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Apostila Anatomia

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INTRODUÇÃO A ANATÔMIA HUMANA 
 
Posição anatômica 
É a posição padrão adotado para se estudar o corpo no geral e suas divisões. 
 
Descriminação: corpo ereto, membros estendidos e paralelos ao tronco, palmas das 
mãos voltadas para frente com os dedos (quirodáctilos) adzudos (fechados) com exceção do 
polegar e que fica abduzido (aberto), pés apontados para frente, cabeça em posição neutra e 
olhos apontados para frente na linha do horizonte. 
 
 
Planos e eixos 
Planos de delimitação: é a figura geométrica imaginária usada para dar limites ao 
corpo, segmentos corporais ou órgãos. 
Planos de secção: difere do plano de delimitação, pois este corta parte do corpo. 
 
 
 
Eixos: 
São linhas imaginárias traçadas nas articulações, promovendo movimento da juntura 
quando o eixo é girado em torno de si mesmo. 
 
 
Ex.: 
 
 
 
 
 
 
 
Divisão do corpo humano 
 O corpo humano esta dividido em cabeça, pescoço, tronco e membros. Sendo que o 
tronco pode ser subdividido ainda em tórax, abdômen e pelve. 
 
 
Nomenclatura 
São abreviações usadas em textos que se referem à anatomia. 
a. significa artéria no singular; 
a.a. significa artérias; 
v. veia; 
v.v. veias; 
n. nervo; 
n.n. nervos; 
m. músculo; 
m.m. músculos; 
lig. Ligamento; 
ligg. Ligamentos; 
M.M.I.I. membros inferiores; 
M.S.D. membro superior direito; 
E assim por diante... 
 
Decúbito 
 É a posição adotada pelo corpo ou parte do mesmo. Sedo as mais comuns: 
 Decúbito Dorsal: Deitado sobre o dorso 
 Decúbito Ventral: Deitado sobre o abdome 
 Decúbito Lateral: Deitado de lado (lateral esquerda ou direita) 
 Trendelenburg: Uma posição de decúbito na qual a cabeça fica em um nível mais baixo 
do que os pés 
 Posição de Sim: (posição de semidecúbito ventral) É uma posição de decúbito oblíquo 
em que o paciente se deita sobre o lado anterior esquerdo com a perna esquerda 
esticada e o joelho direito parcialmente fletido 
 A posição de Sim modificada: é usada para a inserção de um tubo retaI 
 Posição de Fowlert: É uma posição de decúbito em que o corpo é inclinado de forma 
que a cabeça esteja em um nível superior ao dos pés 
 Posição de litotomia: É uma posição de decúbito dorsal na qual os joelhos e o quadril 
ficam fletidos e a coxa abduzida e rodada externamente, apoiada pelo suporte para os 
tornozelos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA ESQUELÉTICO 
 
Funções: 
 Sustentação e da forma ao corpo; 
 Proteção; 
 Movimento (passivo); 
 Armazenamento de cálcio e fosfato; 
 Produção de sangue (centro hemocitopoiético); 
 
 
 
 
 
 
 
O que é esqueleto? É feito somente de osso? 
____________________________________________________________________________
________________________________________________________________. 
 
Tipos de esqueleto 
 Articulado e desarticulado: no primeiro há encaixe e no segundo não há encaixe entre 
os ossos. 
 Natural, artificial e misto: o primeiro é feito pelos próprios ligamentos e cartilagem. No 
segundo as ligações são feitas por peças metálicas. E no ultimo os dois processos 
anteriores são usados. 
 Exoesqueleto e endoesqueleto: No primeiro o esqueleto fica externamente. Já no 
segundo o esqueleto fica internamente. 
 
 
 
 
 
 
 
Divisão do esqueleto 
Axial: inclui todos os ossos localizados no eixo central do corpo ou próximo a este. O 
esqueleto axial do adulto consiste em 80 ossos e inclui crânio, coluna vertebral, costelas e 
esterno. 
 
 
 
Cabeça Crânio 8 
Cabeça Ossos da face 14 
Osso Hióide 1 
Ossículo da audição (pequeno osso em cada ouvido) 6 
Coluna vertebral Cervical 7 
Coluna vertebral Torácica 12 
Coluna vertebral Lombar 5 
Coluna vertebral Sacral 1 
Coluna vertebral Coccígea 1 
Tórax Esterno 1 
Tórax Costela 24 
Total de ossos no esqueleto do adulto 80 
 
 
 
 
 
Apendicular: é composta por todos os ossos dos membros superiores e inferiores 
(extremidades) e as cinturas escapular e pélvica. No esqueleto apendicular do adulto 
existem 126 ossos separados. 
 
 
 
 
 
 
 
Cintura escapular Clavículas 2 
 Escápula 2 
Membros superiores Úmero 2 
 Ulna 2 
 Rádio 2 
 Ossos carpais 16 
 Ossos metacarpais 10 
 Falanges 28 
Cintura pélvica Ossos do quadril 2 
Membros inferiores Fêmur 2 
 Tíbia 2 
 Tíbia 2 
 Tíbia 2 
 Ossos tarsais 14 
 Ossos metatarsais 10 
 Falanges 28 
Total de Osso no Esqueleto Apendicular 126 
 
 
 
 
Número de ossos: 
 Aproximadamente 206 ossos. 
 
Fatores que modificam a contagem: 
 Etário; 
 Individual; 
 
 Forma de contar; 
 
Classificação dos ossos: 
A) Longos (comprimento > que largura e espessura); 
B) Laminares, planos ou achatados (espessura < comprimento e largura); 
C) Curtos (comprimento, largura e espessura se equivalem); 
D) Irregulares (apresenta morfologia complexa não encontra correspondência em formas 
geométricas conhecidas); 
E) Pneumáticos (apresenta cavidade revestida de muco contendo ar); 
F) Sesamóides (desenvolvem-se na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa 
que envolve certas articulações intratendíneas e peri-articulares); 
OBS: Ainda podemos encontra outra classificação que é a de alongado. Neste caso o 
único osso do corpo humano que se classifica assim seria a costela. Pois este tipo de 
classificação absorve as características do osso longo e laminar ao mesmo tempo. 
 
Tipos de substâncias ósseas 
1. Substância compacta: as lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente 
unidas. 
2. Substância esponjosa: as lamínulas se unem de forma a deixar espaços ou 
lacunas entre si. 
OBS: Embora os elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substâncias 
ósseas, eles dispõem-se diferentemente. 
 
 
Osso longo: 
 
 
 
 Na diáfise há interiormente uma cavidade (canal medular) que aloja a medula óssea. 
Por esta razão os ossos longos são também chamados tubulares. Nos ossos em que a 
ossificação ainda não se completou, é possível visualizar entre a epífise e a diáfise um disco 
cartilaginoso (cartilagem epifisária) relacionado com o crescimento do osso em comprimento. 
 
Desenvolvimento ósseo 
 A maioria dos ossos leva muitos anos para crescer e amadurecer. O úmero (osso do 
braço), por exemplo, começa a ossificar no fim do período embrionário (8 semanas); 
entretanto, a ossificação não está completa até os 20 anos. 
 Existem dois processos de ossificação embora histologicamente (estrutura 
microscópica) de um osso seja a mesma nas duas formas: 
 Ossificação intramembranosa (formação de osso membranoso) 
Seu amadurecimento é precoce em relação ao endocondral. 
 Ossificação endocondral (formação de osso cartilaginoso) 
Seu amadurecimento é tardio em relação ao intramembranoso. 
 
 
 
Ossificação Intramembranosa ocorre rapidamente nos ossos que são necessários para a 
proteção, como nas suturas dos ossos planos na calvária, que são os centros de crescimento 
no desenvolvimento ósseo precoce. 
Ossificação Endocondral ocorre de forma muito mais vagarosa do que a intramembranosa e 
ocorre na maior parte do esqueleto, principalmente nos ossos longos. 
 
Os capilares iniciam o centro de ossificação primário, assim denominados porque o tecido 
ósseo formado substitui a maior parte da cartilagem no corpo principal do modelo ósseo. O 
corpo de um osso ossificado a partir do centro de ossificação primário é a diáfise, que cresce 
enquanto o osso desenvolve. A maioria dos centros de ossificação secundários surge em 
outras partes do osso em desenvolvimento após o nascimento; as partes de um osso 
ossificado a partir destes centros são as epífises. A parte alargada da diáfise mais próxima da 
epífise é a metáfise. Para que ocrescimento continue, o osso formado a partir do centro 
primário na diáfise não se funde aquele formado a partir dos centros secundários nas epífises 
até o osso atingir seu tamanho adulto. Assim, durante o crescimento de um osso longo, 
cartilagens epifisárias interrompem-se entre as diáfises e as epífises. 
Essas cartilagens epifisárias são finalmente substituídas por osso nos dois lados, 
diafisário e epifisário. Quando isso ocorre, o crescimento ósseo cessa e a diáfise funde-se com 
as epífises. Formam durante este processo uma linha de junção chamada sinostose (ou linha 
epifisária). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Periósteo 
 Delicada membrana de tecido conjuntivo que reveste o osso com exceção das 
superfícies articulares. São dois folhetos: um superficial e outro profundo, este em contato 
direto com a superfície óssea. A camada profunda é chamada osteogênica pelo fato de suas 
células se transformarem em células ósseas, que são incorporadas à superfície do osso, 
promovendo assim o seu espessamento. (responsável pelo crescimento em espessura do osso 
longo) 
 Os ossos, seja devido a sua função hemocitopoiética, sejam pelo fato de apresentarem 
com um desenvolvimento lento e continuo, são altamente vascularizados. 
 As artérias penetram no osso irrigando e distribuindo-se na medula óssea. Por esta 
razão desprovida do seu periósteo o osso deixa de ser nutrido e morre. 
 
