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Suporte Nutricional: Nutrição Enteral e Parenteral

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Material Didático 
 
Aula 5 
 
Suporte Nutricional: 
Nutrição Enteral e 
Parenteral 
Prof.ª Liliane Martins 
1 
2 
3 
Terapia Nutricional 
 
 
“Conjunto de procedimentos terapêuticos para 
manutenção ou recuperação do estado nutricional do 
paciente por meio da Nutrição Parenteral ou Enteral” 
 
(Resolução RCD N. 63 – M.S., 2000) 
 
4 
Nutrição Enteral 
 “Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de 
nutrientes, na forma isolada ou combinada, de 
composição definida ou estimada, especialmente 
formulada e elaborada para uso por sondas ou via oral, 
industrializado ou não, utilizada exclusiva ou parcialmente 
para substituir ou complementar a alimentação oral em 
pacientes desnutridos ou não, conforme suas 
necessidades nutricionais, em regime hospitalar, 
ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou 
manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas” 
 
(Resolução RCD N. 63 – M.S., 2000) 
 
5 
Nutrição Parenteral 
 
 “Solução ou emulsão, composta basicamente de 
carboidratos, aminoácidos, lipídios, vitaminas e 
minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em 
recipiente de vidro ou plástico, destinada à 
administração intravenosa em pacientes desnutridos ou 
não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, 
visando a síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos 
ou sistemas” 
 
 (Portaria N. 272 – M.S., 1998) 
6 
Regulamentação 
Resolução RCD N. 63 – Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (M.S.) – 2000 
Portaria nº 272 - Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (M.S.) – 1998 
7 
Indicações 
 O paciente não pode se alimentar 
 (Exemplos: Inconsciência, lesão oral, AVC, coma, disfagia) 
 O paciente não deve se alimentar→ disfunção do TGI 
 (Exemplos: Sínd. Má absorção, Fístula, SIC, estase 
 gástrica, obstrução do TGI, DII) 
 O paciente não quer se alimentar (Alimentação é 
insuficiente). (Exemplos:Queimadura, depressão, anorexia 
nervosa, QT/RT). 
 Pacientes com ingestão oral inferior a 60% das suas 
necessidades nutricionais 
 Pacientes com ingestão oral inadequada OU previsão de 
ingestão oral inadequada por 7 a 14 dias. 
 * De modo geral , não se deve instituir terapia nutricional a menos que se 
espere utilizá-la por pelo menos 5 a 7 dias. 8 
Indicações relativas da TNE 
 
 Enterite por quimioterapia e radioterapia 
 Pancreatite 
 Síndrome do intestino curto (SIC) 
 Câncer 
 Síndromes de má absorção 
 Doença inflamatória intestinal (DII) 
 Situações clínicas de hipermetabolismo 
 Grandes queimados 
Waitzberg, 2009 
9 
Indicações em crianças 
 Anorexia e perda de peso 
 Desnutrição aguda ou crônica 
 Doença cardíaca 
 Quadro séptico 
 Lesão do sistema nervoso central 
 Pré e pós-operatório 
 Diarréia crônica não-específica 
 Fibrose cística 
 Câncer associado a QT e RT 
 Anormalidades congênitas (fissura de palato e atresia 
de esôfago) 
 
Waitzberg, 2009 
10 
Algumas Contraindicações 
 
Diarréia (grave) 
Disfunção do TGI ou condições que 
requerem repouso intestinal 
Doenças terminais 
Enterite grave, actínica intensa, após 
irradiação, por quimioterapia e por 
moléstia inflamatória grave dos cólons 
(enterocolite severa) 
Estados graves de choque 
Fístula intestinal proximal 
Fístulas entero-cutâneas (principalmente 
jejunais, complicadas) de alto débito (> 
500mL/dia) 
Hemorragia gastrintestinal severa 
Hiperêmese gravídica 
Hipocalemia 
Íleo paralítico 
Íleo paralítico ou hipomotilidade intestinal 
Inflamação do TGI 
Instabilidade hemodinâmica 
Interferência com a dignidade pessoal 
 
