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Cestoides aula

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Cestódeos de importância 
em Medicina Veterinária 
Wendell Perinotto 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO 
RECÔNCAVO DA BAHIA 
CCA 425 – PARASITOLOGIA VETERINÁRIA 
Cestoides – características 
• Corpo geralmente em forma de fita 
• São segmentados, providos anteriormente de um órgão de 
fixação (escólex) que apresenta estruturas adesivas (ex. 
ventosas) 
• Não apresentam tubo digestivo, são hermafroditas 
• Cada proglote possui um conjunto completo de órgãos 
reprodutivos 
• Apresenta crescimento contínuo: proglotes são destacadas e 
eliminadas com as fezes e novas se formam. 
Cestoides – características 
• Corpo muito alongado 
• Parte anterior – escólex 
com 4 ventosas com ou 
sem ganchos 
• Colo ou pescoço – 
origina as proglotes (zona 
de crescimento) 
• Estróbilo – cadeia de 
segmentos: proglotes 
jovens, maduras e 
grávidas 
Cestoides – características 
Taenia taeniformis 
• Escólex ou cabeça 
• Rostro ou rostelo (presente ou não) 
• Ganchos (presentes ou não) 
• Ventosas (podem variar) 
Cestoides – características 
• Escólex ou cabeça 
Anoplocephala magna 
Anoplocephala perfoliata 
 
Cestóides – proglote 
1. Ovo 
2. Útero 
3. Canal deferente 
4. Átrio (poro) genital 
5. Vagina 
6. Ovário 
7. Canal excretor longitudinal 
8. Vitelária 
9. Canal excretor transversal 
10.Testículos 
11.Canal eferente 
12.Receptáculo seminal 
13.Oótipo 
14.Glândulas de Mehlis 
• Os ovos contém no seu interior um embrião hexacanto 
(possuem 6 ganchos) ou oncosfera que está protegido por 
uma casca estriada, escura e espessa denominada 
embrióforo. 
Cestóides – ovos 
Ovo de Taenia 
• Larva cisticerco  vesícula cheia de líquido contendo 
um único escólex invaginado fixado, às vezes 
denominado proto-escólex. 
• É a forma larvar encontrada de alguns gêneros de 
Taenia e ocorre apenas em hospedeiros vertebrados. 
Tipos de estágios larvais 
• Cisticercóide  vesícula quase sem líquido com um único 
escólex invaginado. 
• Ocorre em hospedeiros invertebrados, é a forma larval de 
Moniezia e Anoplocephala. 
Tipos de estágios larvais 
•Larva cenuro  semelhante a um cisticerco, mas 
com numerosos escólices invaginados que brotam 
da parede cística e permanecem invaginados. Ex. 
Multiceps multiceps 
Tipos de estágios larvais 
• Cisto hidático  grande cisto cheio de líquido, revestido por epitélio 
germinativo, contém numerosas vesículas originadas por brotamento 
interno que formam escólex no seu interior. Estas vesículas prolígeras 
são denominadas de “areia hidática”. O cisto é coberto por uma 
cápsula fibrosa. Ocorre em hospedeiros vertebrados, é a larva 
característica do Echinococcus granulosus. 
