Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA JOHN KENNEDY COELHO PEREIRA FÍSICA EXPERIMENTAL I – TURMA B A QUANTIDADE DE MOVIMENTO LINEAR (HORIZONTAL) DE UMA ESFERA EM UM LANÇAMENTO HORIZONTAL BOA VISTA – RR 2015 2 SUMÁRIO 1 OBJETIVO ............................................................................................................................... 3 2 RESUMO ................................................................................................................................ 4 3 INTRODUÇÃO TEÓRICA ......................................................................................................... 5 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .......................................................................................... 6 4.1 Equipamentos necessários ............................................................................................. 6 4.2 Procedimento ................................................................................................................. 6 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................................... 8 6 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 12 7 Apêndice A .......................................................................................................................... 13 8 Apêndice B........................................................................................................................... 14 9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 15 3 1 OBJETIVO Identificar a proporcionalidade do deslocamento horizontal x (de uma esfera em lançamento) com a componente horizontal vx de sua velocidade linear, reconhecer a característica vetorial da quantidade de movimento linear p, relacionar a altura h (entre o ponto de partida e o ponto de saída da rampa) com o módulo do vetor px, quantidade de movimento horizontal da esfera, determinar a quantidade de movimento horizontal px (da esfera em lançamento) e verificar a sua conservação. 4 2 RESUMO Este relatório vem a descrever um experimento de estudo sobre a quantidade de movimento linear (horizontal) de uma esfera num lançamento horizontal através da decomposição do movimento bidimensional parabólico do lançamento de um projétil em dois movimentos retilíneos, o MRU (Movimento Retilíneo Uniforme) e o MRUA (Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado), utilizando as leis de queda livre devido à resistência do ar não ser considerável por causa da baixa velocidade, curta distancia e ao fato de ser utilizada uma massa de pequena dimensão, o experimento é feito abandonando-se uma esfera metálica no topo de uma rampa suspensa e nivelada com o plano de referencia e através das medidas aferidas do ponto em que a esfera abandona a rampa, do ponto de lançamento da esfera e do peso da esfera chegamos a medidas aproximadas para o modulo da velocidade da componente horizontal do movimento e para a quantidade de movimento linear também horizontal, podendo assim chegar a conclusão da conservação da quantidade de movimento linear e velocidade na componente horizontal do movimento e que a alteração da altura da rampa só interfere na componente vertical do movimento que dependente da altura em que a esfera abandona a rampa de lançamento. 5 3 INTRODUÇÃO TEÓRICA O movimento bidimensional parabólico do lançamento de um projétil pode ser decomposto em dois movimentos retilíneos: - MRU: Movimento Retilíneo Uniforme (na horizontal). - MRUA: Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado (na vertical). Embora o móvel execute um movimento de queda real, continuaremos utilizando as leis da queda livre em virtude da resistência do ar não ser muito considerável devido à baixa velocidade, a curta distância e ao fato de ser utilizada uma massa de pequena dimensão. Sendo m a massa em repouso da esfera e F uma força resultante que atuará sobre a mesma num intervalo de tempo extremamente pequeno , teremos: ( ) Como o produto (denominado impulsão, simbolizado por I) pode ter um muito pequeno, isto implica que as forças impulsivas podem assumir valores extremamente grandes em confronto com as forças que normalmente trabalhamos. Observe que: Como o produto é definido por quantidade de movimento linear e é representado por p, temos: Impulsão = variação da quantidade de movimento, ou seja: 6 4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4.1 Equipamentos necessários 01 rampa principal, sustentação regulável para apoio da esfera alvo e suporte com espera para os acessórios; 01 conjunto de sustentação com escala linear milimétrica, haste e sapatas niveladoras amortecedoras; 01 fio de prumo com engate rápido; 01 esfera metálica de lançamento; 01 régua de escala milimétrica; 01 compasso; 01 lápis; 02 folhas de papel de seda tamanho ofício; 02 folhas de papel carbono; 01 fita adesiva; 4.2 Procedimento a) Foi fixado na haste o modelo de rampa fornecido (como na imagem abaixo); Figura 1 Dispositivo experimental b) Nivelamos horizontalmente a base da rampa para garantir a ausência da componente vertical da velocidade no momento de lançamento da esfera. c) Foi-se medida a altura h’(altura entre a superfície da mesa e o topo da rampa). 