 
 
Intestino curto 
Intestino não funcionante 
Isquemia gastrintestinal 
Lesão nervosa central 
 Má absorção extrema 
 Obstrução intestinal (mecânica, completa ou 
 pseudo obstrução grave) 
 Obstrução mecânica do TGI 
 Pancreatite aguda (grave) 
 Peritonites (grave), hemorragia intraperitoneal, 
 perfuração intestinal(de causa sistêmica por 
 uremia) 
 RGE intenso 
 Sepse, disfunção de múltiplos órgãos, 
 instabilidade cardiopulmonar, síndrome de 
 compressão ou oclusivas crônicas 
 Síndrome da ausência de trânsito intestinal 
 total ou localizado 
 Vômitos e diarréias (severas) intratáveis e sem 
 outra etiologia além da nutrição enteral. 
 
11 
Contraindicações em Pediatria 
 
 Choque ou instabilidade hemodinâmica 
 Crise de apneia ou enterocolite necrosante 
 Hemorragia digestiva 
 Peritonite ou íleo paralítico 
 Queda de consciência ou coma: cautela. 
 Vômitos incoercíveis 
 
12 
Contra-indicações 
“Geralmente relativas ou temporárias, mais do que 
definitivamente absolutas” 
 
Regra geral: expectativa de utilizar TNE por menos de 5 
dias para pacientes desnutridos ou menos de 7 dias para 
pacientes eutróficos. 
 
Observação importante: 
Analisar caso a caso. Se o paciente está impossibilitado de 
alimentar-se via oral, considerar o uso de TNE mesmo que 
por menos dias do que o acima exposto. 
 
ASPEN, 2007 13 
Vias de acesso 
Sonda nasogástrica/ nasoenteral < 6 semanas 
 (Temporárias / curto prazo, 4-6 semanas) 
14 
Acesso nasogástrico 
Vantagens: 
 Técnica menos invasiva, pode ser inserida no próprio 
leito e requer cuidados mínimos; 
 Permite administração intermitente e é mais flexível 
quanto à velocidade de infusão da dieta. 
Desvantagens: 
 Maior risco de broncoaspiração; 
 Aumento de infecções respiratórias altas intra-
hospitalares associadas à sonda nasogástrica. 
 
 
15 
Acesso nasoenteral/jejunal 
Vantagem: 
 Reduz o risco de broncoaspiração. 
 
Desvantagens: 
 A passagem através do piloro pode exigir endoscopia; 
 Maior sensibilidade à hiperosmolaridade e à 
velocidade de infusão (BI). 
 
16 
 
 Sonda de PVC ou 
Polietileno 
 Plástico rígido 
 Endurece com o calor 
 Promove incompetência 
da cárdia 
 
 INDICAÇÃO: 
Descompressão gástrica 
17 
 
 Poliuretano ou silicone 
 Biocompatível 
 Flexível 
 Menos irritante 
 Maior durabilidade 
 INDICAÇÃO: 
 Alimentação 
 
18 
Vias de acesso 
 Ostomia (Gastrostomia /Jejunostomia) 
 > 6 semanas (Permanentes / Longo prazo) 
19 
Vantagens das ostomias 
 
 Diminuem as lesões nasais; 
 Diminuem infecções das vias respiratórias altas; 
 Diminuem o risco de broncoaspiração. 
 