Tipos de estágios larvais 
Nomenclatura dos cestóides 
Formas adultas e larvais 
 
Adulto Larva infectante 
Taenia pisiformis (cão) Cysticercus pisiformis (coelho) 
Taenia hydatigena (cão) Cysticercus tenuicollis (ovelha, bi, porco) 
Taenia krabbei (cão) Cysticercus tarandi (rena) 
Taenia solium (homem) Cysticercus cellulosae (porco, homem) 
Taenia ovis (cão) Cysticercus ovis (ovelha) 
Taenia saginata (homem) Cysticercus bovis (boi) 
Hydatigera taeniaeformis (gato) Cysticercus fasciolaris (roedores) 
Taenia multiceps (cão) Coenurus cerebralis (ovelha) 
Taenia serialis (cão) Coenurus serialis (coelho) 
Echinococcus granulosus (cão, lobo) Cisto hidático (homem, ovelha, e outros) 
Echinoccocus multilocularis (cão, gato, 
raposa) 
Hidátide alveolar (homem, rato silvestre, 
e outros) 
Classe Cestoda 
Fazem parte da Classe Cestoda quatro ordens: 
• Cyclophyllidea  cestódeos com 4 ventosas parasitas do homem e dos 
animais domésticos, tem 5 famílias de interesse veterinário: 
• Taeniidae 
• Anoplocephalidae 
• Dilepididae 
• Davaineidae 
• Hymenolepididae 
• Pseudophyllidea  cestódeos com 2 pseudobotrias, parasitos do homem 
e dos animais domésticos; tem uma família de interesse veterinário: 
Diphyllobothriidae 
• Tetraphyllidea  cestódeos com 4 botrias, parasitos de peixes, anfíbios e 
répteis 
• Trypanoryncha  cestódeos com 4 botrias e 4 tentáculos espiníferos, 
parasitos de peixes. 
Cestóides da família Taeniidae de importância médica veterinária 
ESPÉCIE HD LOCALIZAÇÃO MORFOLOGIA HI LOCALIZAÇÃO FORMA LARVAR 
Taenia saginata Homem Int. 
Delgado 
Até 15m Bovinos, ovinos 
caprinos,homem (raro) 
Musculatura Cysticercus 
bovis 
T. solium Homem Int. 
Delgado 
Até 8m Suínos, cão, gato 
bovinos, equino (raro) 
homem (zoonose) 
Musculatura 
SNC 
Cysticercus 
cellulosae 
T. multiceps Canídeos Int. 
Delgado 
0,4 a 1m Bovino, ovino, caprino, suíno, 
homem (raro) 
Encéfalo Coenurus 
cerebralis 
T. hydatigena Canídeos Int. 
Delgado 
Até 5m Ovinos,bovinos, suínos Fígado,cav.peritoneal 
Pleura,pericárdio 
(raro) 
Cysticercus 
tenuicollis 
T. ovis Canídeos Int. 
Delgado 
Até 2m Ovinos Musculatura Cysticercus 
ovis 
T. pisiformis Canídeos Int. 
Delgado 
0,3 a 1m Coelhos,lebres 
Ratos (raro) 
Fígado,cav.peritoneal Cysticercus 
pisiformis 
T. serialis Canídeos Int. 
Delgado 
Até 0,7m Coelhos Subcutâneo,tec.conjunti
vo intermuscular 
Coenurus 
serialis 
T. taeniformis Gato 
Cão (raro) 
Int. 
Delgado 
0,15 a 0,6m Ratos,camundongos 
Morcegos (raro) 
Fígado,cav.peritoneal Cysticercus 
fasciolaris 
Echinococcus 
granulosus 
Canídeos Int. 
Delgado 
Até 6mm Ovinos, bovinos, caprinos, 
cervideos, 
Primatas,suinos,coelho 
Pulmões,fígado 
Cav.peritoneal 
Hidátide ou 
Cisto hidático 
Taenia spp. 
Cestóides - Classificação 
Platyhelminthes 
Cestoda 
Cestodaria 
Eucestoda 
Classe 
Sub-classe 
Cyclophyllidea 
Ordem 
Taeniidae 
Taenia spp. 
Gênero 
Filo 
Echinococcus 
Taenia solium 
• Adultos medem 2 a 3 metros 
em média, podendo chegar a 8 
metros. 
• Apresentam um escólex 
globoso, medindo 1 mm de 
diâmetro, rostelo com ganchos 
e 4 ventosas arredondadas. 
• Rostelo com duas fileiras 
concêntricas de ganchos. 
