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Exercício módulo 3 Fiscalização de Contrato

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Turma 2/2017 - Gestão e Fiscalização de Contratos Administrativos
Painel
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gestao_contratos| Turma 2/2017
Módulo 3 - Fiscalização de Contrato
Exercício Avaliativo 3
	Iniciado em
	segunda, 18 set 2017, 14:34
	Estado
	Finalizada
	Concluída em
	terça, 19 set 2017, 10:09
	Tempo empregado
	19 horas 34 minutos
	Notas
	10,00/10,00
	Avaliar
	30,00 de um máximo de 30,00(100%)
Parte superior do formulário
Questão 1
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
O fiscal do contrato é o representante da administração mais próximo da relação contratual estabelecida com um particular, e deve atuar dentro dos limites estabelecidos pela legislação, de modo que exerça sua atividade no intuito de contribuir para a boa gestão dos recursos públicos.
Marque a alternativa correta acerca do Fiscal de Contrato.
 
a. O fiscal do contrato e o preposto têm a mesma função, embora estejam em lados opostos na relação contratual.
b. A comissão de fiscalização não se confunde com o fiscal de contrato, pois apenas este último tem competência legal para atuar (art. 67 da Lei 8.6661/993), sendo a comissão mera auxiliar do fiscal.
c. Toda contratação pública deverá ter um fiscal designado, de modo que a Administração assegure-se do correto cumprimento das obrigações assumidas.
d. A designação de servidor como fiscal de contrato que tenha participado da licitação que o antecedeu atenta contra o princípio da segregação de funções. 
Essa é a resposta correta. Como a atividade de fiscalizar implica em confrontar procedimentos anteriores da Administração com os procedimentos praticados pelo contratado, o princípio da segregação das funções impõe que a fiscalização de contratos decorrentes de atos pretéritos da Administração seja exercida por servidor diverso daquele que participou da escolha do ora contratado.
e. A estabilidade funcional é condição necessária para o servidor ser designado fiscal de contrato.
Feedback
Três coisas tem que ser observadas quanto ao fiscal do contrato: a competência legal para o exercício da atividade; a distinção com a figura do preposto; e os destinatários da atividade.
Não há que se questionar a ausência de dispositivos legais que disciplinem a atividade de fiscal de contrato quando de sua atuação, e, com base em documentos produzidos por ele, decorrer aplicação de sanções ao contratado, pois além das disposições expressas da Lei 8.666/1993, diversas normas regulamentadoras e disciplinadoras dos próprios órgãos contratantes ou órgãos centrais dão amparo legal para a atuação. Ainda que dela decorra alcance patrimonial de terceiros, ou seja, aplicação de penalidades pecuniárias ou restritivas.
Para que esse arcabouço normativo tenha efetividade, as formalidades legais devem ser seguidas a risca, a começar com a designação pela autoridade competente de pessoa com capacidade técnica e jurídica para o exercício da atividade. Está última configurada na limitação do exercício da atividade apenas por servidores públicos, restando para terceiros não integrantes dos quadros da Administração, apenas a atividade auxiliar e subordinada à fiscalização.
Por fim, considerando a possibilidade de a fiscalização ser exercida por comissão, e não de modo monocrático, é importante destacar que essa comissão, e mesmo a atividade fiscalizatória, não se confunde com os procedimentos de recebimento definitivo do objeto do contrato, disciplinado pelo art 73, da Lei 8.666/1993.
Gabarito: A designação de servidor como fiscal de contrato que tenha participado da licitação que o antecedeu atenta contra o princípio da segregação de funções.
Essa é a resposta correta. Como a atividade de fiscalizar implica em confrontar procedimentos anteriores da Administração com os procedimentos praticados pelo contratado, o princípio da segregação das funções impõe que a fiscalização de contratos decorrentes de atos pretéritos da Administração seja exercida por servidor diverso daquele que participou da escolha do ora contratado.
