na natureza Meio para obras Meio para obras de engenhariade engenharia Habitat para Habitat para organismos vivosorganismos vivos Ambiente para Ambiente para reciclagem de reciclagem de resresííduosduos Modificador Modificador da atmosferada atmosfera SOLOSOLO Funções do solo M or fo lo gi a do s ol o Meio para o Meio para o crescimento das crescimento das plantasplantas Suprimento e Suprimento e purificapurificaçção de ão de áágua na naturezagua na natureza Meio para obras Meio para obras de engenhariade engenharia Habitat para Habitat para organismos vivosorganismos vivos Ambiente para Ambiente para reciclagem de reciclagem de resresííduosduos Modificador Modificador da atmosferada atmosfera SOLOSOLO ● Suporte físico para as raízes e para o crescimento das plantas ● Fornecimento de ar ● Fornecimento de água ● Suprimento dos nutrientes essenciais ● Amenizar as flutuações de temperatu- ra do solo ● Proteção das plantas contra substân- cias fitotóxicas Meio para o crescimento das plantas M or fo lo gi a do s ol o ● Suporte fSuporte fíísico para as rasico para as raíízes e para o zes e para o crescimento das plantascrescimento das plantas ● Fornecimento de ar ● Fornecimento de água ● Suprimento dos nutrientes essenciais ● Amenizar as flutuações de temperatu- ra do solo ● Proteção das plantas contra substân- cias fitotóxicas Meio para o crescimento das plantas M or fo lo gi a do s ol o ● Suporte físico para as raízes e para o crescimento das plantas ● Fornecimento de arFornecimento de ar ● Fornecimento de água ● Suprimento dos nutrientes essenciais ● Amenizar as flutuações de temperatu- ra do solo ● Proteção das plantas contra substân- cias fitotóxicas Meio para o crescimento das plantas M or fo lo gi a do s ol o ● Suporte físico para as raízes e para o crescimento das plantas ● Fornecimento de ar ● Fornecimento de Fornecimento de ááguagua ● Suprimento dos nutrientes essenciais ● Amenizar as flutuações de temperatu- ra do solo ● Proteção das plantas contra substân- cias fitotóxicas Meio para o crescimento das plantas M or fo lo gi a do s ol o Meio para o crescimento das plantas M or fo lo gi a do s ol o ● Suporte físico para as raízes e para o crescimento das plantas ● Fornecimento de ar ● Fornecimento de água ● Suprimento dos nutrientes essenciaisSuprimento dos nutrientes essenciais ● Amenizar as flutuações de temperatu- ra do solo ● Proteção das plantas contra substân- cias fitotóxicas Meio para o crescimento das plantas M or fo lo gi a do s ol o ArAr e e ááguagua:: ● C, H e O Meio para o crescimento das plantas M or fo lo gi a do s ol o Solo:Solo: ● CCáátionstions: Ca, Mg, N (NH4+) e K; Zn, Cu, Mn, Fe e Ni ● ÂnionsÂnions: N (NO3-), P (H2PO4-, HPO42-) e S (SO42-); B, Cl e Mo ● Suporte físico para as raízes e para o crescimento das plantas ● Fornecimento de ar ● Fornecimento de água ● Suprimento dos nutrientes essenciais ● Amenizar as flutuaAmenizar as flutuaçções de ões de temperatutemperatu-- rara do solodo solo ● Proteção das plantas contra substân- cias fitotóxicas Meio para o crescimento das plantas M or fo lo gi a do s ol o ● Suporte físico para as raízes e para o crescimento das plantas ● Fornecimento de ar ● Fornecimento de água ● Suprimento dos nutrientes essenciais ● Amenizar as flutuações de temperatu- ra do solo ● ProteProteçção das plantas contra ão das plantas contra substânsubstân-- ciascias fitotfitotóóxicasxicas Meio para o crescimento das plantas M or fo lo gi a do s ol o Foto: J.E.B. de CarvalhoFoto: J.E.B. de Carvalho Solo ideal ou solo fSolo ideal ou solo féértilrtil é aquele que