Taenia solium – morfologia 
Ventosas 
Rostelo com 
ganchos 
• O colo é curto e delgado, o estróbilo possui 700 a 900 proglotes 
• Apresenta cor branca de aspecto leitoso e a superfície é lisa e 
brilhante 
Taenia solium – morfologia 
• O útero do segmento grávido possui 7 a 12 ramos laterais e cada 
proglote tem cerca de 30.000 a 40.000 ovos. 
Taenia solium – morfologia 
• Hospedeiro definitivo: homem. 
• Hospedeiro intermediário: suíno e o próprio homem. 
• Localização: 
• Adultos  intestino delgado do homem 
• Larvas (cisticercos)  Cysticercus celullosae observado 
no tecido conjuntivo interfascicular dos músculos 
sublinguais, mastigadores, diafragma, músculo cardíaco 
e no cérebro. 
 
Taenia solium 
Taenia solium 
Verme adulto no 
Intestino delgado 
do homem 
Proglotes grávidas 
se destacam e 
passam pelas fezes 
Homem ingere 
carne suína crua 
ou mal passada 
Oncosfera se 
desenvolve 
em cisticerco 
no músculo 
Cisticerco 
no 
músculo 
Cisticerco se 
transforma em 
verme adulto 
Oncosfera no intestino migra 
para os músculos no suíno 
Ovo 
Após ingestão, 
oncosfera eclode, 
migra para algum 
sítio e se 
transforma em 
cisticerco 
Taenia solium 
• No hospedeiro intermediário 
• No trato digestivo o embrião hexacanto é liberado pela ação dos sucos 
gástricos e da bile 
• Há penetração ativa da larva na mucosa e circulação sanguínea 
• Há formação do cisticerco na musculatura 
Cisticercos isolados de carne 
No hospedeiro definitivo• No intestino, o cisticerco são liberados pela digestão da carne, o 
escólex desinvagina por ação da bile 
• As ventosas se fixam à mucosa e o rostro insinua-se entre as 
vilosidades 
• A vesícula atrofia-se e há o crescimento do estróbilo 
Taenia solium 
Particularidades do ciclo biológico: 
• O homem pode apresentar a teníase (parasitismo com vermes 
adultos) ou a cisticercose (presença de formas larvais formando 
cisticercose). 
• O homem pode desenvolver a cisticercose pela ingestão acidental 
de ovos de T. solium ou por retroperistaltismo até o estômago 
(auto-infecção) de oncosferas liberadas após a digestão de 
proglote grávida. 
• Após três meses da infecção: proglotes grávidas eliminadas nas 
fezes, geralmente em número de 3 a 6 por vez. 
• Os ovos podem permanecer viáveis no ambiente por até 12 
meses. 
• O cisticerco demora 3 meses para se formar a partir da infecção 
do suíno. 
• Infecção crônica (após 8 meses): o cisticerco pode sofrer 
calcificação. 
Taenia solium 
• Hospedeiro definitivo: tênias adultas podem causar 
anorexia ou apetite exagerado, náuseas, vômitos, 
diarréias alternadas com constipação, dores abdominais, 
perda de peso, manifestações alérgicas e neurológicas. 
• Hospedeiro intermediário: 
• Suínos infectados com cisticerco os sinais clínicos são 
inaparentes 
• Cisticercose em humanos: forma larvar  olhos, 
cérebro e tecido subcutâneo podendo levar a 
alterações patológicas como cegueira, nódulos no 
olho, transtornos neurológicos... 
Taenia solium - sintomas 
• Suínos podem se infectar com água, alimentos 
contaminados com ovos. 
• Tipos de infecção no homem: 
• Teníase – pela ingestão de carne crua ou mal 
passada contendo cisticercos 
• Cisticercose – pela ingestão de ovos presentes 
em alimentos contaminados com ovos, ou por 
re-infecção com a oncosfera por 
retroperistaltismo. 
 
Taenia solium - epidemiologia 
• Hospedeiro definitivo: Homem 
• Hospedeiro intermediário: Bovino, raramente ovinos e 
caprinos. Não há cisticercose no homem. 