Fisiologia óssea 
 Os ossos são órgãos vivos que doem quando lesados sangram quando fraturados, se 
remodelam em relação aos estresses sofridos e modificam-se com a idade. Possuem vasos 
sanguíneos, linfáticos e nervos. Podem atrofiar (diminuição do tamanho) ou hipertrofiar 
(aumentar de tamanho). 
 O osso é composto por uma matriz orgânica dura que é muito fortalecida por depósitos 
de sais de cálcio. O osso compacto médio contém, em peso, cerca de 30% de matriz e 70% de 
sais. O osso recém pode ter uma porcentagem consideravelmente mais alta de matriz em 
relação aos sais. 
 
 
 
Matriz orgânica do osso 
 É constituída por 90 a 95% de fibras colágenas, e o resto de um meio gelatinoso 
homogêneo chamado de substância fundamental. As fibras colágenas se estendem 
primariamente ao longo das linhas de força da tensão. Estas fibras conferem ao osso sua 
poderosa força tênsil. 
 
Sais ósseos 
 Os sais cristalinos depositados na matriz orgânica do osso são compostos 
principalmente por cálcio e fosfato. A formula do principal sal cristalino, conhecido como 
hidroxiapatita, é o seguinte: 
Ca10 (PO4)6 (OH)2 
 
 Íons magnésio, sódio, potássio e carbonato, também estão presentes entre os sais 
ósseos, apesar de estudos de difração de raio X não mostrarem cristais definidos formados por 
estes. 
 
Forças tênsil e compressiva do osso 
 Os cristais de hidroxiapatita ficam adjacentes a cada segmento da fibra colágena 
firmemente fixados a esta. Este tipo de fixação impede a separação no osso, isto é, impede 
que os cristais e as fibras colágenas de saírem do lugar, o que é essencial para dar força ao 
osso (como tijolos alternados numa parede). 
 Fibras colágenas do osso: têm grande força tênsil. 
 Sais de cálcio: têm grande força compressível. 
 Estas propriedades combinadas, mais o grau de coesão entre eles fornecem uma 
estrutura óssea que tem tanto extrema força tênsil como compressível. 
 
 
 
Precipitação, absorção e mecanismo de calcificação óssea 
 Embora as concentrações de íons cálcio e fosfato no líquido extracelular serem 
consideravelmente maiores que as necessárias para causar a precipitação de hidroxiapatita. 
Existe em quase todos os tecidos corporais um inibidor, que impede esta precipitação; um 
destes inibidores é o pirofosfato. 
 A etapa inicial da produção de osso é a secreção de moléculas de colágeno 
(monômeros do colágeno) e de substância fundamental (sobre tudo proteoglicanos) pelos 
osteoblastos. 
 Moléculas de colágeno 
Osteblasto (secreta) 
 Substância fundamental 
 
 Os monômeros de colágeno multiplicam-se para formar fibras colágenas; o tecido 
resultante transformam-se em osteóide, um material semelhante a cartilagem, mas diferente 
desta por que os sais e cálcio logo nele se precipitam. Quando o osteóide é formado, alguns 
dos osteoblastos são aprimorados dentro deste sendo então chamados de osteócitos. 
 
Remodelagem óssea – deposição e absorção 
Deposição 
 O osso esta continuamente sendo depositado pelos osteoblastos. Estes são 
encontrados nas superfícies estremas dos ossos e nas cavidades ósseas. Uma pequena 
quantidade de atividade ostebástica ocorre continuamente em todos os ossos vivos. 
 
Absorção 
 O osso esta sendo continuamente absorvido na presença de osteoclastos que são 
grandes células fagocitárias multinucleadas. 
 Histologicamente (tecido), a absorção óssea ocorre imediatamente adjacente ao 
osteoclastos. Acredita-se que o mecanismo desta absorção seja a seguinte: 
 
(1) As enzimas proteolíticas liberadas a partir dos lisossomos dos osteoclastos 
digerem ou dissolvem a matriz orgânica do osso. 
(2) Vários ácidos liberados pelas mitocôndrias e vesículas secretoras causam 
a solução (fragmentação) dos sais ósseos. 
(3) Fagocitose. 
 
 
A contínua deposição e absorção de osso têm numerosas funções fisiologicamente 
importantes: 
 
(1) O osso geralmente ajusta sua força em proporção ao grau de estresse a que é 
submetido; 
(2) A forma do osso pode ser remodelada para a sustentação apropriada de forças 
mecânicas; 
(3) Nova matriz orgânica é necessária a medida que a velha matriz orgânica é 
degenerada; 
 
Pergunta: A idade é um fator importante para determinar a deposição e absorção do osso? 
____________________________________________________________________________
________________________________________________________________ 
 
O que é fratura em galho verde? ____________________________________________ 
______________________________________________________________________ 
 
OBS: Se uma pessoa estiver com uma perna engessada mais continua a andar sobre a outra 
perna, o osso da perna engessada torna-se fina e descalcificado em até 30% dentro de 
algumas semanas. 
 
Reparo de uma fratura 
 A fratura de osso de algum modo ativa ao máximo todos os osteblástos do periósteo e 
intra-ósseos implicados na fratura. Também, números imensos de novos osteblastos são 
formados quase imediatamente a partir das chamadas células osteoprogenitoras, que são 
células primitivas da linhagem óssea no tecido superficial que reveste o osso, chamada de 
membrana óssea. Portanto, em pouco tempo surgem, entre as duas extremidades fraturadas 
dos ossos, grande proeminência de tecidos osteblasticos e nova matriz óssea orgânica, 
seguindo-se, em breve, deposição de sais de cálcio. Isto é chamado de calo ósseo. 
 
OBS: Muitos cirurgiões usam o fenômeno do estresse ósseo para acelerar a velocidade na 
cura da fratura. Isto é feito pelo uso de aparelhos de fixação mecânica especiais para manter 
as extremidades do osso fraturado juntas de modo que o paciente possa continuar a usar o 
osso imediatamente. Isto causa estresse nas extremidades opostas dos ossos fraturados o que 
acelera a atividade osteblastica no local da fratura e, em geral, em curta convalescença. 
 
 
 
 JUNTURAS 
 
 As junturas (articulações) são a união ou junções entre dois ou mais ossos ou partes 
rígidas do esqueleto. As articulações exibem várias formas e funções. Algumas articulações 
não têm movimento; outras permitem apenas pequeno movimento, e algumas são livremente 
móveis, como a articulação do ombro (glenoumeral). 
 
Classificação 
 Segundo o grau de movimento: 
 Sinartrose (nenhum movimento); 
 Anfiartrose (pouco movimento); 
 Diartrose (muito movimento); 
 
Segundo o material interposto: 
- Fibrosas 
o Suturas 
o Sindesmose 
o Gonfose 
- Cartilaginosas 
o Sircondroseo Sínfise 
- Sinovial 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação segundo a forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vascularização e inervação das articulações 
 As articulações recebem das artérias articulares originadas nos vasos ao redor da 
articulação. As artérias frequentemente anastomosam-se (comunicam-se) para formar redes e 
assegurar a irrigação sanguínea da articulação e através dela nas varias posições assumidas. 
As artérias estão localizadas na cápsula articular, principalmente na membrana sinovial. 
 As articulações possuem uma rica inervação; as terminações nervosas estão 
localizadas na cápsula articular. 
 As articulações transmitem uma sensação denominada propriocepção, que proporciona 
a consciência do movimento e da posição das partes do corpo. A membrana sinovial é 
relativamente insensível. As fibras de dor são numerosas na camada fibrosa e nos ligamentos 
associados, causando dor intensa quando há lesão da articulação. As terminações nervosas 
sensoriais respondem à rotação e ao alongamento que ocorrem durante atividades esportivas, 
como o basquetebol. 
 
Movimentos articulares 
 Nossas articulações podem apresentar em torno de 6 movimentos básicos ou 
fundamentais. Que são: a flexão, extensão, adução, abdução, rotação e circundução. Sendo 
que ainda podemos falar de outros movimentos como a pronação, supinação, flexão-plantar, 
dorso-flexão, protrusão, retrusão, enclinação e outros. 
 
 Conceitos 
 Flexão e extensão: 
 Abdução e adução: 
 Rotação: 
 Circundução: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÚSCULOS 
 
 O sistema muscular é formado por todos os músculos do corpo. Embora os músculos 
do sistema muscular sejam todos formados por um tipo específico de tecido muscular, outros 
tipos de tecido musculares formam importantes componentes dos órgãos de outros sistemas, 
incluindo o sistema circulatório, digestório, genital, urinário e tegumentar. 
 
 As células musculares, que frequentemente são denominadas fibras musculares 
porque são longas e estreitas quando relaxadas, são células contrateis especializadas. 
Realizando dois tipos de movimentos: contração e relaxamento. 
 
Classificação dos músculos 
 - músculo (m.) estriado esquelético: é o m. somático voluntário que forma os músculos 
esqueléticos macroscópicos que compõem o sistema muscular, movendo ou estabilizando 
ossos e outras estruturas. 
 - m. estriado cardíaco: é um músculo visceral involuntário que forma a maior parte das 
paredes do coração e a partes adjacentes dos grandes vasos, como a aorta, e bombeia o 
sangue. 
 - m. liso: é o músculo visceral involuntário que forma parte das paredes da maioria dos 
vasos sanguíneos e órgãos ocos (vísceras), deslocando substâncias através deles por 
contrações seqüenciais coordenadas (peristaltismo). 
 
Componentes anatômicos dos músculos estriados esqueléticos 
 Ventre muscular: é a porção média do músculo, carnosa e vermelha. Nele predominam 
as fibras musculares, sendo, portanto a parte ativa do músculo, isto é, a parte contrátil. 
 Tendões e aponeuroses: Ambos são esbranquiçados e brilhantes, muito resistentes e 
praticamente inextensíveis, constituídos por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas. 
Servindo para prenderem o músculo ao osso. 
 