Questão 2
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Em determinado município, o transporte escolar de alunos residentes na área rural é realizado por meio de uma empresa que disponibiliza ônibus para atender as rotas estabelecidas pela secretaria de educação. Essa empresa é remunerada mensalmente pelo total de quilômetros rodados pelos ônibus.
Você, como fiscal desse contrato, ao verificar o cumprimento das cláusulas contratuais, observou que em certo mês, em mais da metade daquelas rotas, as quantidades de quilômetros rodados superaram em 20% os quantitativos previstos inicialmente no contrato.
Qual das providências a seguir contribui mais para o esclarecimento do ocorrido?
 
a. Aguardar mais um mês para ver se a situação se repete.
b. Solicitar a seu superior hierárquico que encaminhe ao secretário de educação ofício descrevendo a situação.
c. Solicitar ao superior hierárquico que encaminhe ao secretário de controle interno ofício descrevendo a situação.
d. Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada solicitando justificativas para a situação.
e. Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada solicitando justificativas para a situação e obter informações sobre o assunto junto à secretaria municipal de educação. 
A alternativa está correta. Dentre as descritas, esta providência é a mais indicada, pois possibilitará uma justificativa da contratada e o confronto com as informações disponíveis na secretaria municipal de educação.
Feedback
O fiscal do contrato deve conhecer detalhadamente o contrato e as cláusulas nele estabelecidas. Também deverá acompanhar a execução dos serviços, neste caso, verificando atentamente as distâncias percorridas pelos ônibus.
Na situação descrita no enunciado desta questão, a melhor providência é verificar tanto junto à contratada quanto à secretaria de educação os motivos que levaram ao acréscimo de 20% nas distâncias percorridas em mais da metade das rotas.
Gabarito: Encaminhar expediente ao preposto da empresa contratada solicitando justificativas para a situação e obter informações sobre o assunto junto à secretaria municipal de educação.
A alternativa está correta. Dentre as descritas, esta providência é a mais indicada, pois possibilitará uma justificativa da contratada e o confronto com as informações disponíveis na secretaria municipal de educação.
Questão 3
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
A Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu interpretação diversa da adotada até então, acerca da responsabilidade do tomador dos serviços nos contratos chamados de terceirização, nos quais a entidade contrata mão de obra para determinadas atividades que não fazem parte de sua atividade fim.
Assinale a alternativa que expressa o entendimento do TST materializados na Súmula 331.
 
a. Para que haja a responsabilização da Administração tomadora dos serviços, é preciso que o empregador tenha inadimplido com suas obrigações, e que a tomadora do serviço tenha participado da relação processual que apurou a irregularidade, bem como reste evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações relativas à fiscalização. 
Essa é a resposta correta. As condicionantes para a responsabilização da Administração estão presentes, quais sejam: inadimplência das obrigações do empregador; participação na relação processual; e conduta culposa na fiscalização.
b. A administração é responsável solidária pelos débitos trabalhistas havidos em relação aos empregados que lhe prestaram serviço, no âmbito do contrato de terceirização de mão de obra, desde que não tenha fiscalizado corretamente o cumprimento das obrigações trabalhistas pelo empregador.
c. Para caracterização da responsabilidade subsidiária da Administração tomadora dos serviços de mão de obra, é preciso que haja pessoalidade e subordinação direta dos empregados com a tomadora dos serviços.
d. Se a empresa terceirizada não cumprir com as obrigações trabalhistas dos empregados,a Administração Pública tomadora dos serviços responde subsidiariamente em relação aos débitos trabalhistas daqueles empregados.
e. Os encargos trabalhistas não adimplidos pela empresa contratada pela Administração não torna esta última responsável solidária, mas autoriza o pagamento direto aos empregados dessas verbas não pagas pelo empregador.