• Localização: 
• Adulto: intestino delgado do homem 
• Larvas: Cysticercus bovis  musculatura esquelética 
e cardíaca, pulmões e fígado do hospedeiro 
intermediário. 
Taenia saginata – introdução 
• Distribuição: mundial 
• Importância na Medicina Veterinária: 
• Cisticerco na musculatura do animal  condenação 
parcial ou total da carcaça (prejuízo econômico). 
• Países em desenvolvimento: 30 a 60% de animais 
infectados detectados durante a inspeção das carcaças. 
• Países desenvolvidos: menos de 1% 
Taenia saginata – introdução 
• Adultos medem entre 5 a 12 m, o escólex é 
cuboide, SEM rostelo nem ganchos, o colo é 
longo e delgado. 
Taenia saginata – morfologia 
• O estróbilo é composto por 1.200 a 2.000 proglotes 
• Útero da proglote grávida tem 15 a 30 ramos laterais de 
cada lado. 
• Cada proglote grávida contém 80.000 a 250.000 ovos, 
que podem resistir por vários meses nas pastagens. 
 
Taenia saginata – morfologia 
• Quando os ovos são ingeridos pelo bovino há eclosão e 
ativação do embrião hexacanto pela ação dos sucos 
digestivos e da bile 
• A oncosfera penetra na mucosa intestinal atingindo a 
circulação sanguínea 
• Há desenvolvimento do cisticerco nos músculos 
esqueléticos e cardíaco 
Taenia saginata – biologia 
• O Cysticercus bovis, é branco-acinzentado de 
aproximadamente 1 cm de diâmetro, cheio de líquido, no 
qual pode-se encontrar o escólex. 
• Geralmente observado no coração, língua e músculos 
masseter e intercostais. Em infecções maciças pode 
acometer demais músculos esqueléticos. 
Taenia saginata – morfologia 
• Semelhante aos demais ciclos dos cestoides 
• Particularidades: 
• Proglotes grávidas destacam-se do estróbilo individualmente, 
possuem movimentos próprios, podem atingir o ânus e o 
exterior independentemente do ato da defecação. 
• O cisticerco somente é infectante ao homem após 12 semanas 
de seu desenvolvimento, quando atinge aproximadamente 1 cm 
de diâmetro. 
• O cisticerco pode continuar infectivo por semanas a anos no 
hospedeiro intermediário. 
• Após a infecção, o período de patência no homem inicia-se 
dentro de 2 a 3 meses. 
Taenia saginata – ciclo biológico 
Sintomas: 
• Semelhantes ao causados pela T. solium. 
Diagnóstico: 
• Hospedeiro definitivo: 
• Exame visual (presença de proglotes nas fezes, cama, 
roupas íntimas). 
• Exame parasitológico de fezes. 
• Hospedeiro intermediário: não é feito na prática in vivo 
• Necroscópico  inspeção rotineira das carcaças. 
 
Taenia saginata 
 Sintomas e diagnóstico 
• Hospedeiro definitivo: cão e canídeos silvestres 
• Hospedeiro intermediário: ruminantes, suínos 
• Forma larvar: Cysticercus tenuicollis, vulgarmente conhecido como 
"bolha d'água". 
• Localização: 
• Adulto: intestino delgado do cão 
• Forma larvar em fígado, cavidade peritoneal e mais raramente na 
pleura e no pericárdio do hospedeiro intermediário. 
• Importância na Medicina Veterinária: perdas econômicas pelo descarte 
das vísceras contendo cistos em abatedouros 
Taenia hydatigena – introdução 
• Adultos com até 5 m de comprimento. 
• Escólex com duas fileiras de acúleos de 1 mm de diâmetro, 
colo com a largura do escólex. 
 
Taenia hydatigena – morfologia 
• Típico de cestoides, com as seguintes particularidades: 
• Oncosferas migram pelo fígado por aproximadamente 4 
semanas antes de emergirem e se fixarem no peritôneo. 
