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AULA 4 AJUSTES FISIOLOGICOS E RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS

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1 
Ajustes Fisiológicos e 
Recomendações Nutricionais na 
Gestação. 
 Material Didático: Aula - 4 
Prof.ª. Liliane Martins 
 ESTÁCIO FASE - SERGIPE 
2 
Pré-requisitos para o desempenho 
adequado da Gestação: 
 Mãe biologicamente madura (menarca há pelo 
menos 5 anos) 
 Imunização contra rubéola 
 Adequado consumo de ácido fólico 
 Controle dos distúrbios crônicos metabólicos 
 Peso pré-gestacional adequado 
 Erradicação de hábitos prejudiciais ao feto 
 Outros ... 
3 
Ajustes Fisiológicos da Gestação: 
 
 
 
4 
Alterações Metabólicas na Gestação – 
Anabolismo (Necessita de Energia): 
 ↑ T3 e T4 plasmáticos 
 ↑ Insulina plasmática 
 ↑ Absorção de cálcio e ferro 
 ↑ Retenção de nitrogênio (no 1º trimestre) 
 ↑ Ácidos graxos, triglicérides, colesterol, 
fatores de coagulação. 
5 
Volume e Composição Sanguíneos: 
 ↑ Volume sanguíneo em torno de 50% com 20% 
de ↑ da massa de HB (níveis normais entre 8-10 
semanas pós parto). 
 
 ↓ dos nutrientes hidrossolúveis: albumina 
(edema!!!), ferritina, vit. C, ácido fólico, Vit. B6 e 
B12, outras PTN séricas e vits. hidrossolúveis. 
 
 ↑ dos nutrientes lipossolúveis em 50%: 
Caroteno, Vit. E e frações lipídicas (triglicérides, 
colesterol, ác. graxos). 
Cardiovascular e Pulmonar: 
 
 Sobre o sistema circulatório, ocorre um aumento 
no débito cardíaco e uma vasodilatação 
periférica, permitindo o aporte adequado de 
fluxo sanguíneo através da placenta. 
 
 Leve hipertrofia cardíaca. 
 
 ↑ Frequência de batimentos. 
 
6 
7 
Cardiovascular e Pulmonar: 
 Vasodilatação periférica (↓ da pressão 
sanguínea nos 2 primeiros trimestres 
retornando a normalidade no 3º trimestre). 
 
 ↑ frequência respiratória (↑ das necessidades 
de O2 / ↑ pressão do útero sobre o diafragma). 
 
 Trocas gasosas mais eficientes nos pulmões. 
8 
Sistema Digestório: 
 
 ↑ dos níveis de progesterona (PLACENTA) 
 ↓ da motilidade gastrointestinal → constipação 
 ↓ da contração do EEI → Pirose (azia) 
 ↓ das secreções intestinais 
 Absorção aumentada 
9 
Sistema Renal: 
 
 
•↑ da taxa de filtração glomerular; 
• Podem aparecer na urina quantidades maiores 
de aminoácidos, glicose e vits hidrossolúveis; 
•↓ habilidade para excretar água. 
10 
Transferência de Nutrientes pela Placenta: 
Depende: 
 Da concentração no plasma 
 Do adequado fluxo sanguíneo 
11 
Métodos de transferência de nutrientes 
pela placenta: 
Difusão simples 
• Gases 
•Ácidos graxos livres 
•Vit. lipossolúveis 
 
Difusão facilitada 
• Carboidratos 
Transporte ativo 
• Aminoácidos 
• Vit. hidrossolúveis 
•Sódio/ cálcio/ ferro 
12 
 Baixa ingestão de nutrientes; 
 Hiperemese gravídica (1-2% e pode estender-se até 
a 16ª semana gestacional); 
 Gestações próximas; 
 Gestação em adolescentes 
Subnutrição materna 
Bebês prematuros e PIG 
Energia 
 As exigências de energia estão aumentadas na 
gestação uma vez que as mulheres devem conceber 
com adequado estado nutricional, visando melhores 
resultados obstétricos; 
 
 Desvios ponderais (baixo peso ou sobrepeso / 
obesidade no período pré gestacional merecem atenção 
especial. 
13 
Cálculo das Necessidades de Energia 
de gestantes adultas 
 Visando obter o VET para alcançar o ganho ponderal 
gestacional recomendado deve-se proceder, 
inicialmente, à avaliação nutricional antropométrica 
cuidadosa, levando em consideração o peso pré-
gestacional, a estatura materna e o peso atual. 
 