Feedback
É importante observar que, enquanto a responsabilidade subsidiária impõe que primeiro se busque o cumprimento da obrigação do devedor principal, para, em não logrando êxito, cobrar do responsável subsidiário, na responsabilidade solidária, ambos são devedores conjuntos. Ou seja, nesta não há benefício de ordem nem proporcionalidade, qualquer um (ou todos) pode ser cobrado pelo todo. Naquela (subsidiária), há o benefício de ordem: primeiro se cobra de quem não cumpriu para depois cobrar daquele que, por alguma disposição, esteja na situação de responsável subsidiário.
Importante também destacarmos a responsabilidade da Administração em duas situações, que receberam tratamento distinto da Lei 8.666/1993 acerca dos débitos trabalhistas e previdenciários, decorrente da execução do contrato de terceirização: o débito trabalhista, expresso no art. 71, § 1º, da Lei, e o Previdenciário, aposto no § 2º do mesmo artigo.
Se formos ver o texto da Lei, observaremos que, para os débitos previdenciários, não tem jeito, se a empresa contratada pela Administração não pagar, quem vai ter de pagar é o órgão contratante.
Já para os débitos trabalhistas, a lei prevê expressamente que os débitos decorrentes de uma relação de emprego com a empresa terceirizada, por exemplo, não transferem tal obrigação para a Administração.
No entanto, o Tribunal Superior do Trabalho, por meio do Enunciado 331, firmou entendimento de que haveria responsabilidade do contratante em caso da inadimplência do empregador, em clara oposição à expressa disposição da Lei.
No final de 2011, o STF julgou constitucional o § 1º do art. 71 da Lei 8.666/1993, fazendo com que a aplicação do enunciado 331 fosse limitada à análise de cada caso e não mais automaticamente como vinha sendo aplicado pela justiça trabalhista, o que levou à retificação da súmula nos termos atuais, em que ainda considera a Administração subsidiária quanto a débitos trabalhistas, mas condicionada à comprovação de que houve "conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora" e que ela (Administração) tenha participado da relação processual.
Essa duas condicionantes são fundamentais para a responsabilização da Administração Pública nos termos da Súmula mencionada, pois se não houve conduta culposa, ou seja, se a Administração tomadora do serviço terceirizado adotou todas as providências quanto ao acompanhamento e fiscalização do contrato, mas ainda assim, ao final da execução do contrato, e em sede de processo trabalhista, foi constatado que a empresa estava inadimplente com as obrigações trabalhistas relativas aos seus empregados, a Administração não pode ser responsabilizada.
Além disso, e esse aspecto é muito importante, para que a Administração seja responsabilizada é preciso que ela tenha integrado a relação processual, ou seja, ela tenha sido arrolada no processo trabalhista que busca o pagamentos das verbas trabalhistas sonegadas dos empregados. Nada mais justo que esses condicionantes, pois atentaria contra o princípio do processo legal se a Administração fosse compelida a fazer algo (no caso pagar os direitos trabalhistas dos empregados do contrato) sem que tivesse a oportunidade do contraditório e da ampla defesa.
Gabarito: Para que haja a responsabilização da Administração tomadora dos serviços, é preciso que o empregador tenha inadimplido com suas obrigações, e que a tomadora do serviço tenha participado da relação processual que apurou a irregularidade, bem como reste evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações relativas à fiscalização.
Essa é a resposta correta. As condicionantes para a responsabilização da Administração estão presentes, quais sejam: inadimplência das obrigações do empregador; participação na relação processual; e conduta culposa na fiscalização.
Questão 4
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
De acordo com o Artigo 67 da Lei Federal 8.666/93, a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidia-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
Das 5 (cinco) alternativas listadas abaixo, 4 (quatro) representam situações funcionais permitidas para o fiscal do contrato e 1 (uma) representa situação funcional não permitida para o fiscal do contrato.
Qual dos itens abaixo representa a alternativa de uma situação funcional em que NÃO é permitida a indicação para o exercício da atribuição de fiscal de contrato?