20 
 Silicone ou Poliuretano 
 Biocompatível 
 Flexível 
 Maior durabilidade 
 Menor risco de 
desposicionamento 
 INDICAÇÃO: 
 Alimentação, 
 Drenagem 
 
 
 
Balão 
Dispositivo 
auto-vedante 
Conexão menor 
(seringa 20ml) 
21 
22 
Posicionamento da GTT 
Parede abdominal 
Anteparo externo 
Sonda de GTT 
Anteparo interno da 
sonda (balão) 
Estômago 
23 
• Decisão deve ser muito bem pensada 
• Pacientes cirúrgicos: acesso pré e pós-operatório. 
24 
Modos de Infusão 
1. Contínua 
 
2. Intermitente 
 
 
25 
Infusão Contínua – Por 12 ou 24h 
Bomba de Infusão 
 
Menos fisiológico 
 
Melhor manuseio com 
grandes volumes 
 
 
 
26 
 Infusão Intermitente – Períodos Fracionados 
 
 Em bolos (Seringa) 
 - Mais fisiológico 
 - Indicado a pacientes estáveis 
 - Menor custo 
 Bomba de Infusão 
 - Melhor controle de gotejamento 
 - Melhor tolerância 
 - Maior custo 
 
 Gravitacional (Equipo com pinça) 
 - Difícil controle de gotejamento 
 - Necessita troca de equipomais frequentemente 
27 
Infusão Intermitente Infusão Contínua 
Técnica de 
Infusão 
 
 
- Em bolo: 100-300 ml de 
dieta no estômago a cada 
3-6hs, com auxílio de 
seringa, durante 5-10 
minutos, precedida e 
seguida por irrigação da 
sonda enteral com água 
potável, conforme volume 
prescrito. 
- Intermitente com bomba 
de infusão: 100 – 300 ml 
por gotejamento cada 4 – 6 
horas, precedida e seguida 
por irrigação da sonda 
enteral água potável 
conforme volume prescrito. 
Gotejamento por bomba de 
infusão. 
- Alimentação contínua: 25-
125 ml/h, por 24h no 
estômago, duodeno ou jejuno, 
interrompida a cada 2 a 4 
horas para irrigação da 
sonda enteral com água 
potável conforme prescrito. 
- Alimentação cíclica: 
geralmente noturna, com 25-
125ml/h, por 6-8h no 
estômago, duodeno ou jejuno. 
28 
Apresentação das Fórmulas 
1. Industrializadas 
 - Sistema fechado (líquidas) 
 - Sistema aberto (líquidas e pó) 
 
2. Artesanal 
 
3. Módulos de nutrientes 
 
4. Suplementos Nutricionais 
29 
Industrializada: Sistema Fechado 
 Pronta para uso 
 
 Não precisa ser armazenado em geladeira 
 
 Válida por 24h após abertura 
 
 Menor risco de contaminação (não tem contato com o 
meio). 
 
30 
Industrializada: Sistema Aberto 
 
LÍQUIDA 
 
 Pronta para uso 
 Precisa ser armazenado em geladeira (após aberta) 
 Validade menor após abertura (depende do fabricante e do 
modo de administração) 
 Aumenta o risco de contaminação (tem contato com o meio) 
 Menor Custo 
 
31 
Industrializada: Sistema Aberto 
EM PÓ 
 
 Precisa de reconstituição 
 
 Precisa ser armazenado em geladeira (após o 
preparo) 
 
 Validade curta (dependente do fabricante de das 
condições de preparo) 
 
 Risco alto de contaminação (manipulação) 
 
 Deve obrigatoriamente seguir todas as normas da 
RDC 63 da ANVISA 
 32 
Características das Fórmulas 
 
PADRÃO: Fornece os nutrientes em quantidades adequadas, 
 visando a estabilização ou recuperação nutricional. 
 
 Calorias, proteínas, lipídios e fibras 
 Enriquecidas com nutrientes específicos 
 Com ou sem lactose ou sacarose 
 Fontes dos nutrientes 
 Osmolaridade 
 Polimérica ou Oligomérica ou Elementar (Monomérica) 
 Adulto ou Infantil ( de acordo com a faixa etária) 
 
 
33 
Classificação das fórmulas quanto à 
Densidade Calórica (DC): 
Muito baixa < 0,6 kcal/ml - Acentuadamente 
 Hipocalórica 
Baixa 0,6 - 0,8 kcal/ml - Hipocalórica 
Padrão (Standard) 0,9 - 1,2 kcal/ml - Normocalórica 
Alta 1,3 - 1,5 kcal/ml - Hipercalórica 
Muito Alta  1,5 kcal/ml - Acentuadamente 
 Hipercalórica ou Ultracalórica 
 
