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RESUMO AV1 JURISDIÇAO

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RESUMO DE JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL
Inconstitucionalidade:
Natureza jurídica da norma inconstitucional: Inexiste (é nula ou anulável) Existem dois posicionamentos:
Nulidade -> EUA -> Marbury X Madson -> Marshall (1803) -> Teoria da nulidade ->Natureza declaratória -> Eficácia Ex Tunc (teoria adotada no Brasil = efeitos retroativos).
*Essa teoria sustentou que a declaração de inconstitucionalidade gera a nulidade da lei ou ato normativo da lei, objeto de controle. Deste modo a declaração de inconstitucionalidade gera a invalidade da norma desde a sua origem, razão pela qual produz efeitos retroativos (Ex Tunc)
Anulabilidade -> Hans Kelsen -> A inconstitucionalidade gera a anulabilidade -> Natureza constitutiva -> Eficácia Ex Nunc. Essa teoria sustenta que a declaração de inconstitucionalidade produzirá efeitos prospectivos (Ex Nunc). A tese de Kelsen se justifica na presunção de constitucionalidade das Leis e Atos Normativos, bem como em razões de interesse social, segurança jurídica e justiça.
Na prática há uma modulação entre a nulidade e a anulabilidade, ou seja, dependendo do tempo pode retroagir por menos tempo, por isso há a modulação dos efeitos, com base na boa fé de terceiros, na proteção da confiança, na teoria da aparência, na segurança jurídica etc. Além do mais o ART.27 da Lei 9868/99 consolidou definitivamente a flexibilização da teoria da nulidade no sistema brasileiro de controle de constitucionalidade.
Regra -> Teoria da nulidade 
Efeitos -> Retroativos 
Natureza da decisão -> Declaratória
Teoria da nulidade opera no plano da validade e da anulabilidade no plano da eficácia.
Art.52, X, CF.
ESPÉCIES DE INCONSTITUCIONALIDADE:
Formal:
Orgânica: lei ou ato normativo infraconstitucional violam regra de competência da constituição. 
Para o Professor Luiz Roberto Barroso, a inconstitucionalidade por vício de iniciativa legislativa caracteriza a hipótese de inconstitucionalidade formal orgânica. Já para o Professor Pedro Lenza sustenta que se trata de hipótese de inconstitucionalidade formal procedimental.
Propriamente dita ou procedimental: a lei infraconstitucional é editada em violação ao processo legislativo.
Material: De conteúdo ou substancial: Há uma incompatibilidade entre o conteúdo da lei ou ato normativo e uma norma constitucional. Ex.: Lei que impede a participação de certas pessoas em concurso público em razão de sexo ou idade – Art.5, caput e art.3, IV, CF.
Por ação: a inconstitucionalidade por ação pressupõe a existência de uma lei ou ato normativo inconstitucional.
Por omissão: 
Total: hipótese da qual o legislador tem o dever constitucional de legislar, porém mantém-se inerte, provocando o silêncio legislativo absoluto. Esta hipótese de inconstitucionalidade incide sobre as normas constitucionais de eficácia limitada, nas quais há necessidade de regulamentação infraconstitucional para que a norma constitucional possa ser aplicada gerando todos os seus efeitos. Art.37, VII, CF.
Parcial:
Relativa: ocorre quando a lei exclui do seu âmbito de incidência determinada categoria de beneficiários que deveria contemplar, violando o princípio da isonomia.
Propriamente dita: o legislador cumpre a obrigação que lhe é imposta de maneira insuficiente ou deficiente.
Na prática da jurisdição constitucional, especialmente nas ações de inconstitucionalidade por omissão, o STF tem adotado postura conservadora. Uma vez reconhecida a inconstitucionalidade por omissão, a corte apenas notifica o legislador para que cumpra a sua obrigação constitucional, determinando prazo para a edição da norma que dará aplicabilidade à constituição
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: Consiste nos mecanismos criados pelo legislador constituinte (Poder constituinte originário e poder constituinte reformador) que tem por objetivo fiscalizar a validade de leis e atos normativos perante a Constituição.
Pressupostos:
Rigidez Constitucional: a alteração formal de normas de uma constituição deverá seguir o procedimento mais rigoroso do que o procedimento exigido para a alteração das leis infraconstitucionais.
Supremacia constitucional: Indica o posicionamento superior da constituição no ordenamento jurídico. A constituição consiste no fundamento de validade de todas as normas infraconstitucionais. Logo, a constituição pode ser considerada por parâmetro de afeição da constitucionalidade das leis e atos normativos.