 
a. Servidor Estável
b. Servidor Comissionado
c. Empregado Público
d. Empregado Terceirizado 
A indicação de terceirizados para o exercício do cargo de fiscal de contrato NÃO é permitida, em consonância com o disposto no Acórdão TCU 100/2013-Plenário. Terceirização é a contratação de serviços por meio de empresa, intermediária (interposta) entre o tomador de serviços e a mão-de-obra, mediante contrato de prestação de serviços.
e. Servidor Temporário
Feedback
Para que a Administração Pública possa efetuar uma fiscalização efetiva, eficaz e eficiente é fundamental que o fiscal do contrato tenha vínculo direto com a Administração Pública, já que, do contrário, a pessoa designada como fiscal poderia representar interesses estranhos aos do Estado, ou seja, que não almejassem ao interesse público.
Conforme os diplomas legais existentes, em especial, o artigo 37 da Constituição Federal, o inciso III do artigo 58 c/c o artigo 67, ambos da Lei n° 8.666/93, e, ainda, a Instrução Normativa da SLTI n° 02/2008, que dispõe de regras para a contratação de serviços continuados ou não, infere-se que o representante da Administração deverá ter vínculo com a Administração Pública devendo, portanto, ser servidor estável, comissionado ou empregado público. É possível também, de acordo com o entendimento do Ministério do Planejamento, a designação de servidores temporários (contratados pela Lei n° 8745/93).
Gabarito: Empregado Terceirizado
A indicação de terceirizados para o exercício do cargo de fiscal de contrato NÃO é permitida, em consonância com o disposto no Acórdão TCU 100/2013-Plenário. Terceirização é a contratação de serviços por meio de empresa, intermediária (interposta) entre o tomador de serviços e a mão-de-obra, mediante contrato de prestação de serviços.
Questão 5
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
A Instrução Normativa SLTI nº 02/2008 orienta em vários de seus dispositivos a forma como se deve proceder quando do acompanhamento e da fiscalização da execução dos contratos, em especial quando nele está envolvida a prestação de serviços com dedicação exclusiva de mão-de-obra.
Quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas e sociais, cabe ao fiscal realizar as seguintes verificações, EXCETO:
 
a. Fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação quando cabível.
b. Cumprimento das demais obrigações dispostas na CLT em relação aos empregados vinculados ao contrato.
c. Recolhimento da contribuição previdenciária estabelecida para o empregador e de seus empregados, conforme dispõe o artigo 195, § 3o da Constituição federal, sob pena de rescisão contratual.
d. Cumprimento das obrigações contidas na convenção coletiva, no acordo coletivo ou na sentença normativa em dissídio coletivo de trabalho.
e. Recolhimento do FGTS referente ao mês atual. 
Na verdade, o recolhimento do FGTS deve ser feito em relação ao mês anterior, e não no mês atual, como afirmado na alternativa.
Feedback
Para que o fiscal tenha condiçõesde efetuar seu trabalho de modo a resguardar todos os interesses da Administração Pública, é muito importante que ele, além de lançar mão dos instrumentos de praxe, procure buscar mais informações e conhecimento por meio da leitura dos manuais disponibilizados pelos diversos órgãos públicos, além da Lei, da doutrina e da jurisprudência, lembrando sempre de observar as especificidades de cada contrato nos casos concretos.
Gabarito: Recolhimento do FGTS referente ao mês atual.
Na verdade, o recolhimento do FGTS deve ser feito em relação ao mês anterior, e não no mês atual, como afirmado na alternativa.
Questão 6
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
Marcar questão
Texto da questão
Apesar de o § 1º art. 71 da Lei 8.666/1993 dispor que a inadimplência do contratado com suas obrigações trabalhistas não transfere para a Administração contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, a Justiça do Trabalho, em reiterados julgamentos, desconsidera a norma expressa na Lei de Licitações e atribui a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto aos encargos trabalhistas não adimplidos, amparada na Súmula TST 331.