 O VET adotado pelo comitê da FAO/WHO/UNU é de 
aproximadamente 77.000 kcal, associado a adequado 
ganho de peso gestacional total (10 a 14 kg), com média 
de 12 kg, para mulheres saudáveis e bem nutridas, e 
com maior chance de recém nascido com peso de 3,3 
kg e menores índices de complicações materno-fetais. 
14 
Passo a Passo para os cálculos 
 1º - Avaliar o estado nutricional pré gestacional ou inicial 
(IMC) e determinar o ganho de peso gestacional 
recomendado até a 40ª / 41ª semana gestacional. 
 
 2º - Calcular o VET, iniciando pelo cálculo do GE, a 
partir da estimativa da TMB, segundo a idade materna. 
 
 FAO/WHO/ONU -2004 
 TMB= 18-30 anos (14,818 x P*) + 486,6 
 TMB= 30-60 anos (8,126 x P*) + 845,6 
15 
 
P*= Peso aceitável. Ver slide nº 18 
16 
 3º - VET = gasto energético (GE) + adicional 
energético de gestação. 
 
 GE = TMB X NAF 
 
 TMB (taxa metabólica basal) 
 NAF (nível de atividade física) 
 
 
categoria NAF média 
Estilo de vida sedentário 
ou leve 
1,4 – 1,69 (1,53) 
Estilo de vida ativo ou 
moderadamente ativo 
1,7 – 1,99 (1,76) 
Estilo de vida vigoroso ou 
moderadamente vigoroso 
2,00 – 2,40 (2,25) 
 FAO/WHO/ONU - 2004 
Considerações sobre o Peso 
 
 Peso aceitável = 18,5 a 24,9 kg/m² 
 
 IMC médio de 21 kg/m² . Peso = IMC de 21 x 
E(m²) 
 
 PPG (peso pré-gravídico ou pré-gestacional) 
17 
Peso: Considerações importantes: 
 
 Quando IMC pré gestacional for normal = eutrófico usa-
se o PPG (peso pré-gravídico), podendo utilizar também 
o peso aceitável (18,5 a 24,9 kg/m²) ou mediana 21 kg/m². 
 
 Para as mulheres com baixo peso pré gestacional 
pode-se usar o peso aceitável ou IMC médio de 21 kg/m² 
x Estatura/m²; na tentativa de normalizar o estado 
nutricional materno. 
 
 Para aquelas com sobrepeso ou obesidade, pode-se 
usar o PPG (peso pré-gravídico) evitando-se, assim, que 
a gestante perca peso no período gestacional. 
 
18 Pág. 128; cap.8, ref. Bibliográfica nº 1 
Distribuição energética diária do 
adicional energético: 
 1º trimestre (IG < 14 semanas) = 85 kcal/dia 
 
 2º trimestre (IG ≥ 14 a < 28 semanas) = 285 
kcal/dia 
 
 3º trimestre (IG ≥ 28 semanas) = 475 
Kcal/dia 
19 
GEB (kcal/dia) 
IMC PRÉ-GESTACIONAL (IOM), 1992 
 Baixo peso = IMC < 19,8 Kg/m2 
 Eutrófica = IMC 19,8 a 26,0 Kg/m2 
 Sobrepeso= IMC > 26,0 a 29,0 Kg/m2 
 Obesidade = IMC > 29,0 Kg/m2 
 Este ponto de corte tem como objetivo captar 
o maior nº possível de mulheres com baixa 
reserva energética e direcioná-las para 
atendimento diferenciado visando a redução 
do risco de desnutrição intrauterina e 
complicações materno fetais. 
20 
IMC PRÉ GESTACIONAL (IOM, MS, WHO) 
 
 BAIXO PESO: < 18,5 
 
 ADEQUADO: 18,5 – 24,99 
 
 SOBREPESO: 25 – 29,99 
 
 OBESIDADE: > 30 
21 
Gestação Única 
22 
IOM, 1992 Sugere para OBESIDADE um ganho de 7,0 a 9,1 Kg e 200 g 
a partir do 2º trimestre. 
Para Exercitar: 
 
 Gestante de 26 anos, empregada doméstica, idade 
gestacional de 15 semanas, peso pré-gestacional de 
57 kg, peso atual 59,1 kg e altura de 1,65m. 
 