• Após a fixação, cada oncosfera se desenvolve em um 
cisticerco. 
Taenia hydatigena – ciclo biológico 
• Migração das oncosferas pode causar “hepatite 
cisticercosa”, que pode ser fatal. 
• A resposta imune do hospedeiro é capaz de destruir os 
cisticercos em desenvolvimento com a formação de 
nódulos esverdeados de aproximadamente 1 cm de 
diâmetro na superfície do órgão. 
Taenia hydatigena – ciclo biológico 
Taenia hydatigena – lesões 
Echinococcus granulosus 
• HD  cão doméstico 
• HI  ovino, homem (acidental) 
• O homem pode adquirir a infecção pela ingestão de oncosferas da 
pelagem dos cães ou de alimentos contaminados com fezes de cães  
hidatidose (zoonose). Os cistos hidáticos tem crescimento lento e só 
são percebidos alguns anos após a infecção. Há citações de cistos de 
vários litros de líquido em humanos. A ruptura pode causar choque 
anafilático e morte. 
• Ciclo silvestre  entre canídeos e ruminantes selvagens, se baseia na 
predação ou ingestão de cadáveres. 
• Importância econômica: condenação nos abatedouros. 
Echinococcus granulosus 
Ciclo biológico 
Localização: 
• Adultos: intestino delgado do cão 
• Larvas (cistos hidáticos): fígado e pulmões 
(principalmente) do HI. 
 
Echinococcus granulosus 
• Adulto: tem cerca de 6 mm de 
comprimento, sendo uma das menores 
espécies de tenídeos conhecidas, 
quase invisível a olho nú. 
• Escólex típico de tenídeo de 0,3 mm 
de largura, com rostro e dupla coroa 
de acúleos, colo curto, estróbilo 
constituído por 3 ou 4 segmentos, 
sendo que o último é grávido e ocupa 
cerca de metade do seu 
comprimento, cada segmento possui 
uma única abertura genital. 
Echinococcus granulosus – morfologia 
• Cisto hidático ou hidátide: tem 
até 20 cm de diâmetro, 
presentes no fígado e pulmões 
ou cavidade abdominal. 
• Formado por membrana 
externa e epitélio germinativo 
interno, do qual se originam 
cápsula prolígeras. 
Echinococcus granulosus – morfologia 
Cisto hidático 
Cápsula fibrosa (origem do 
hospedeiro) 
Cápsula fibrosa(origem do parasita) 
Cápula 
prolígera 
Camada 
germinativa 
Protoescólex 
• O HD se infecta ao ingerir vísceras do HI com cisto hidático 
 larvas adultos no tubo digestivo do cão (cerca de 7 
semanas)  as proglotes grávidas se destacam e vão para 
o meio ambiente com as fezes. 
• Os ovos se disseminam  HI se infecta ingerindo ovos nas 
pastagens ou em alimentos contaminados  larvas 
hexacanto  sistema porta  fígado ou pela circulação 
vão ao pulmão. 
• Oncosferas (embrião hexacanto) são resistentes e podem 
sobreviver no ambiente por cerca de 2 anos. 
• Cisto hidático ou hidátide atinge a maturidade em seis a 
doze meses. 
Echinococcus granulosus – ciclo biológico 
Echinococcus granulosus – ciclo biológico 
• Hospedeiro definitivo: geralmente é assintomático. Em infecções 
maciça pode ocorrer episódios de diarréia catarral hemorrágica. 
• Hospedeiro intermediário: sintomas relacionados ao local e ao 
tamanho da hidátide, pode ocorrer compressões de outros 
órgãos. 
• hidatidose hepática  hiporexia, ruminação alterada, 
diarréia, emagrecimento progressivo e hepatomegalia. 
• hidatidose pulmonar  tosse, pode ocorrer taquipnéia e 
dispnéia. 
• Se um cisto hidático se romper pode ocorrer choque anafilático e 
desenvolvimento de cistos secundários em outras regiões do 
corpo. 