Acerca da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho, indique a alternativa correta.
 
a. Se uma empresa de terceirização de mão de obra de vigilante é contratada por um órgão da Administração Pública e não paga as verbas trabalhistas dos vigilantes alocados nesse contrato, esse órgão público que firmou contrato com a empresa será responsabilizado pelo pagamento dessas verbas trabalhistas, desde que tenha participado da relação processual e não tenha exercido corretamente sua obrigação de fiscalizar o contrato, conforme previsto no art. 67, da Lei 8.666/1993. 
Essa é a resposta correta. Conforme itens IV e V da Súmula TST 331, há duas condições para que órgãos da Administração Pública sejam responsabilizados subsidiariamente por inadimplência trabalhista resultante de contratos de natureza continuada: tenha sido incluída no polo passivo da relação processual trabalhista e não tenha fiscalizado corretamente o referido contrato de modo a evitar a referida inadimplência.
b. Os empregados que prestam serviços de limpeza e conservação, por meio de empresa terceirizada, não formam vínculo trabalhista com o tomador dos serviços, ainda que haja pessoalidade e subordinação desses empregados com o tomador dos serviços.
c. A contratação de empregados por meio de empresa interposta gera vínculo empregatício qualquer que seja o empregador contratante, desde que não seja para atividade-meio, a exemplo de serviços de vigilância e conservação.
d. Se a empresa de terceirização de mão de obra (de vigilância, por exemplo) não pagar as obrigações trabalhistas de seus funcionários alocados em um contrato de vigilância patrimonial firmado com um terceiro, esse terceiro que contratou a empresa pode ser compelido a pagar tais obrigações, independentemente de cobraça anterior ao empregador, em face do instituto da solidariedade de ambos pelas obrigações trabalhistas.
e. Para a caracterização da responsabilidade subsidiária da Administração Pública por débitos trabalhistas decorrentes de obrigações do empregador não adimplidas em relação aos seus empregados, postos para a execução de serviços terceirizados contratados pela Administração, basta a simples ocorrência do inadimplemento, ou seja, do não pagamento.
Feedback
Como vimos, o art. 71 da Lei 8.666/1993 estabelece as responsabilidades por diversos encargos decorrentes da execução de um contrato administrativo.
Destaco, por mais relevantes, e que demandam maiores considerações, os débitos trabalhistas e previdenciários.
Vamos observar que o teor da Lei traz a responsabilidade solidáriada Administração contratante em relação a débitos previdenciários, mas em relação aos débitos trabalhistas sequer atribui responsabilidade do tomador dos serviços, igualando-o aos débitos fiscais e comerciais decorrentes do contrato.
No entanto, a Justiça do Trabalho, considerando o princípio da hiposuficiência do empregado nas relações de trabalho, deu interpretação diversa de modo que passou a condenar a Administração, de forma subsidiária, quando da ocorrência de débitos trabalhistas decorrentes da execução de contratos administrativos, enunciando esse entendimento na Súmula 331. Posterior, modificou o teor da súmula condicionando essa responsabilidade a ocorrência de inação da Administração quanto à sua obrigação de fiscalizar o contrato de terceirização de mão de obra.
Nesse sentido, a atividade de fiscalização de contratos assume, ainda mais, uma importância capital, de modo a prevenir que eventuais demandas trabalhistas decorrentes da relação de emprego entre o empregado e a empresa de terceirização de mão de obra venham a alcançar órgãos da Administração Pública tomadores desses serviços.
Com vistas a minimizar ocorrências que levem à responsabilidade subsidiária, diversos órgãos da Administração têm editado normas disciplinando as atividades de fiscalização de contratos, especificamente os contratos de terceirização de mão de obra, a exemplo da IN SLTI/MPOG 02/2008 (alterada pela IN SLTI/MPOG 6/2013) e da Portaria TCU 297/2012.