Qual o VET dela com base protocolo da 
 FAO/WHO/ONU -2004 ? 
TMB= 18-30 anos (14,818 x P*) + 486,6 
 
 
23 
 Passo a Passo 
 
 1º - Calcular o IMC PRÉ-GESTACIONAL; 
 
 2º - Fazer a programação de ganho de peso; 
 
 3º - Calcular o VET: GE + Adicional energético (Geral) 
 
 4º - Calcular com o Adicional energético individual 
24 
Adotar os critérios abaixo: 
 
 Quando IMC pré gestacional for normal = usa-se o PPG 
(peso pré-gravídico). 
 
 Para as mulheres com baixo peso pré gestacional usa-
se o (IMC médio de 21 kg/m2) x Estatura/m2; na 
tentativa de normalizar o estado nutricional materno 
 
 Para aquelas com sobrepesoou obesidade, pode-se 
usar o PPG evitando-se, assim, que a gestante perca 
peso no período gestacional. 
25 
26 
Recomendações Nutricionais: Energia 
• Crescimento fetal 
• Crescimento da placenta 
• Crescimento de tecidos materno 
• Custo do esforço materno (trabalho cardiovascular, resp.) 
• Custo da síntese de tecidos (custo da matéria prima e da 
produção) 
• A faixa de ingestão de energia aceitável é ampla → Avaliar 
a taxa de individual de ganho de peso 
Macronutrientes em relação ao VET 
para gestantes 
 CARBOIDRTOS: 55 A 75 % do VET 
 AÇÚCAR de adição: < 10% do VET 
 FIBRAS: > 25 g/dia 
 
 PROTEÍNAS: 10 A 15% do VET 
 
 LIPÍDIOS: 15 A 30% do VET 
 Evitar ácidos graxos saturados, trans e colesterol 
 
 ÁGUA: 3 l/dia 
27 
28 
Recomendações Nutricionais: 
PROTEÍNAS 
• Segundo a ANVISA a ingestão recomenda de 
proteínas para o período gestacional é de 71 g/dia, 
baseados nas recomendações da IOM. 
 
• O comitê da FAO/WHO/UNU, ressalta que uma dieta 
hiperproteica (34%) associada ao uso de suplementos 
nutricionais durante a gestação está associada a óbito 
neonatal. 
Proteínas 
 No planejamento dietético das gestantes, pode-se adotar 
a relação proteína/kg de peso, que para indivíduos 
adultos é de 1g/kg/dia calculado sobre o PPG = peso pré 
gestacional ou peso aceitável e acrescentar o adicional 
recomendado para cada período gestacional, sendo: 
 
 1g para o 1º trimestre, 
 9g para o 2º trimestre 
 31g para o 3º trimestre respectivamente. 
 
Para baixo peso usar baseado no IMC médio; gestantes 
eutróficas ou com sobrepeso/obesidade usar o PPG. 
 
29 
30 
Recomendações Nutricionais: 
ÁCIDO FÓLICO: 
• Necessidades em resposta a eritropoiese materna e 
crescimento fetal placentário. 
• A deficiência é marcada pela taxa reduzida de síntese de 
DNA e atividade mitótica da célula. 
•Pode causar descolamento de placenta, nascimento 
precoce, morte neonatal, baixo peso ao nascer, 
prematuridade, atraso de maturação do SNC. 
31 
 
• Importante papel na prevenção de defeitos do tubo 
neural como espinha bífida e anencefalia (prevalência 
no Brasil 1,6/1000). 
 