 
 
 
Classificação funcional dos músculos 
 Agonista: quando um músculo é o agente principal na execução de um movimento. 
 Antagonista: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, seja para 
regular a rapidez ou a potência da ação deste agonista. (é o freio do agonista) 
 Voluntário: são os que contraem quando o indivíduo quer. 
 Involuntários: são músculos comandados pelo sistema nervoso vegetativo e o indivíduo 
não tem nenhum controle voluntário sobre eles. 
Inervação e nutrição 
 A atividade muscular é controlada pelo sistema nervoso central. No entanto a interação 
do músculo com o sistema nervoso central ocorre através dos nervos periféricos. Esta união 
entre o nervo periférico e o músculo é chamada de placa motora ou junção mioneural. 
Normalmente encontra-se no meio do ventre muscular. 
 Os músculos recebem eficientemente suprimento sanguíneo através de uma artéria ou 
mais artérias, que neles penetram e se ramificam intensamente, formando um extenso leito 
capilar. 
 
 
Fisiologia da contração muscular 
 Cada fibra muscular contém de várias centenas a vários milhares de miofibrilas. Cada 
miofibrila por suas vez, contém disposta lado a lado, cerca de 1500 filamentos de miosina e 
cerca de 3000 filamentos de actina responsáveis pela contração muscular. Note que os 
filamentos de miosina e actina se interligam através das pontes cruzadas. Elas proeminam da 
superfície dos filamentos de miosina, ao de toda a sua extensão, exceto em sua parte central. 
Interação entre essas pontes cruzadas e os filamentos de actina produz contração. 
 
Etapas da contração muscular 
1. Potencial de cão pelo nervo motor; 
2. Liberação de acetilcolina 
3. Abertura dos canais acetilcolina-dependentes; 
4. Entrada de íons sódio; 
5. Tem início o potencial de ação na fibra muscular; 
6. Liberação de íons cálcio pelo retículo sarcoplasmático; 
7. Contração muscular (encontra dos filamentos actina e miosina) 
8. Absorção do cálcio; 
9. Relaxamento muscular; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO 
 
 As funções orgânicas, bem como a integração do animal no meio ambiente estão na 
dependência de um sistema especial, denominado; sistema nervoso. Isto significa que este 
sistema controla e coordena as funções de todos os sistemas do organismo e ainda, 
recebendo estímulos aplicados à superfície do corpo animal, são capazes de interpretá-los e 
desencadear, respostas adequadas a estes estímulos. Assim muitas funções do sistema 
nervoso dependem da vontade e outras ocorrem sem que delas tenhamos consciência. 
 
Neurônio 
 É a menor unidade funcional do sistema nervoso. Logo abaixo temos um tipo de célula 
(neurônio). 
 
 
 
 
 
 Um neurônio é uma célula composta de um corpo celular (onde esta o núcleo, o 
citoplasma e o citoesqueleto), e de finos prolongamentos celulares denominados neuritos, que 
podem ser subdivididos em dendritos e axônios. 
 Os dendritos são prolongamentos geralmente muito ramificados e que atuam como 
receptores de estímulos, funcionando, portanto, como “antenas” para o neurônio. Os axônios 
são prolongamentos longos que atuam como condutores dos impulsos nervosos. Os axônios 
podem se ramificar e essas ramificações são chamadas de colaterais. Os axônios podem se 
ramificar e essas ramificações são chamadas de colaterais. Todos os axônios têm um início 
(cone de implantação), um meio (o axônio propriamente dito) e um fim (terminal axonal ou 
botões terminais). 
 A região de passagem do impulso nervoso de um neurônio para a célula adjacente 
chama-se sinapse. 
 Os corpos celulares dos neurônios são geralmente encontrados em áreas restritas do 
sistema nervoso, localizados próximo da coluna vertebral. 
 Do sistema nervoso central partem os prolongamentos dos neurônios, formando feixes 
chamados nervos, que constituem o sistema nervoso central. 
 O axônio está envolvido por um dos tipos celulares seguintes, as células de Schwann. 
Em muitos axônios, esses tipos celulares determinam à formação da bainha de mielina – 
invólucro principalmente lipídico que atua como isolante térmico e facilita a transmissão do 
impulso (saltatório) nervoso. Em axônios mielinizados existem regiões de descontinuidade da 
bainha de mielina, que acarretam a existência de uma constrição (estrangulamento) 
denominada nódulo de Ranvier. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Arco reflexo 
 
 
Impulso nervoso 
 A membrana plasmática do neurônio transporta alguns íons ativamente, do líquido 
extracelular parao interior da fibra, e outros, do interior, de volta ao líquido extracelular. Assim 
funciona a bomba de sódio e potássio, que bombeia ativamente o sódio para fora, enquanto o 
potássio é bobeia do ativamente para dentro. 
 
Em repouso 
 Em repouso a membrana é praticamente impermeável ao sódio, impedindo sua difusão 
a favor do gradiente de concentração. Sódio é bombeado ativamente para fora pela bomba de 
sódio e potássio. 
 Como a saída de sódio não é acompanhada pela entrada de potássio na mesma 
proporção, estabelece-se uma diferença de cargas elétricas entre os meios intra e extracelular. 
Há déficit de cargas positivas dentro da célula e as faces da membrana mantêm-se 
eletricamente carregadas. 
 O potencial eletronegativo criado no interior da fibra nervosa devido à bomba de sódio 
e potássio é chamado de potencial de repouso da membrana, ficando o exterior da membrana 
positivo e o interior negativo. Dizemos, então, que a membrana está polarizada. 
 Ao ser estimulado, uma pequena região da membrana torna-se permeável ao sódio. 
Como a concentração desse íon é maior fora do que dentro da célula, o sódio atravessa a 
membrana no sentido do interior da célula. A entrada de sódio é acompanhada pela pequena 
saída de potássio. Esta inversão vai sendo transmitida ao longo do axônio, e todo esse 
processo é denominado onda de despolarização (impulso nervoso). Este impulso obedece à lei 
do tudo ou nada; onde o estímulo necessário para desencadear o início da despolarização 
atinge o limiar ou não haverá o início do impulso nervoso. 
 
 
 
 
Divisão anatômica do sistema nervoso: 
 
 Este sistema se divide em sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso 
central de subdivide em encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico). O tronco encefálico 
ainda se subdivide em mesencéfalo, ponte e bulbo. Já os nervos periféricos se dividem em 
espinhais (31 pares de nervos) e cranianos (12 pares de nervos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nervos periféricos 
Os que estão sobre a pele (derme – segunda camada da pele) são chamados de 
terminações nervosas. E conseguem captar os estímulos de dor, calor, frio, tato superficial e 
tato profundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema Nervoso central 
 
 
Os lobos cerebrais apresentam três funções principais: 
 Desenvolvimento; 
 Sensibilidade; 
 Motricidade; 
 
Essas três funções principais estão distribuídas no cérebro da seguinte maneira: 
 Lobo frontal: centro das funções mentais superiores; 
 Lobo parietal: centro das impressões táteis e térmicas; 
 Lobo occipital: centro das impressões visuais; 
 Lobos temporais: centro das impressões auditivas; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATLAS ANATÔMICO 
 
 
Acidentes ósseos 
 Surgem em qualquer lugar onde haja inserções de tendões, ligamentos e fascias. 
Também onde haja artérias adjacentes ou penetrando nos ossos. Outras formações ocorrem 
em relação à passagem de um tendão frequentemente para direcionar o tendão ou melhorar 
sua alavanca. 
 Capítulo: cabeça articular pequena e redonda (capitulo umeral); 
 Côndilo: área articular arredondada, que geralmente ocorre em pares (côndilo femoral); 
 Crista: crista do osso (crista ilíaca); 
 Epicôndilo: eminência superior a um côndilo (epicôndilo lateral do úmero); 
 Fóvea: área articular plana lisa geralmente coberta por cartilagem, onde um osso 
articula-se com outro osso; 
 Forame: passagem através de um osso (forame obturador); 
 Fossa: área oca ou deprimida (fossa infra-espinhal da escápula); 
 Sulco: depressão ou escavação alongada (sulco do nervo radial do úmero); 
 Linha: elevação linear (linha para o m. sólear da tíbia); 
 Cabeça: extremidade articular grande e redonda (maléolo lateral da fíbula); 
 Incisura: entalhe na borda de um osso (incisura isquiática maior); 
 Protuberância: projeção de osso (protuberância occipital externo); 
 Espinha: processo semelhante a um espinho (espinha da escápula); 
 Processo espinhoso: parte que se projeta semelhante a um espinho (processo 
espinhoso de uma vértebra); 
 Trocanter: elevação arredonda grande (trocanter maior do fêmur); 
 Tróclea: processo articular semelhante a uma roda ou processo que atua como roldana 
(tróclea do úmero); 
 Tubérculo: eminência pequena e elevada (tubérculo maior do úmero); 
 Tuberosidade ou túber: grande elevação arredondada (tubérculo isquiático); 
 
Que osso é este? ______________________ 
Com quem se articula?_________________________________ 
 
 
 
 
 
Quem são ossos de número? 1. __________________ 
 2. __________________ 
 3. __________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípios do tratamento das lesões traumáticas do aparelho 
locomotor e principais lesões traumáticas no adulto e na 
criança 
 
Contusão 
 É uma lesão de tecido mole produzida por forças fechada (chute, queda ou impacto). 
Muitos vasos sanguíneos pequenos se rompem e sangram para dentro dos tecidos moles. Um 
hematoma se desenvolve quando o sangramento é suficiente para provocar uma coleção 
apreciável de sangue. 
 
Sintomas locais 
 Dor, edema e coloração; que são controlados com a aplicação intermitente de frio. 
Muitas contusões exibem resolução dentro de 1 a 2 semanas. 
 
 
Estiramento 
 É uma “tração muscular” decorrente de uso, estiramento ou estresse excessivo. Os 
estiramentos consistem em lacerações musculares microscópicas e incompletas com algum 
sangramento para dentro do tecido. O paciente experimenta dolorimento ou dor súbita, com 
sensibilidade localizada perante o uso do músculo e na contração isométrica. 
 
Entorse 
 É a lesão dos ligamentos que circundam uma articulação, provocada por um 
movimento de torção ou tração violenta. A função de um ligamento é manter a estabilidade, 
enquanto possibilita a mobilidade. Um ligamento lacerado perde sua capacidade estabilizadora. 
Os vasos sanguíneos se rompem e ocorre o edema; a articulação fica dolorosa, assim como a 
movimentação desta. O grau de incapacidade e de dor aumenta durante as primeiras 2 a 3 
horas depois da lesão, devido ao edema e sangramento associados. O paciente deve passar 
por uma radiografia para avaliar a lesão óssea. A fratura por avulsão pode estar associada a 
uma entorse. 
 