Gabarito: Se uma empresa de terceirização de mão de obra de vigilante é contratada por um órgão da Administração Pública e não paga as verbas trabalhistas dos vigilantes alocados nesse contrato, esse órgão público que firmou contrato com a empresa será responsabilizado pelo pagamento dessas verbas trabalhistas, desde que tenha participado da relação processual e não tenha exercido corretamente sua obrigação de fiscalizar o contrato, conforme previsto no art. 67, da Lei 8.666/1993.
Essa é a resposta correta. Conforme itens IV e V da Súmula TST 331, há duas condições para que órgãos da Administração Pública sejam responsabilizados subsidiariamente por inadimplência trabalhista resultante de contratos de natureza continuada: tenha sido incluída no polo passivo da relação processual trabalhista e não tenha fiscalizado corretamente o referido contrato de modo a evitar a referida inadimplência.
Questão 7
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
As sanções aplicadas pela Administração em face de um contrato administrativo estão reguladas na Seção II, do Capítulo IV (arts. 87 a 88) da Lei 8.666/1993 e no art. 7º da Lei 10.520/2002 (Lei do Pregão).
Com base nesses dispositivos e no que foi estudado no curso, assinale a alternativa correta.
 
a. O impedimento de licitar e contratar com a Administração por prazo não superior a 2 anos, em razão de falha na execução, independe da modalidade de licitação que precedeu o contrato.
b. A multa aplicada em face de um contrato administrativo independe de previsão no edital da licitação que o precedeu, considerando que já há previsão na Lei 8.666/1993 para a sanção, estando, assim, na seara da discricionariedade do contratante a sua gradação.
c. Por ser a sanção mais leve e não haver consequência pecuniária para o contratado, a pena de Advertência prescinde do contraditório do interessado.
d. A sanção de Advertência pode ser aplicada conjuntamente com a com multa somente quando decorrente de inexecução total do contrato.
e. A declaração de inidoneidade para contratar com a Administração Pública pode ser aplicada como sanção às empresas que tenham cometido ilícitos visando frustrar os objetivos da licitação. 
Essa é a resposta correta. Além do inciso IV do art. 87 da Lei 8.666/1993, autorizador da aplicação de declaração de inidoneidade por inexecução de contrato administrativo, o inciso II, do art. 88 do mesmo diploma autoriza a aplicação da sanção sempre que haja a prática dos atos ilícitos ali mencionados.
Feedback
A Lei do Pregão (Lei 10.520/2002) incorporou diversos dispositivos da Lei 8.666/1993, notadamente quanto à parte que disciplina os contratos administrativos decorrentes da nova modalidade de licitação introduzida no ordenamento jurídico por essa Lei.
No entanto, a sanção por inadimplemento contratual - que na referida Lei foi consignada com a expressão"falhar ou fraudar" na execução do contrato - tem disciplina própria, mais gravosa para os contratantes inadimplentes, faltosos com as obrigações assumidas.
Enquanto nos contratos decorrentes de licitações regidas pela Lei 8.666/1993 há a suspensão temporária por até dois anos e a declaração de inidoneidade enquanto perdurarem os motivos, nos contratos precedidos por Pregão a pena pode ir até 5 anos.
Nesse sentido, observa-se que houve uma mudança de 'filosofia' na nova modalidade, pois enquanto nas modalidades tradicionais predominava o controle prévio, com as exigências focadas nas formalidades; na modalidade Pregão houve a inversão dessa 'filosofia', flexibilizando as formalidades, mas impondo maior responsabilidade aos licitantes quanto ao cumprimento delas. Como contrapartida, no caso de descumprimento, a penalidade é mais gravosa.
Por fim, lembro, ainda, a possibilidade de o TCU aplicar a sanção de declaração de inidoneidade, por até 5 anos, em face de fraude à licitação, conforme art. 46 da Lei 8.443/1992 (Lei Orgânica do TCU). Nesse caso, independe da modalidade que precedeu à contratação.