Echinococcus granulosus – patogenia 
Echinococcus granulosus – lesões 
Echinococcus granulosus – lesões 
Cisto hidático em ovário de uma mulher. 
Echinococcus granulosus – lesões 
Dipylidium caninum 
• Pertence à família Dipylidiidae 
• Hospedeiro definitivo - cão e gato, raramente o homem 
• Hospedeiro intermediário - pulgas (Ctenocephalides felis e 
C. canis) e piolho (Trichodectes canis) 
• Forma larval - cisticercóide (vesícula rígida com escólex 
invaginado ) em pulgas (vários meses), piolho (30 dias). 
• Localização: 
• Forma adulta - duodeno (intestino delgado) 
• Forma larval - pulgas e piolhos 
• Distribuição geográfica: mundial 
• Mais comumente observado em cães que apresentam 
ectoparasitas 
• Cestóide mais comum em cães e gatos 
Dipylidium caninum – morfologia 
• Adulto com até 50 cm de 
comprimento 
• Escólex com rostelo retrátil 
contendo 4 ou 5 fileiras de ganchos; 
Dipylidium caninum - escólex 
Dipylidium caninum - morfologia 
• Proglote em formato de 
grão de arroz com 
aparelho genital duplo, 
com um poro se 
abrindo em cada 
borda. 
• As proglotes podem 
sair ativamente pelo 
ânus. 
Ovos - cápsula ovígera contendo grupos de cerca de 20 oncosferas 
Dipylidium caninum - morfologia 
Dipylidium caninum – ciclo biológico 
Ciclo biológico: 
• Adultos no intestino 
delgado do cão. Eliminação 
de proglotes grávidas nas 
fezes. 
• Proglotes e cápsulas 
ovígeras no ambiente e 
pelo. Ingestão por larvas de 
pulgas 
Dipylidium caninum – ciclo 
• Após ingestão pelo HI as oncosferas atingem a 
hemocele da larva da pulga ou piolho onde se 
desenvolvem em larva cisticercóide. 
larva cisticercóide 
Dipylidium caninum – ciclo biológico 
Ciclo biológico: 
• Ingestão do HI pelo HD 
• Período pré-patente – 14 a 
21 dias 
Dipylidium caninum – sintomas 
• Sintomatologia geralmente só ocorre em infecções 
maciças, há inflamação da mucosa intestinal, diarreia, 
cólica, alteração do apetite e emagrecimento, podem 
ocorrer obstrução intestinal. 
• Como as proglotes grávidas saem ativamente pelo ânus, 
esta migração pode provocar prurido, e o cão passa a 
esfregar o ânus no chão. 
 
Anoplocephala e Paranoplocephala 
• Família Anoplocephalidae 
• Anoplocephala (A. magna e A perfoliata) 
• Paranoplocephala (P. mamillana). 
• Hospedeiro definitivo: equinos e asininos 
• Hospedeiro intermediário: ácaros de vida livre da 
família Oribatidae. 
• Forma larval: cisticercoide 
Ácaros do solo 
Anoplocephala e Paranoplocephala 
Localização: 
• Forma adulta no intestino 
• A. perfoliata: intestino delgado e grosso (íleo e 
ceco). 
• A. magna e Paranoplocephala mamillana: 
intestino delgado e eventualmente estômago. 
• Larva: hemocele do ácaros 
Anoplocephala perfoliata 
• Adultos: Medem 3 a 8 cm de comprimento por 1 a 2 cm 
de largura. 
• Colo é muito curto, o estróbilo se alarga rapidamente , as 
proglotes são espessas, mais largas que longas em toda 
a extensão do estróbilo. 
A. perfoliata 
Anoplocephala perfoliata 
• Escólex musculoso, desprovido de rostelo e acúleos, de 
forma quase cúbica, apresenta 4 apêndices (ventrais e 
dorsais) abaixo de cada uma das 4 ventosas. 