é capaz de fornecer ááguagua, arar, calorcalor e nutrientesnutrientes às plantas, no momento e na medida em que elas necessi- tam (Marcos, 1982).M or fo lo gi a do s ol oMeio para o crescimento das plantas Para produzir bem as Para produzir bem as plantas cplantas cíítricas precisam de:tricas precisam de: ● água ● ar ● calor ● nutrientes Raízes M or fo lo gi a do s ol o Meio para o crescimento das plantas Funções do solo M or fo lo gi a do s ol o Biomassa e Biomassa e M.O. M.O. Part Partíículas do culas do solo solo Atm os fer a d o Atm os fer a d o so lo so lo ÁÁg ua do so lo gu a d o s olo AtmosferaAtmosfera (O2, CO2, N2,...) BiosferaBiosfera (Plantas, animais, microrganismos,...) LitosferaLitosfera (Rochas, minerais, sedimentos...) HidrosferaHidrosfera (Água e substâncias dissolvidas) Solo ou Solo ou pedosferapedosfera Brady e Weil (2008) MORFOLOGIAMORFOLOGIA DO SOLODO SOLO M or fo lo gi a do s ol o 4 Solo autautóóctonectone Rocha alterada Rocha intactaM or fo lo gi a do s ol o Conceito de solo 4 Solo alalóóctonectone M or fo lo gi a do s ol o Conceito de solo M or fo lo gi a do s ol o Mineralogia da fração argila Mineralogia da fração argila M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Mineralogia da fração argila Eluviação/Iluviação M or fo lo gi a do s ol o Podzolização M or fo lo gi a do s ol o Gleização M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o A morfologiamorfologia do solodo solo permite a identificação do solo no campo, permitindo estabelecer prelimi- narmente a classeclasse do solodo solo, fazer considerações sobre a sua gênesegênese e obter indicações sobre as qualidades ou limitações para o usouso agragríícolacola. Manual de campo M or fo lo gi a do s ol o Pedon Rocha Pedon Polipedon M or fo lo gi a do s ol o Pedon, perfil e solum Pedon 0 30 60 90 100 O A E C Bt BC Perfil Solum M or fo lo gi a do s ol o O A C B Pedon Perfil Solum Pedon, perfil e solum M or fo lo gi a do s ol o Profundidade de perfil para estudo Valor arbitrário de 200 cm para a profundidade do perfil, exceto: M or fo lo gi a do s ol o ● quando o horizonte A tiver 150 cm 300 cm; ouou ● quando tiver horizonte A + E igual ou maior que 200 cm 400 cm. Horizontes do solo M or fo lo gi a do s ol o Horizonte do solo Horizonte do solo –– seção de constituição mineral ou orgânica, localizada na superfície do terreno ou em profundidade e aproximadamente paralela à superfície, parcialmente exposta no perfil e dotada de propriedades geradas por processos formadores do solo que lhe conferem características de interrelacionamento com outros horizontes componentes do perfil, dos quais se diferencia em virtude da diversidade de proprieda- des resultantes da ação da pedogênese. Processos gerais Adições Adições Perdas Transportes Transformações Remanejos mecânicos Perdas M or fo lo gi a do s ol o Processos específicos ● Latolização ● Argiluviação ● Podzolização ● Gleização ● Salinização ● Calcificação ● Turbação...M or fo lo gi a do s ol o Horizontes do solo M or fo lo gi a do s ol o Horizonte O (orgânico)Horizonte O (orgânico) ● Porção superficial dos solos ● Essencialmente orgânico, com material parcialmente fresco ou em decomposição ● Entre 20% e 30% de matéria orgânica, dependendo do tipo de solo (mais argiloso ou mais arenoso) ● O1 – folhas soltas e restos em decomposição (liteira) ● O2 – restos orgânicos em decomposição ou já decompos- tos, em fase de humificação. Horizontes do solo M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Horizonte AHorizonte A ● Ganho de matéria orgânica oriunda do horizonte O ● Solo mais arenoso ● Intensa atividade orgânica ● Mais submetido a variações climáticas ● Mostra perda evidente de argila e óxidos de ferro e alumínio ● Eluviação. Horizontes do solo M or fo lo gi a do s ol o Horizonte EHorizonte E ● Cor mais clara ● Eluviação ● Mostra perda evidente de argila, óxidos de ferro e alumínio e húmus para o horizonte B. Horizontes do solo A E EB Bt Argissolo M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Horizonte BHorizonte B ● Solo residual maduro ● Máximo desenvolvimento de cor e estrutura ● Concentração iluvial de argila, óxidos de ferro e alumínio e húmus, combinados ou isolados ● Não é encontrada estrutura ou textura da rocha original ● Fonte de material argiloso para a construção (jazida). Horizontes do solo M or fo lo gi a do s ol o Horizonte CHorizonte C ● Camada de material não consolidado ● Decomposição da rocha mãe (saprolito) ● Não é encontrada matéria orgânica. Horizontes do solo M or fo lo gi a do s ol o Horizonte RHorizonte R ● Rocha matriz. Horizontes do solo M or fo lo gi a do s ol o Horizontes do solo ● Solos pouco desenvolvidos: Solos pouco desenvolvidos: A, A, C, R C, R ou A, RA, R ● Solos intermediSolos intermediáários: A, Bi, C, Rrios: A, Bi, C, R ● Solos bem desenvolvidos: A, B, Solos bem desenvolvidos: A, B, C, R C, R ou A, E, B, C, RA, E, B, C, R Neossolo M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Horizontes do solo ● Solos pouco desenvolvidos: A, Solos pouco desenvolvidos: A, C, R C, R ou A, RA, R ● Solos intermediSolos intermediáários: rios: A, Bi, C, RA, Bi, C, R ● Solos bem desenvolvidos: A, B, Solos bem desenvolvidos: A, B, C, R C, R ou A, E, B, C, RA, E, B, C, R Cambissolo M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Horizontes do solo ● Solos pouco desenvolvidos: A, Solos pouco desenvolvidos: A, C, R C, R ou A, RA, R ● Solos intermediSolos intermediáários: A, Bi, C, Rrios: A, Bi, C, R ● Solos bem desenvolvidos: Solos bem desenvolvidos: A, B, A, B, C, R C, R ou A, E, B, C, RA, E, B, C, R Latossolo M or fo lo gi a do s ol o A E EB Bt Argissolo M or fo lo gi a do s ol o Tempo Sistemas de classificaSistemas de classificaçção de solosão de solos MaturidadeMaturidade ● Solos pouco evoluSolos pouco evoluíídos: dos: NeossolosNeossolos ● Solos intermediSolos intermediáários: rios: CambissolosCambissolos ● Solos muito evoluSolos muito evoluíídos: dos: LatossolosLatossolos M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Horizontes do solo - sufixos ● pp – indicação de aração ou outras pedotur- bações. Ex.: ApAp Lapão - BA Lapão - BA ApAp Gleização M or fo lo gi a do s ol o BgBg M or fo lo gi a do s ol o Horizontes do solo - sufixos ● pp – indicação de aração ou outras pedotur- bações. Ex.: ApAp ● gg – horizonte gleizado, com cores acinzenta- das. Ex.: BgBg Podzolização M or fo lo gi a do s ol o Bhir M or fo lo gi a do s ol o Horizontes do solo - sufixos ● pp – indicação de aração ou outras pedotur- bações. Ex.: ApAp ● gg – horizonte gleizado, com cores acinzenta- das.Ex.: BgBg ● hh – acumulação iluvial de matéria orgânica e de óxidos de ferro. Ex.: BhirBhir Cambissolo M or fo lo gi a do s ol o BiBi M or fo lo gi a do s ol o Horizontes do solo - sufixos ● pp – indicação de aração ou outras pedotur- bações. Ex.: ApAp ● gg – horizonte gleizado, com cores acinzenta- das. Ex.: BgBg ● hirhir – acumulação iluvial de matéria orgânica e de óxidos de ferro. Ex.: BhirBhir ● ii – desenvolvimento incipiente do horizonte. Ex.: BiBi A E EB BtBt Argissolo M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Horizontes do solo - sufixos ● pp – indicação de aração ou outras pedotur- bações. Ex.: ApAp ● gg – horizonte gleizado, com cores acinzenta- das. Ex.: BgBg ● hh – acumulação iluvial de matéria orgânica e de óxidos de ferro. Ex.: BhirBhir ● ii – desenvolvimento incipiente do horizonte. Ex.: BiBi ● tt – acumulação de argila silicatada iluvial ou formada in situ em horizontes B. Ex.: BtBt Mineralogia da fração argila M or fo lo gi a do s ol o LAxLAx M or fo lo gi a do s ol o Horizontes do solo - sufixos ● pp – indicação de aração ou outras pedotur- bações. Ex.: ApAp ● gg – horizonte gleizado, com cores acinzenta- das. Ex.: BgBg ● hh – acumulação iluvial de matéria orgânica e de óxidos de ferro. Ex.: BhirBhir ● ii – desenvolvimento incipiente do horizonte. Ex.: BiBi ● tt – acumulação de argila silicatada iluvial ou formada in situ em horizontes B. Ex.: BtBt ● xx – cimentação aparente reversível em hori- zontes B e C. Ex.: LAxLAx M or fo lo gi a do s ol o Profundidade e espessura dos horizontes M or fo lo gi a do s ol o Profundidade dos horizontes: Horizonte A - 0-28 cm Horizonte E - 28-61 cm Horizonte EB - 61-78 cm Horizonte B - 78-110 cm Espessura dos horizontes: Horizonte A - 28 cm Horizonte E - 22-33 cm Horizonte EB - 17-28 cm Horizonte B - 32 cm A E EB B Profundidade e espessura dos horizontes Grau de transição M or fo lo gi a do s ol o Grau ou nitidez Faixa de separação (cm) Abrupta < 2,5 Clara 2,5 – 7,5 Gradual 7,5 – 12,5 Difusa > 12,5 Forma de transição M or fo lo gi a do s ol o Plana Ondulada Irregular Descontínua M or fo lo gi a do s ol o Profundidade dos horizontes: Horizonte A - 0-28 cm Horizonte E - 28-61 cm Horizonte EB - 61-78 cm Horizonte B - 78-110 cm Espessura dos horizontes: Horizonte A - 28 cm Horizonte E - 22-33 cm Horizonte EB - 17-28 cm Horizonte B - 32 cm A E EB Bt Forma de transição M or fo lo gi a do s ol o Profundidade dos horizontes: Horizonte A - 0-18 cm Horizonte Bi - 18-38 cm Horizonte Cr - 38-91 cm Horizonte R - 91-150+ cm Espessura dos horizontes: Horizonte A - 18 cm Horizonte Bi - 20 cm Horizonte Cr - 6-112+ cm Horizonte R - 59-106+ cm A Bi Cr R R Forma de transição COR DO SOLOCOR DO SOLO M or fo lo gi a do s ol o Carta de cores M or fo lo gi a do s ol o Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o Caderneta de Munsell: matiz, valor e croma Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o ● Matiz – refere-se à proporção relativa entre as cores vermelha e amarela. Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o 5R 7,5R 10R 2,5YR 5YR 7,5YR10YR 2,5Y 5Y 0 25 50 75 100 0 25 50 75 100 Pe rc en ta ge m Pe rc en ta ge m Matiz Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o 10R 2,5Y 7,5YR 5Y 5YR2,5YR 10YR Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o Solos vermelhos Solos amarelos Solos vermelho- amarelos 10R 2,5Y 7,5YR 5Y 5YR2,5YR 10YR Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o ● Solos amarelos matiz 10YR ou mais amarelo ● Solos vermelhos matiz 2,5YR ou mais vermelho ● Solos vermelho-amarelos matiz intermediário (5YR e 7,5YR) Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o ● Valor ou tonalidadeValor ou tonalidade – refere- se à luminosidade relativa da cor, variando verticalmente, no sentido descendente, de um mmááximo de 10 (branco)ximo de 10 (branco) até o mmíínimo de 0 (preto)nimo de 0 (preto) Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o 10YR ● Cores mais Cores mais clarasclaras – valor entre 5 e 10 ● Cores mais Cores mais escurasescuras – valor entre 5 e 0 Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o ● CromaCroma ou intensidade de ou intensidade de saturasaturaççãoão – refere-se à pureza relativa do espectro de cores em relação ao cinza, aumentando da esquerda (cromacroma 0 = cores 0 = cores cinzentascinzentas) para a direita (cromacroma 8 = menor propor8 = menor proporçção de cinza, ão de cinza, tornando a cor mais puratornando a cor mais pura). Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o 10YR Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o 10YR 10YR 5/6 10YR 4/6 Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o Cor do solo M or fo lo gi a do s ol o Inferências a partir da cor:Inferências a partir da cor: ● Matéria orgânica ● Tipos de óxidos de ferro ● Drenagem ● Fertilidade em geral cor escura cor acinzentada ou presença de mosqueados fixação de P (cor vermelha e amarela); maior fertilidade (cor mais vermelha) hematita (cor vermelha), goethita (cor amarela), forma reduzida de Fe (cor cinza) TEXTURA DO SOLOTEXTURA DO SOLO M or fo lo gi a do s ol o Textura do solo M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Textura do solo M or fo lo gi a do s ol o ● Areia (2,0Areia (2,0--0,05 mm)0,05 mm) – sensação de aspereza; não plástica e não pegajosa quando molhada; grãos simples quando seca Textura do solo ● SilteSilte (0,05(0,05--0,002 mm) 0,002 mm) – sensação de sedosidade; ligeiramente plástica e não pegajosa quando molhada ● ArgilaArgila – sensação de sedosidade; plástica e pegajosa quando molhada Textura do solo Fí si ca d o so lo Textura do solo M or fo lo gi a do s ol o ESTRUTURA DO SOLOESTRUTURA DO SOLO M or fo lo gi a do s ol o Estrutura M or fo lo gi a do s ol o É o padrão de agrupamento ou arrumação das partículas primárias do solo (areia, silte e argila) em unidades estruturais secundárias compostas denominadas agrega- dos, separados entre si por superfícies de fraquezas. Estrutura M or fo lo gi a do s ol o SOLOS SOLOS SEMSEM E E COMCOM ESTRUTURAESTRUTURA Solta: grãos simplesSolta: grãos simples MaciMaciççaa SEM ESTRUTURASEM ESTRUTURA COM ESTRUTURACOM ESTRUTURA Com agregadosCom agregados Conceito pedológico Slide gentilmente cedido pelo Prof. Joelito de Oliveira Rezende M or fo lo gi a do s ol o ● Do ponto de vista morfológico e genético (Pedologia) – refere- se à maneira como a massa do solo se rompe pela aplicação de uma força. Conceito pedológico M or fo lo gi a do s ol o ESTRUTURA DO SOLO Ponto de vista da Ponto de vista da PedologiaPedologia Conceito pedológico Slide gentilmente cedido pelo Prof.Joelito de Oliveira Rezende Do ponto de vista da Do ponto de vista da PedologiaPedologia, a estrutura , a estrutura éé definida em fundefinida em funçção da ão da formaforma ((tipotipo), ), tamanhotamanho ((classeclasse) e ) e grau de nitidez grau de nitidez dos agregados dos agregados contidos contidos em uma amostra de terra em uma amostra de terra retirada do perfil do solo.retirada do perfil do solo. Tipos de estrutura do solo M or fo lo gi a do s ol o Tipos de estrutura do solo EsferoidalEsferoidal Característica de ho- rizontes superficiais (A), estando sujeita a amplas e rápidas alterações. LaminarLaminar Comum em horizontes E, mas pode ocorrer em qualquer parte do perfil. Freqüentemente herdada do material de origem ou causada por compactaççãoão.. Granular (porosa) Grumosa (muito porosa) Fonte: Brady & Weil (2008). Tipos de estruturaTipos de estrutura Blocos Comum em horizonte B (pode ocorrer no A), principalmente de solos de regioes húmidas. BlocosBlocos Comum em horizontes B, particularmente em regiões úmidas. Pode ocorrer em horizontes A. Blocos angulares Blocos subangulares Fonte: Brady & Weil (2008). Tipos de estruturaTipos de estrutura Tipos de estrutura do solo Blocos Comum em horizonte B (pode ocorrer no A), principalmente de solos de regioes húmidas. PrismasPrismas Usualmente encontrada em horizontes B, sendo mais comum em solos de regiões árida e semi- árida. ColunarColunar (topos arredon- dados) PrismPrismááticatica (topos planos e angulares) Fonte: Brady & Weil (2008). Tipos de estruturaTipos de estrutura Tipos de estrutura do solo Tipos de estrutura do solo M or fo lo gi a do s ol o Prismática Colunar Classes de estruturaClasses de estrutura Fonte: IBGE (2007). Classes de estrutura do solo Graus de estruturaGraus de estrutura Fonte: IBGE (2007). Graus de estrutura do solo Avaliação da estrutura do solo AvaliaAvaliaçção da estrutura do ão da estrutura do solo no camposolo no campo M or fo lo gi a do s ol o Granular ESTRUTURA: GRANULAR Slide gentilmente cedido pelo Prof. Joelito de Oliveira Rezende M or fo lo gi a do s ol o Tipos de estrutura do solo Angulares Slide gentilmente cedido pelo Prof. Joelito de Oliveira Rezende ESTRUTURA: BLOCOS M or fo lo gi a do s ol o Tipos de estrutura do solo Subangulares ESTRUTURA: PRISMÁTICA MUITO GRANDE Slide gentilmente cedido pelo Prof. Joelito de Oliveira Rezende M or fo lo gi a do s ol o Tipos de estrutura do solo MUITO GRANDE ESTRUTURA: PRISMÁTICA COLUNAR Slide gentilmente cedido pelo Prof. Joelito de Oliveira Rezende M or fo lo gi a do s ol o Tipos de estrutura do solo ESTRUTURA: PRISMÁTICA COLUNAR M or fo lo gi a do s ol o Tipos de estrutura do solo ESTRUTURA: PRISMÁTICA COLUNAR M or fo lo gi a do s ol o Tipos de estrutura do solo ESTRUTURA: PRISMÁTICA COLUNAR M or fo lo gi a do s ol o Tipos de estrutura do solo ESTRUTURA: PRISMÁTICA COLUNAR M or fo lo gi a do s ol o Tipos de estrutura do solo Solo idealSolo ideal Macroporos Microporos Agregados Solo compactadoSolo compactado Atributos do solo e estrutura M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o ● Movimentação da água ● Transferência de calor ● Aeração ● Densidade do solo ● Porosidade ● Resistência do solo à penetração das raízes ● Modificações físicas: estrutura X textura Atributos do solo e estrutura CONSISTÊNCIA DO SOLOCONSISTÊNCIA DO SOLO M or fo lo gi a do s ol o Consistência M or fo lo gi a do s ol o ● Manifestação das forças físicas de coesão entre partículas do solo e de adesão entre as partículas e outros materiais, conforme a variação da umidade ● É importante para descrever o comportamento mecânico do solo Coesão – é originária das forças físicas entre partículas do solo, quando ele está seco. Adesão – é definida pelas forças físicas resultantes da atração entre o solo e outros materiais, quando ele está úmido. Conceito M or fo lo gi a do s ol o Umidade, coesão e adesão C on si st ên ci a Estado de conteúdo de água Coesão Seco Adesão Muito molhadoÚmido Molhado Saturado 100 % 0 Fonte: Reichert et al. (2010) M or fo lo gi a do s ol o Consistência M or fo lo gi a do s ol o ● Estado seco: dureza ● Estado úmido: friabilidade ● Estado molhado: plasticidade e pegajosidade ● Estado saturado: fluidez Dureza ou tenacidade M or fo lo gi a do s ol o Friabilidade M or fo lo gi a do s ol o Limite de plasticidadeLimite de plasticidade Plasticidade Fonte: Klein (2008) M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Slide gentilmente cedido pelo Prof. Joelito de Oliveira Rezende Tenacidade Plasticidade Pegajosidade Pegajosidade Pegajosidade M or fo lo gi a do s ol o Slide gentilmente cedido pelo Prof. Joelito de Oliveira Rezende Fluidez do solo M or fo lo gi a do