Gabarito: A declaração de inidoneidade para contratar com a Administração Pública pode ser aplicada como sanção às empresas que tenham cometido ilícitos visando frustrar os objetivos da licitação.
Essa é a resposta correta. Além do inciso IV do art. 87 da Lei 8.666/1993, autorizador da aplicação de declaração de inidoneidade por inexecução de contrato administrativo, o inciso II, do art. 88 do mesmo diploma autoriza a aplicação da sanção sempre que haja a prática dos atos ilícitos ali mencionados.
Questão 8
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
De acordo com o que ensina o administrativista Hely Lopes Meirelles, existem algumas fases que integram o acompanhamento da execução do contrato pelo representante da Administração, as quais são compreendidas pela fiscalização, orientação, interdição, intervenção e aplicação de penalidades contratuais. Do seu ensinamento é possível extrair os entendimentos abaixo transcritos para cada uma das citadas ações.
Marque a alternativa em que o conceito apresentado NÃOrepresenta o entendimento do ilustre doutrinador, ou seja, em que o termo não coincide com descrição da fase dada na alternativa.
 
a. Termo: interdição
Descrição da fase: deter a execução do contrato por estar em desacordo com o pactuado.
b. Termo: aplicação de penalidade
Descrição da fase: é dever da Administração quando é verificada a inadimplência do contratado em qualquer obrigação.
c. Termo: intervenção
Descrição da fase: interceder na execução do contrato. 
Nesta alternativa, o termo não coincide com a descrição da fase. Na lição de Hely Lopes Meirelles, o verbo intervir não tem conotação de interferir ou interceder, mas significa o ato de suceder, no sentido de ocupar o lugar de outro, assumir.
d. Termo: fiscalização
Descrição da fase: verificar o material utilizado e a forma de execução do objeto do contrato, confirmar o cumprimento das obrigações tanto no aspecto técnico, quanto nos prazos de realização.
e. Termo: orientação
Descrição da fase: dar e receber informações sobre a execução do contrato; estabelecer normas e diretrizes.
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É importante lembrar que o acompanhamento de um contrato não se resume a uma atividade formal, sendo, além disso, uma garantia de que o serviço ou produto será prestado ou entregue de acordo com o previsto no contrato.
Para que um contrato seja bem gerenciado, a informalidade não poderá se fazer presente, ou seja, há que se ter atuação dentro dos limites estabelecidos, registrando e exigindo o cumprimento do que está contratado. Para tanto, é fundamental atentar para os conceitos apresentados pela doutrina de modo a assegurar a qualidade técnica da fiscalização do contrato.
Gabarito: Termo: intervenção
Descrição da fase: interceder na execução do contrato.
Nesta alternativa, o termo não coincide com a descrição da fase. Na lição de Hely Lopes Meirelles, o verbo intervir não tem conotação de interferir ou interceder, mas significa o ato de suceder, no sentido de ocupar o lugar de outro, assumir.
Questão 9
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Qual dos documentos a seguir não é essencial para o exercício da fiscalização de contratos?
 
a. Proposta da contratada e planilha de preços do contrato.
b. Edital de licitação.
c. Mapa comparativo das propostas de preços da licitação. 
Essa é a resposta correta. O documento é auxiliar nos procedimento de adjudicação do objeto da licitação ao concorrente que apresentou a melhor proposta da licitação, não interferindo na fiscalização do contrato. Logo, não é essencial para o exercício da fiscalização de contratos.
d. Termo de contrato e seus aditivos.
e. Projeto básico ou termo de referência.
Feedback
Documentos essenciais para a fiscalização são aqueles que dão ao fiscal de contratos as informações de que ele necessita para acompanhar, comparar, conferir, medir o objeto, notificar o contratado, comunicar ao ordenador de despesa, enfim, exercer sua atividade segundo as exigências da atividade.