Waitzberg, 2002 
34 
Classificação das fórmulas quanto à 
osmolalidade – mOsm/kg de água 
 
Hipotônica: < 300mOsm/l 
Isotônica: 300 - 350mOsm/l 
Levemente hipertônica: 350 - 550mOsm/l 
Hipertônica: 550 - 750mOsm/l 
Acentuadamente hipertônica: > 750mOsm/l 
 
Waitzberg, 2002 
35 
Características das Fórmulas 
ESPECÍFICAS/ESPECIALIZADAS 
 
 Diabéticos 
 Pneumopatas 
 Nefropatas 
 Hepatopatas 
 Cicatrização de feridas 
 Doenças intestinais 
 Síndromes absortivas 
36 
Artesanal 
 
 Alimentos liquidificados 
 Deve ser utilizada logo após o preparo 
 Validade curta (dependente das condições de preparo) 
 Alto risco de contaminação (manipulação) 
 Deve obrigatoriamente seguir todas as normas da RCD 
63 da ANVISA 
 
37 
Módulos de Nutrientes 
 Em pó ou líquido 
 Nutrientes isolados 
 
 Fibras 
 Carboidratos 
 Proteínas 
 Lipídios 
 Minerais 
 Vitaminas 
 Glutamina 
38 
Suplementos Nutricionais 
 Em pó ou líquido 
 
 Nutricionalmente completo 
 
 Hipercalóricos 
 Hiperprotéicos 
 Com e sem fibras 
 Específicos (diabetes, cirúrgico,cicatrização) 
 Presença de sacarose, lactose ou não 
 Fontes dos nutrientes 
39 
 Fontes de nutrientes nas fórmulas enterais: 
 
Carboidratos: Amido, polímeros de glicose, maltodextrina, 
xarope de milho, maltose, sacarose, lactose, dextrina, 
glicose ou frutose; 
 
Lipídios: óleo de milho, óleo de girassol, óleo de soja, óleo 
de peixe, TCM, lípides estruturados; 
 
TCM: Densidade calórica de 8,2-8,4 Kcal/g/ml; não contêm 
ácidos graxos essenciais; não exigem processo de digestão. 
 
Proteínas: caseína, proteína isolada de soja, ovo, clara de 
ovo, carnes, leites, colágeno, soro do leite, L-aminoácidos. 
 
40 
Fibras: 
 
Solúveis (pectina, mucilagem, goma-guar): Podem 
diminuir a hiperglicemia pós-prandial e o colesterol 
sanguíneo, estão indicadas na obesidade, contribuindo 
para a saciedade e no controle da diarréia; degradação 
pela microflora anaeróbica. Fermentação bacteriana 
conduz a formação de ácidos graxos de cadeia curta 
(AGCC), gases e energia; retardam o esvaziamento 
gástrico e o trânsito intestinal, são altamente 
fermentáveis e têm alta viscosidade. 
 
Insolúveis (celulose, hemicelulose e lignina): aumentam o 
conteúdo líquido do cólon; aumentam o peso das fezes e 
aceleram o transito intestinal; retêm água; são pouco 
fermentáveis; não são viscosas. 
41 
Classificação das fórmulas 
Fórmulas Poliméricas: os macronutrientes apresentam-se intactos e são 
indicados para os pacientes que possuem capacidade digestiva e 
absortiva preservadas; 
 
Fórmulas Oligoméricas: onde os nutrientes estão parcialmente 
hidrolisados ou digeridos é indicados para os pacientes com capacidade 
parcial para digestão e absorção de nutrientes; 
 
Fórmulas Elementares: possuem macronutrientes totalmente 
hidrolisados /totalmente digeridos; 
 