A. perfoliata em ceco de equino 
Anoplocephala perfoliata 
Anoplocephala magna 
• Identificação: Semelhante a A. perfoliata, mas muito mais 
longo, podendo atingir 80 cm, não possui apêndices no 
escólex. 
A. magna 
Paranoplocephala mamillana 
• Medem de 1 a 5 cm de comprimento 
por cerca de 5 mm de largura, 
escólex é grande, com as 4 ventosas 
com aberturas em fenda longitudinal, 
não apresenta rostelo ou ganchos 
• Proglotes se tornam mais largas que 
o escólex gradativamente, 
conservando-se largas até o final do 
estróbilo. 
• Considerada como pouco patogênica 
Proglotes 
grávidas 
Proglotes 
prontas para 
Serem 
liberadas 
Escolex 
Útero começa 
a ficar 
preenchido 
de ovos 
Maturação 
da genitália 
• Ovos: irregularmente esféricos ou triangulares, com diâmetro entre 50 e 
80 m, contém embrião hexacanto cercado por um aparato quitinoso 
piriforme (projeção do embrióforo consistindo de dois espinhos que 
devem auxiliar no rompimento das membranas do ovo). 
 Anoplocephala perfoliata 
Anoplocephala e Paranoplocephala 
Aparelho piriforme 
Anoplocephala e Paranoplocephala 
Ciclo biológico 
• Adultos presentes no 
intestino delgado 
• Liberação de proglotes 
grávidas nas fezes 
• Ácaros (HI) ingerem os 
ovos 
• Equino se alimenta de 
forragem e acaba ingerindo 
ácaros infestados 
• Estágio cisticercóide: 2 a 4 
meses 
• Período pré-patente nos 
equinos geralmente é de 1 
a 2 meses. 
Anoplocephala e Paranoplocephala 
Patogenia: 
• Anoplocephala perfoliata 
• Adultos geralmente ficam próximos da junção ileo-cecal  
ulceração da mucosa. 
• Ventosas  causa intensa congestão local  estrias de sangue 
nas fezes. 
• Parasitoses maciças  obstrução intestinal e perfuração da 
parede intestinal. 
A. perfoliata em ceco de equino 
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Danos à mucosa por A. 
perfoliata 
Anoplocephala e Paranoplocephala 
Patogenia: 
• Anoplocephala magna 
• Semelhante a A. perfoliata, mais comumente encontrado no jejuno, 
causando enterite catarral ou hemorrágica, além de obstrução e 
perfuração intestinal. 
• Paranoplocephala mamillana 
• Inaparente 
 
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Anoplocephala magna 
Moniezia 
• Família Anoplocephalidae 
• Cestoide mais comum de ruminantes 
• Moniezia expansa e Moniezia benedeni 
• Hospedeiro definitivo: 
• M. expansa: ovinos e caprinos 
• M. benedeni: bovinos 
• Hospedeiro intermediário: oribatídeos 
• Local: forma adulta no intestino delgado 
• Forma larval: cisticercoide 
Moniezia expansa 
• Adultos: medem de 1 a 5 metros ou mais por 1,5 cm de largura, 
escólex não possui rostelo e nem acúleos, mas possui ventosas. 
Moniezia expansa 
• Escólex : sem rostelo e nem acúleos, com ventosas. 
ventosas 
escolexMoniezia expansa 
• Estróbilo possui proglotes mais largas do que longas e contêm dois 
conjuntos de órgãos genitais visíveis ao longo da borda lateral de 
cada segmento. 
• Apresenta uma fileira de glândulas interproglotidianas na borda 
posterior de cada segmento que se estendem ao longo de toda a 
largura da proglote. 
Moniezia expansa 
Genitália 
Glândulas 
Moniezia expansa 
Moniezia benedeni 
• Muito semelhante à M. expansa, com as seguintes particularidades: 
possui até 2,5 cm de largura (mais largo que M.expansa), glândulas 
interproglotidianas se limitam a uma fileira curta próxima à parte 
central de segmento. 