Tratamento 
 O tratamento de contusões, estiramentos e entorses consistem em repouso e elevação 
da parte afetada, aplicação de frio e uso de uma bandagem compressiva. 
 Repouso; 
 Gelo; 
 Compressão; 
 Elevação; 
 
O repouso impede a lesão adicional e promove a cura. O frio úmido ou seco aplicado de 
forma intermitente por 20 a 30 minutos durante as primeiras 24 a 48 goras após a lesão, 
produz vasoconstrição, o que diminui o sangramento, edema e desconforto. Deve-se ter o 
cuidado de evitar a lesão cutânea e tecidual em decorrência do frio excessivo. Uma 
bandagem compressiva elástica controla o sangramento, reduz o edema e fornece suporte 
para tecidos lesados. A elevação controla o edema. Quando a entorse é grave, pode haver 
necessidade de reparação cirúrgica ou de imobilização de aparelho gessado, de modo que 
a articulação não perca sua estabilidade. O estado neurovascular (circulação, movimento, 
sensação) do membro lesado é monitorado com freqüência. 
 Depois do estágio inflamatório agudo (24 a 48 horas depois da lesão), o calor pode ser 
aplicado de forma intermitente (por 15 a 30 minutos, quatro vezes ao dia) para aliviar o 
espasmo muscular e promovera vasodilatação, absorção e reparação. Dependendo da 
gravidade da lesão, osexercícios passivos e ativos progressivos podem começar em 2 a 5 
dias. As entorses graves podem exigir 1 a 3 semanas de imobilização antes que se iniciam 
os exercícios protegidos. O exercício excessivo precoce no curso do tratamento retarda a 
recuperação. Os estiramentos e entorses levam semanas ou meses para curar. A 
imobilização pode ser utilizada para impedir a recidiva da lesão. 
 
Luxações 
 A luxação de uma articulação é a condição em que as superfícies articulares dos ossos 
formadores da articulação não estão mais em contato anatômico. Os ossos estão literalmente 
“fora de articulação”. A subluxação é um deslocamento parcial das superfícies em articulação. 
As luxações traumáticas são emergências ortopédicas, porque as estruturas articulares, aporte 
sanguíneo e nervos associados são distorcidos e gravemente estressados. Quando a luxação 
não é tratada de imediato, podem ocorrer a necrose avascular (morte tecidual provocada pela 
anoxia e aporte sanguíneo diminuído) e a paralisia nervosa. 
 As luxações podem ser congênitas, presentes ao nascimento (mais amiúde no quadril); 
espontâneas ou patológicas, devido à doença das estruturas articulares ou periarticulares; ou 
traumáticas, resultando de lesão em que a articulação é rompida pela força. 
 Os sinais e sintomas de uma luxação traumática são: a dor, alteração no contorno da 
articulação, alteração no comprimento do membro, perda da mobilidade normal e alteração no 
eixo dos ossos luxados. As radiografias confirmam o diagnóstico e demonstram a possível 
fratura associada. 
 
Tratamento 
 A articulação afetada precisa ser imobilizada, enquanto o paciente é transportado para 
o hospital. A luxação é prontamente reduzida (partes luxadas trazidas para a posição normal), 
afim de preservar a função articular. Analgesia, relaxante musculares e, possivelmente, 
 
anestesias são empregados para facilitar a redução fechada. A articulação é imobilizada por 
bandagens, talas, aparelhos ou tração e é mantida em uma posição estável. Monitoriza-se o 
estado neurovascular. Vários dias a semanas depois da redução, iniciam-se o movimento ativo 
e passivo, suave e progressivo, três ou quatro vezes ao dia, a fim de preservar a amplitude de 
movimento e restaurar a força. A articulação é suportada entre as sessões de exercícios. 
 
Fraturas 
 É uma ruptura na continuidade do osso e é definida de acordo com o tipo e extensão. 
As fraturas acontecem quando o osso fica sujeito ao estresse maior que aquele que ele pode 
absorver. As fraturas podem ser causadas por um impacto direto, força de esmagamento, 
movimento súbito de torção e, até mesmo, contração muscular extrema. Quando o osso é 
quebrado, as estruturas adjacentes também são afetadas, resultando em edema de tecidos 
moles, hemorragia para dentro dos músculos e articulações, luxações articulares, tendões 
rompidos, nervos lacerados e vasos sanguíneos lesados. Os órgãos corporais podem ser 
lesados pela força que gerou a fratura ou por fragmentos da fratura. 
 
Tipos de fraturas 
 Uma fratura completa envolve uma quebra através de todo o perímetro do osso e é 
frequentemente deslocada (removida da posição normal). Em uma fratura incompleta (fratura 
em galho verde), a quebra acontece apenas através de parte de perímetro do osso. Uma 
fratura cominutiva apresenta vários fragmentos ósseos. Uma fratura fechada (fratura simples) 
não produz uma descontinuidade na pele. Uma fratura exposta (fratura composta ou complexa) 
é aquela em que a lesão da pele ou da mucosa se estende até o osso fraturado. As fraturas 
expostas são graduadas de acordo com os seguintes critérios: 
 O grau I é uma lesão limpa com menos de1 cm de comprimento; 
 O grau II é uma lesão maior, sem lesão extensa do tecido mole; 
 O grau III é altamente contaminado, apresenta lesão extensa de tecidos moles e é 
o mais grave; 
 
As fraturas também podem ser descritas de acordo com o posicionamento anatômico 
dos fragmentos, principalmente quando eles estão deslocados ou não-deslocados. 
 
Manifestações clínicas 
 As manifestações clínicas de uma fratura são dores, perda da função, deformidade, 
encurtamento do membro, creptação, coloração e inchação localizadas. Nem todas essas 
manifestações clínicas estão, no entanto, presentes nas fraturas. 
 DOR é continua e aumenta em intensidade até que os fragmentos ósseos sejam 
imobilizados. O espasmo muscular que acompanha uma fratura é um tipo de 
imobilização natural destinado a minimizar o movimento adicional dos fragmentos da 
fratura. 
 PERDA DA FUNÇÃO depois de uma fratura, a região não pode ser usada e tente a 
exibir (movimento falso). O membro não consegue funcionar adequadamente porque a 
função normal destinado a minimizar o movimento adicional dos fragmentos da fratura. 
 DEFORMIDADE o deslocamento dos fragmentos em uma fratura do braço ou perna 
provoca uma deformidade (quer visível, quer palpável) do membro detectável, quando 
comparada ao membro sadio. 
 ENCURTAMENTO nas fraturas de osso longos, existe um encurtamento real do 
membro por causa da contração dos músculos que estão presos acima e abaixo do 
local da fratura. Com freqüência, os fragmentos podem sobrepor-se por até 2,5 a 5 cm. 
 CREPITAÇÃO quando o membro é examinado com as mãos, uma sensação de 
arranhadura, conhecida como crepitação, pode ser sentida por causa do atrito dos 
fragmentos entre si. (o teste para a crepitação pode produzir lesão tecidual adicional e 
deve ser evitado). 
 EDEMA E COLORAÇÃO o edema a e coloração da pele, localizados ocorrem em 
conseqüência do trauma e hemorragia que sucedem a uma fratura. Esses sinais 
podem não se desenvolver por várias horas ou dias depois da lesão. 
 
Tipos de fraturas 
 Avulsão um arrancamento para fora de um fragmento de osso por um ligamento ou 
tendão e sua inserção. 
 Cominutiva uma fratura em que o osso foi quebrado em diversos pedaços. 
 Composta uma fratura em que a lesão também envolve a pele ou mucosas. 
 
 Compressiva uma fratura em que o osso foi comprimido (observado em fraturas de 
vértebras). 
 Deprimida uma fratura em que os fragmentos são direcionados para dentro (observada 
frequentemente em fraturas de ossos do crânio e faciais). 
 Epifisária uma fratura através da epífise. 
 Espiralada uma fratura em torção ao redor da diáfise do osso. 
 Galho verde uma fratura em que um lado do osso está quebrado e o outro lado está 
inclinado. 
 Impactada uma fratura em que um fragmento ósseo é direcionado para dentro de outro 
fragmento ósseo. 
 Obliqua uma fratura que ocorre em um ângulo através do osso (menos estável que a 
transversa). 
 Patológica uma fratura que ocorre através de uma área de osso afetado; pode ocorrer 
sem trauma ou queda. 
 Simples uma fratura que permanece contida; não rompe a pele. 
 Transversa uma fratura que é reta através do osso. 
 
 
 
 
Tratamento 
 Redução; 
 Imobilização; 
 Manutenção e restauração da função; 
 
 
 
 
Ilizarov – fixador externo 
 
 
 
Ruptura miotendínea 
 O mais grave dos acidentes musculares, pois se trata de uma ruptura importante do 
grupo muscular, existindo neste caso incapacidade funcional. A simples observação do 
músculo envolvido no processo permite perceber uma depressão localizada ou mesmo uma 
depressão localizada ou mesmo uma tumefação, quando da contração. Na maioria das vezes 
esta alteração, implica em um tratamento cirúrgico com reabilitação posterior prolongada, 
chegando esta há alguns meses. 
 
Lesões epifisárias 
 Epífises são as extremidades ósseas. Podendo ser proximal ou distal. Geralmente 
associam-se essas lesões com a área de crescimento ósseo. Onde por patologias ou traumas, 
acaba por afetar o desenvolvimento ósseo. 
 