Fórmulas Especializadas: específicas para disfunções orgânicas (de 
fígado, intestino, pulmão entre outros), estresse metabólico e/ou para 
pediatria; 
 
Módulos: indicados para suplementar fórmulas. Ex: Nansoy ® (Nestlé), 
Dextrosol (Nestlé), Albumina (Advanced Nutrition), Creme de Arroz 
 
42 
Fórmulas Semi-Elementares para Crianças 
43 
44 
Necessidades hídricas 
RDA: 1ml/Kcal 
Crianças: 50 - 60ml/kg ou 1500 ml para os primeiros 
20kg +20 ml/kg acima. 
Adulto: 25 - 40ml/kg (Usual 30 a 35 ml/kg) 
Adulto (55 a 64 anos): 30ml/kg 
Idosos (> 65 anos): 25 ml/kg 
 
 
Waitzberg, 2002 
45 
A nutrição enteral PODE levar a sérias 
complicações 
CUIDADO E ATENÇÃO SÃO FUNDAMENTAIS 
46 
Complicações 
1. Mecânicas 
(Erosão/necrose nasal, sinusite,esofagite, obstrução/ 
migração da sonda) 
 
2. Metabólicas 
(Hiper/ hipodesidratação, hiper/hipoglicemia) 
 
3. GI 
(Náusea , vômito, estase gástrica, RGE, distensão 
abdominal, cólica, diarréia, obstipação) 
 
 
 
47 
Complicações 
4. Infecciosas 
(Gastroenterocolite – cont. microbiana) 
 
5. Respiratórias 
(Aspiração, pneumonia - BRONCOASPIRAÇÃO) 
 
6. Psicológicas 
(Ansiedade, depressão, falta de estímulo ao paladar, 
monotonia alimentação, insociabilidade) 
 
 
48 
Qual a complicação mais comum na 
prática clínica ? 
 
• A diarréia tem uma incidência de 2,3 a 68% sendo de 
gênese multifatorial. 
 
• Pode ser decorrente do próprio quadro clínico do 
paciente e da terapêutica medicamentosa, como 
também pode surgir da inadequação da TNE – não 
controle da velocidade da administração dafórmula, 
composição da dieta, entre outros. 
49 
Quais os principais pontos 
vinculados a diarreia? 
 
 
 Composição e contaminação da fórmula enteral; 
 Velocidade de infusão; 
 Alteração na flora bacteriana intestinal; 
 Uso de medicação e antibioticoterapia; 
 Condições clínicas do paciente e doença de base. 
50 
Triagem nutricional ou alteração na evolução. 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL: ênfase na dietética 
Não há aceitação da dieta 
• Inadequação da consistência? 
• Sintomatologia impeditiva? 
• Palatabilidade prejudicada? 
• Monotonia alimentar? 
• Impedimento mecânico ou de capacidade 
funcional? 
• Hipercatabolismo? Qual a ingesta real do paciente? 
TGI funcionante: suporte nutricional enteral 
 
51 
Planejamento do suporte nutricional 
 Avaliação do EN; 
 Doença de base (prognóstico); 
 Atividades terapêuticas planejadas... 
Avaliação nutricional completa 
 
Via de acesso 
 
Monitorização da ingestão ou infusão; 
 
Modificações na conduta 
Dieta comum dieta especial/suplementação NE NP 52 
Características das dietas enterais: 
Osmolaridade e Osmolalidade 
Osmolaridade: miliosmoles por litro de solução; pressão 
osmótica do soluto sobre solvente. Nutrientes que mais 
afetam a osmolaridade: carboidratos simples, minerais e 
eletrólitos, proteínas hidrolisadas/aminoácidos livres. 
 