s ol o Slide gentilmente cedido pelo Prof. Joelito de Oliveira Rezende Fluidez e erosão do solo M or fo lo gi a do s ol o Consistência M or fo lo gi a do s ol o ● Solo seco Consistência M or fo lo gi a do s ol o Consistência M or fo lo gi a do s ol o ● Solo seco – solta; macia; ligeiramente dura; dura; muito dura; e extremamente dura Consistência M or fo lo gi a do s ol o ● Solo úmido Consistência M or fo lo gi a do s ol o Consistência M or fo lo gi a do s ol o ● Solo úmido – solta; muito friável; friável; firme; muito firme; e extremamente firme Consistência M or fo lo gi a do s ol o ● Solo molhadoSolo molhado: –– PlasticidadePlasticidade Consistência M or fo lo gi a do s ol o Consistência M or fo lo gi a do s ol o ● Solo molhadoSolo molhado: –– PlasticidadePlasticidade – não-plástica; ligeiramente plástica; plástica; muito plástica Consistência M or fo lo gi a do s ol o ● Solo molhadoSolo molhado: –– Pegajosidade Consistência M or fo lo gi a do s ol o Consistência M or fo lo gi a do s ol o ● Solo molhadoSolo molhado: –– Pegajosidade – não-pegajosa; ligeiramente pegajosa; pegajosa; e muito pegajosa Consistência M or fo lo gi a do s ol o Fatores que afetam a consistência: ● Umidade ● Textura ● Atividade da argila ● Matéria orgânica M or fo lo gi a do s ol o Duro ou tenaz Friável Plástico e pegajoso Líquido Significado agrícola da consistência Umidade Isabella Clerici de Maria Significado agrícola da consistência M or fo lo gi a do s ol o Significado agrícola da consistência M or fo lo gi a do s ol o Significado agrícola da consistência M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Duro ou tenaz Friável Plástico e pegajoso Líquido Significado agrícolada consistência Umidade Com pac tad o Slide gentilmente cedido pelo Prof. Joelito de Oliveira Rezende M or fo lo gi a do s ol o Significado agrícola da consistência M or fo lo gi a do s ol o Duro ou tenaz Friável Plástico e pegajoso Líquido Significado agrícola da consistência Umidade Como saber o momento Como saber o momento certo?certo? Significado agrícola da consistência M or fo lo gi a do s ol o Significado agrícola da consistência M or fo lo gi a do s ol o Significado agrícola da consistência M or fo lo gi a do s ol o Umidade Duro ou tenaz Friável Plástico e pegajoso Líquido Significado agrícola da consistência M or fo lo gi a do s ol o Significado agrícola da consistência M or fo lo gi a do s ol o M or fo lo gi a do s ol o Significado agrícola da consistência Umidade Duro ou tenaz Friável Plástico e pegajoso Líquido ● Objetivo ● Conceito de solo ● Processos de formação e classes de solo: Latolização, Argiluviação, Podzolização, Gleização, Salinização, Neossolo, Cambissolo. ● Morfologia do solo: pedon, perfil e solum; horizontes; cor; textura; estrutura; porosidade; e consistência. Resumo da aula M or fo lo gi a do s ol o Bibliografia recomendada IBGE. Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais (Rio de Janeiro, RJ). Manual técnico de pedologia. 2. ed. Rio de Janeiro: 2007. 323p. LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002. 178 p. MONIZ, A. C. Elementos de pedologia. São Paulo: Polígono, 1972. 334 p. SANTOS, R. D. dos; LEMOS, R. C. de; SANTOS, H. G. dos; KER, J. C.; ANJOS, L. H. C. dos. Manual de descrição e coleta de solo no campo. Viçosa: Sociedade Brasileira Ciência do Solo, 2005. 100 p. M or fo lo gi a do s ol o ATRIBUTOS ATRIBUTOS FFÍÍSICOSSICOS DO SOLODO SOLO Luciano da Silva SouzaLuciano da Silva Souza CCA 281 – Fundamentos do Solo I Fundamentos do Solo I – 2016.I (T02) PrPróóxima aula:xima aula:
Compartilhar