7 d) Foi-se medida a altura h’’(desnível entre o ponto de saída da rampa e o plano da folha de papel). e) Anotamos a altura h desnível entre o topo da rampa e o ponto de saída da rampa. f) Fixamos o papel seda na mesa de modo que a esfera ao ser lançada da rampa fizesse sua trajetória sobre o papel. g) Fixamos o papel carbono sobre o papel seda de modo a marca-lo no ponto de colisão da esfera. h) Com a ajuda do plumo definimos um X0, no local indicado como ponto de abandono da esfera no lançamento (inconvenientemente o dito ponto foi marcado sobre a fita que prendia o papel à mesa, optamos por continuar pois concluímos que não interferirá nos resultados. i) Aferimos a massa da esfera de lançamento m. j) Largamos a esfera no topo da rampa de lançamento e esperamos que ela atingisse o papel carbono e marcasse o papel seda no ponto de impacto. k) Levantamos o papel carbono e indicamos por numero cardinal 1º a posição do impacto do primeiro lançamento. l) Fizemos mais 4 lançamentos, indicando por números cardinais a sequencia dos impactos. m) Usando o compasso traçamos um circulo compreendendo todos os pontos de impacto e aferimos a medida do ponto X0 até o ponto Xc (centro do circulo). n) Elevamos em alguns a altura da rampa de lançamento e fizemos novas medidas de h, h’ e h’’. o) Com a mesma massa realizamos 5 novos lançamentos, indicando por número cardinal os impactos com sua respectiva sequencia. p) Novamente com o compasso traçamos um circulo compreendendo todos os pontos de impacto e aferimos a distancia entre X0 e Xc (centro do circulo compreendendo as novas medidas). 8 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1. Medida aferidas no primeiro lançamentoMassa da esfera Altura h Altura h’ Altura h’’ Distancia entre X0 e Xc Diâmetro do circulo dos impactos Qual o significado físico do raio r do círculo traçado (que contém os pontos de impacto)? Determine a medida deste raio. O raio r representa dispersão entre os lançamentos, também pode ser interpretado como a incerteza do ponto de impacto da esfera metálica. Trace o vetor cuja origem está em X0 e a extremidade em Xc. Ver Apêndice A. Qual a interpretação física deste vetor? O modulo deste vetor representa a velocidade horizontal da esfera no seu lançamento, ou seja, é proporcional componente horizontal da velocidade. Com base nas informações e dados adquiridos, determine a velocidade de lançamento da esfera no experimento. A velocidade de lançamento da esfera pode ser obtida por meio do principio da conservação de energia. A energia potencial da esfera quando está no topo é igual ao somatório da energia cinética ao sair da rampa e a energia cinética rotacional. Assim temos: Sabendo que, e ; Onde R é o raio da esfera, m é a massa da esfera e I é o momento de inercia, trabalhando essas informações na equação anterior teremos: 9 ( ) ( ) √ Substituindo os valores da gravidade em e da altura entre o topo da rampa e o ponto de lançamento , obteremos: √ Calcule o módulo do vetor Px, quantidade de movimento horizontal da esfera. O vetor Px, que tem módulo: Onde: Assim temos: Desenhe sobre o papel o vetor quantidade de movimento horizontal da esfera na escala de 5 cm para cada 0,1kgm/s. Ver Apêndice B. Tabela 2. Medidas aferidas no segundo lançamento Massa da esfera Altura h Altura h’ Altura h’’ Distancia entre X0 e Xc Diâmetro do circulo dos impactos Determine e compare a velocidade de lançamento da esfera com a obtida na situação anterior Como na resposta anterior obtemos essa velocidade através da seguinte equação: 10 √ √ Assim temos que a velocidade de lançamento da esfera será igual a anterior e independe da altura em que está posicionada a rampa. Trace o vetor deslocamento horizontal obtido e compare o seu módulo com o obtido na atividade anterior. Como a velocidade é a mesma dos lançamentos anteriores, terá o mesmo módulo do vetor Px calculado anteriormente que é . Segundo suas observações, a quantidade de movimento horizontal de uma esfera depende da altura entre o seu nível de lançamento e o solo? Justifique sua resposta. Segundo as observações feitas neste experimento à quantidade de movimento horizontal de uma esfera independe da diferença de altura h’’ desnível entre o ponto de saída da rampa e o plano da folha de papel ou entre o nível de lançamento h’ e o plano da folha de papel, mas sim da diferença entre o nível de lançamento e o nível de saída da rampa, ou seja, de A sua resposta sofreria alteração caso a quantidade de movimento linear analisada fosse a vertical? Justifique. A resposta sofre alteração se movimento analisado for o vertical, pois teremos que analisar da seguinte forma: Analisando o movimento do ponto de vista vertical para a série de lançamentos 1, temos que obter o modulo da velocidade neste sentido, que podemos obter de forma mais simples pela equação: Porem não se tem o tempo da queda da esfera, mas podemos obter através da equação: √ Equação que deriva da equação horária da posição, onde no 1º lançamento, : Com ela podemos obter o tempo : 11 √ Agora podemos obter a velocidade , como não temos velocidade inicial na componente vertical ficamos com: Agora calculemos a quantidade de movimento vertical, módulo do vetor , através da equação: Agora analisemos para a série de lançamentos 2, usando o mesmo método mostrada acima só que agora a medida . Assim temos o tempo de: √ Da mesma forma que na série de lançamentos anterior, obtemos a através da equação: Como anteriormente, calculemos a quantidade de movimento linear vertical: Logo podemos afirmar que ao levar em consideração o movimento linear na vertical temos uma diferença nas velocidades e por consequência na quantidade de movimento linear, essa diferença deve-se a diferença na altura da série de lançamentos 1, com a altura da série de lançamentos 2. 12 6 CONCLUSÃO A partir deste experimento verificamos por meio da decomposição de um movimento bidimensional parabólico do lançamento de um projétil utilizando uma rampa para o lançamento que a velocidade em x (horizontal) que a esfera abandona a rampa e a quantidade de movimento horizontal independe da altura que a rampa se encontra em relação ao plano de referencia e sim da diferença de altura entre o ponto de lançamento e o ponto de saída da rampa, assim sendo observamos que mesmo variando a altura da rampa a velocidade e a quantidade de movimento linear horizontal nas duas séries de lançamentos se mantêm a mesma e que a altura da rampa interfere na componente vertical do movimento estudado. 13 7 Apêndice A 14 8 Apêndice B 15 9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS HALLIDAY, D.; RESNICK, R. e WALKER, J.. Fundamentos de Física. Volume 1. LTC: São Paulo, 2009.
Compartilhar