Osmolalidade: miliosmoles por quilo de água 
 
Localização da sonda: 
Gástrica – maior tolerância/o estômago tolera 
hiperosmolalidade 
Entérica – necessidade de adaptação do gotejamento 
53 
Terapia nutricional: Critérios de risco 
 
 
1. Jejum > 5 dias (desnutrição) ou > 7 (EN normal); 
2. Uso de dieta hipocalórica (< 60% VET) > 7 - 10 dias 
(variável de acordo com EN); 
3. Perda de peso > 10% em relação ao peso usual em 6 
meses; 
4. Perda de 15% do peso em 3 meses; 
5. Perda de peso 5% do peso usual em 1 mês; 
6. Perda de 12% do peso em 1 semana; 
7. Peso atual < 20% do peso ideal. 
 
ATENÇÃO PARA CLÍNICA INDIVIDUAL 
54 
Início do suporte: 
 
 
• Tão logo seja possível; 
• Estabilização de alterações hemodinâmicas; 
• NE precoce 
 
 
 
 Waitzberg, 2002 
 
55 
Iniciando a alimentação enteral 
• Paciente crítico, pediátrico e desnutridos: critérios de 
risco maiores – início mais precoce. 
• Risco de síndrome de realimentação: 
 Iniciar com 25% da prescrição 
 Meta em 3 a 4 dias 
 Monitoração rigorosa de eletrólitos 
Observar: 
• Hidratação 
• Intolerância à administração (distensão, náuseas, 
vômitos, diarréia,constipação) – REAVALIAR CONDUTA 
• Tipo de dieta, via de administração, volume, 
características 
• Evolução geral e nutricional 56 
Alimentacao Enteral Precoce 
 
 
Definição: Terapia Nutricional Enteral precoce e 
iniciada durante as 36 horas após admissão 
hospitalar, trauma ou doença 
 
 
 
Zaloga GP,1992 
57 
Impacto da pausa alimentar 
 Balanço negativo do nitrogénio, agravamento da perda 
de peso 
 
 Alterações morfológicas no intestino 
Espessamento da mucosa 
Proliferação celular 
Altura das vilosidades 
 
 Mudanças funcionais 
Aumento da permeabilidade 
Diminuição da absorção dos aminoácidos 
 58 
Impacto da pausa alimentar 
 Mudanças enzimáticas/hormonais 
Diminuição da sacarase e lactase 
 
 Impacto na imunidade 
Celular: Diminuição das células T, atrofia dos centros 
germinativos, proliferação mitogênica, diferenciação, 
função celular Th, alteração localização células 
Humoral: Complemento, opsoninas, Ig, IgA secretora 
(70-80% de todas as Ig produzidas são IgA 
secretoras ) 
Aumento da translocação bacteriana 
 59 
Iniciando a alimentação enteral 
 
 
 Volume inicial: 10 a 40 mL/h; 
 Evolução de 5 a 20 mL a cada ciclo de 3 a 12 h; 
 Tolerância individual; em geral: 
 Gástrica: 200 a 300 mL a cada 3 a 8 h; infundir em 15 a 60 min 
 Entérica: até 100 mL/h 
 Pausa gástrica/entérica: ~ 4h/dia 
 Hidratação e lavagem da sonda: a cada ciclo. Considerar outras vias de 
hidratação e sinais e sintomas relacionados 
 Resíduo gástrico: a cada ciclo 
 Se > 200 mL aguardar de 1 a 2 h e reavaliar; 
 considerar secreções gástricas, fármacos e outros interferentes para 
diminuição da motilidade 
 IMPORTANTE: grau de elevação da cabeceira; material utilizado 
(sondas e seringas) 
60 
Diretrizes para monitoramento 
Peso 
Ingestão e perdas 
Volume e consistência das fezes 
Sinais/sintomas de 
edema/desidratação 
 
Resíduo gástrico 
 
Exame do abdômen 
Eletrólitos séricos/ uréia / creatinina 
 
Ca, Mg, P 
 
Glicose 
 
 
Balanço nitrogenado 
Antes de iniciar/2x/semana 
Diário 
Diário 
Diário 
 
A cada ciclo 
 
Diário 
Diário/2-3x/semana 
 
Diário/semanalmente 
 
DM: 6/6h; sem DM: 
Diário/semanalmente 
 
Semanalmente (avaliar 
necessidade) 
61 
Uso da terapia nutricional enteral / oral 
 