• O tubo neural fecha em torno de 28 dias de gestação 
e a suplementação deve ocorrer antes da concepção 
(FDA – Food and Drug Administration) 
 
• CDC (Centers for Disease Control) recomenda que 
todas as mulheres em idade fértil ↑ ingestão de 0,4 - 
0,5mg/dia de 3 meses pré-gestacionais até 12ª sem 
gestacional. 
 
32 
 
DRIs: 520μg/dia (não gestantes: 320 μg/dia) 
 
Suplementar (300 μg/dia) gestantes: 
- Fumantes 
- Consumidoras de moderadas ou grandes quantidades 
de álcool 
- Usuárias de anticoncepcionais orais 
- Usuárias de medicação antiepilética 
- Portadoras de Síndrome de malabsorção 
FONTES: Principal Fonte o levedo de cerveja. Encontra-
se nos vegetais de folhas como o espinafre, o Aspargo, o 
repolho e o brócolis, além das vísceras, carnes, ovos e 
feijão. 
33 
Meningocele/ Mielomeningocele 
34 
Recomendações Nutricionais: VIT. A 
 
 Deficiência pode causar defeitos congênitos, morte 
fetal, parto prematuro, retardo de crescimento 
intrauterino, baixo peso ao nascer. 
 Exposição excessiva nos 1ºs meses → abortos e 
anormalidades congênitas (cuidado com VIT A pré-
formada). 
Quais as principais fontes de vitamina A ? 
 
 FONTES: Vit. A pré-formada: fígado, leite e derivados, 
ovos, peixes. 
 
 Carotenoide: cenoura, folhas verde-escuras, batata-
doce, frutas e vegetais amarelo-alaranjados como 
manga, mamão, abóbora. 
35 
36 
 Recomendações Nutricionais: Vit. C 
 
 Não existem dados conclusivos para estimar a sua 
importância específica na gestação. 
 
 Deficiência tem sido associada a ↑ risco de infecções, 
ruptura prematura de membranas, parto prematuro, 
eclampsia, além disso prejudica a síntese de colágeno, 
proteína estrutural dos ossos, cartilagens, músculos e 
vasos sanguíneos . 
 
 FONTES: Frutas cítricas, couve-flor, brócolis. 
Recomendações Nutricionais: Vit. B12 
 
 Tendo em vista seu papel como transferidor de grupos 
metil, é indispensável para conversão da homocisteína e 
metionina e para regeneração da forma ativa do ácido 
fólico necessário a síntese de bases nitrogenadas, 
essenciais á formação do DNA. 
 
 A carência de B12 produz lesão hematológica, levando a 
anemia megaloblástica e distúrbios neurológicos, etc. 
 
 FONTES: leite e derivados, carnes em geral, vísceras 
(rins, fígado, coração), frutos do mar, ostras, embutidos 
e ovos. 
37 
38 
 Recomendações Nutricionais: Ferro 
 
 Deficiência está relacionada com maior risco de 
mortalidade materna, parto prematuro e baixo peso ao 
nascer. 
 Recomenda-se suplementação medicamentosa de 
30mg/dia no 2º e 3º trimestres e se houver anemia, usar 
60-120mg/dia até Hb normalizar. 
 
 FONTES: 
 Heme: carnes vermelhas 
 Não heme: leguminosas, folhosos e cereais integrais. 
39 
 Recomendações Nutricionais: Zinco 
 
 Participa na síntese e degradação dos carboidratos, 
lipídios e proteínas. 
 
 Estima-se que 100mg sejam armazenados no feto, 
líquido amniótico, tecido uterino e mamário e sangue 
materno. 
 
 Suplementação para quem ingere dieta pobre e em 
tratamento para anemia. 
 
 FONTES: 
 carnes vermelhas e mariscos. Vegetais são pobres, 
exceto porção embrionária dos cereais como gérmen de 
trigo. 
40 
 Recomendações Nutricionais: 
CÁLCIO 
 
 Suprir as necessidades maternas e formação de 
estruturas ósseas e dentárias do feto; 
 Aproximadamente 25 a 30 g de Ca são transferidas para 
o feto, principalmente no 3º trimestre, embora no 2º 
trimestre já ocorra mineralização; 
 Sua deficiência pode afetar o resultado gestacional com 
prejuízo no crescimento e desenvolvimento fetal, 
alteração na permeabilidade da membrana e 
excitabilidade, bem como afetar a pressão sanguínea e 
propiciar contrações uterinas prematuras e, 
consequentemente parto prematuro. 
 