 
Que é LER? 
O termo LER refere-se a um conjunto de doenças que atingem principalmente os 
membrossuperiores, atacam músculos, nervos e tendões provocando irritações e inflamação 
dos mesmos. A LER é geralmente causada por movimentos repetidos e contínuos com 
conseqüente sobrecarga do sistema músculo-esquelético. O esforço excessivo, má postura, 
stress e más condições de trabalho também contribuem para aparecimento da LER. Em casos 
extremos pode causar sérios danos aos tendões, dor e perda de movimentos. A LER inclui 
várias doenças entre as quais, tenossinovite, tendinites, epicondilite, síndrome do túnel do 
carpo, bursite, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico e síndrome do pronador 
redondo. Alguns especialistas e entidades preferem, atualmente, denominar as LER por DORT 
ou LER/DORT. A LER também é conhecida por L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo). 
A quem a LER ataca? A LER é contagiosa? 
 As principais vítimas são digitadores, publicitários, jornalistas, bancários e todos os 
profissionais que têm o computador como companheiro de trabalho. Não é contagiosa, pois 
não é causada por bactérias, fungos ou vírus, mas sim por movimentos repetitivos. 
Porque há quem diz que LER não existe? 
 Penso que por se definir a LER como um conjunto de doenças e não como uma doença 
específica. Quando alguém diz que tem LER, na verdade trata-se de uma tendinite, 
tenossinovite ou outro tipo de doença causada por esforço repetitivo. 
Que significa DORT? 
Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho. 
 
Qual a diferença entre LER e DORT? 
 LER é a designação de qualquer doença causada por esforço repetitivo enquanto DORT 
é o nome dado às doenças causadas pelo trabalho. Alguns especialistas e entidades preferem, 
atualmente, denominar LER por DORT ou ainda LER/DORT. 
Quais os sintomas da LER? 
Em geral dores nas partes afetadas. A dor é semelhante à dor de reumatismo ou de esforço 
estático, como por exemplo, a dor causada quando se segura algo com o braço, por longo 
tempo, sem movimentá-lo. Há formigamentos e dores que dão à sensação de queimadura ou 
às vezes frio localizado. 
A LER é uma doença nova? 
Não. Já na idade média era conhecida sob outros nomes, como por exemplo, a "Doença dos 
Escribas", que nada mais era do que uma tenossinovite, praticamente desaparecendo depois 
da invenção da imprensa por Gutemberg. Ramazzini, em 1700, também, descreve a doença 
dos escribas e notórios. Em 1895 o cirurgião suiço Fritz de Quervain descrevia o "Entorse das 
Lavadeiras”, atualmente conhecida como Tenossinovite de De Quervian, um tipo de doença 
causada por esforço repetitivo. 
A LER, entretanto, acentuou-se demasiadamente na década de 1990, com a popularização dos 
computadores pessoais. 
A LER é causada somente pelo trabalho? 
Não, também podem ser causa de LER atividades esportivas que exijam grande esforço. Da 
mesma forma a má postura ou postura incorreta, compressão mecânica das estruturas dos 
membros e outros fatores podem causar LER. 
Quais as possíveis causas das lesões por esforços repetitivos? 
Podemos citar entre tantas: 
1. posto de trabalho inadequado e ambiente de trabalho desconfortável; 
2. atividades no trabalho que exijam força excessiva com as mãos; 
3. posturas inadequadas e desfavoráveis às articulações; 
4. repetição de um mesmo padrão de movimento; 
5. tempo insuficiente para realizar determinado trabalho com as mãos; 
6. jornada dupla ocasionada pelos serviços domésticos; 
7. atividades esportivas que exijam grande esforço dos membros superiores; 
8. compressão mecânica das estruturas dos membros superiores; 
10. ritmo intenso de trabalho; 
11. pressão do chefe sobre o empregado; 
12. metas de produção crescente e pre-estabelecidas; 
13. jornada de trabalho prolongada; 
14. falta de possibilidade de realizar tarefas diferentes; 
15. falta de orientação de profissional de segurança e ou medicina do trabalho; 
16. mobiliário mal projetado e ergonomicamente errado; 
18. postura fixa por tempo prolongado; 
19. tensão excessiva e repetitiva provocada por alguns tipos de esportes; 
20. desconhecimento do trabalhador e ou empregador sobre o assunto; 
 
1. Quais as doenças decorrentes de esforços repetitivos? 
São diversas, a saber, as mais comuns são: 
1. tenossinovites 
2. tendinites 
3. epicondilite 
4. síndrome do túnel do carpo 
5. bursites 
6. dedo em gatilho 
7. síndrome do desfiladeiro torácico 
8. síndrome do pronador redondo 
9. mialgias 
 
Que fazer em caso de suspeita de LER? 
O mais recomendado é procurar o médico imediatamente e passar por uma avaliação. 
Também é aconselhável parar com a atividade suspeita de ser causa da LER. 
 
Classificação 
As classificações mais usuais são feitas conforme a evolução e o prognóstico, classificando a 
"DORT" baseando apenas em sinais e sintomas. 
Fases 
Fase 1 - Dores fortes e constantes, durante uma certa atividade repetitiva. 
Fase 2 - Exuberância de sinais objetivos, que não desaparecem com repouso. 
Fase 3 - Estado doloroso intenso com incapacidade funcional (não necessariamente 
permanente) 
Estágios 
Em 1984, a classificação de Browe, Nolan e Faithfull divide a LER em estágios: 
Estágio 1 - Dor e cansaço nos membros superiores durante o turno de trabalho, com melhora 
nos fins de semana, sem alterações no exame físico e com desempenho normal. 
Estágio 2 - Dores recorrentes, sensação de cansaço persistente e distúrbio do sono, com 
incapacidade para o trabalho repetitivo. 
Estágio 3 - Sensação de dor, fadiga e fraqueza persistentes, mesmo com repouso. Distúrbios 
do sono e presença de sinais objetivos ao exame físico. 
Graus 
Dennet e Fry, em 1988, classificaram a doença, de acordo com a localização e fatores 
agravantes: 
Grau 1 - Dor localizada em uma região, durante a realização da atividade causadora da 
síndrome. Sensação de peso e desconforto no membro afetado. Dor espontânea localizada 
nos membros superiores ou cintura escapular, às vezes com pontadas que aparecem em 
caráter ocasional durante a jornada de trabalho e não interferem na produtividade. Não há uma 
irradiação nítida. Melhora com o repouso. É em geral leve e fugaz, e os sinais clínicos estão 
ausentes. A dor pode se manifestar durante o exame clínico, quando comprimida a massa 
muscular envolvida. Tem bom prognóstico. 
Grau 2 - Dor em vários locais durante a realização da atividade causadora da síndrome. A dor 
é mais persistente e intensa e aparece durante a jornada de trabalho de modo intermitente. É 
tolerável e permite o desempenho da atividade profissional, mas já com reconhecida redução 
da produtividade nos períodos de exacerbação. A dor torna-se mais localizada e pode estar 
acompanhada de formigamento e calor, além de leves distúrbios de sensibilidade. Pode haver 
uma irradiação definida. A recuperação é mais demorada mesmo com o repouso e a dor pode 
aparecer, ocasionalmente, quando fora do trabalho durante outras atividades. Os sinais, de 
modo geral, continuam ausentes. Pode ser observado, por vezes, pequena nodulação 
acompanhando bainha de tendões envolvidos. A palpação da massa muscular pode revelar 
hipertonia e dolorimento. Prognóstico favorável. 
Grau 3 - Dor desencadeada em outras atividades da mão e sensibilidade das estruturas; pode 
aparecer dor em repouso ou perda de função muscular; a dor torna-se mais persistente, é mais 
 
forte e tem irradiação mais definida. O repouso em geral só atenua a intensidade da dor, nem 
sempre fazendo-a desaparecer por completo, persistindo o dolorimento. Há frequentes 
paroxismos dolorosos mesmo fora do trabalho, especialmente à noite. É frequente a perda de 
força muscular e parestesias. Há sensível queda da produtividade, quando não impossibilidade 
de executar a função. Os sinais clínicos estão presentes, sendo o edema frequente e 
recorrente; a hipertonia muscular é constante, as alterações de sensibilidade estão quasesempre presentes, especialmente nos paroxismos dolorosos e acompanhadas de 
manifestações como palidez, hiperemia e sudorese das mãos. A mobilização ou palpação do 
grupo muscular acometido provoca dor forte. Nos quadros com comprometimento neurológico 
compressivo a eletromiografia pode estar alterada. Nessa etapa o retorno à atividade produtiva 
é problemático. 
Grau 4 - Dor presente em qualquer movimento da mão, dor após atividade com um mínimo de 
movimento, dor em repouso e à noite, aumento da sensibilidade, perda de função motora. Dor 
intensa, contínua, por vezes insuportável, levando o paciente a intenso sofrimento. Os 
movimentos acentuam consideravelmente a dor, que em geral se estende a todo o membro 
afetado. Os paroxismos de dor ocorrem mesmo quando o membro está imobilizado. A perda de 
força e a perda de controle dos movimentos se fazem constantes. O edema é persistente e 
podem aparecer deformidades, provavelmente por processos fibróticos, redizindo também o 
retorno linfático. As atrofias, principalmente dos dedos, são comuns. A capacidade de trabalho 
é anulada e os atos da vida diária são também altamente prejudicados. Nesse estágio são 
comuns as alterações psicológicas com quadros de depressão, ansiedade e angústia. 
Síndrome do Túnel do Carpo 
O QUE É? 
Essa doença é uma forma bastante comum de LER, provocada pela compressão do 
nervo Mediano, que vem do braço e passa pelo punho, numa região chamada túnel do carpo. 
Esse nervo é o responsável pela movimentação do dedo polegar, além de promover a 
sensação nos dedos polegar, indicador e médio na parte da palma das mãos. Devido ao uso 
excessivo dos dedos e punhos, começa a haver uma inflamação e inchaço das estruturas que 
passam pelo túnel do carpo, resultando na compressão do nervo mediano. Como resultado, 
esse nervo passa a ficar mais "fraco", provocando a sensação de formigamento e 
amortecimento dos dedos das mãos, principalmente dos dedos polegar, indicador e médio. Às 
vezes, pode dar até a sensação de "choque" sentida nos dedos e indo em direção ao braço. 
Em geral, os sintomas pioram com o decorrer do dia, principalmente após um dia de trabalho. 
Alguns pacientes acordam no meio da noite com as mãos amortecidas. Essa doença é comum 
em mulheres de 30 a 50 anos, e acomete 3 vezes mais o sexo feminino do que o masculino. 
Normalmente, os sintomas estão presentes nas duas mãos, mas são notados primeiramente 
na mão dominante. 
DIAGNÓSTICO 
Para se fazer o diagnóstico da doença é preciso colher os dados de dor nas mãos, a 
perda de sensibilidade nos dedos, ou formigamento ou mesmo adormecimento dos mesmos. 
Também é comum o paciente se queixar que não consegue segurar bem as coisas, 
principalmente fazer o movimento de pinçar. A relação com a profissão tem importância 
fundamental no diagnóstico. Ao exame físico, um exame de grande importância é a manobra 
de Phalen, em que se pede para o paciente colocar as mãos em flexão, ou seja, com os dedos 
voltados para baixo, e unir dorso contra dorso das mãos, durante um minuto. Os cotovelos 
devem ficar num ângulo de 90 graus e na mesma altura dos punhos. A presença de dor ou 
sintomas de formigamento ou adormecimento aponta fortemente para o diagnóstico de 
Síndrome do túnel do carpo. Outro teste é o chamado teste de Tinnel que consiste da 
compressão do nervo mediano no trajeto dele pelo túnel do carpo. A presença de dor indica a 
presença da síndrome do túnel do carpo. Caso seja necessário, poderá ser feito um teste para 
medir a condução do nervo mediano, para ver se está normal ou não. Os exames de raio-X das 
mãos são importantes para afastar as outras causas de dor nas mãos, como artrites, tumores 
ou fraturas ósseas. 
 