Moniezia benedeni 
• Apresenta glândulas interproglotidianas que se limitam a uma fileira 
curta próxima à parte central de segmento. 
• Ovos: medem 55 a 75 m de diâmetro, forma irregularmente 
triangular, contendo o embrião, há aparelho piriforme definido 
Moniezia expansa 
• Ovos: formato quadrangular , contém o embrião no interior do 
aparelho piriforme. 
Moniezia benedeni 
Moniezia – Ciclo biológico 
• Hospedeiros definitivos 
contém vermes adultos no 
intestino (1) 
• Eliminação de proglotes 
grávidas pelas fezes (2) 
• Ingestão dos ovos (3) pelo 
HI (4) 
• Larvas cisticercóides (5) se 
desenvolvem no HI em 2 a 6 
meses, dependendo das 
condições climáticas. 
• HI é ingerido pelo HD (6) 
• HD: cestóides vivem de 2 
a 6 semanas quando são 
eliminados pelas fezes. 
Patogenia e sintomatologia clínica: 
• De pouca importância patogênica e clínica. 
• Infecções maciças: 
• Inflamação da mucosa intestinal e degeneração 
das vilosidades, anemia, diarreia. 
• Quadro final: caquexia, diarreia persistente, 
dificuldades de locomoção, anemia intensa e óbito. 
Moniezia 
Davainea proglottina 
• Pertence à família Davaeniidae 
• Hospedeiro definitivo: galináceos 
• Hospedeiro intermediário: lesmas e caramujos terrestres 
• Localização: 
• Forma adulta no duodeno 
• Forma larvar: cisticercoide 
• Distribuição geográfica mundial. 
Davainea proglottina 
• Forma adulta: 
Estróbilo pequeno (3 a 
4 mm) com poucas 
proglotes, rostelo e 
ventosas com 
ganchos, aparelho 
genital simples, poro 
genital lateralmente, 
cápsula ovígera com 1 
ovo no seu interior 
 
Davainea proglottina 
Ciclo biológico: 
• Adultos no intestino delgado da 
ave  proglotes grávidas são 
eliminadas com as fezes. 
• Proglotes são ativas, se 
movimentam liberando as 
cápsulas ovígeras  ingeridas 
pelo hospedeiro intermediário 
(molusco terrestre). 
• Desenvolvimento da larva 
cisticercoide no hospedeiro 
intermediário (3 semanas). 
• Molusco é ingerido: larva  
adulto. 
Davainea proglottina – importância 
• Cestoide mais patogênico de aves. 
• Cestoides adultos penetram profundamente na mucosa e 
submucosa intestinal. 
• Sintomas: enterite hemorrágica grave, diarreia 
sanguinolenta, emagrecimento, aves ficam com asas 
caídas, penas arrepiadas, prostração, caquexia intensa e 
podem vir à óbito. 
• Queda na produção  prejuízos econômicos 
Davainea proglottina – epidemiologia 
• Mais comum em aves criadas de forma extensiva 
Raillietina spp. 
• Espécies: Raillietina tetragona, Raillietina cesticillus e 
Raillietina echinobothrida 
• Família: Davaineidae 
• Hospedeiro definitivo: galináceos 
• Hospedeiro intermediário: besouros, formigas e moscas 
• Local: forma adulta no duodeno 
• Forma larval: cisticercoide 
Raillietina spp. 
• Adultos: Podem atingir até 20 a 25 cm de comprimento. 
Proglotes em formato de trapézio, contém cápsulas 
ovígeras com 6 a 18 ovos, O rostelo pode apresentar uma 
ou duas fileiras de ganchos 
Raillietina spp 
Ciclo biológico 
• Importância Médica Veterinária: Há menor produtividade do 
plantel, menor ganho de peso  perdas econômicos. 
Ocorre mais em criações industriais pela dificuldade de 
controlar moscas. 
Raillietina spp.

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