 FONTES: Leites e derivados. 
 
Recomendações para Gestantes, com idade de 
menos de 18 até 50 anos. DRIs 2002 
 Faixa Etária – 
Idade 
18 Anos ou menos 19 a 30 Anos 31 a 50 Anos 
Energia (Kcal) individual individual individual 
Proteína e amino 
ácidos(g) 
71g {10g-35g} 71g {10g-35g} 71g {10g-35g} 
Carboidrato (g) 175 g {45g-65g} 175 g {45g-65g} 175 g {45g-65g} 
Gorduras Total (g) {20g - 35g} {20g - 35g} {20g - 35g} 
n-6, Ácido Gordu. 
Polinsaturado (g) 
13 g {5g-10g} 13 g {5g-10g} 13 g {5g-10g} 
n-3, Ácido Gordu. 
Polinsaturado (g) 
1.4g {0.6g-1.2g} 1.4g {0.6g-1.2g} 1.4g {0.6g-1.2g} 
Fibras Total 28 g 28 g 28 g 
41 
42 
 Vitaminas 
 
18 Anos ou menos 19 a 30 Anos 31 a 50 Anos 
Vitamina A (µg) 750 µg-(2800µg) 770 µg-(3000µg) 770 µg-(3000µg) 
Vitamina C (mg) 80 mg-(1800mg) 85 mg-(2000mg) 85 mg-(2000mg) 
Vitamina D (µg) 5 µg - (50 µg) 5 µg - (50 µg) 5 µg - (50 µg) 
Vitamina E (mg) 15 mg-(800mg) 15 mg-(1000mg) 15 mg-(1000mg) 
Vitamina K (µg) 75 µg 90 µg 90 µg 
Tiamina ou Vit. B1 
(mg) 
1,4 mg 1,4 mg 1,4 mg 
Riboflavina ou Vit. 
B2 (mg) 
1,4 mg 1,4 mg 1,4 mg 
Niacina ou Vit. PP 
(mg) 
18 mg - (30 mg) 18 mg - (35 mg) 18 mg - (35 mg) 
Vitamina B6 (mg) 1,9 mg-(80 mg) 1,9 mg-(100 mg) 1,9 mg-(100 mg) 
Folate ou Ácido 
Fólico (µg) 
600 µg-(800µg) 600 µg-(1000µg) 600 µg-(1000µg) 
43 
 Vitaminas 18 Anos ou 
menos 
19 a 30 Anos 31 a 50 Anos 
Vitamina B12 (µg) 2,6 µg 2,6 µg 2,6 µg 
Ácido Pantotênico 
(mg) 
6 mg 6 mg 6 mg 
Biotinaou Vit. H 
(µg) 
30 µg 30 µg 30 µg 
Colina (mg) 450 mg-(3000mg) 450 mg-(3500mg) 450 mg-(3500mg) 
 Sais Minerais 
 