 
TRATAMENTO 
O tratamento se baseia no uso de antinflamatórios, como o ibuprofeno, para aliviar a 
dor bem como a inflamação das estruturas envolvidas. Também o uso de munhequeiras ajuda 
a manter a articulação dos punhos fixa, aliviando assim a dor. O repouso é uma das melhores 
formas de tratamento e muitas vezes o paciente deve ficar alguns dias sem trabalhar as 
articulações para haver a diminuição completa da inflamação. Também pode ser administrada 
a vitamina B6 para melhorar as condições do nervo. Em casos mais severos, poderão ser 
utilizados corticóides injetados diretamente nas articulações afetadas. Nos casos em que há 
grande comprometimento do nervo mediano está indicada a cirurgia para a descompressão do 
mesmo. Essa cirurgia leva a uma melhora dos sintomas em 95% dos casos. 
PREVENÇÃO 
A medida mais importante é evitar usar as articulações durante muito tempo. Dê umas 
paradas no serviço para relaxar a musculatura das mãos e dedos. Outro fator importante é a 
posição em que você está trabalhando. Para aqueles que usam computadores ou máquinas de 
escrever, é muito importante a posição em que você está sentado. Os pés devem ficar 
paralelos ao chão, as pernas devem ficar flexionadas no joelho, sendo que a coxa forme um 
ângulo de 90 graus com as costas. A cadeira deve ser bem confortável e as costas devem 
estar apoiadas no encosto. Os braços devem ficar na mesma altura do teclado, sendo que as 
mãos ficam também no mesmo nível, não forçando assim os punhos. Coloque a tela do 
computador de modo que você fique a uma distância de 40 a 60 centímetros dela e sua visão 
direta forme um ângulo de 15 a 30 graus com a mesma. 
Síndrome do Túnel do Carpo - Compressão do 
nervo mediano no túnel do carpo. 
As causas mais comuns deste tipo de lesão 
são as exigências de flexão do punho, a extensão do 
punho e a tenossinovite no nível do tendão dos 
flexores - neste caso, os tendões inflamados levam a 
uma compressão crônica e intermitente da estrutura 
mais sensível do conjunto que compõe o túnel do 
carpo: o nervo mediano. 
 
 
 
 
 
 
Tendinites dos Extensores dos Dedos 
O QUE É? 
Tendões são estruturas que se parecem com cordões extremamente fortes, 
responsáveis pela fixação dos músculos nos ossos. Toda vez que o músculo se contrai, os 
tendões se esticam, dando-se assim o movimento desejado. O termo tendinite significa uma 
inflamação dessas estruturas, em geral causada por excessivo uso daquela articulação 
envolvida. A tendinite pode ocorrer em qualquer articulação, mas é mais comum nos punhos, 
nos joelhos, ombros e cotovelos. Devido à inflamação, a pessoa irá apresentar dor quando 
movimentar as articulações em questão. No caso das mãos, possuímos um grupo de músculos 
que estendem os dedos e as mãos, e os respectivos tendões passam pela parte dorsal das 
mãos. Da mesma forma que para a síndrome do túnel do carpo, o uso excessivo e repetitivo de 
certa articulação irá provocar o inchaço das estruturas presentes nas costas das mãos, 
provocando dor ao movimento dos dedos e punhos. 
 
 
DIAGNÓSTICO 
Pode ser feito através da queixa do paciente que revela dor na parte dorsal da mão, 
principalmente após o uso excessivo daquelas articulações. O paciente pode se queixar de 
fraqueza nas mãos bem como sensação de queimação em vez de dor. 
TRATAMENTO 
O tratamento indicado é o uso de antiinflamatórios e repouso da articulação envolvida. 
PREVENÇÃO 
É preciso tomar cuidado com a posição em que se está sentado, observar a posição 
dos braços e mãos, principalmente para aqueles que trabalham com computadores e máquinas 
de escrever. Os punhos devem sempre ficar numa posição confortável, evitando que eles 
fiquem desalinhados com os braços e o teclado. Da mesma forma, pare o seu trabalho de 
tempos em tempos para relaxar a musculatura e os tendões. 
 
Tendinite - Inflamação aguda ou crônica dos tendões. Manifestam-
se com mais freqüência nos músculos flexores dos dedos, e 
geralmente são provocados por dois fatores; movimentação 
freqüente, e período de repouso insuficiente. 
Manifesta-se principalmente através de dor na região que é 
agravada por movimentos voluntários.Associados à dor, 
manifestam-se também edema e crepitação na região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tenossinovite dos Flexores dos Dedos 
O QUE É? 
Os tendões flexores dos dedos estão presentes na parte da palma das mãos. Esses 
tendões estão recobertos por uma bainha chamada sinovial, que faz com que a contração do 
músculo fique mais "macia". Quando ocorre a inflamação dessa bainha sinovial, usa-se o termo 
tenossinovite, no caso dos tendões que fazem à flexão dos dedos. Devido à inflamação da 
bainha, quando houver contração do músculo para movimentar os dedos, aparecerá o sintoma 
de dor local, e o movimento das mãos não será bem realizado. 
DIAGNÓSTICO 
O paciente irá se queixar dor e inflamação na parte interna da mão, principalmente 
quando fizer o movimento de flexão dos dedos (quando a pessoa fecha as mãos, por exemplo) 
TRATAMENTO 
Da mesma forma, usam-se antiinflamatórios para aliviar a dor e inflamação, bem como 
é indicado o repouso das articulações envolvidas. 
 
 
 
 
 
 
 
Tenossinovite – Inflamação aguda ou crônica das bainhas dos tendões. Assim como a 
tendinite os dois principais fatores causadores da 
lesão são; movimentação freqüente, e período de 
repouso insuficiente. 
Manifesta-se principalmente através de dor na região 
que é agravada por movimentos voluntários. 
Associados à dor, manifestam-se também edema e 
crepitação na região. 
 
 
 
 
 
 
Tenossinovite Estenosante 
(Dedo em Gatilho) 
O QUE É? 
Essa doença envolve os tendões flexores dos dedos das mãos, que passam por túneis 
dentro dos dedos. Se houver a formação de um nódulo sobre o tendão ou ocorrer um inchaço 
na bainha que o cobre, ele então se tornará mais largo, ficando comprimido nos túneis por 
onde ele passa. Conforme a pessoa mexe os dedos, ela irá sentir um estalo ou escutar um 
barulho na articulação envolvida, principalmente no meio dos dedos. 
DIAGNÓSTICO 
Pode ser feito através dos sintomas apresentados, bem como a referência de que a 
pessoa trabalha em serviços que requerem o uso da palma das mãos e o movimento de fechar 
os dedos, como carimbar e grampear, em movimentos repetitivos e por longos períodos. 
TRATAMENTO 
O tratamento mais indicado para este problema é o uso de antiinflamatórios e repouso 
das articulações. 
PREVENÇÃO 
Evitar o uso repetitivo das articulações, se possível usar um grampeador elétrico ou 
que ele seja acolchoado para evitar que a palma das mãos se force. A mesma coisa é válida 
para os carimbos. Também podem ser usadas luvas com gel para que amorteçam a batida 
contra a palma das mãos. 
 
 
 
 
 
Epicondilite Lateral 
O QUE É? 
Essa doença é conhecida como tennis elbow (cotovelo de tênis) e, é causada pela 
inflamação das pequenas protuberâncias dos ossos do cotovelo, os chamados epicôndilos. 
Neste caso, os ossos envolvidos são os epicôndilos laterais, ou seja, da parte de fora do braço. 
Apesar do nome, poucos tenistas apresentam essa doença, sendo mais comum em pessoas 
que trabalham levantando peso, donas de casa, pessoas que fazem trabalhos manuais e que 
trabalham em escritórios. Alguns músculos que promovem a retificação do punho e dos dedos 
 
são presos pelos tendões no epicôndilo lateral do cotovelo. Quando houver um uso excessivo 
dessas estruturas, começará a se desenvolver uma inflamação das mesmas, iniciando os 
sintomas de dor. 
DIAGNÓSTICO 
O paciente pode se queixar de dor aguda quando roda o antebraço. Em geral, a 
pessoa vai notando que a dor vai aumentando gradativamente conforme o uso das 
articulações, como ao abrir latas, ou ao abrir as fechaduras das portas ou mesmo quando vai 
parafusar alguma coisa. As outras doenças que causam inflamação e inchaço das juntas, como 
artrite, etc. 
TRATAMENTO 
Em geral é feito com o repouso da articulação em questão e com o uso de 
antiinflamatórios. São úteis também os exercícios de alongamento do antebraço e músculos 
das mãos. Poderá ser usado um suporte para o antebraço, para reduzir a pressão na área 
afetada. Em casos mais graves, podem ser injetados corticóides no local afetado. Caso não 
haja melhora, poderá ser indicada cirurgia para alívio dos sintomas. 
 