Traz benefícios quando: 
 
IMC<20Kg/m2 
Crianças em déficit de crescimento ou com desaceleração 
do crescimento peso/altura<85% do ideal 
Z escore entre -1 e -2 (vigilância nutricional) 
Z escore entre -1 (magreza) 
IMC>20Kg/m2 associado à perda de peso 
IMC<23Kg/m2 idosos 
 
ASPEN, 2007 
 
 62 
NE no pós-operatório e NE precoce 
 
 Previne a translocação bacteriana 
 Melhora valores do BN 
 Reduz a demanda metabólica 
 Reduz o tempo de hospitalização 
 Melhora o balanço calórico 
 Acelera a transição para dieta oral 
 Imunologicamente melhor do que a NPT após trauma 
 
63 
Nutrição Parenteral 
 
 
“Impossibilidade de utilização do trato 
digestivo, seja por impossibilidade na 
administração oral, ou quando a nutrição 
enteral é ineficaz ou contra-indicada”. 
64 
Indicação 
Situações em que o TGI não pode ser utilizado Temporariamente 
ou definitivamente 
 
Íleo paralítico 
Obstrução do TGI não reversível 
Fístulas intestinais 
Isquemia gastrointestinal 
Inflamação do trato gastrointestinal 
Hiperêmese gravídica 
Complementar à NE 
 Síndromes mal-absortivas 
 Distúrbios de motilidade 
 Peritonites 
 Pancreatite 
 Síndrome do intestino curto 
 Sepse 
 Insuficiência renal 
 Encefalopatia hepática 
 Anorexia nervosa 
65 
Contra-indicação 
 
Acesso inadequado 
Doença terminal de mau prognóstico 
Má perfusão tissular 
Grande queimado 
Discrasia sanguínea (alteração sanguínea, tipo 
leucopenia, agranulocitose ou anemia aplásica) 
Pós-operatório imediato 
66 
Vias de Administração 
Acesso Central (Jugular 
ou Subclávia) 
- Mais de 10 dias de uso 
- Maior osmolaridade 
Acesso Periférico 
- Entre 7 e 10 dias de uso 
- Menor osmolaridade 
67 
Modos de Infusão 
BOMBA DE INFUSÃO 
Gotejamento controlado 
 
 
 - CONTÍNUA 
 
 - CÍCLICA 
Administração deve ser 
realizada pelo 
enfermeiro. 
68 
Apresentação das Fórmulas 
 Prontas para uso 
 - Soluções 2:1 
Aminoácido + Glicose 
 - Emulsões 3:1 
Aminoácido + Glicose + Lipídeo 
 
 
 Manipuladas 
 - Individualizadas 
 - Deve seguir todas as normas da 
 Portaria 272 da ANVISA 
Prescrição deve ser 
feita pelo Médico 
69 
Complicações 
 
• Infecciosas – contaminação, curativos e tipo de cateter – 
SEPSE 
 
• Mecânicas - relacionadas à inserção do cateter, 
obstrução ou deslocamento 
 
• Metabólicas – glicemias, hidroeletrolíticas, ácido-base 
 
 
70 
Iniciando a nutrição parenteral 1 a 3 dias – se desnutrido, catabólico 
 7 a 14 dias – se eutrófico 
 Perifericamente – 7 a 10 dias ou até 2 semanas 
com rotação em 72 a 96 h; 
 Osmolaridade < 900 mOsm/L a 1000 mOsm/L 
 Central - > 10 dias 
71 
CHO: 
 
 
> 130 g/dia 
Até 4 mg/kg/min em estado crítico e 7 mg/kg/min em 
estabilidade 
( mg x kg x 1440 min = mg/dia) 
(mg/dia / 1000) = g /dia 
Considerar: hiperglicemia, glicosúria, lipogênese, 
esteatose hepática, hiperinsulinemia 
Fornece 3,4 kcal/g 
 