Necessidade de atribuição de competência a um órgão ou à órgão para o exercício do controle de constitucionalidade: No Brasil, qualquer juiz ou tribunal pode exercer de maneira incidental controle de constitucionalidade. Do mesmo modo, o STF e os Tribunais de Justiça estaduais exercem controle pela via principal.
Modelos:
*Americano: Marbury X Madison (1803): o controle de constitucionalidade é exercido de maneira difusa, isto é, por todos os juízes e tribunais no desempenho normal da função jurisdicional
*Austríaco: Constituição austríaca – Hans Kelsen (1920): É criado um órgão específico para de maneira concentrada decidir sobre a constitucionalidade das leis. Após a decisão do tribunal constitucional sobre constitucionalidade da lei, o processo voltará a tramitar no juízo ou tribunal competente, que terão de decidir a causa subordinados ao pronunciamento do tribunal constitucional.
*Francês: Modelo não judicial – Político: natureza não jurisdicional, isto é, trata-se de controle político. Ele é exercido de maneira prévia, durante o processo legislativo pelo conselho constitucional.
* Classificação:
Quanto a natureza do órgão:
Político – CCJ / Veto – Exceção - O chefe do executivo pode vetar uma lei por razões de inconstitucionalidade.
Judicial – Predomina no Brasil. Após a entrada em vigor de uma lei ou um ato normativo.
Quanto ao momento de exercício:
Preventivo – Se dá antes da lei entrar em vigor, ocorre no curso do processo legislativo. Geralmente, é exercido de natureza política, que tem por objetivo impedir a conversão de um projeto de lei com vícios de inconstitucionalidade em lei. Com efeito, trata-se de uma defesa prévia da CF de modo a impedir que a aprovação de uma lei caracterize uma disfunção do ordenamento jurídico, mantendo sua unidade e coerência.
Repressivo: Via de regra, judicial, já existe uma lei e é suscitada a inconstitucionalidade desta. Geralmente o controle repressivo é exercido pelo poder judiciário. O controle repressivo tem por objetivo declarar a invalidade de uma lei e paralisar a sua eficácia. Há duas hipóteses excepcionais de controle repressivo de natureza política: Art.49, V da CF (competência exclusiva do CN para sustar os atos normativos do poder executivo que exorbitem do poder regulamentar) 2ª Possibilidade de o chefe do poder executivo determinar, por sua conta e risco o não cumprimento de uma lei manifestamente inconstitucional no âmbito da sua administração. Porém, em caso de controvérsia a palavra final é da jurisdição constitucional (STF).
Quanto ao órgão:
Difuso: é aquele que pode ser exercido por qualquer juiz ou tribunal, em qualquer grau de jurisdição, no exame de um caso concreto, observadas as regras de competência do CPC.
Concentrado: o controle difuso também tem origem no sistema norte-americano, no famoso caso Marbury x Madison de 1803. 
Quanto à forma:
Incidental (Incidenter Tantum): Origem americana. Trata-se da aplicação do princípio da supremacia da constituição. No controle incidental a questão da inconstitucionalidade não é a questão principal da causa. O controle incidental pressupõe a existência de um caso concreto, no qual as partes controvertem sobre um determinado direito subjetivo. A questão principal da causa é o pedido sobre o bem da vida em que autor e réu promovem uma disputa. A questão da inconstitucionalidade por sua vez será a causa de pedir. Logo, é possível afirmar que a questão da inconstitucionalidade consiste em questão prejudicial do mérito da causa, isto é, ela subordinalogicamente a decisão da causa.
Principal: Origem austríaca. Objetivo é aferir a constitucionalidade de uma norma. Ex.: ADI, ADC, AIO. Não há autor e réu, nem lide. É um processo objetivo, não tem o condão de reconhecer o direito subjetivo de nenhuma parte. O controle pela via principal se caracteriza por ter a questão da inconstitucionalidade ou constitucionalidade como elemento principal da ação. Trata-se de processo objetivo no qual não há partes nem lide. O objetivo da ação é aferir a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo.
Sistema Brasileiro de Controle de Constitucionalidade 
- Classificação:
. incidental e difuso
. principal e concentrado
Art. 103 da CF: legitimados 
Lei 9868/99 e lei 9882/99
Ação direta interventiva (art. 36, III, CF)
ADIO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) – art. 103, parágrafo 2º da CF.

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