Logo, não interessa para o fiscal a verificação de informações sem relação de pertinência com a execução do objeto, a exemplo das propostas dos demais licitantes preteridos no processo de escolha do fornecedor. Diversamente, documentos como contratos e seus aditivos, planilha de preços, termo de referência, projetos e orçamentos são fundamentais para a correta fiscalização do contrato.
Gabarito: Mapa comparativo das propostas de preços da licitação.
Essa é a resposta correta. O documento é auxiliar nos procedimento de adjudicação do objeto da licitação ao concorrente que apresentou a melhor proposta da licitação, não interferindo na fiscalização do contrato. Logo, não é essencial para o exercício da fiscalização de contratos.
Questão 10
Correto
Atingiu 1,00 de 1,00
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Texto da questão
Após a realização do processo licitatório, foi firmado um contrato para a execução de obras de construção de uma quadra de esportes dentro de uma escola. Contudo, antes do início da execução da obra ocorreu um enorme deslizamento de pedras no local ocasionado por fortes chuvas, fato esse que tornou inviável a execução contratual.
Uma vez que a empresa contratada não teve culpa no fato ocorrido, qual procedimento você recomendaria que fosse adotado pelo gestor:
 
a. Efetuar a rescisão unilateral do contrato, sendo que não haverá a possibilidade de ampla defesa e/ou contraditório por parte da contratada e nem a necessidade de uma motivação formal por parte da administração, visto ser um fato público e notório.
b. Efetuar a rescisão unilateral do contrato, caso em que a empresa contratada deverá ser indenizada apenas pelas despesas de desmobilização.
c. Rescindir unilateralmente o contrato e efetuar o ressarcimento dos prejuízos comprovados, incluindo danos emergentes, assim como providenciar a devolução da garantia e o pagamento do que tiver sido executado até a data da rescisão e do custo da desmobilização. 
Essa é a alternativa correta. Conforme o § 2º do artigo 78, da Lei de Licitações e Contratos, sempre que houver uma rescisão unilateral de um contrato administrativo por parte a administração publica, o Contratado fará jus a indenização, desde que não tenha dado razão à rescisão e que tenha agido de boa fé. Essa indenização poderá consistir no pagamento do valor corresponde à execução do contrato até a data de rescisão, em danos emergentes e lucros cessantes, e em custo desmobilização.
d. Tentar um acordo amigável com a empresa contratada para a dissolução do contrato, por meio da oferta de uma indenização a contento.
e. Tentar efetuar a rescisão do contrato na esfera judicial, de modo a não precisar pagar qualquer tipo de indenização, visto não ter sido a Administração a responsável pelo evento gerador da inviabilidade de execução do contrato.
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Com base no ensinamento de Diógenes Gasparini, é interessante salientar que a rescisãounilateral trata-se de um dever-poder conferido à Administração Pública, logo quando esta estiver diante dos pressupostos que ensejam a rescisão, não cabe nesse momento juízo discricionário, a Administração deve assim proceder (rescindir o contrato)
Leia mais: http://jus.com.br/artigos/21479/limites-das-alteracoes-unilaterais-qualitativas-dos-contratos-administrativos#ixzz2qgJZjUJD
Gabarito: Rescindir unilateralmente o contrato e efetuar o ressarcimento dos prejuízos comprovados, incluindo danos emergentes, assim como providenciar a devolução da garantia e o pagamento do que tiver sido executado até a data da rescisão e do custo da desmobilização.
Essa é a alternativa correta. Conforme o § 2º do artigo 78, da Lei de Licitações e Contratos, sempre que houver uma rescisão unilateral de um contrato administrativo por parte a administração publica, o Contratado fará jus a indenização, desde que não tenha dado razão à rescisão e que tenha agido de boa fé. Essa indenização poderá consistir no pagamento do valor corresponde à execução do contrato até a data de rescisão, em danos emergentes e lucros cessantes, e em custo desmobilização.
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