Soluções variadas entre 5 e 70% de concentração: 
g/100 mL de solução 
Ex.: glicose 10% - 10 g em 100 mL 
72 
PTN 
 
Solução de aa 
Diferenciada para renais e hepatopatas 
 
Seguir necessidade proteica individual 
 
4 kcal/g 
Concentrações variadas entre 3 e 20 % 
Considerar: perdas, reparo de tecidos e pressão oncótica 
73 
LIP 
 
 
Apresentados em emulsão de AGCL – variação com 
mistura de AGCM 
Emulsificante: fosfatídeos 
Estabilizante: glicerol 
Déficits ocorrem em 1 a 3 semanas; necessidade mínima: 
3 a 4 % do VCT 
 
Concentrações de: 
10 % - 1,1 kcal/mL 
20 % e 30 % - 2,0 kcal/mL ou 10 kcal/g 
Limite de infusão: 1 g/kg/dia 
 
Riscos: hipertrigliceridemia, depuração reduzida, 
disfunção imune 
74 
 
Volume: 
 
 
 
Necessidade hídrica: 25 a 40 mL/Kg/dia 
atentar para sinais e sintomas e outras fontes de líquidos e 
perdas 
 
Estimativa de água corporal total: 
ACT = 0,6 x peso (kg) – homens; 0,5 se > 80 anos 
0,5 x peso (kg) – mulheres; 0,4 se > 80 anos 
 
OBS.: - 10 % se obeso e – 20 % se obeso mórbido 
 
Estimativa de déficit: 
Déficit = ACT x [(Na sérico real/Na sérico desejado) – 1] 
75 
Osmolaridade 
 
1 g aa/L = 10 mOsm 
1 g glicose/L = 5 mOsm 
1 g LIP (20 %)/L = 1,3 mOsm 
1 mEq – gluconato de cálcio/L = 1,4 mOsm 
sulfato de magnésio/L = 1,0 mOsm 
potássio e sódio/L = 2 mOsm 
 
Ex.: 1790 kcal, 80 g LIP, 120 g aa, 150 g GLI, 200 mEq 
cloreto de sódio, 8 mEq sulfato de magnésio, 40 mEq 
cloreto de potássio, 5 mEq gluconato de cálcio, 3 L/dia 
76 
 
Micronutrientes 
 
Necessidades diárias, concentração sérica e sinais de 
déficit 
Recomendações FDA; estáveis 24 h 
Oligoelementos: cromo, cobre, manganês, zinco 
Observar bilirrubina 
Atenção para B12 e Fe 
77 
Quando iniciar a nutrição parenteral? 
 
Duração prevista pelo menos sete dias 
 Estabilização das funções vitais 
 Determinar o equilíbrio ácido-base 
 Estabelecer o equilíbrio de fluidos e eletrólitos 
 Desnutridos / prematuros – mais breve possível 
Waitzberg et al, 2000 78 
Iniciando a infusão 
Atingir metas gradualmente; 
Observar niveis séricos diversos; 
Glicemia; 
TG; 
Na e K; 
Bilirrubina; 
Provas de função/lesão hepática e renal 
Considerar síndrome de realimentação 
Considerar supressão de apetite 
Considerar desmame associado e metas 
79 
Quando terminar a nutrição parenteral? 
Restauração da função normal do TGI 
Parenteral Enteral Oral 
Parenteral Oral (líquida, branda) 
Waitzberg et al, 2000 
Não interromper abruptamente 
 
Como finalizar a administração? 
80 
81 
Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional 
EMTN 
Formação Mínima 
 - Médico 
 - Nutricionista 
 - Enfermeiro 
 - Farmacêutico 
 
 Outros Profissionais 
-Fonoaudiólogo 
-Fisioterapeuta 
-Assistente social 
 
Coordenador Clínico 
Coordenador Técnico-Administrativo 
82

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