18 Anos ou 
menos 
19 a 30 Anos 31 a 50 Anos 
Cálcio (mg) 1300mg - 
(2500mg) 
1000mg - 
(2500mg) 
1000mg - 
(2500mg) 
Cromo (µg) 29 µg 30 µg 30 µg 
Cobre (µg) 1000 µg - (8000µg) 1000 µg - 
(10.000µg) 
1000 µg - 
(10.000µg) 
Flúor (mg) 3 mg - (10 mg) 3 mg - (10 mg) 3 mg - (10 mg) 
44 
 Sais Minerais 
18 Anos ou 
menos 
19 a 30 Anos 31 a 50 Anos 
Iodo (µg) 220 µg-(900µg) 220 µg-(1100µg) 220 µg-(1100µg) 
Ferro (mg) 27 mg - (45 mg) 27 mg - (45 mg) 27 mg - (45 mg) 
Magnésio (mg)* 400 mg-(350mg) 350 mg-(350mg) 360 mg-(350mg) 
Manganês (mg) 2,0 mg - (9 mg) 2,0 mg - (11 mg) 2,0 mg - (11 mg) 
Molibdênio (µg) 50 µg-(1700µg) 50 µg-(2000µg) 50 µg-(2000µg) 
Fósforo (mg) 1250 mg-(3500mg) 700 mg-(3500mg) 700 mg-(3500mg) 
Selênio (µg) 60 µg - (400µg) 60 µg - (400µg) 60 µg - (400µg) 
Zinco (mg) 12 mg - (34 mg) 11 mg - (40 mg) 11 mg - (40 mg) 
45 
Outros Nutrientes 18 Anos ou 
menos 
19 a 30 Anos 31 a 50 Anos 
Água (L/Dia)¹ 2.3L ≈ 10 copos de 
água (3.0 L/dia) 
2.3L ≈ 10 copos de 
água (3.0 L/dia) 
2.3L ≈ 10 copos de 
água (3.0 L/dia) 
Potássio (g) 4.7 g 4.7 g 4.7 g 
Sódio (g) 1.5 g - (2.3 g) 1.5 g - (2.3 g) 1.5 g - (2.3 g) 
Cloreto de Sódio 
(Sal) (g) 
2.3 g - (3.6 g) 2.3 g - (3.6 g) 2.3 g - (3.6 g) 
Obs.: • Os Valores de RDA e AI, ambos podem ser usadas como metas de Ingestão. 
• Os valores entre parênteses ou chaves indicam a ingestão máxima. 
 
* O valor máximo recomendado para o magnésio, se refere ao agente farmacológico. Ou seja, o usado como 
medicamento ou suplemento alimentar e não inclui a consumação para alimentos ou água. 
 
• ¹ Água = O valor total para água, entre parênteses (), inclui à água presente nos alimentos ingeridos, que pode chegar a 
22% para mulheres gestante de 14 anos a 50 anos. O restante, é a quantidade de água que deve ser ingerida, na forma de 
bebidas ou pura. A soma da "%" de água dos alimentos + a quantidade ingerida é o valor total. 
 
46 
 Recomendações Nutricionais: Sódio 
 
 Durante a gestação, quando a mulher apresenta um 
excessivo aumento de peso e de volume de líquido 
corporal, de fato se justifica a redução da ingestão do 
cloreto de sódio. 
 
 As recomendações ficam em torno de 2g a 3g por dia, o 
que corresponde a menos de uma colher de chá, 
incluindo o sal dos alimentos e aquele utilizado no 
preparo deles. 
47 
 Apesar da moderação no uso do sal e outros alimentos 
ricos em sódio ser apropriada para todo mundo, uma 
restrição agressiva é injustificada na gravidez e o 
consumo diário não deve ficar abaixo de 2-3g. 
 
 De acordo com o guia alimentar para a população 
Brasileira, MS (2006) a recomendação diária de 6g de 
sal / dia. 
 
 
 Vale checar a classificação de sódio nos alimentos, 
para que a gestante possa se cuidar melhor. 
MUITO ALTO (> 150mg/100g) ALTO (80-150mg/100g) 
Bolacha de água e sal, couve 
manteiga, damasco seco, pão 
francês, espinafre, margarina 
Ameixa preta, beterraba, 
escarola, castanha do 
Pará, grão de bico, leite de 
vaca, sardinha 
MÉDIO (40-80mg/100g) BAIXO (< 40mg/100g) 
Aveia, banana, batata, 
brócolis, cenoura, iogurte, 
tomate 
Alface, arroz, berinjela, 
laranja, maçã, mamão, 
pepino 
48 
Obs.: 1g de sal contém 400mg de sódio 
49 
Queixas mais freqüentes na gravidez: 
NÁUSEA E VÔMITO 
 ↑ Fracionamento das refeições (8 refeições/dia) 
 ↓ Volume das refeições 
 Evitar o uso de creme dental antes da primeira refeição 
 Evitar ingestão de líquido em jejum (primeira refeição) 
 Primeiro alimento consumido no dia deve ser sólido 
 Evitar ingestão de líquidos junto às refeições 
 ↓ Ingestão de alimentos ricos em gorduras 
(principalmente saturadas) 
 Evitar a ingestão de preparações picantes 
 Evitar uso de condimentos 
 Respeitar a associação de alimentos e aparecimento da 
queixa. 
50 
Queixas mais freqüentes na gravidez: 
 PIROSE (AZIA) 
 
