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Pessoa Jurídica: Conceito e Classificação

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Civil 2
Aula 1
Guerra
Bibliografia
Não segue nenhum livro específico. Três manuais para se situar: Caio Mário, Venosa (Benosa?), Nelson Rosewald. Se não tiver
um manual e vai escolher, perder um tempo na biblioteca para escolher o certo.
- Pessoa Jurídica
Para darmos pessoa jurídica precisamos discutir pessoa. Se você lembrar que o conceito de pessoa é diferente no direito para
o que se vê no dia a dia. Se usa a palavra pessoa no sentido de ser humano, mas para o direito significa sujeito de direito,
todo aquele que é capaz de contrair direitos e assumir obrigações. Todo esse é sujeito de direito.
A grosso modo se divide as pessoas em dois grupos, a pessoa natural, a pessoa física, e a pessoa jurídica, que é "a tal da
associação, da fundação". É importante salientar que existe uma vertente de direito civil constitucional, incluindo o profes
sor, que são um pouco alternativos, por isso veremos a visão clássica e a atual. Uma coisa é a pessoa jurídica na década de
80 era muito dividido e distinto, mas atualmente há uma aproximação maior entre os dois. Como o exemplo já visto de direitos
da personalidade para pessoas jurídicas.
Vamos começar com a classificação das pessoas jurídicas. A primeira coisa a se falar é sobre a expressão "pessoa jurídica".
Até hoje o direito não conseguiu encontrar uma expressão boa para "pessoa jurídica". O Código Civil Brasileiro segue o CC ale
mão e seguiremos o direito alemão em sua definição de pessoa jurídica. O CC português é mais literal, usando "pessoa coletiva
". O CC francês e suíço usa "Pessoa Moral". A legislação tributária criou uma coisa chamada CNPJ e por isso se pegou a expres
são usada.
Existe uma divisão que data do direito romano, usando um pouco da idéia do direito português, quando se pensa em uma pessoa
jurídica se pensa em coletividade, aquilo que o direito romano chamava de universitas, a ideia de ser universal. A grosso mo
do, teriamos dois tipos de universitas, Pesonarum e Bonorum. A primeira referindo a uma universidade de pessoas, como uma so
ciedade. Existe também uma universidade de bens (bonorum), que são as fundações.
Quando formos falar de fundação, vamos ver que a sua definição é de conjunto de bens, nascendo de uma universidade de pessoas
.
A pessoa jurídica se divide em dois tipos, de direito público e de direito privado. Em algum momento enfrentamos dois proble
mas, que existe uma diferença entre direito público e privado, que a 50 anos atrás era absoluta, mas existem vários autores
que combatem isso, mas no direito é importante também pelas normas que serão aplicadas a cada tipo de pessoa jurídica. Mas a
diferença não é absoluta. Na PJ de direito público se predomina o direito público, o Estado está presente, entretanto, esse
direito público não se aplica de maneira absoluta. Não se pode afirmar que só o direito se aplica a essas pessoas e também é
assim no direito privado, no qual o direito privado predomina, mas não se pode afirmar que não há instituto de direito públi
co na PJ de direito privado.
Quando chegarmos em contratos vamos estudar uma série de institutos que vai valer para direito público. Vamos estudar abuso
do direito que vale para os dois direitos. Uma licitação também é uma idéia do direito público que pode ser usada no direito
privado da PJ. Essa diferença que era distante no passado é mais próxima na aplicação recente.
Diante isso, vamos para PJ do direito público, que se divide em dois tipos, Externo e Interno. O externo é para as relações
internacionais e o Interno é para dentro do país. É o exemplo da União. A Pessoa Jurídica do direito público externo é regida
pelo direito público, que são compostas pelos estados extrangeiros e também os organismos internacionais, como a ONU, OEA,
Mercosul e por isso, isso é matéria do direito internacional público.
As pessoas jurídicas de direito público interno, temos as pessoas políticas. Podemos não encontrar essa nomenclatura mas sim
ente político, que é uma diminuição da palavra entidade, que é a Pessoa Jurídica. As pessoas políticas são as que têm base
do termo constitucional, enumeradas no artigo 18 da constituição, com a União, os Estados, os Municípios e o DF. No passado
se incluiam os territórios, mas ele não está nas pessoas políticas. São dotados de autonomia dentro do texto constitucional.
Já as pessoas administrativas, que estudaremos em direito administrativo, são as autarquias, como o BACEN, as agências regula
doras, as fundações públicas e as associações públicas.
Em 2005 se criaram os consórcios dentro do direito administrativo que possibilita as unidades públicas de se unirem em associ
ação, se chamando associação pública, que é o caso do Rio 2016, uma PJ de Direito Público, criada para as olimpíadas, da uni
ão com o Estado do Rio de Janeiro que existe para esse fim.
As PJ de direito privado temos as pessoas administrativas, aquelas que fazem parte da administração pública, que é o caso das
empresas públicas, como a Caixa Econõmica, as sociedades de economia mista e as fundações públicas. Quando estudarmos direito
administrativo veremos que as fundações podem ser de direito público ou de privado. Ao criar a fundação se pode optar entre
direito público ou privado. também temos as subsidiárias de pessoas administrativas e os entes de cooperação, essas que coope
ram com o poder público sem fazer parte dele, como o SENAI, SEBRAE, dentre outras, chamados de serviços sociais autônomos.
Nessas, o poder público contribui indiretamente com incentivos fiscais e parte de arrecadação dos segmentos desses serviços é
destinada a eles.
Com a evolução do tempo, passaram a existir outras instituições, que são as OS e OSICS (Organizações Sociais e Organizações
da Sociedade Civil de Interesse Público), que são entidades privadas, ou ONGS, que recebem esse título do estado, que gerem o
serviço público ou fazem parcerias com esse. Além desses, temos os partidos políticos, que antigamente era pessoa política do
direito público na ditadura, e hoje em dia é uma PJ privada. Também temos as organizações religiosas, que são PJ do direito
privado também. Qualquer organização religiosa reconhecida como tal é pessoa jurídica do direito privado.
As associações também são PJ do direito privado, chamadas de associações civis, as entidades sem fins lucrativos, que um bom
exemplo são os Centros Acadêmicos. Ao lado delas, podemos incluir as Fundações Privadas, da mesma maneira que as Públicas pa
ra a PJ do direito público. Também temos as sociedades, que têm fins lucrativos, que se dividem em Simples e Empresariais.
Logo, associações não têm fins econômicos, ao contrário das sociedades. Além destas, temos as Empresas Individuais de Respon
sabilidade Limitada.
Existem seres que não são nem PF nem PJs. O direito processual chamam de pessoa formal, e outros de quase pessoa. Essa "qua
se pessoa" tecnicamente não é uma Pessoa Jurídica, mas eles têm capacidade processual, podendo ingressar em juízo ou podem
ser acionados. É o caso do espólio, o conjunto de bens e dívidas que um falescido deixa.

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