Doença de Quervain 
O QUE É? 
Essa doença decorre da inflamação dos tendões que passam pelo punho no lado do 
polegar. Se houver um uso excessivo dessa articulação, poderá ocorrer a inflamação desses 
tendões, dificultando o movimento do polegar e do punho, principalmente quando for pegar 
algum objeto ou rodar o punho. Em geral as pessoas que trabalham em escritório arquivando 
documentos, ou datilografando ou escrevendo a mão, em que há uso constante do polegar em 
direção ao dedo mínimo são as mais propensas a apresentar essa doença. 
DIAGNÓSTICO 
O paciente irá revelar dor na região do polegar e punho, principalmente se estiver 
relacionada com profissões acima relacionadas. A manobra de Filkestein é em geral positiva, 
em que se segura a mão do paciente na parte das costas e leva-se o polegar em direção ao 
dedo mínimo e faz-se a flexão do punho. O paciente irá apresentar dor na região do punho que 
poderá se irradiar para o braço. 
TRATAMENTO 
O tratamento para a doença de Quervain consiste no uso de antiinflamatórios e 
repouso da articulação envolvida. 
PREVENÇÃO 
Procure relaxar as mãos durante o trabalho. Alterne o uso do polegar direito com o 
esquerdo quando for digitar a barra de espaço do computador ou máquina de escrever. 
Sempre se sente confortavelmente, com os punhos sempre no 
mesmo nível das teclas. Procure usar canetas e lápis que sejam 
bem confortáveis nas mãos, para não forçar o polegar. Se você 
trabalha com uma atividade que faça movimentos de pinçamento, 
use luvas de borracha e alterne as mãos. 
 
Síndrome de DeQuervain - Constrição dolorosa da bainha comum 
dos tendões do longo abdutor do polegar e do extensor curto do 
polegar. Estes dois tendões têm uma característica anatômica 
interessante: correm dentro da mesma bainha; quando friccionados, 
costumam se inflamar. 
 
O principal sintoma é a dor muito forte, no dorso do polegar. 
Um dos principais fatores causadores deste tipo de lesão está no ato de fazer força 
torcendo o punho. 
 
 
 
 
 
Bursite e a tendinite 
 
 São condições inflamatórias que comumente ocorrem no ombro. As bolsas são sacos 
cheios de líquidos que impedem o atrito entre as estruturas articulares durante a atividade 
articular. Quando inflamadas, elas se tornam dolorosas. De maneira similar, as bainhas 
tendinosas dos músculos ficam inflamadas com o estiramento repetitivo. A inflamação provoca 
a proliferação da membrana sinovial e a formação de pano, o que restringe a movimentação 
articular. 
 
TRATAMENTO 
Conservador inclui o repouso do membro, o gelo e o calor intermitentes na articulação, 
e as drogas antiinflamatórias não-esteroidais para controlar a inflamação e a dor. 
 
 
Doenças congênitas do aparelho locomotor 
Pé torto congênito 
O Pé Torto Congênito (PTC) é uma deformidade complexa que envolve ossos, músculos, 
tendões e vasos sangüíneos. O pé é geralmente pequeno e assume a posição em eqüino-varo-
supinado (calcanhar elevado, pé voltado para dentro e rodado para cima) (Figura 1). 
 
 
 
Causa 
A causa do PTC ainda não é bem conhecida. Algumas teorias procuram explicar o mecanismo 
pelo qual se desenvolve a deformidade. De acordo com a teoria esquelética, o defeito primário 
estaria na deformidade de alguns ossos do pé. A teoria muscular fundamenta-se em achados 
de estudos ao microscópio eletrônico, que demonstram alterações de fibras musculares no 
PTC. Conforme a teoria neurológica as alterações primárias estariam nos nervos periféricos. A 
teoria vascular baseia-se no fato de que anomalias arteriais em fetos e embriões podem 
determinar deformidades congênitas. Existe ainda a teoria da‘parada do desenvolvimento 
embrionário’ que defende a idéia de que o pé permaneceria em seu estado embrionário desde 
a 5a. semana de gestação. 
Estudos realizados em famílias de pacientes com PTC comprovam a importância da genética 
no aparecimento da deformidade, mas o exato mecanismo de herança ainda não foi 
determinado, talvez por existirem diferentes padrões de herança e causas. De qualquer forma 
a herança que mais tem sido considerada é a multifatorial, na qual há vários fatores envolvidos 
no desenvolvimento de uma deformidade congênita. Estes fatores são genéticos e ambientais. 
Partindo da suposição de um padrão de herança multifatorial e de estudos epidemiológicos, a 
recorrência da deformidade em um casal que tem um filho com PTC é, em média, de quatro 
por cento. 
Tratamento 
O tratamento deve ser iniciado logo após o nascimento com manipulação seriada e gesso (a 
cada semana, o pé da criança é suavemente estendido pelo ortopedista e a deformidade vai 
sendo corrigida gradativamente). Após cada manipulação é feita imobilização com gesso. A 
resposta a este tipo de procedimento é boa em muitas crianças. 
Quando não se consegue uma boa posição do pé com manipulação seriada e gesso, o 
tratamento cirúrgico deve ser considerado. A idade ideal da cirurgia do PTC permanece 
controversa. Há ortopedistas que recomendam a realização do procedimento nas primeiras 
semanas de vida, mas não há, na literatura, registros que realmente comprovem que crianças 
operadas precocemente apresentam melhores resultados. 
 
O que significa o termo displasia? 
 
Significa desenvolvimento anormal de órgãos e tecidos que causam deformidades, podendo ou 
não ser hereditárias. 
 
 
 
 
O que significa displasia de desenvolvimento do quadril (DDQ)? 
 
 
É uma situação presente ao nascimento, em que a criança apresenta graus variáveis de 
estabilidade do quadril, que pode ser só instável e hipermóvel ou pode se apresentar luxado 
(fora do lugar). 
Trata-se de uma doença de difícil diagnóstico, de evolução silenciosa, pois não apresenta 
nenhum sintoma até o início da marcha e, se não diagnosticada e tratada adequadamente, 
poderá levar à incapacidade definitiva. 
É mais freqüente em meninas e a incidência varia de 1:1. 000 a 15: 1000 nascidos vivos, 
mudando consideravelmente de acordo com a região geográfica. Em lugares onde os bebês 
são carregados com os quadris dobrados (África, Ásia) praticamente não existe o problema, 
enquanto nos países frios da Europa, em que as crianças são enroladas como charutinho e os 
quadris ficam em extensão, a incidência é maior. 
 
Como é a evolução da DDQ? 
 
A instabilidade articular é o primeiro evento que acontece no desenvolvimento da displasia. 
Nesta fase inicial do processo, a cabeça femoral não está deslocada, o que torna o diagnóstico 
mais difícil, porque o exame clínico é praticamente normal. 
A partir desta fase do desenvolvimento, o quadril pode evoluir para três situações diferentes. 
Primeiro, para uma forma satisfatória e se normalizar. Segundo, para a luxação. Terceiro, 
estabilizar-se e guardar os sinais de displasia, o que conduzirá fatalmente para o quadro de 
osteoartrose precoce do quadril. 
 
Como se apresenta o quadril instável no recém-nascido? 
 
Apresenta-se ao exame clínico como se estivesse mais “frouxo”, permitindo um movimento um 
pouco mais amplo entre a cabeça femoral e o acetábulo (parte do quadril onde se encaixa a 
cabeça femoral). Há uma sensação de contenção mais “frouxa” da cabeça do fêmur. Esta 
percepção é difícil e exige experiência do examinador. Mesmo o mais experiente dos 
examinadores poderá não reconhecer ou ser enganado por este sinal clínico tão discreto 
encontrado nos casos de displasia escondida do quadril. O diagnóstico só poderá ser feito se 
for considerada essa hipótese. 
 
Como identificar as crianças portadoras de displasia escondida do quadril? 
 
O primeiro passo é identificar a criança e o quadril que necessita ser tratado. É muito 
importante identificar as crianças portadoras de displasia escondida do quadril, porque o 
tratamento necessita ser precoce, de preferência no período neonatal. Existem fatores de risco 
que ajudam a identificar esses recém-nascidos. 
 
A associação dos fatores de risco a alterações do exame clínico facilita o diagnóstico. As 
alterações clínicas mais comuns encontradas nas crianças com displasia escondida do quadril 
 
são a assimetrias de pregas cutâneas e a limitação da abdução (abertura) das articulações 
coxofemorais. Uma vez feito o diagnóstico da displasia, o tratamento deve ser iniciado 
imediatamente. O atraso pode causar deformidades residuais definitivas, e eventual artrite 
degenerativa que comprometerá a função articular. 
 
Como os pais podem desconfiar? 
Freqüentemente, há casos de luxação do quadril na família. No berçário da Maternidade é feito 
um exame simples dos quadris chamado de Ortolani em que é testada a estabilidade do 
quadril. Tal exame é obrigatório por lei e deve ter o resultado anotado no exame médico inicial 
do bebê. Na suspeita de instabilidade ou luxação, o bebê deve ser encaminhado para o 
Ortopedista nos primeiros dias de vida para tratamento especializado. 
A observação pelos pais de que a criança começou a andar e está mancando constitui uma 
tragédia pois o tratamento está atrasado pelo menos um ano e qualquer método de tratamento 
instituído será insuficiente para proporcionar um quadril normal. 
 