 Dieta fracionada, evitando frituras; 
 Evitar café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo; 
 Observação: 
 Em alguns casos, a critério médico, a gestante pode 
fazer uso de medicamentos antiácidos. 
51 
Queixas mais freqüentes na gravidez: 
 FRAQUEZAS E DESMAIOS 
 
 Orientar a gestante para que não faça mudanças 
bruscas de posição e evite a inatividade; 
 Indicar dieta fracionada; 
 Sugerir chá ou café com açúcar como estimulante, 
desde que não estejam contraindicados; 
 Explicar à gestante que sentar-se com a cabeça 
abaixada ou deitar-se em decúbito lateral, respirando 
profunda e pausadamente, melhora a sensação de 
fraqueza e desmaio. 
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Queixas mais freqüentes na gravidez: 
DOR ABDOMINAL, CÓLICAS, FLATULÊNCIA E 
OBSTIPAÇÃO INTESTINAL 
 
 Certificar-se de que não sejam contrações uterinas; 
 Se houver flatulências (gases) e ou obstipação intestinal: 
Orientar dieta rica em resíduos: frutas cítricas, verduras, 
mamão, ameixas e cereais integrais; 
 Recomendar que aumente a ingestão de líquidos e evite 
alimentos de alta fermentação, tais como repolho, couve, 
ovo, feijão e carboidratos simples; 
 Recomendar caminhadas, movimentação e regularização 
do hábito intestinal. 
Gestantes Vegetarianas 
 Os indivíduos adeptos da dieta Vegan se abstêm de 
consumir todos os alimentos de origem animal (produtos 
lácteos, ovos, carne, peixe e aves) e por isto, qualquer 
que seja o estado fisiológico, precisam estar atentos a 
possíveis deficiências de vitamina B12, ferro e cálcio. 
 
 O cálcio está presente, principalmente, no leite, queijo e 
na sardinha. Os vegetais de folha escura contêm o 
mineral em menor quantidade, exigindo o consumo de 
uma quantia significativa na dieta, o que muitas vezes 
não é conseguido na prática. 
 
53 
Gestantes Vegetarianas 
 Durante a gravidez o feto requer aporte de cálcio 
suficiente para a formação do tecido ósseo. Além disto, 
como a densidade óssea é determinada durante a 
adolescência e o início da idade adulta, a atenção com a 
ingestão adequada deste mineral deve ser redobrada 
nas grávidas adolescentes e vegetarianas. 
 
 A gestante necessita de uma grande ingestão de ferro, 
principalmente no ultimo trimestre. O ferro proveniente 
das carnes, ao contrário do contido em alguns alimentos 
de origem vegetal, é absorvido de forma mais eficiente, 
isto é, em maiores quantidades. 
54 
55 
 Ingerindo uma dieta variada, 
principalmente contendo alimentos de 
cores verdes escuras e frutas secas, 
um vegetariano pode satisfazer as 
suas necessidades de ferro, desde 
que melhore a quantidade a ser 
absorvida, por exemplo, se 
acompanhada de algum alimento rico 
em vitamina C. 
 
 As frutas cítricas e os próprios sumos, 
os tomates, pimentão e o brócolis, por 
exemplo, são todos boas fontes de 
vitamina C. 
Conduta individualizada na gestação 
 
56 
 
 A vitamina B12 tem fundamental importância durante 
a gestação, participando de reações indispensáveis à 
formação de novos tecidos. 
 
 
 A eritropoiese se encontra aumentada e os tecidos do 
feto estão em processo de formação bastante 
acelerado. Além disto, a sua deficiência pode 
ocasionar desenvolvimento de anemia megaloblástica, 
principalmente ao final da gestação. 
 
57 
 
 A quantidade da vitamina B12 presente 
nos alimentos de origem animal é 
significativamente maior. Mesmo com 
uma dieta bem planejada, há 
necessidade de suplementação 
medicamentosa. 
 