 
Como deve ser o tratamento deste quadro? 
Deve ser iniciado precocemente por Ortopedista afeito à Pediatria. O bebê será submetido a 
um exame de Ultra-som dos quadris que determinará a extensão do problema. O tratamento, 
inicialmente, é sempre clínico, com o uso de aparelhos ortopédicos que objetivam manter os 
quadris dobrados e com certo grau de movimento, para que sejam moldados e encaixados no 
osso da bacia. Caso este encaixe não aconteça de maneira adequada, a criança poderá ser 
submetida a manipulações sob anestesia e a cirurgias para se efetuar a correção articular. 
 
Escoliose 
É o termo que designa um desvio da coluna vertebral no plano frontal. É uma patologia que 
aparece e progride, principalmente, em pacientes em fase de crescimento, sendo, portanto, 
uma doença da infância e adolescência. 
A maioria das curvaturas congênitas aparece e é visível ao nascimento. Entretanto, algumas 
anormalidades congênitas leves podem não aparecer durante o crescimento. Em geral, o uso 
de coletes nestas curvaturas é ineficiente e se houver progresso da curva, será necessária à 
cirugia. 
 
Tratamento 
Se a curvatura for leve (< 20), será adequada uma consulta clínica anual para radiografar. 
Quando a curva for de etiologia apropriada e não grave o suficiente para a cirurgia, o 
tratamento com colete será o de escolha. O uso do colete também pode ser indicado para 
segurar a coluna de uma criança até que esta atinja a idade adequada para cirurgia. O 
tratamento é feito com colete de Milwaukee, combinado com exercícios específicos. Em muitos 
casos, o colete deve ser usado por um período de 23 horas por dia, sendo retirado apenas 
para o banho. 
 
As principais indicações para a cirurgia são as seguintes, compressão medular, progressão da 
curva, dor intensa, dificuldade respiratória e estética. 
O principal procedimento cirúrgico é a fusão espinhal com ou sem instrumentação com haste 
de Harrington. 
 
 
Luxação congênita de joelho 
Patologia de joelho infantil geralmente são observadas ao nascimento e relacionam-se com a 
perna das relações articulares dos joelhos, por isso o termo luxação. A tíbia pode apresentar-
se em contato com uma região maisanterior dos côndilos femorais, diferindo assim do 
indivíduo normal. Pode estar associada à luxação congênita de quadril, doença de Ehnler-
Danos, Down,... E já foi observado, um ou outro caso associado à Mielomeningocele. 
Alguns autores acreditam que este tipo de patologia se deve a um aumento na pressão intra-
uterina, associado com o joelho em extensão. Pois, ao contrário do adulto, o feto tem uma 
tendência à instabilidade anterior dos joelhos; logo este aumento de pressão poderia levar a 
uma luxação anterior da tíbia sobre o fêmur. 
Quando existe agenesia de ligamento cruzado anterior – ligamento responsável pela 
manutenção da estabilidade anterior do joelho, iremos encontrar a luxação congênita de joelho. 
 
Classificação 
Grau I – até 20 graus de anteversão – pode ser corrigido manualmente; 
Grau II – acima de 20 graus – não conseguem a correção manual, por termo encontrado uma 
anteriorização tibial em relação aos côndilos femorais; 
Graus III – não há contato das superfícies articulares nesta situação. 
 
 
Princípios, tipos e complicações do tratamento com 
imobilizações 
 
Por Que Imobilizar? 
As imobilizações não são novas. Na verdade, elas vêm sendo usadas por milhares de 
anos. 
Eles possuem várias utilidades. A imobilização mantém os ossos quebrados no devido 
lugar, impossibilitando sua movimentação até que eles curem. A imobilização também é 
utilizada para ajudar na cura de outras lesões, tais como distensões - uma distensão é uma 
lesão no ligamento (o tecido firme de suporte de uma junta). Em alguns casos, o gesso é 
aplicado após certas cirurgias. 
 De que materiais são feitas as Imobilizações? 
 A maioria das imobilizações ainda são feitas do primeiro material encontrado perto de 
Paris, denominado "Gesso de Paris". Na verdade, a imobilização é geralmente feita com uma 
bandagem coberta com gesso que vem em tiras ou rolos. A bandagem é mergulhada em água 
e aplicada na parte do corpo, que estiver lesionada. Ela se molda ao formato e endurece à 
medida que seca. 
 Também são utilizados materiais sintéticos nas imobilizações. A fibra de vidro é mais 
freqüentemente utilizada por ortopedistas para cuidar de alguns tipos de ossos quebrados. 
Imobilizações com fibra de vidro possuem algumas vantagens em relação às imobilizações 
feitas com gesso. Essas podem ser umedecidas sem sofrer sérios danos, são leves e de uso 
prolongado. Raios-X podem ser tirados com a imobilização aplicada para medir o processo de 
cura. Isso se deve ao fato de que os Raios-X penetram mais facilmente o material sintético do 
que o gesso. 
 Como é feita a Imobilização? 
 Antes da colocação do gesso ou da fibra, uma proteção é colocada sobre a pele para 
proteger o osso e a pele do contato direto ou da pressão contra o imobilizado. A quantidade de 
proteção depende do formato da imobilização, de seu propósito e da seriedade da lesão. A 
imobilização deve ser feita de forma que os ossos lesados sejam mantidos no lugar adequado 
para que possam curar corretamente. O inchaço diminui e o gesso torna-se folgado, podendo 
ser substituído se necessário, para que seu ortopedista certifique-se de que os ossos 
quebrados não se movam. 
 Tipos de Imobilização 
 As imobilizações ocorrem de várias formas, dependendo de seu propósito. Para 
antebraços quebrados, a imobilização pode estender-se até o cotovelo ou ultrapassá-lo um 
pouco. Da mesma forma, a imobilização da canela pode estender até o joelho ou ultrapassá-lo. 
Algumas imobilizações do pé e perna possuem uma aplicação na sola chamada "caliper" ou 
salto de borracha, para que possa ser possível caminhar sem o uso de muletas, embora o seu 
médico possa recomendar o uso de uma bengala ou de muletas para ajudá-lo a caminhar 
enquanto estiver usando o gesso. O seu médico também pode explicar o quanto você pode 
usar o osso quebrado enquanto ele estiver curando. 
 Acostumando-se com a Imobilização 
 Para que o tratamento de imobilização seja bem sucedido, você deve seguir as 
instruções de seu médico com cuidado. As seguintes informações são destinadas a prover 
alguns conselhos, mas não devem substituir o seu cirurgião ortopedista. 
 O inchaço no local da lesão é muito comum, o que gera uma pressão contra a 
imobilização. Então, nas primeiras 48 horas ou mais após o imobilizado ter sido colocado, você 
provavelmente sentirá ele apertado. Para que esse inchaço seja reduzido: 
 Eleve a parte lesada a um nível acima do coração, colocando travesseiros ou algum 
outro suporte ( você terá que se reclinar se a imobilização for na perna ). 
 
Coloque gelo na imobilização; ele deve ser colocado dentro de um saco plástico seco e 
envolver metade da imobilização. Sacos plásticos ou recipientes rígidos que toquem a 
imobilização em somente um ponto não serão suficientes. 
 Para proteger a imobilização até ela secar - dois a três dias para gesso e, geralmente, 
menos de um dia para materiais sintéticos: 
Manuseie com cuidado a imobilização. Mantenha-a destapada e seca. Uma fina toalha 
de rosto pode ser usada, se necessário, para manter a umidade do saco de gelo longe da 
imobilização. 
Não caminhe com uma imobilização se essa não estiver completamente seca. 
Mantenha a imobilização longe de superfícies duras e pontiagudas para não deformá-
la. 
 Sinais de Atenção que seguem a Colocação de Imobilizações 
 Na maioria dos casos, você pode esperar somente por pequenos problemas para se 
ajustar à imobilização. Algumas vezes, entretanto, problemas sérios ocorrem, e devem ser 
levados ao conhecimento de seu médico. Se você tiver qualquer um desses sinais a seguir, 
entre em contato com o seu médico imediatamente: 
 Aumento de dor, a qual pode ser causada por inchamento causado por muita pressão. 
 Dormência ou formigamento na sua mão ou pé, que pode ser causado por muita 
pressão nos nervos. 
 Inchaço excessivo debaixo da imobilização, o que pode indicar que o sangue está 
sendo obstruído pela imobilização. 
 Febre que não seja associada com nenhuma outra doença. 
 Também, se a sua imobilização desenvolver pontos macios ou rachaduras, ou se você 
sentir a imobilização muito frouxa ou dolorosamente apertada, você deve ter a imobilização 
inspecionada pelo seu cirurgião ortopedista. 
 Cuidando de sua Imobilização 
 Após você ter tido tempo para se ajustar à imobilização nos primeiros dias, mante-la 
em boas condições irá ajudar na recuperação. 
Mantenha o gesso sempre seco. A umidade irá amolecer a imobilização e evitar que 
essa exerça o suporte apropriado e a proteção necessária à lesão. Você pode usar proteções 
plásticas ou comprar proteções à prova de água para manter a imobilização seca enquanto 
você toma banho ou se lava. 
Mantenha o interior de sua imobilização seco. Enquanto uma imobilização de fibra de 
vidro ou de plástico é mais resistente à água do que gesso, a proteção que é colocada não é 
resistente. Proteção molhada em contato com a pele pode causar irritação. 
Mantenha pó, sujeira e areia longe do interior da imobilização. 
Não enfie objetos dentro da imobilização para coçar a pele irritada. Se a coceira 
continuar, contate seu médico. 
Não arranque cantos da sua imobilização ou apare-a antes de perguntar ao seu 
cirurgião ortopedista. 
Inspecione a pele ao redor da borda da imobilização. Se ela se tornar vermelha ou 
inchada, ou se você sentir um mau cheiro vindo dela, chame o seu doutor. 
 
 Inspecione a imobilização regularmente. Se ela possuir rachaduras ou pontos macios, 
contate o seu médico. 
 Nunca remova uma imobilização você mesmo. O seu cirurgião ortopedista tem uma 
ferramenta especial para fazer isso. 
Finalmente, use bom senso, conscientize-se de que você tem uma lesão séria, e 
proteja a sua imobilização de danos para que ela possa proteger a sua lesão enquanto ela 
cura. 
 Embora sendo uma

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