 Atualmente alguns alimentosdisponíveis no mercado como os leites 
de soja e os cereais são fortificados 
com vitamina B12, ferro e cálcio. 
 
 
Para Fixar 
Qual o papel dos seguintes hormônios na Fisiologia 
da Gestação? Pesquise a respeito. 
 
 Progesterona: Efeito natriurético e favorece os 
depósitos de gordura materna ... 
 Lactogênio placentário: Estimula a Lactogênese 
nos alvéolos mamários e efeito contra insulínico ... 
 Estrógeno: Aumento dos ductos mamários e o 
torna a parede uterina mais elástica ... 
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Para Fixar 
 A gestação é um período em que há importantes 
mudanças fisiológicas que têm o objetivo de 
preparar o corpo da mulher para o período 
gestacional. Porém, algumas destas mudanças 
possuem efeitos adversos, como a Constipação 
e a Azia. 
 
Explique por que gestantes são mais suscetíveis à 
ocorrência destes problemas. 
59 
60 
 Devido à ação de hormônios, especialmente a 
progesterona, que possuem o objetivo de relaxar a 
musculatura uterina, porém não têm ação apenas no 
útero, mas sim na musculatura lisa. Assim, todos os 
órgãos e tecidos que possuem este tipo de musculatura, 
sofrem relaxamento. 
 Entre estes, está o trato gastrintestinal, particularmente 
o intestino e o esfíncter esofágico. 
 Com o relaxamento intestinal, o trânsito se torna mais 
lento. Com o relaxamento do esfíncter, o controle de 
retorno do conteúdo gástrico se torna mais frágil, 
especialmente nos últimos meses, quando há também a 
pressão interna do estômago, pela expansão do útero. 
Para Fixar 
 Quanto aos períodos gestacionais, relacione os 
parênteses colocando o numero correto de 
acordo com a legenda. 
 (1) Período fetal precoce. 
 (2) Período pré natal. 
 (3) Período fetal tardio. 
 (4) Período neonatal precoce. 
 (5) Período perinatal. 
 (6) RN prematuro extremo. 
 (7) RN prematuro tardio. 
 (8) RN a termo 
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 ( ) Nascido entre 32 e 36 semanas gestacionais. 
 ( ) 22 semanas de gestação até o momento do 
parto. 
 ( ) 22 semanas completas até 6 dias após o 
nascimento. 
 ( ) Da concepção até 22 semanas completas de 
gestação. 
 ( ) Nascido antes de 32 semanas gestacionais. 
 ( ) Nascido entre 37 e antes de completar 42 
semanas. 
 ( ) Da concepção até o momento do parto. 
 ( ) Do nascimento até 6 dias completos de vida. 
 
 
 
 
 
Você sabia? 
Que a recomendação de ganho ponderal para 
adolescente grávida com estado nutricional pré-
gestacional adequado é de 11,5 a 16kg. 
 
CURIOSO SOBRE GESTAÇÃO NA ADOLESCÊNCIA? 
 
Veja o capítulo 9 : ACCIOLY, E; SAUNDERS, C; 
LACERDA, E. Nutrição em obstetrícia e pediatria, 2ª 
edição, Rio de Janeiro: Cultura Médica: Guanabara 
Koogan, 2009 
 
 
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Referências Bibliográficas 
 1- ACCIOLY, E; SAUNDERS, C; LACERDA, E. Nutrição 
em obstetrícia e pediatria, 2ª edição, Rio de Janeiro: 
Cultura Médica: Guanabara Koogan, 2009 
 Capítulo 7: Assistência Nutricional Pré-Natal (pág.103-124). 
 Capítulo 8: Recomendações Nutricionais na Gestação (pág.125-148) 
 2- MONTEIRO, J & CAMELO JR, J.S. Nutrição e 
Metabolismo: caminhos da nutrição e terapia nutricional: da 
concepção à adolescência. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2007 
Capítulo 3: Necessidades Nutricionais e Práticas Alimentares da 
Gestante (pág. 22-59) 
 3- VITOLO, M.R. Nutrição: Da Gestação ao Envelhecimento. Rio de 
Janeiro: Ed. Rubio, 2008. 
 
 
 
 
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Outros materiais